




























Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Revista do Ancião da igreja adventista do sétimo dia.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 15/06/2023
1 documento
1 / 36
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Em oferta
o^3 Trimestre 2023 – R$ 11,
SUMÁRIO
8
2023
24
32
3
4
15
22
12
28
31
35
17 Esboços de sermões
Faça bom uso desse recurso e alimente sua igreja ampliando cada esboço com comentários e ilustrações
Foto: Cedida pela entrevistada
É psicóloga clínica com pós-graduação em terapia familiar e faz atendimento a casais e a famílias e atendimentos individuais a adolescentes, jovens, adultos e idosos. Atua na igreja como anciã e líder dos ministérios de Mordomia Cristã e Família. Além disso, Rosemari tem plantado igrejas a partir de pequenos grupos. Foi o caso da igreja de Porto de Itajaí, em Itajaí, SC, em que atua. É casada com Sérgio Renato Sandri. O casal tem dois filhos: Cintia, casada com Fernando; e Gustavo, casado com Karin; e são avós de Martina, que nasceu em março deste ano, filha de Cintia e Fernando. Gentilmente ela nos concedeu esta entrevista que, com certeza, será uma inspiração para o ancionato da igreja.
1. Fale sobre sua formação acadêmica e a influência dela em suas atividades como anciã de igreja. Minha profissão de psicóloga foi um sonho da adolescência que só pude realizar aos 45 anos. Amo muito minha profissão e sou muito dedicada à vida profissional. Como psicóloga clínica, meu dia a dia é no consultório atendendo às pessoas. Por ser muito conhecida em minha cidade, tenho uma agenda bem ocupada. Mesmo assim, sempre consigo conciliar meu tempo com as atividades da igreja, que envolve reu- niões administrativas com os departamentos, traba- lhos voluntários e os cultos. Como psicóloga, consigo me aproximar das pessoas para prestar-lhes acolhi- mento, ouvi-las em suas necessidades e ajudá-las mais diretamente por meio do conhecimento científi- co da psicologia. Vejo a psicologia como um meio para contribuir positivamente no desenvolvimento saudá- vel da igreja. Nesse contexto, prego e falo sobre temas
relacionados à área da saúde mental e emocional pa- ra a igreja ou em reuniões de Pequenos Grupos.
2. Como você concilia sua profissão e assistência à sua família com as atividades da igreja? Essa tarefa não é tão simples. Às vezes tenho que fa- zer escolhas, pois sempre quero dar conta de todas es- sas questões, e existe o fator tempo para cada atuação. Entendo que sou uma líder da igreja. Portando, quer no trabalho, na família ou na igreja, sou a mesma pes- soa, mas com papéis diferentes. Minha família é o maior presente de Deus e, sem ela, creio que eu não seria a pessoa que sou hoje, pois ela sempre me apoia nos pro- jetos em que me envolvo, principalmente nos projetos da igreja. Para mim, família e igreja estão entrelaçadas. Quando recebi o chamado para ser líder de pe- queno grupo, depois diretora de congregação e de- pois anciã, entendi que o chamado era primeiro para eu pastorear e liderar minha família. Isso também
ASSISTÊNCIA À IGREJA
EM TEMPOS DIFÍCEIS
ENTREVISTA
Remari Maesi Sandri
envolve minha vida pessoal. Entendi que minha famí- lia precisava ver em mim uma verdadeira cristã; en- tendi que o primeiro e maior trabalho missionário era com minha família.
