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Edição sobre REexistência e protagonismo de minorias na arquitetura não mostrada nos livros de história no Brasil e no mundo nos períodos moderno e contemporâneo. (Conteúdo feito com muito amor sz). Edit.:Camilla Duarte, Cíntia Marques, Guilherme Peres, Sofia Panarotto e Thayná Sá
Tipologia: Exercícios
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Não perca as partes importantes!
A abordagem dessa revista visa ressaltar de forma plural os diversos temas presentes na Arquitetura e Urbanismo. Dessa forma, o nome RE tem sua criação pautada na língua portuguesa e suas diversas REinvenções. Partindo também, de um certo fascí- nio pelas possibilidades compositivas das palavras, que por consequência, auxiliam no processo de curadoria e escolha das temáticas abordadas.
Nesta edição chamada REexistência busca-se levantar arquiteturas que de certa forma, derivam da REpresentação normativa e eurocentrada da Arquitetura e Urba- nismo. Como o próprio nome sugere, o ‘existir’ dessas obras por si só fundamenta conceitos como REpresentatividade, memória, singularidade e REvolução.
Arquitetura moderna Japonesa e Sul Coreana: Para abordar esse assunto contextualiza-se os processos singulares de invasões, guerras e mudanças sistêmicas que fizeram parte da história desses dois países, assim como as suas influências arquitetônicas compartilhadas. Porém o que faz a arquitetura japo- nesa e sul-coreana tão importante é a união entre tradição e tecnologia em edifica- ções icônicas que se tornaram referências mundiais.
Arquitetura Moderna Brasileira projetada por mulheres no Nordeste: A matéria em questão não tem apenas um, mas dois protagonistas, e esse texto serve para prestigiar a arquitetura nordestina modernista brasileira, salientando a maneira que os estados do nordeste contribuíram para a solidificação da arquitetura que põe o Brasil na lista de referências. Também busca-se o entendimento do papel das mulheres arquitetas no movimento e que sem elas o modernismo brasileiro não teria alcançado o seu notório prestígio.
Arquitetura Contemporânea Latino Americana: Ressalta-se nesse segmento as influências da arquitetura latino-americana, utilizando como estudo de caso dois centros culturais na Argentina e no Chile, também ressalta- -se a influência das ditaduras nesses países e como a arquitetura cumpre o seu papel de conscientização a partir da a preservação da memória e da transformação de espaços que antes eram posse dos governos totalitários.
Relações entre a arquitetura contemporânea sustentável e a arquitetura indígena brasileira: Uma das questões mais comentadas na contemporaneidade é a transformação da arquitetura visando a utilização de recursos sustentáveis. A maneira de construir que condiz com a natureza e que utiliza de forma coerente os recursos da região transfor- mou-se em algo almejado pelos arquitetos. Percebe-se que a prática descrita faz parte da cultura das comunidades indígenas nacionais e portanto, serviram de inspi- ração para as arquiteturas descritas nesta matéria.
Para finalizar o editorial apresenta-se o poema
Constatações de Ozino Esteván (tradução de
Igor Fracalossi) que de certa forma unifica a re-
vista e o tema pois brinca e questiona o valor da
memória, da palavra e das pessoas.
“Não tem mais valor já a palavra
Não tem mais memória já as pessoas
Tudo necessita confirmar-se
Não têm palavra já as pessoas
Não tem valor já a memória
Tudo já não vale nada
Não têm valor já as pessoas
Não têm memória já as palavras”
50 55 60 63 68 71 79 85 87
R DESIGUALDADE DE NA HISTORIOGRAFIA TETÔNICA BRASILEIRA PRESIDENCIA JOSE LYRA NÍCIA BORMANN NO CEARÁ EDIFÍCIO BENÍCIO DIÓGENES A OCULTA INFLUÊNCIA DA CULTURA INDIGENA NA ARQUITETURA BRASILEIRA CENTRO SEBRAE DE SUSTENTABILIDADE INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL DE SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REFERÊNCIAS DE IMAGENS
LINHA DO TEMPO
Villa Savoye Arquiteto: Le Corbusier Ano: 1929
MASP Arquitetos:Lina Bo Bardi Ano: 1947
A Casa de Vidro Arquiteto: Lina Bo Bardi Ano: 1951
Residência José Lyra Arquiteta Lygia Fernandes Ano 1954
Palácio da Alvorada Arquiteto: Oscar Niemeyer ANO: 1957
Museu Guggenheim Arquiteto: Frank Lloyd Wright Ano: 1959
Ginásio Nacional Yoyogi Arquiteto Kenzo Tange Ano: 1964
Edifício Benício Diógenes Arquiteta Nícia Paes Bormann Ano 1974
Vitra Design Museum Arquiteto: Gehry Partners Ano: 1989
Seoul Arts C Arquiteto: Archiban A
A linha do tempo a seguir nos mostra as divergências de anos entre períodos do mesmo movimento em obras internacionais e nacionais comparadas com as obras escolhidas para o estudo da REvista.
