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Os resultados de uma pesquisa realizada entre 2012 e 2017 sobre a ruptura prematura de membranas, incluindo os critérios de diagnóstico, a prevalência da condição, as taxas de prematuridade e mortalidade materna e fetal, e os tratamentos indicados. O documento também discute as opções de antibioticoterapia e a importância da prevenção na assistência pré-natal.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE SUBSECRETARIA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE COMISSÃO PERMANENTE DE PROTOCOLOS DE ATENÇÃO À SAÚDE 1 - Metodologia de Busca da Literatura 1.1 Bases de dados consultadas A pesquisa de dados foi realizada entre janeiro e agosto de 2017 nas bases de dados PUBMED, LILACS e COCHRANE, bem como em livros-texto, legislação vigente sobre o assunto, protocolos de serviços já sedimentados e no Manual Técnico de Gestação de Alto Risco do Ministério da Saúde, observando os critérios da metodologia científica. 1.2 Palavra(s) chaves(s) PPROM, premature rupture of membranes, amnyorrhexys, chorioamnionitis. 1.3 Período referenciado e quantidade de artigos relevantes Foram considerados 09 artigos relevantes entre os períodos de 2012 a 2017, 04 protocolos de serviços já sedimentados, bem como o código penal brasileiro e o Manual Técnico de Gestação de Alto Risco do Ministério da Saúde. 2 - Introdução Define-se rotura prematura de membranas (ROPREMA) como a solução de continuidade do cório e âmnio antes de se iniciar o trabalho de parto.^1 É classificada em pré-termo quando ocorre até 36 semanas e 6 dias e no termo quando acontece a partir de 37 semanas.^1 Ocorre em 5 a 15% das gestações, sendo que 75 a 80% acontecem no termo. Protocolo de Atenção à Saúde
Área(s): Saúde da Mulher, Ginecologia e Obstetrícia Portaria SES-DF Nº1356 DE 05/12/2018, publicada no DODF Nº 238 de 17/12/.
No entanto, é responsável por 30 a 40% dos partos prematuros e 20% das mortes perinatais.^1 Cerca de 65 a 70% das pacientes com ROPREMA no termo, têm parto espontâneo em até 24 horas da rotura, e no pré-termo, 50 a 60% o tem com até uma semana.^2 A etiopatogenia combina vários fatores, dentre eles, as modificações estruturais das membranas (diminuição de colágeno e fosfatidilinositol contrapondo um aumento na procalcitonina sérica e na interleucina 6), enzimáticas (aumento na concentração de colagenase, tripsina, elastases, proteases, gelatinases e metaloproteinases 1,8 e 9), bacterianas (colonização pelo estreptococo do grupo B e vaginoses) e mecânicas (distensão, cicatrização, exposição ou choque direto das membranas).^2 As consequências mais graves são: a sepse materna secundária a corioamnionite e as complicações da prematuridade, dentre elas, a hipoplasia pulmonar fetal.^2 3 - Justificativa A padronização de conduta para o tratamento da ROPREMA tende a diminuir as suas complicações, como a prematuridade extrema e o consequente aumento de gastos com ocupação de unidade de terapia intensiva e reabilitação e a morbimortalidade materna consequente a infecção e sepse. 4 - Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) O42 Ruptura prematura de membranas O42.1 Ruptura prematura de membranas com início do trabalho de parto depois das primeiras 24 horas O42.2 Ruptura prematura de membranas, com trabalho de parto retardado por terapêutica O42.9 Ruptura prematura de membranas, não especificada
CRITÉRIO DESCRIÇÃO História clínica e exame físico A visualização direta da perda de líquido pela vagina (exame especular ou apenas inspeção vulvar) ocorre em 75 a 80% dos casos, fechando assim o diagnóstico. O EXAME ESPECULAR É OBRIGATÓRIO EVITAR TOQUE VAGINAL Determinação do pH vaginal com papel de nitrazina (teste no fundo vaginal após limpeza de outras secreções) Se o diagnóstico não for fechado com o exame físico, a determinação do pH vaginal pode ser elucidativa. pH entre 7,1 e 7,3 com história clássica pode fechar o diagnóstico. DESCARTAR VAGINOSE BACTERIANA, PRESENÇA DE SANGUE, MUCO OU SÊMEM QUE TAMBÉM PODEM ALTERAR O pH VAGINAL Ultrassonografia obstétrica No caso de história de perda clássica e confiável e não visualização da perda pelo exame especular ou indeterminação do diagnóstico com papel de nitrazina, está indicada a realização de ultrassonografia obstétrica. Se houver diminuição do líquido, fecha- se o diagnóstico. Se não houver diminuição no líquido, repetir o exame em 3 dias para observar se há diferença significativa na quantidade. Se isso ocorrer, fechar o diagnóstico. Figura 1. Critérios para o diagnóstico de ROPREMA Outros testes podem ser utilizados em caso de dúvida, porém têm acesso mais limitado em nossos serviços. O mais comum é a observação da cristalização do líquido amniótico “em samambaia” em lâmina preparada com a coleta de material em fundo de saco vaginal.^3 6 - Critérios de Inclusão Todas as pacientes com diagnóstico de ROPREMA atendidas na rede da Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal.