3. Que contribuições as mulheres podem oferecer na liderança da igreja como anciãs? As mulheres têm talentos, dons e habilidades. Por isso, independentemente de exercer o ancionato, to- da mulher deve atuar no serviço do Senhor. Com a inclusão das mulheres no ancionato da igreja, elas pas- saram a exercer uma função de maior abrangência, in- fluência e responsabilidade. Nesse contexto, entendo que, sendo nomeada pela igreja, a mulher deve aten- der ao chamado e contribuir com sua influência para o progresso da igreja. Ellen White escreveu: “O Senhor tem uma obra para as mulheres, assim como tem pa- ra os homens. Elas podem ocupar seus lugares em Sua obra nesta crise, e Ele realizará algo por intermédio de- las. Se estiverem imbuídas com o senso do dever e tra- balharem sob a influência do Espírito Santo, terão a exata presença de espírito requerida para este tempo. O Salvador refletirá sobre essas abnegadas mulheres a luz da Sua face, e lhes dará poder que excede o dos homens. Elas podem fazer nas famílias uma obra que os homens não podem fazer, obra que alcança o ínti- mo da vida. Podem se aproximar do coração daqueles a quem os homens não podem alcançar. Seu trabalho é necessário” ( Beneficência Social , 2023, p. 98). 4. Que tipo de capacitação ou treinamento o pastor deveria dar às mulheres que compõem o ancionato de uma igreja? Na minha igreja, o pastor tem nos apoiado gran- demente no exercício de nossas funções. Ele está sempre junto e nos orienta sobre como melhor servir ao Senhor e Sua Igreja. Entre nós, anciãos, não exis- te diferença na capacitação que nos é oferecida. O treinamento é o mesmo. Há consenso entre nós: en- tendemos que existem situações na igreja nas quais não se recomenda a atuação de uma anciã. Por outro lado, também há situações nas quais se recomenda que uma mulher esteja à frente. Para mim, esse con- senso é um modelo a ser seguido. 5. Como a igreja pode ajudar pessoas com doenças psicossomáticas? Os membros da igreja não são imunes às doenças psicossomáticas. Nesse contexto, a igreja pode atuar
de forma positiva sendo acolhedora, compreensiva e amorosa, proporcionando um ambiente seguro para quem sofre com questões emocionais. Os irmãos têm estresse, sentem angústia, medo, insegurança, e mui- tos têm crises de pânico. A igreja vive essa realidade, e isso não significa falta de fé. Então, quando a igreja tem essa postura, ela cria uma atmosfera terapêutica e motiva as pessoas a se ajudarem e, dependendo do caso, a buscar ajuda profissional.
Creio que a igreja deveria ler mais os livros do Espírito de Profecia sobre família.
6. A crise familiar é real em nossos dias. Como a igreja deve lidar com isso? A situação atual das famílias requer uma atenção muito especial, e a igreja precisa de uma liderança pre- parada, bem treinada para enfrentar esses desafios. Segundo David O. McKay (1873-1970), norte-ameri- cano, “nenhum sucesso na vida compensa o fracas- so no lar”. Concordo com essa afirmação e creio que a igreja deveria ler mais os livros do Espírito de Pro- fecia sobre família ( O Lar Adventista , Fundamentos do Lar Cristão , Fundamentos da Educação Cristã , Mensagens aos Jovens , Orientação da Criança e outros excelentes livros). Temos a TV Novo Tempo, com excelentes pro- gramas na área de Aconselhamento Familiar. Algo que deve ser monitorado é o acesso descontrolado às re- des sociais. Pelo uso inadequado, as redes sociais têm prejudicado muitos lares. Outro ponto importante é o culto familiar, que é fundamental para que marido e mulher, pais e filhos, fortaleçam o vínculo espiritual na família. O lar é o lugar ideal para aprendermos a amar uns aos outros e ao nosso Deus, e, quando a família está fundamentada na Palavra de Deus, ela se torna uma unidade forte para enfrentar os desafios da vida. A igreja tem o dever de acompanhar os membros nes- sa árdua tarefa. 7. Estudos mostram índices altos de suicídio, e a igreja não está imune a isso. De que forma os psicólogos adventistas poderiam ajudar os membros da igreja? Falar sobre suicídio é uma urgência. Devemos falar, pesquisar e estudar o assunto a fim de poder ajudar as
atendimentolivrarias@cpb.com.br
MKT CPB | 123RF
Horários de atendimento das CPB livrarias no site: livrarias.cpb.com.br
projetomana.com
© Adobe Stock / Right 3
COMISSÃO
DIRETIVA DA
IGREJA
s anciãos devem trabalhar ativamente em harmonia com as orientações do pastor da igreja. É de necessidade imprescindível que eles tenham conhecimento dos princípios espirituais da administração eclesiástica que envolvem os pro- cedimentos específicos orientados pela igreja. Com relação à Comissão Diretiva da Igreja, o seu presiden- te “é o pastor designado pela Associação. Se o pastor preferir não desempenhar essa função ou estiver im- possibilitado de estar presente, poderá fazer arranjos para que um ancião seja o presidente” ( Manual da Igre- ja , 2022, p. 142). Para presidir uma reunião dessa Comissão, é ne- cessário conhecer quais são as atribuições e res- ponsabilidades pertinentes a ela, bem como seus propósitos na administração da igreja local.
