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Retiro de Revisão de Metas do Querigma, Notas de estudo de Sistemática

batize, experimente sua dignidade de filho de Deus, chegue à plenitude da sua vocação. ... no amor. Esta evangelização, que visa a conversão a Jesus Cristo, ...

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Boto92
Boto92 🇧🇷

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Retiro de Revisão de Metas do Querigma
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1. Evangelização
Evangelizar é um verbo, derivado de evangelho, que faz referência à proclamação, ao anúncio de Jesus
Cristo e da sua mensagem. No propósito de que quem recebe esse alegre anúncio, se converta, se
batize, experimente sua dignidade de filho de Deus, chegue à plenitude da sua vocação.
Encontramos na Sagrada Escritura referência a este momento importante da evangelização, o qual nos
assinala a importância deste momento fundamental de anúncio, pois nos indica o essencial na
transmissão da mensagem do evangelho.
Sabe-se que a Igreja existe para evangelizar, é sua vocação mais profunda (EN nº14). Este mandato de
ir a todos, para fazer discípulos, para batizar, e dar tudo a eles (Mt 28, 18ss) é a essência da Igreja, essa
tarefa é urgente e não como algo facultativo mas de vital importância, porque está em jogo a salvação
dos homens (EN nº5).
2. A Nova Evangelização
É importante assinalar que o chamado para a Nova Evangelização que hoje nos faz a Igreja, não pode
ser assumido como algo tangencial, mas a forma como no momento presente queremos ser fiéis ao
mandato de Jesus (Mc 1, 14).
No fim da segunda Guerra Mundial, os agentes de pastoral constataram essencialmente, que a partir
do desastre bélico, a prática religiosa obedece mais a uma fé inculturada que a uma propriamente
cristã. Isso leva a concluir que existe lugares, não somente geográficos, mas também sociológicos e
psicológicos, que precisam de uma Nova Evangelização.
Desta forma, se quer falar através da evangelização do passo da Igreja das missões a uma Igreja em
estado de missão. O sínodo de 1.974 e a exortação apostólica de Paulo VI, Evangelii Nuntiandi, como
fruto, contribui imensamente não somente no doutrinal, mas também na prática pastoral.
Finalmente, João Paulo II, com Redemptoris Missio, nos motiva a assumir a Nova Evangelização, a qual
não somente a evangelização, deve ser nova nos seus métodos, no seu ardor e expressão, mas também
que seja permanente. É a de assumir a missão e a pastoral da Igreja, na que sejamos discípulos
missionários capazes de dar razão da nossa fé, de sermos testemunhas da esperança e comunidades
ungidas de vida plena.
3. Anúncio do Querigma
Depois de vários anos vivendo o espírito da Nova Evangelização, para todos nos resulta familiar a
expressão “Anúncio Querigmático”. Temos escutado sobre a importância do Querigma e como a Igreja
insiste, de forma mais radical, a urgente necessidade de que o Querigma seja dado na nossa tarefa
evangelizadora.
A Sagrada Escritura, desde o Novo Testamento, nos apresenta a experiência dos apóstolos e das
primeiras comunidades cristãs, em relação a este primeiro anúncio. Por isso, o Querigma não é
Retiro de Revisão de Metas do Querigma
Pe. Marco Antonio Guerrero Guapacho
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  1. Evangelização Evangelizar é um verbo, derivado de evangelho, que faz referência à proclamação, ao anúncio de Jesus Cristo e da sua mensagem. No propósito de que quem recebe esse alegre anúncio, se converta, se batize, experimente sua dignidade de filho de Deus, chegue à plenitude da sua vocação.

Encontramos na Sagrada Escritura referência a este momento importante da evangelização, o qual nos assinala a importância deste momento fundamental de anúncio, pois nos indica o essencial na transmissão da mensagem do evangelho.