O primeiro contato dos japoneses com métodos modernos se deu no início da Restauração Meiji, por volta de 1868, quando o país chegava ao fim de seu perío- do feudal após diversos conflitos civis e sua reclusão, consequente de dois séculos e meio do Xogunato Tokugawa (governo ditato- rial feudal liderado pela família Tokugawa dos anos 1603 a 1868).
Esses dois séculos e meio também são conhecidos como Período Edo, e a região atualmente referente a Tóquio já era uma capital pré-moderna criada pelos Toku- gawa. Com a queda do Período Edo e a ascensão da Era Meiji, um novo governo caracterizado como uma mistura de monarquia constitucional e absoluta, inspi- rado nos governos britânico e prussiano, é instaurado. Com isso, uma nova constitui- ção é promulgada em 1889, seguindo válida até o fim da Segunda Guerra Mundial.
Os primeiros métodos construtivos moder- nos chegaram com os portos, trazidos por britânicos e estadunidenses agora presentes no arquipélago. Até então, o Japão conta- va com uma arquitetura feita basicamente de madeira e estruturas arquitravadas, porém com as novas técnicas trazidas do estrangeiro, dá-se início ao uso de estrutu- ras em aço e concreto.
Edifícios públicos, escolas e estruturas portu- árias são as primeiras construções a adota- rem essa nova possibilidade estrutural que com o tempo se espalharam por todo o território, se tornando maioria e aplicada em contextos diversos.
Essas primeiras estruturas acabavam tendo métodos mistos do tradicional em madeira e do estrangeiro, tanto em estrutura quanto em design, tendo como exemplo a Escola Funda- mental de Kaichi, construída em 1876 na província de Nagano.
Em 1853 os EUA já haviam forçado o Japão a deixar de se isolar do resto do mundo e auxilia- do no processo de “libertação” da península do controle chinês, existente em diversos períodos históricos do país o que gerou grande influência no desenvolvimento arquitetônico e cultural que passa a ser uma das questões tratadas pelo Movimento Moderno no Japão.
Após a Primeira Guerra, arquitetos como Frank Lloyd Wright e Bruno Taut se estabele- cem no Japão e a arquitetura tradicional passa por uma reavaliação. Naquele momento, a nova leva de arquitetos japoneses era, em maioria, formada na Europa e seguia os moldes de Le Corbusier, um tanto curioso quando considerado que a arquitetura moderna japonesa diverge dos cinco pontos definidos pelo mesmo, que previa fachadas livres, janelas em fita, pilotis, terraço jardim e planta livre.
Aqueles com formação estrangeira e adeptos do modernismo consideraram que era hora do Japão abrir mão de certos traços da arquitetu- ra tradicional principalmente por suas origens serem vinculadas ao período de influência chinês, além de considerado por eles como algo ultrapassado, não condizente com a nova realidade do país.
O Ginásio Nacional Yoyogi foi projetado por Tange para os Jogos Olímpicos de 1964 que ocorreram em Tóquio e acabou por se tornar um ícone arquitetônico. O projeto como um todo é um híbrido do modernis- mo ocidental e da arquitetura tradicional, com o caimento da cobertura fazendo refe- rência direta aos telhados das construções tradicionais como os pagodes.
As curvas distorcidas e um tanto dramáti- cas de Tange criam uma cobertura dinâmi- ca com materiais aparentes formando o perfil da construção.
O projeto está implantado em um dos maiores parques de Tóquio e foi utilizado o contexto para que o edifício pudesse ser integrado à paisagem. Tanto as curvas dos cabos estruturais, quanto a cobertura e o embasamento de concreto criam uma sensação de que o prédio surge do terreno e se integra ao todo.
Foi projetado para competições olímpicas de natação e mergulho e pode comportar até 10500 pessoas, no entanto a estrutura é capaz de ser adaptada para eventos maio- res e modalidades como basquete e hóquei no gelo.
A influência para seu desenvolvimento surge do Pavilhão Philip de Le Corbusier e o estádio de hóquei Eero Saarinen da Universidade de Yale. Ambos intrigaram Tange com estruturas tensionadas e geo- metria.
Com ambos projetos em mente, Tange faz uso de uma espinha central para a cobertura e estrutura, similar ao estádio de hóquei, com dois grandes cabos de aço suportando duas torres estruturais que também são ancoradas ao solo com suportes de concreto. Cabos suspensos formam uma estrutura semelhante a uma tenda e cabos pré-tensio- nados são suspensos dos cabos principais, que criam a base do ginásio e oferecem uma estrutura para os assentos no interior.
Como resultado surge uma estrutura simétrica suspensa de estética singular.