CAPA
O
Princípios, dicas e orientações que dão vida às reuniões administrativas
ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES A Igreja Adventista do Sétimo Dia, na igreja local e em suas instâncias administrativas, é dirigida por co- missões. “Toda igreja deve ter uma comissão atuante cujos membros tenham sido eleitos em uma reunião administrativa ( Manual da Igreja , 2022, p. 140). Seu planejamento de projetos, metas, eventos e progra- mas espirituais passa pelas comissões, que, por sua vez, estudam e analisam a viabilidade de execução de tais projetos. Ao ser solicitado pelo pastor (presidente da Co- missão) para presidir a reunião da Comissão, o ancião ou anciã deve ter em mente o papel dessa Comissão perante a igreja. Lamentavelmente, em muitos luga- res, a Comissão Diretiva da Igreja é vista como um tri- bunal, em que as pessoas são julgadas e expostas
Dessa declaração, pode-se extrair alguns elemen- tos que expressam ordem e decência no administrar a igreja local:
FUNCIONAMENTO Quem preside a reunião da Comissão Diretiva da Igreja deve fazê-lo seguindo as seguintes orientações:
1. Antes da reunião ◼ Consultar o Manual da Igreja e o livro Regras de Or- dem (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2019), para conhecer os procedimentos da igreja. ◼ Definir, em conjunto com o pastor distrital, o crono- grama anual das reuniões da Comissão Diretiva da Igreja. Deve se reunir pelo menos uma vez por mês. É importante incluir uma reunião de capacitação. ◼ Organizar a agenda da reunião, com a ajuda do secretário da igreja, deixando para a parte inicial dela os assuntos mais relevantes (missão) e os mais complexos. Evitar agendas com muitos itens ou com poucos itens demais e pouco urgentes. ◼ Examinar a agenda da reunião com o pastor dis- trital e o ancionato, dedicando tempo à oração e delegação de tarefas. ◼ Convocar para a reunião os membros da Comis- são da igreja. Se necessário, em função de algum item específico, alguém mais pode ser convida- do para ser ouvido sobre o assunto em que es- tá envolvido. ◼ Fazer a convocação para a reunião com ante- cedência, usando todos os meios possíveis de comunicação. ◼ Enviar, com antecedência, a agenda e os mate- riais adicionais para os membros da Comissão. ◼ Inspecionar a sala para a reunião (cadeiras, ilumi- nação, ventilação, equipamento de projeção e de som, etc.).