Sabe-se que a Igreja existe para evangelizar, é sua vocação mais profunda (EN nº14). Este mandato de ir a todos, para fazer discípulos, para batizar, e dar tudo a eles (Mt 28, 18ss) é a essência da Igreja, essa tarefa é urgente e não como algo facultativo mas de vital importância, porque está em jogo a salvação dos homens (EN nº5).

  1. A Nova Evangelização É importante assinalar que o chamado para a Nova Evangelização que hoje nos faz a Igreja, não pode ser assumido como algo tangencial, mas a forma como no momento presente queremos ser fiéis ao mandato de Jesus (Mc 1, 14).

No fim da segunda Guerra Mundial, os agentes de pastoral constataram essencialmente, que a partir do desastre bélico, a prática religiosa obedece mais a uma fé inculturada que a uma fé propriamente cristã. Isso leva a concluir que existe lugares, não somente geográficos, mas também sociológicos e psicológicos, que precisam de uma Nova Evangelização.

Desta forma, se quer falar através da evangelização do passo da Igreja das missões a uma Igreja em estado de missão. O sínodo de 1.974 e a exortação apostólica de Paulo VI, Evangelii Nuntiandi, como fruto, contribui imensamente não somente no doutrinal, mas também na prática pastoral.

Finalmente, João Paulo II, com Redemptoris Missio, nos motiva a assumir a Nova Evangelização, a qual não somente a evangelização, deve ser nova nos seus métodos, no seu ardor e expressão, mas também que seja permanente. É a de assumir a missão e a pastoral da Igreja, na que sejamos discípulos missionários capazes de dar razão da nossa fé, de sermos testemunhas da esperança e comunidades ungidas de vida plena.

  1. Anúncio do Querigma Depois de vários anos vivendo o espírito da Nova Evangelização, para todos nos resulta familiar a expressão “Anúncio Querigmático”. Temos escutado sobre a importância do Querigma e como a Igreja insiste, de forma mais radical, a urgente necessidade de que o Querigma seja dado na nossa tarefa evangelizadora.

A Sagrada Escritura, desde o Novo Testamento, nos apresenta a experiência dos apóstolos e das primeiras comunidades cristãs, em relação a este primeiro anúncio. Por isso, o Querigma não é

Retiro de Revisão de Metas do Querigma

Pe. Marco Antonio Guerrero Guapacho - Colômbia

somente proclamar um conteúdo, mas, sobretudo o anúncio onde realiza-se o acontecimento da poder de Deus, onde o realmente novo é o anúncio, através do qual vem o Reino de Deus.

Hoje é urgente e imperativo apresentar a todos os homens, o evangelho que é Jesus Cristo, é pregar a eles de forma viva e alegre o Querigma (SD 31). Este anúncio gozoso implica em uma evangelização nova no seu ardor que depende de uma fé sólida, uma intensa caridade pastoral de tal forma que, guiados pelo Espírito Santo, suscite uma mística, uma paixão missionária, capaz de despertar a credibilidade para acolher a Boa Nova (SD 28).

Com a Evangelização fundamental, quer dizer, com o anúncio querigmático inicia o processo evangelizador. É a porta e alicerce, os que receberam este anúncio evangelizador no coração, continuarão com uma catequese progressiva e sistemática. Mas o anúncio querigmático não é somente o início da vida cristã. Não é somente a raíz, é também o alicerce. Desde a firmeza da sua base depende a construção que se fará sobre ele. O conteúdo do Primeiro Anúncio é a pessoa de Jesus e seus atos de salvação. Isto supõe uma forma própria de apresentação. O Querigma não é instrução, não é ensino, nem doutrina, mas testemunho, anúncio, proclamação. A vigência do Querigma será autêntica sempre e quando não se reduza a uma recitação de verdades, mas como proclamação de um acontecimento salvador na pessoa de Jesus.

