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Roteiro para o exame físico ginecológico, Notas de estudo de Patologia

'- A estabelecerem adequada relação médico-paciente, comunicando-se de forma gentil e educada;. - Na realização do exame ginecológico aplicando a técnica correta ...

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Florentino88
Florentino88 🇧🇷

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ROTEIRO PARA OS TUTORES DA DISCIPLINA DO 4º ANO
RCG SAÚDE DA MULHER
EXAME GINECOLÓGICO
O objetivo desta cartilha é orientar os estudantes:
- A estabelecerem adequada relação médico-paciente, comunicando-se de forma gentil e
educada;
- Na realização do exame ginecológico aplicando a técnica correta com o mínimo de desconforto.
- Ter em mente que a consulta em ginecologia, obstetricia e mastologia envolvem uma exposição
do corpo que pode causar contransgimento para algumas pacientes e, por isto, devem ser sempre
respeitadas a crença e a cultura da pessoa examinada.
1. Ao início do atendimento você deve:
a) A recepcionar a paciente na sala de consulta, preferencialmente, de pé;
b) A se apresentar para paciente: dizendo seu nome, sua função no local do atendimento, dando a mão
para a paciente
c) A recepcionar o (a) acompanhante, com a mesma cortesia;
d) A oferecer a cadeira para a paciente e acompanhante;
e) A manter o contato visual
2. Realizar a anamnese
3. Realizar o exame físico ginecológico
Exame Físico ginecológico
a) Objetivos:
Realizar um exame ginecológico competente
Minimizar constrangimentos
Minimizar desconfortos próprios do exame
Realizar coleta de colpocitologia minimizando resultados falsos negativos do exame
Informar a paciente sobre os achados
Descrever o exame ginecológico no prontuário fornecendo as informações necessárias para os próximos
atendimentos da paciente.
b) Preparação para o exame ginecológico:
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ROTEIRO PARA OS TUTORES DA DISCIPLINA DO 4º ANO

RCG – SAÚDE DA MULHER

EXAME GINECOLÓGICO

O objetivo desta cartilha é orientar os estudantes:

- A estabelecerem adequada relação médico-paciente, comunicando-se de forma gentil e

educada;

- Na realização do exame ginecológico aplicando a técnica correta com o mínimo de desconforto.

- Ter em mente que a consulta em ginecologia, obstetricia e mastologia envolvem uma exposição

do corpo que pode causar contransgimento para algumas pacientes e, por isto, devem ser sempre

respeitadas a crença e a cultura da pessoa examinada.

1. Ao início do atendimento você deve: a) A recepcionar a paciente na sala de consulta, preferencialmente, de pé; b) A se apresentar para paciente: dizendo seu nome, sua função no local do atendimento, dando a mão para a paciente c) A recepcionar o (a) acompanhante, com a mesma cortesia; d) A oferecer a cadeira para a paciente e acompanhante; e) A manter o contato visual **2. Realizar a anamnese

  1. Realizar o exame físico ginecológico**

Exame Físico ginecológico a) Objetivos:  Realizar um exame ginecológico competente  Minimizar constrangimentos  Minimizar desconfortos próprios do exame  Realizar coleta de colpocitologia minimizando resultados falsos negativos do exame  Informar a paciente sobre os achados Descrever o exame ginecológico no prontuário fornecendo as informações necessárias para os próximos atendimentos da paciente.

b) Preparação para o exame ginecológico:

 Estabelecer comunicação com a paciente:

  • Conversar enquanto a paciente está vestida
  • Explicar cada passo do exame
  • Oferecer à paciente para esvaziar a bexiga  O atendimento deve ser realizado com a porta do consultório (ou cortina) fechada, mas não trancada, resguardando a pivacidade da paciente. c) Preparo do material que será utilizado: Providenciar o material necessário antes de começar o exame  Boa fonte de iluminação  Material para coleta de citologia (eventualmente para colposcopia)  Espéculo: o tamanho (pequeno, médio ou grande) será escolhido de acordo com as características perineais e vaginais da mulher a ser examinada a paridade e o tipo de parto assim como cirurgias plásticas de períneo e/ou correção de incontinência urinária. d) Exame físico ginecológico: Exame das mamas, exame da genitália externa, exame especular e genitália interna e toque vaginal d1) Exame das mamas -Preparação:  Lavar as mãos antes do exame  Paciente sentada com braços pendentes ao lado do corpo  Camisola aberta para frente  Pés apoiados na escadinha  Lençol cobrindo pelve e pernas da paciente  Fonte de luz iluminando tórax da paciente ou iluminação ambiente adequada Realizar os passos técnicos descritos a seguir:
  • Inspeção estática: avaliar a. Simetria/assimetria b. Contornos e forma (aplanada, cônica, esférica, ptótica (grau I, II, III) c. Volume (pequeno, médio ou grande) d. Número (linha mamária) e número de complexo aréolo-papilar (politelia) e. Lesões cutâneas: peau d’orange (“pele em casca de laranja“); proeminência venosa; massas visíveis; retrações; ou pequenas depressões. Observar presença de cicatrizes cirúrgicas prévias, nevos cutâneos, marcas congênitas e tatuagens

d2.1) Posicionamento da paciente  Paciente em decúbito dorsal  A cabeça da paciente pode ficar elevada (travesseiro ou própria maca)  Cubra a paciente cuidadosamente  Auxilie a paciente a posicionar os joelhos ou os pés nos apoios da mesa  A paciente deve estar posicionada com os glúteos no limite da mesa ginecológica  Peça, com delicadeza, para a paciente relaxar as pernas lateralmente  Fique atento aos sinais de desconforto  Coloque a luva de procedimento d2.2) Avaliação da genitália externa

  • Inspeção estática: avaliar  Vulva (monte de Vênus, grandes lábios, pequenos lábios (ninfas), clitóris com seu prepúcio e frênulo, vestíbulo da vagina, glândulas vestibulares maiores (glândulas de Bartholin), orifícios excretores das glândulas vestibulares menores (glândulas de Skene), meato uretral, hímen ou suas carúnculas, fúrcula e região perineal),  Região perianal e  Região inguinal Entreabrir, tracionar e lateralizar as formações labiais são manobras que permitem uma visualização mais completa das estruturas vulvares. Avaliar distribuição pilosa, trofismo da pele e semimucosa, lesões existentes no tegumento vulvar (tipo, número, localização, dimensões, cor, mobilidade e sensibilidade).
    • Inspeção dinâmica: só realizar se paciente referir queixa de perda urinária ou prolapso genital. Realizar toque bidigital e pressionar a parede posterior da vagina para baixo solicitando à paciente que realize uma manobra de Valsalva e depois realizar o mesmo pressionando a parede anterior. Casos haja alguma distopia genital (bexiga= cistocele, reto=retocele ou útero=prolapso uterino) será possível visualizar durante o exame. Neste caso deve-se proceder a classificação do prolapso (a qual será vista no sexto ano). d2.3) Exame especular: Introdução do espéculo  Expor, com delicadeza, o introito vaginal (manobras realizadas com delicadeza auxiliam a entreabrir o introito vaginal: solicitar para a paciente fazer um pequeno esforço (Valsalva), entreabrir delicadamente o introito afastando pequenos lábios com dois dedos, etc...).  Avaliar necessidade de lubrificar o espéculo: no nosso serviço, se a consulta inclui a coleta da colpocitologia a orientação é usar lubrificante a base de água (gel para sonar, p ex).