PROPÓSITOS PRINCIPAIS Antes de ascender ao Céu, Cristo ordenou a Seus discípulos: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês” (Mt 28:19, 20). O discipulado é a coluna da missão da igreja. O evange- lismo busca fazer discípulos, e isso inclui todos os po- vos e etnias (Mt 28:18-20; At 1:8; Ap 14:6-12). Portanto, um dos propósitos da Comissão Diretiva da Igreja é: Fazer discípulos – “A missão da Igreja é fazer discípu- los de Jesus Cristo, que vivam como Suas testemunhas amáveis e proclamem a todos os povos o evangelho eterno das três mensagens angélicas em preparação para Seu breve retorno. O propósito da Igreja como corpo de Cristo é intencionalmente fazer discípu- los para que estes continuem em um relacionamen- to ativo e frutífero com Cristo e Sua Igreja” ( Manual da Igreja , 2022, p. 141). Outro propósito da Comissão Diretiva da Igreja é: Administrar e cumprir a missão – Assim como uma moeda tem dois lados, podemos dizer que a Comis- são Diretiva da Igreja tem o lado administrativo e o lado missionário. São dois aspectos que demandam atenção e cuidado da liderança da igreja local. Como coordenadores, os anciãos podem mobilizar a igreja no planejamento e execução de suas atividades, ten- do em vista o cumprimento da missão.
REUNIÕES Uma comissão que atua fundamentada nos prin- cípios espirituais e no contexto de suas responsabili- dades e atribuições tem o respeito de sua assembleia, que é a igreja local. Essa atuação começa com suas reuniões. “Porque o trabalho da comissão é vital pa- ra a vida, saúde e crescimento da igreja, recomenda- se que ela se reúna pelo menos uma vez por mês, com reuniões mais frequentes caso for necessário. É bom agendar a reunião mensal para a mesma sema- na e o mesmo dia de cada mês. A reunião da comissão deve ser anunciada no culto regular de sábado e to- dos os membros devem ser incentivados a compare- cer. Cada igreja deve, em uma reunião administrativa, determinar o número de membros da Comissão Dire- tiva da Igreja que devem estar presentes para consti- tuir um quórum dessa comissão. Onde for permitido pela lei local, membros da comissão poderão partici- par das reuniões de forma virtual ou por tecnologia se- melhante” ( Manual da Igreja , 2022, p. 142).
© Adobe Stock / Verin
Fotos: Divulgação DSA
Evaldino Ramos Secretário associado da Divisão Sul-Americana
Edward Heidinger Secretário executivo da Divisão Sul-Americana
2. Durante a reunião ◼ Chegar com antecedência e conferir se tudo está pronto. Além disso, dedicar um tempo à oração. ◼ Começar e terminar a reunião, sempre que pos- sível, no tempo programado. ◼ Certificar-se, já no início da reunião, de que todos os membros tenham recebido a agenda. ◼ Verificar com o secretário se há quórum para co- meçar a reunião. ◼ Fazer uma breve reflexão bíblica e uma oração, buscando a presença de Deus na reunião e Sua direção. ◼ Cuidar para que o ambiente da reunião seja sem- pre um lugar seguro para falar (equidade e neu- tralidade do presidente, respeito, cortesia, sigilo). ◼ Dinamizar a reunião considerando que os itens mais complexos da agenda necessitam de mais tempo para serem discutidos. ◼ Oferecer informação relevante para cada item e fazer uma exposição do assunto sempre conec- tando-o com a missão da igreja. ◼ Promover o diálogo (fazer perguntas), respeitan- do as regras de ordem, mantendo a discussão em seu devido contexto e evitando o monopó- lio por parte de um componente da Comissão. ◼ Certificar-se de que foi dada a todos os compo- nentes a oportunidade de falar.
a) Passos no processo de votação. ◼ O secretário expõe a cada item da agenda e fin- da com a expressão: PROPONHO. ◼ O presidente pede APOIO para que o assunto se- ja discutido. ◼ O presidente pergunta se há OBSERVAÇÕES. ◼ O presidente coloca o assunto em VOTAÇÃO. ◼ O presidente finaliza a votação declarando que o assunto está VOTADO.
b) Atitude correta após votação ◼ O presidente deve lembrar aos componentes da Comissão que, se antes da votação havia ideias e pontos de vista diferentes, após a votação de- ve haver harmonia de propósito, tendo em vista a prosperidade da igreja.
3. Depois da reunião ◼ Cuidar que a ata da reunião seja devidamente preparada e reflita fielmente os votos e reco- mendações da Comissão.