  1. Revisão de metas do Querigma O anúncio do querigma deve inspirar admiração, seguimento e decisão por nos conformarmos com Jesus. João Paulo II afirmou em Catechesi Tradendae o propósito da evangelização, que é a de proclamar a Boa Nova à humanidade para que viva dela (CT 18). Na mesma linha de Paulo VI, disse que o propósito da evangelização é a mudança interior (EN 18). Renovar a humanidade a partir de dentro, a realização deste objetivo é trabalhar com todas as suas consequências. Isto implica a renovação das estruturas. Evangelizar de forma vital, em profundidade, a cultura e as culturas dos homens, impregnar a todos sem se submeter a nenhuma (EN 20).

Se através do anúncio do querigma se procura um encontro pessoal com Cristo vivo e ressuscitado , ter uma adesão explícita e pessoal a Jesus Cristo , no Retiro de Metas na evangelização querigmática, pretende-se fazer mais consciente a conversão, a adesão a Cristo, consagração a Jesus como Senhor e da efusão do Espírito Santo. Tanto Christifideles Laici como Redemptoris Missio falaram de conversão e adesão a Cristo. Desta forma, pode-se apreciar como o anúncio da Boa Nova tende a despertar no coração e na vida do homem a conversão e a adesão a Jesus Salvador e Senhor (ChL 33) e é por isso que neste retiro pretende-se que a conversão seja permanente, do mal para o bem, de bom para o melhor, até a estatura de Cristo, para nos cristificar, até nos transfigurar em Cristo. Esta é uma das finalidades ou metas do querigma , que é necessário rever e dar resposta madura e consciente como contexto deste retiro.

Desta forma, à evangelização e à realização da tarefa missionária os documentos da Igreja (AG) afirmam a importância da evangelização através da palavra e do testemunho que se fazem concretos no amor. Esta evangelização, que visa a conversão a Jesus Cristo, ser transformados por Ele, ser servos do Senhor e caminhar no Espírito, deve acompanhar um processo de conversão, de fé, de modo que provoque uma mudança radical que transforme a vida toda e a permita viver em comunhão e ser testemunho na missão.

São feitas duas liturgias, a Penitencial como lembrança da primeira, com a mesma ordem e conteúdo, mas situada no contexto da vida vivida após a evangelização; e a de Consagração, integrada na celebração eucarística, que leve a uma verdadeira renovação da sua vida espiritual no relacionamento com o Espírito Santo. Os temas que se dão da catequese de Vida Nova proclamam-se com um enfoque totalmente querigmático que leve as pessoas a uma verdadeira revisão da sua vida e confrontando o proclamado com o que estão vivendo. SISTEMAS Existem vários sistemas possíveis para este retiro de revisão de metas e isso de acordo com as possibilidades das pessoas e da paróquia:

  • dois dias completos, que podem ser sábado ou domingo proporcionando suficiente tempo para o silêncio, reflexão, meditação e oração pessoal.
  • dois sábados ou dois domingos, com uma ou duas semanas de intervalo.
  • um fim de semana em uma casa de retiro, entrando sexta feira à tarde e saindo domingo ao meio dia.
  • um dia completo em uma casa de retiro, procurando que se cumpra com o objetivo da revisão de metas, esse viver com fidelidade e crescimento em sua vida cristã plena; cuidando que o lugar seja adequado, e que se tenha espaços de recolhimento, silêncio e oração.

DESTINATÁRIOS

Este retiro é para pessoas já “evangelizadas” que, ao não ter vivido seu retiro de evangelização adequadamente “no cumprimento das metas” e sua vida de “evangelizados” é muito fraca ou débil, ou pior, não estão perseverando em comunidade. Também podem ser pessoas que se afastaram por diversos motivos (não mais de seis meses), e que desejam voltar. Teríamos que ver os motivos do seu afastamento da comunidade ou vida paroquial, que podem ser por diversas causas: a pessoa não entrou devidamente preparada e verificada ao retiro. Por isso sempre afirmamos de que não devemos deixar passar ninguém ao retiro de evangelização se não verificarmos bem sua vivência; proclamadores e pastorzinhos que não foram verdadeiramente testemunhas ungidas, ou não foi bem feito o sistema, o conteúdo foi confuso, a falta de um bom pastoreio. Como é o cuidado das comunidades e o discipulado pessoal podem ser outras causas; problemas de tipo prático, mudança de horário no serviço que impediu sua participação na comunidade, mudança do dias de comunidade, indiscrição na sua comunidade, fofocas, falta de integração, não aceitação dos responsáveis do setor ou coordenador ou outras pessoas que têm autoridade nessa paróquia.