 Introduzir o espéculo com delicadeza na cavidade vaginal, iniciando a introdução com o espéculo a 45° para evitar trauma uretral e, durante a progressão na cavidade vaginal, rodar em sentido horário o espéculo até o posicionando na transversal de modo que as valvas anterior e posterior do espéculo fiquem na parede anterior e posterior da vagina e a borboleta (de abertura do espéculo) fique na posição inferior esquerda.  Abrir o espéculo com delicadeza para expor o colo uterino, atento ao desconforto da paciente  Observar (após espéculo adequadamente posicionado):

- Aspecto do colo uterino: É importante sistematizar o que observar das características do colo do útero (coloração, tamanho, presença de tumores) e o que escrever na requisição do exame e no prontuário médico. - Características do conteúdo vaginal (anormal ou fisiológico); - Presença de sangue e sua origem; - Lesões ou alterações da coloração na mucosa ATENÇÃO: Assistir vídeo do exame especular d2.4) Coleta de colpocitologia: em nosso serviço a técnica utilizada é a convencional (esfregaço em lâmina) Orientações para a paciente: As condições ideais para a coleta de material para estudo cito- oncológico:

  • 48 horas sem atividade sexual
  • Não ter aplicado cremes vaginais nos últimos sete dias
  • Não ter realizado ducha vaginal no dia do exame
  • Não estar menstruada ou com sangramento Material necessário para a coleta -Luvas de vinil ou de látex; -Espéculos de diferentes tamanhos: pequeno, médio e grande; -Pinça de Cherron; -Espátula de Ayre; -Escovinha do tipo Campos-da-Paz; -Lâminas de vidro com extremidade fosca; -Lápis preto ou grafite -Frasco porta-lâmina ou caixa para transporte: O frasco porta-lâmina mais indicado é o de rosca, pois diminui a possibilidade de vazamento do álcool; -Requisição do exame;

A ordem de transferência do material cervical para a lâmina pode variar, as possibilidades podem ser: a) Iniciando pelo material obtido na coleta endocervical 1- Coleta 1º o material endocervical e aguarda (não transfere para lâmina) 2- Coleta em 2º lugar o material ectocervical 3- Transfere 1º o material ectocervical 4- Transfere por último o material endocervical Esta ordem de coleta/transferência é a recomendada pelo SERPAT – Serviço de Patologia do HCFMRPUSP.

b) Iniciando pelo material obtido na coleta ectocervical 1- Coleta 1º o material ectocervical e transfere para lâmina 2- Coleta em 2º lugar o material ectocervical e transfere para lâmina

Transferência do material coletado para a lâmina (patologia HCRP-USP):

A coleta de amostra de fundo de saco vaginal não é recomendada, pois o material aí coletado é de baixa qualidade para o diagnóstico oncológico, a não ser em mulheres submetidas à histerectomia total.Fixação do material obtido: O esfregaço obtido deve ser imediatamente fixado para evitar seu dessecamento. Os possíveis métodos de fixação de lâminas são:

- Álcool a 96%: Coloca-se a lâmina com o esfregaço dentro do frasco com álcool a 96% em quantidade suficiente para que todo o esfregaço seja coberto. Fecha-se o recipiente cuidadosamente -Fixação com spray: Borrifa-se a lâmina, imediatamente após a coleta, com spray fixador, a uma distância de 10 cm.  Retirada do espéculo: Caso não seja necessário realizar outros exames como a colposcopia, o espéculo deve ser retirado. -Realizar pequena e delicada tração do espéculo pra liberar o colo uterino das valvas - Retirar o espéculo devagar fechando o mesmo

Solicitação da colpocitologia: O correto preenchimento da requisição é fundamental. No HC é feita no computador através do Sistema ATHOS no acesso aos laudos de Patologia (colpocitologia). Todas as informações obtidas na anamnese, os dados do exame físico ginecológico e as informações referentes à citologia anterior, caso essa já tenha sido realizada são fundamentais para elaboração do diagnóstico colpocitológico.  Remessa do material para o laboratório: Os exames devem ser enviados ao laboratório, o mais breve possível, para que o tempo entre a coleta e o resultado não seja prolongado desnecessariamente. No nosso serviço fica a cargo do serviço de enfermagem. d3) Toque vaginal  Iniciar por toque unidigital e proceder ao toque bidigital para verificar posição, consistência e dor à movimentação do colo. Verificar fundos de saco quanto a presença de abaulamentos ou massas.  Palpação bimanual do útero e dos anexos para avaliar posição, tamanho, consistência e mobilidade do útero. Além disso, palpar anexos, procurando aumento dos anexos e dor à palpação.