◼ Definir quais itens votados serão apresentados como relatório à igreja e as pessoas envolvidas, e quais farão parte da agenda da reunião regular ou administrativa da igreja. ◼ Acompanhar a execução das decisões tomadas na reunião.
CONCLUSÃO Fundamentado na Bíblia e nos escritos do Espíri- to de Profecia, o Manual da Igreja é o livro-texto que orienta aqueles que presidem as comissões. Uma das atribuições do ancionato, na igreja local, é presidir a comissão da igreja, quando delegado pelo pastor dis- trital (presidente oficial da Comissão Diretiva da Igre- ja). Ellen White escreveu: “Os que assistem a reuniões de comissão devem lembrar-se de que ali se reúnem com Deus, que lhes deu sua tarefa. Reúnam-se com reverência e coração consagrado. Estão reunidos pa- ra estudar questões importantes relacionadas à cau- sa do Senhor. Em todos os detalhes, seus atos devem mostrar que desejam conhecer Sua vontade no que se refere aos planos a ser delineados para o avanço da obra de Deus. Não percam nenhum momento com conversas sem importância, pois os negócios do Se- nhor devem ser efetuados de modo eficiente e perfei- to” ( Testemunhos Para a Igreja , 2021, v. 7, p. 207). Esperamos que essas orientações sejam uma bên- ção para o ancionato da igreja. Que esse ministério na igreja local seja instrumento nas mãos de Deus para fortalecer a igreja em seu crescimento espiritual e no cumprimento da missão.
A mulher que andava curvada foi chamada por Jesus de “filha de Abraão” (Lc 13:16). A mulher com um fluxo de sangue ouviu as doces pa- lavras do Salvador: “Filha, a sua fé salvou você. Vá em paz e fique livre desse mal” (Mc 5:34). Outra mulher – desta vez estrangeira –, além de ter sua filha curada, ouviu este elogio por parte de Jesus: “Mulher, que grande fé você tem! Que seja feito como você quer” (Mt 15:28). Observe que, embo- ra Deus tenha feito os seres huma- nos semelhantes uns aos outros, não os fez iguais. Cada pessoa ganhou do Criador características peculiares e Dele recebe um tratamento perso- nalizado. Em Seu ministério, Cristo
demonstrou que está interessado na salvação de cada indivíduo. Ellen White escreveu: “Cada pessoa é tão perfeitamente conhecida por Jesus como se ela fosse a única por quem o Salvador morreu.” 2
A SAMARITANA Em João 4:1 lemos a respeito de uma pequena divergência entre Jesus e os fariseus. Para evitar dificuldades precoces em Seu ministério, Ele de- cidiu retornar para a Galileia. Porém, não deixou de lado Sua missão. A Bí- blia diz: “Era-Lhe necessário passar pela região da Samaria” (Jo 4:4). Jesus sabia que, no meio do percurso, uma mulher precisava de Sua ajuda. Em pleno calor do meio-dia, can- sado da viagem, Cristo sentou-Se junto ao poço de Jacó, em Sicar. En- quanto isso, Seus discípulos foram à cidade para comprar alimentos. Em- bora não fosse costume alguém se aproximar do poço naquela hora do dia, o relato informa: “Veio uma mu- lher samaritana tirar água” (v. 7). As- sim, a samaritana se encontrou pela primeira vez com Jesus, em plena luz do dia. Viu-O cansado e sedento. Numa situação como essa, o si- lêncio era a regra. Mas Jesus rompeu o protocolo e a quietude com a frase: “Dê-me um pouco de água” (v. 7). Ele considerou ser essa uma excelente oportunidade para estabelecer um diálogo. Além do mais, a samaritana era a única pessoa naquele momen- to que poderia tirar água do poço pa- ra saciar Sua sede. O pedido de Jesus surpreendeu a mulher. Afinal, era proibido que um judeu pedisse água a um samarita- no ou lhe devesse um favor – ainda mais se fosse uma mulher. Assim, a resposta da samaritana revelou sua estranheza: “Como, sendo o se- nhor um judeu, pede água a mim, que sou mulher samaritana?” (v. 9).
