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Adesão ao Tratamento Farmacológico: Fatores que Influenciam e Resultados Obtidos, Trabalhos de Farmácia

Um estudo sobre a adesão ao tratamento farmacológico, enfatizando os fatores que dificultam ou facilitam a adesão, baseado em dados coletados por meio de um questionário online. O trabalho também destaca o papel do farmacêutico na eficiência do tratamento. O estudo foi realizado entre 45 pessoas e os resultados obtidos foram utilizados para elaborar folhetos informativos.

Tipologia: Trabalhos

2021

Compartilhado em 19/06/2021

rosisoares
rosisoares 🇧🇷

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO
ELLEN ANDRADE VERDEIRO
LUIZ ANTÔNIO DOS SANTOS
ROSILENI SOARES DOS SANTOS
RISCOS DA NÃO ADESÃO À FARMACOTERAPIA
VITÓRIA
2021
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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO

ELLEN ANDRADE VERDEIRO

LUIZ ANTÔNIO DOS SANTOS

ROSILENI SOARES DOS SANTOS

RISCOS DA NÃO ADESÃO À FARMACOTERAPIA

VITÓRIA

ELLEN ANDRADE VERDEIRO

LUIZ ANTÔNIO DOS SANTOS

ROSILENI SOARES DOS SANTOS

RISCOS DA NÃO ADESÃO À FARMACOTERAPIA

Trabalho apresentado ao Centro Universitário Salesiano - UniSales, como requisito obrigatório para obtenção de nota na disciplina de Projeto Integrador 2. Orientador: Prof. Christiane Curi Pereira VITÓRIA 2021

RISCOS DA NÃO ADESÃO À FARMACOTERAPIA

Ellen Andrade Verdeiro^1 Luiz Antônio dos Santos^1 Rosileni Soares dos Santos^1 Christiane Curi Pereira^2

1. INTRODUÇÃO Conforme LIMA (1979, apud HAYNES, 1993, RAND, 2006), a adesão ao tratamento medicinal é um termo ou conceito designado a métodos que precisamente levam o paciente à melhora de seu estado de saúde. Portanto, é de suma relevância que o paciente siga a terapia indicada pelo profissional de saúde, tendo em vista dizimar e/ou dissipar a doença que se deseja curar. Por GEWEHR et al. (2018), foram relacionados pontos que dificultam a adesão ao tratamento de pacientes, tais como: baixa renda em tratamentos farmacológicos de alto custo, maior número de doenças e consequentemente o uso de maior quantidade de medicamentos no qual muitas vezes resulta no aparecimento de efeitos colaterais e pode gerar o esquecimento pela quantidade numerosa de comprimidos a serem tomados diariamente e dificuldade de ler as embalagens, principalmente para idosos que necessitam de uma atenção delicada. Conforme HAYNES (1987), a atitude exemplar do profissional para com o paciente, traçando caminhos e maneiras mais acessíveis que influenciam a iniciação, continuidade e finalização do tratamento também é um fator relevante na adesão a farmacoterapia. Tratamentos em que há instruções que facilitam o dia a dia do paciente como instruções de uso das medicações claras, diferenciadas, bem descritas e de interpretação que coincide com a realidade de quem recebe a prescrição podem gerar melhor desempenho e adesão. Por fim, o esquema terapêutico também é citado pelo autor. Tratamentos de maiores prazos requerem uma atenção e disposição maior de ambos os lados, médica e paciente, e o aumento do apoio familiar e social o que pode diminuir a aderência. Dessa forma, o presente trabalho tem como principal objetivo conscientizar jovens, adultos e idosos a respeito do tratamento farmacológico, além de coletar dados dessa população a respeito do mesmo, a fim de trazer resultados positivos nos tratamentos de doenças crônicas e na saúde pública em geral na região. 2. METODOLOGIA DA PESQUISA Foi realizado um questionário online com questões sobre as condições socioeconômicas, hábitos a utilização de medicamentos e fatores relacionados à não adesão ao tratamento pelos indivíduos. Posterior a isso foi elaborado folders informativos (Figura 1) com base nos resultados obtidos através do questionário (^1) Graduandos do Curso de Farmácia do Centro Universitário Salesiano (Unisales). Vitória, ES. E-mail: adesaoaotratamentofarmacos@gmail.com. (^2) Graduada em Farmácia e Bioquímica. Mestrada em Doenças Infecciosas. Coordenadora dos Cursos de graduação em Farmácia e em Biomedicina do Centro Universitário Salesiano – Unisales. E-mail: cpereira@salesiano.br.