7 - Critérios de Exclusão Não se aplicam 8 - Conduta A conduta na vigência de ROPREMA deve ser baseada na presença ou não de infecção amniótica, na idade gestacional, no bem-estar materno e fetal e na presença ou não de trabalho de parto.^1 Para TODAS as pacientes atendidas na emergência com tal diagnóstico, deve ser realizado exame especular pesquisando presença de vulvovaginites e solicitados hemograma e exame sumário de urina (EAS). Tratar a vulvovaginite ou infecção do trato urinário se for o caso.^3 8.1 Conduta Preventiva A conduta preventiva se dá na assistência pré-natal no intuito de se evitar os fatores de risco para a ROPREMA.^3 A avaliação periódica da paciente com o tratamento de infecções, o diagnóstico precoce dos fatores de risco, bem como sua eliminação ou minimização, fazem parte da conduta.^4 8.2 Tratamento Não Farmacológico A) PRESENÇA DE CORIOAMNIONITE COM QUALQUER IDADE GESTACIONAL Na avaliação clínica inicial, observar se há critérios diagnósticos de infecção amniótica já vigente. Nesses casos, é indicada a interrupção imediata da gestação, independentemente da idade gestacional, e introdução de antibioticoterapia, pois é grande o risco de sepse e morte materna.^5 Importante lembrar que o trabalho de parto (ou de abortamento) já é um sinal precoce de infecção. Assim, não está indicada a inibição.^4 A figura 2 mostra os parâmetros para o diagnóstico de infecção intra-amniótica.^5 Figura 2. Parâmetros para o diagnóstico de infecção intra-amniótica DIAGNÓSTICO = FEBRE (37,8°C) OU PRESENÇA DE 02 PARÂMETROS Taquicardia materna (pulso > 100 bpm) Taquicardia fetal (BCF > 180 bpm, mantida) Trabalho de parto ou sensibilidade uterina Secreção purulenta do orifício externo do colo uterino Leucocitose (atentando para os valores de referência na gestação)
Com a concordância da paciente, iniciar a indução do trabalho de abortamento com Misoprostol – ver figura 4. No caso de feto vivo com objeção da paciente em interromper a gestação, a mesma deve assinar termo de ciência dos riscos de se manter a gravidez (item 12) e a conduta deve ser semelhante àquela de idade gestacional entre 22 e 23 semanas e 6 dias. Após a orientação da paciente, anotar no prontuário médico o plano terapêutico que deverá ser seguido pelas equipes subsequentes. C) IDADE GESTACIONAL ENTRE 22 E 23 SEMANAS E 6 DIAS (REMOTAS) O prognóstico da ROPREMA antes de 24 semanas de gestação é ruim, com índices muito elevados de morbimortalidade do concepto. Cerca de 40% das crianças que sobrevivem ao cuidado intensivo inicial, morrem durante os 05 primeiros anos de vida. Além disso, 40% dos neonatos que sobrevivem com menos de 25 semanas de gestação desenvolvem displasia broncopulmonar. A anidramnia prolongada está associada a aumento de quatro vezes no risco de retinopatia, sequelas neurológicas graves e morte.^2 Entretanto, como tal idade gestacional ultrapassa a faixa que a legislação brasileira considera como abortamento^7 e não há clareza nos protocolos de órgãos oficiais quanto à interrupção nessa idade gestacional^3 , em concordância com outros protocolos e artigos revisados1,2,8,9,10, a conduta indicada é a expectante com a monitorização rigorosa dos parâmetros de infecção (ver figura 5). A paciente (ou casal) devem ser acolhidos e orientados cuidadosamente por equipe médica sobre o prognóstico gestacional. A corticoterapia antenatal, os antibióticos para se extender o período de latência, os cuidados de neuroproteção e o rigor na avaliação fetal, devem ser iniciados a partir de 24 semanas.9, Sob sinais de corioamnionite, está indicada a interrupção imediata da gestação, via de parto conforme indicação obstétrica (ver protocolo de trabalho de parto prematuro).^3
A partir de 24 semanas, há uma melhora significativa no prognóstico, porém ainda existe o risco das graves complicações da prematuridade e a paciente deve ser orientada sobre tal.^2 Assim, diagnosticada ROPREMA entre 24 e 33 semanas e 6 dias de gestação em paciente sem evidência clínica de infecção vigente e sem trabalho de parto, a conduta expectante deve ser adotada.2,3, Os cuidados para a conduta expectante estão demonstrados na figura 5. Na prescrição de internação, são pertinentes algumas observações:
ESQUEMA 1 Penicilina G cristalina (potássica) 5 milhões de UI IV (ataque) + 2,5 milhões de UI IV 04/04 horas INDICAÇÕES:
10 - Monitorização Ver item 8. 11 - Acompanhamento Pós-tratamento Acompanhamento puerperal de rotina adequada na atenção primária.
13 - Regulação/Controle/Avaliação pelo Gestor A regulação e controle deve ser feita através da avaliação dos indicadores de saúde de cada regional de saúde. 14 - Referências Bibliográficas