É como se ela quisesse lembrar Jesus: “Você não percebe que judeus e sa- maritanos não se relacionam, e que homens e mulheres não falam uns com os outros em público?” A samaritana tinha razão. Um rabi judeu nunca teria iniciado uma con- versa em um lugar público com uma mulher e muito menos teria bebido água no copo de um samaritano. Is- so não era social nem politicamente correto. Mas Jesus sabia que a sama- ritana tinha passado por vários rela- cionamentos turbulentos e precisava de Sua ajuda. Ele sabia que havia uma ferida aberta no coração dela que na- da nem ninguém conseguia curar. Antes mesmo de a samaritana aparecer, Cristo conhecia a razão pe- la qual ela havia ido ao poço em plena luz do dia. A dor das relações rompi- das a transformou em uma marginali- zada, inclusive entre as mulheres. Ela sofria o abuso daqueles que deviam ajudá-la em suas dores e angústias. A samaritana era bem conhecida em sua aldeia, mas não era respeitada ou amada como gostaria. A conversa de Jesus revela que Ele deu valor àquela mulher, algo que ela nunca havia recebido dos homens com quem tinha convivido. Na lei ju- daica, um homem podia se divorciar de sua esposa se ela o desagradasse (Dt 24:1). Os judeus sustentavam que uma mulher podia receber uma carta de divórcio duas ou até três vezes. Só o marido podia conceder uma certi- dão de divórcio. A esposa não tinha recursos próprios. Se a lei dos samaritanos era igual a essa, então a mulher samaritana não só sentiu a rejeição de um re- lacionamento após o outro, mas foi marginalizada socialmente. É pro- vável que alguma dessas relações rompidas a tivesse marcado profun- damente, mas, em sua solidão, bus- cava preencher novamente o vazio
do coração por meio de relaciona- mentos. Talvez a razão de não estar casada com o homem com quem vi- via naquele momento era porque tinha ultrapassado seu limite de di- vórcios legais. Não sabemos. Só sa- bemos que ela sentia desprezo. Jesus, então, encontrou aquela mu- lher em seu momento de dor e ex- pressou grande compaixão. Cristo também valorizou o intelec- to da samaritana. Ele levou as pergun- tas dela a sério. A samaritana propôs tratar uma questão religiosa que se- parava os samaritanos dos judeus (v. 21-26). Se sua pergunta fosse uma distração na conversa, certamente Je- sus teria insistido em continuar com o assunto anterior. Mas, não! O que a samaritana perguntava era relevante. Além disso, provavelmente era o fru- to de uma busca para aliviar sua dor. Ela buscava Deus. Cristo não a ques- tionou em sua busca, simplesmente colocou diante dela um caminho me- lhor para seguir. Quando a samaritana entendeu o que Jesus havia lhe revelado, perce- beu algo muito importante. Observe a progressão de sua compreensão: primeiro tratou Jesus como um ju- deu; depois como Alguém maior que “nosso pai Jacó”; então O considerou um profeta e, finalmente, o Messias. Ela disse: “Eu sei que virá o Messias, chamado Cristo. Quando Ele vier, nos anunciará todas as coisas” (v. 25). Jesus valorizou essa mulher ao revelar-lhe Sua identidade como o Messias. Essa foi a única ocasião an- tes de Seu julgamento em que Ele declarou especificamente que era o Messias. E o fez a essa mulher, uma pessoa que havia sido desprezada pela sociedade. Jesus valorizou a samaritana dando- lhe respostas. Não expressou palavras de condenação, mas trouxe-lhe pala- vras de afirmação. É claro que Jesus
não minimizou a verdade, mas a co- municou de tal maneira que mostrou respeito pela mulher como uma por- tadora da imagem de Deus. Jesus revelou à mulher o que ela buscava. O Mestre das emoções mostrou o caminho para a restau- ração quando disse que Deus é Es- pírito, ou seja, o Único que dá vida. Aqueles que O adoram devem fazê- lo “em espírito e em verdade” (v. 24), ou seja, devem permitir que o Espíri- to de Deus habite neles para ter vida. Em seu entusiasmo, a samarita- na deixou o cântaro de lado e voltou correndo para a cidade a fim de in- formar aos seus amigos e vizinhos a descoberta de sua vida: “Venham comigo e vejam um homem que me disse tudo o que eu já fiz. Não seria Ele, por acaso, o Cristo?” (v. 29). Jesus disse realmente tudo o que ela havia feito? Nos poucos versículos da história, pouco se diz sobre sua biografia. Cristo foi o primeiro a re- conhecer essa dor, a identificar sua grande necessidade e a preenchê-la com “água da vida”. A motivação da vida da samaritana, de tudo o que ti- nha feito, era acabar com sua intensa dor e a necessidade de se sentir per- doada, valorizada e amada. A mulher desprezada de Samaria se tornou a evangelista de Samaria. Quem acreditaria numa história co- mo essa? Muitos em Samaria acredi- taram (v. 39).