visando conscientizar a população sobre o tema proposto, focando nos tópicos em que houveram maiores dúvidas ou carência de informação correta. Os folders foram distribuídos no dia 07 de junho de 2021 no CIASC – Centro Integrado de Atenção à Saúde da Comunidade.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com os resultados do questionário, que foi aplicado a 45 pessoas quanto ao uso de fármacos e suas aplicações, 73,3% dos respondentes eram de sexo feminino e 26,7% de masculino. ARRAIS et al. (2005) dispõe-se na pesquisa que mulheres são mais cuidadosas quanto a saúde de si e da família, além do mais, entra também a grande influência do período menstrual, onde são submetidas a medicações que diminuam incômodos provocados pelas fases menstruais, como também da menopausa. Todos esses aspectos contribuem para que as mulheres tenham maiores chances de estarem expostas a medicamentos. As respostas mais obtidas vieram 77,8% de pessoas na faixa etária 18-30 anos, e de 11,1% entre 31 a 40 anos, com o percentual de escolaridade de ensino médio a 55,6%, 35,6% delas contendo graduação e o restante com percentual de 8,8% abaixo do 8° ano escolar (Figura 2). De modo geral, um maior nível de escolaridade está associado a um maior conhecimento e discernimento sobre o processo saúde-doença, porém é a maior renda que propicia uma maior cobertura a planos de saúde e acesso aos serviços de saúde. Figura 2 – Faixa etária dos indivíduos que responderam ao questionário. Figura 1 (^) – Folder Informativo Fonte: Elaboração Própria Fonte: Elaboração própria.

Mostrou-se uma baixa adesão aos indivíduos que apresentam plano de saúde, porém não utilizam o serviço público como já era esperado, ao contrário da maioria que não possui o plano privado, porém utilizam-se dos serviços do Sistema Único de Saúde, vale lembrar que cerca de 26,7 % possui o plano de saúde, porém utiliza de alguma forma o serviço do SUS. Figura 5 – Utilização de plano de saúde pelos indivíduos que responderam ao questionário Quando perguntado se ao realizarem algum tratamento recebem ajuda de alguém para orientá-los com relação ao uso correto da medicação, 74,4% disse que não, contudo somente 25,6% afirmou o contrário. Sendo assim, é de suma importância destacar a figura do farmacêutico, quanto à orientação ao paciente ao devido tratamento farmacológico. A maioria dizia não utilizar nenhum tipo de medicamento, contabilizando 66,7% do espaço amostral, em seguida o grupo que utiliza um medicamento apenas, já os que realizam dois (2.2%), três (2.2%), ou até quatro (2.2%) medicamentos distintos vinham em seguida Figura 6 – Quantidade de medicamentos diários utilizados pelos indivíduos que responderam ao questionário As estatísticas mostram que ao realizarem o uso de algum medicamento a maioria sempre segue o tratamento conforme prescrito pelo médico ou profissional farmacêutico. Por outro lado, aqueles indivíduos que não seguem o término da janela terapêutica são da ordem de 6,7%. Figura 7 – Adesão ao tratamento pelos indivíduos que responderam ao questionário Fonte: Elaboração Própria. Fonte: Elaboração Própria. Fonte: Elaboração Própria.