OBSERVAÇÃO: Para o Retiro de revisão de metas, é indispensável que cada destinatário (participante) tenha a Sagrada Escritura para os espaços de reflexão, meditação e oração pessoal.

AGENTES Sabemos que o Agente Principal é o ESPÍRITO SANTO. Os instrumentais: proclamadores que sejam verdadeiras testemunhas ungidas, que comuniquem o que estão vivendo para que ajudem a uma boa reflexão e a proposta seja a esperada. É útil levar em conta que as pessoas que vão dar o retiro tenham muito claro o que se procura como objetivo, por isso devem ser convidados a que primeiro eles vivam o retiro de revisão de metas.

PASTOREIO: CONVERSÃO INICIAL (QUERIGMA): De que coisas você pensa que uma pessoa como nós, deve se converter?

PASTOREIO: CONVERSÃO PERMANENTE (VIDA NOVA): Por que a conversão deve ser um processo permanente e progressivo em nossa vida?

Quem manifesta em cada pessoa a mudança interior?

PASTOREIO: TRANSFORMAÇÃO EM CRISTO (VIDA NOVA): Em que consiste a vida cristã? Que significado terá a frase: “Eu vivo, mas não sou eu que vive; é Cristo quem vive em mim”?

PASTOREIO: SERVOS DO SENHOR (VIDA NOVA): Quais são os passos fundamentais para fazer a Jesus o SENHOR da minha vida?

PASTOREIO: DÓCEIS AO ESPÍRITO (VIDA NOVA): Como posso ser instrumento disponível para o anúncio do Reino na missão evangelizadora?

MODELO DE RETIRO (um dia completo)

Oração e Introdução 30 minutos Introdução: Experiência do amor de Deus Conversão inicial (querigma) 30 minutos Meditação pessoal (partindo da Palavra de Deus) 30 minutos Conversão permanente (Vida Nova) 20 minutos Meditação pessoal (partindo da Palavra de Deus) 30 minutos Descanso 20 minutos Transformação em Cristo (Vida Nova) 20 minutos Meditação dirigida 15 minutos Meditação pessoal (partindo da Palavra de Deus) 30 minutos Descanso - Almoço 60 minutos LITURGIA PENITENCIAL 40 minutos Descanso 20 minutos Servos do Senhor (Vida Nova) 20 minutos Meditação pessoal (partindo da Palavra de Deus) 30 minutos Dóceis ao Espírito Santo (Vida Nova) 20 minutos Meditação dirigida 15 minutos Pastoreio 30 minutos Meditação pessoal (partindo da Palavra de Deus) 30 minutos EUCARISTIA COM A LITURGIA DE CONSAGRAÇÃO INTEGRADA RECOMENDAÇÕES PARA ESTA CELEBRAÇÃO NO DOMINGO E/OU FESTA: ● Primeira leitura, salmo e evangelho do dia. ● Segunda leitura: segundo as sugestões do livro das “Celebrações Litúrgicas” do SINE. ● Não se reza o Credo. ● Não se fazem preces ● Se reza o Magnificat, após a comunhão.

RECOMENDAÇÕES PARA A CELEBRAÇÃO TEMPO COMUM ● Leituras e Evangelho: segundo as sugestões do livro das “Celebrações Litúrgicas” do SINE. ● Não se reza o Credo. ● Não se fazem preces ● Se reza o Magnificat, após a comunhão.

60 minutos