ATENÇÃO ESPIRITUAL A samaritana respondeu posi- tivamente à aproximação de Jesus. O Mestre demonstrou em Seu minis- tério como devemos tratar as pes- soas que vivem em dor e opressão social. Ele as aceitou e as valorizou, abrindo a porta para a restauração física, emocional e espiritual. O encontro de Jesus com a sama- ritana é um modelo a ser seguido.
Nele vemos a importância do conta- to pessoal no processo de evangeli- zação. Um aspecto essencial nessa abordagem é entender que as pesso- as, em maior ou menor grau, enfren- tam algum tipo de dor. Não podemos comunicar a teoria do evangelho e, ao mesmo tempo, ignorar o sofri- mento das pessoas. Se Jesus tivesse dado apenas uma aula teórica à sa- maritana, certamente o resultado te- ria sido bem diferente. Em vez disso, Ele demonstrou sensibilidade combi- nada com o ensino da verdade. Portanto, em cada evangelismo pessoal, precisamos valorizar, em pri- meiro lugar, a pessoa. Mesmo com suas dificuldades sociais e espirituais, cada indivíduo foi criado à imagem de Deus e precisa da Água da vida. Jesus é o Único que pode saciar os anseios mais profundos do coração. Todos aqueles que O aceitam são transfor- mados em uma fonte de graça que leva vida e esperança para muitas “samaritanas” ao redor. E agora, você pode imaginar o resto da história da mulher samaritana? Você a imagina indo de cidade em cidade para contar seu testemunho? E como ficou seu relacionamento? Certamente, Jesus preencheu cada parte do seu cora- ção e devolveu sentido à sua existên- cia. Seu testemunho alcançou muitas vidas e até hoje comove corações. Es- sa mesma transformação também pode ser experimentada por você. Basta ter um encontro com Jesus.
Referências (^1) Ellen G. White, Ministério Pastoral (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2015), p. 284. (^2) Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2021), p. 386. Artigo publicado originalmente na revista Ministério (maio-junho 2023), p. 18-20.
Silvia C. Scholtus Conferencista e escritora Foto cedida pela autora
cpb.com.br | 0800-0552616 | CPB livraria | 15 98100-
Baixe o aplicativo CPB
cpb.com.br | 0800-0552616 | CPB livraria | WhatsApp15 98100-
Baixe o aplicativo CPB
atendimentolivrarias@cpb.com.br
MKT CPB | Adobe Stock
ELE CHEGOU!
Complete sua coleção.
E S BO ÇO DE SERMÃO OS ELEITOS^ EFÉSIOS 1:4, 5
Otávio Antônio da Silva Pastor em Queimadas, PB
E S BO ÇO DE SERMÃO ÁRVORE DE PAZ^ SALMO 1
Anderson Bezerra Graduado em Teologia e mestre em Interpretação Bíblica
E S BO ÇO DE SERMÃO O PODER DO AMOR^ GÊNESIS 25:27, 28
Natanael Oliveira dos Santos Pastor em Nanuque, MG