Aqueles que tiram dúvidas apenas às vezes com relação ao tratamento com o profissional farmacêutico são 53,3 % do público entrevistado, sendo assim mais da metade, a pesquisa também mostra que apenas uma minoria tira dúvidas com o farmacêutico, dizendo sentir vergonha. Figura 8 – Indivíduos que responderam ao questionário que esclarecem dúvidas com o farmacêutico A entrega dos panfletos foi realizada na segunda-feira (07) de junho de 2021, na saída do CIASC – Centro Integrado de Atenção à Saúde da Comunidade. Abordaram-se pessoas de várias idades, em maior quantidade idosos que estavam na clínica para vacinação. Houve bastante abertura para a abordagem, porém também houve o fechamento de alguns, por pressa na hora da saída ou por não estarem interessados no assunto. Foram 60 panfletos distribuídos para as pessoas que circulavam pela clínica, inclusive a funcionários da universidade e alunos que passavam pelo local. Foi registrado vários momentos das entregas, mantendo a discrição de todos os abordados.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolver do estudo possibilitou o conhecimento de muitos fatores que impossibilitam uma pessoa de alcançar a eficiência do tratamento, como a baixa renda, falta de influência familiar, dúvidas acerca da terapia não sanadas pelos profissionais da saúde e distante interesse de impor-se a terapia. Os resultados da pesquisa de campo (enquete) mostram a dificuldade dos indivíduos se comprometerem a determinado tratamento e a pouca informação que usuários de medicações contínuas contém sobre a terapia. Os resultados do questionário aplicado a quarenta e cinco pessoas contribuíram para a confecção do folder informativo, em que foi enfatizado informações essenciais sobre a adesão ao tratamento. Com a distribuição dos folders pode-se levar esse conteúdo a um público de sessenta pessoas. Dada a importância do assunto, torna-se preciso a dedicação dos pacientes que estão a seguir uma prescrição, pois impacta a própria saúde destes. Por conseguinte, também é imprescindível destacar o relevante trabalho da figura farmacêutica posto de desempenho e reparo farmacêutico. A prática profissional onde há interação direta entre farmacêutico e paciente, é onde ele age identificando e ajudando a solucionar o problema, motivo o qual não pode ser restringida a somente ao ambiente hospitalar, e sim, em qualquer situação que envolva o uso racional dos medicamentos, motivando usuários a seguir e finalizar conscientemente e tranquilamente a farmacoterapia. Fonte: Elaboração Própria.

COSTA, Ediná Alves, GUIBU, Ione Aquemi, SOEIRO, Orlando Mario, LEITE, Silvana Nair, KARNIKOWSKI, Margô de Oliveira Gomes, COSTA, Karen Sarmento e ACURCIO, Francisco de Assis. Indicators related to the rational use of medicines and its associated factors. Revista de Saúde Pública [online]. 2017, v. 51. Disponível em: https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051007137. MENDES Z, Tatiana, PEREIRA, Januaria Ramos, SOARES, Lucianos, HOEPFNER, Lígia, KRUGER, Karin Elisa, GUTTERVIL, Mariane Leite, TONINI, Karen Cristine, DEVEGILI, Daiane Aparecida, ROCHA, Elaine Regina, VERDI, Flávia, DALFOVO, Daiane, OLSEN, Karina, DERETTI, Roberta, SOARES, Viviane, LOBERMEYER, Cizete, MOREIRA, Jaciara, FERREIRA, Jacqueline e FRANCISCO, Adriana. RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO: TRATANDO O PROBLEMA COM CONHECIMENTO. Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários – PROEX Área de Extensão Universitária - MINISTÉRIO DA SAÚDE - [2008?] Disponível em:<https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://bvsms.saude.g ov.br/bvs/premio_medica/pdfs/trabalhos/mencoes/januaria_ramos_trabalho_complet o.pdf&ved=2ahUKEwi6- MWkqpXxAhWdpJUCHROCAoIQFjAKegQIFRAC&usg=AOvVaw25hcB1VuICm_rHiP 70uDZm&cshid=1623612991575 >