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Abdome Agudo: Diagnóstico e Abordagem em Pronto-Socorro, Notas de estudo de Medicina

O abdome agudo, uma condição médica que exige atenção imediata. O texto descreve a definição, causas, sintomas, exame físico e exames complementares para o diagnóstico. Além disso, discute a importância da avaliação precoce e da conduta médica adequada, incluindo a necessidade de intervenção cirúrgica em alguns casos.

Tipologia: Notas de estudo

2025

Compartilhado em 01/03/2025

miguel-gimenes-mendes
miguel-gimenes-mendes 🇧🇷

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Abdômen agudo
Epidemiologia:
Alta frequência em pronto
socorro
Letalidade: variação muito
grande, desde entidades
benignas ate entidade letais
Etiologia:
Intra-abdominal pode ser
orgânica ou não orgânica
(funcionais, não conseguimos
identificar uma causa
especifica).
Extra abdominal: pode ter
origem em órgãos extra
peritoniais, abdômen agudo não
é originado somente em órgãos
intra abdominal.
Sistêmica: doencas sistêmicas
também podem levar a esse
quadro
Conceito:
Dor abdominal de indício súbito,
origem espontânea, com
elocução (via de regra)
progressiva e que faz o paciente
procurar um serviço médico.
OBS: Se não faz o paciente
procurar o atendimento, como
por exemplo, uma dor de
barriga, não é considerado um
abdômen agudo.
Precisa ter uma definição
diagnostica com conduta
imediata. Seja cirúrgica ou não,
mas a conduta precisa ser
imediata
Os quadros de abdômen agudo
são potencialmente cirúrgicos,
existem alguns casos que são
expectante, mas na maioria do
casos são cirúrgicos.
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Abdômen agudo

Epidemiologia :  Alta frequência em pronto socorro  Letalidade: variação muito grande, desde entidades benignas ate entidade letais Etiologia :  Intra-abdominal pode ser orgânica ou não orgânica (funcionais, não conseguimos identificar uma causa especifica).  Extra abdominal: pode ter origem em órgãos extra peritoniais, abdômen agudo não é originado somente em órgãos intra abdominal.  Sistêmica: doencas sistêmicas também podem levar a esse quadro Conceito:  Dor abdominal de indício súbito, origem espontânea, com elocução (via de regra) progressiva e que faz o paciente procurar um serviço médico.  OBS: Se não faz o paciente procurar o atendimento, como por exemplo, uma dor de barriga, não é considerado um abdômen agudo.  Precisa ter uma definição diagnostica com conduta imediata. Seja cirúrgica ou não, mas a conduta precisa ser imediata  Os quadros de abdômen agudo são potencialmente cirúrgicos, existem alguns casos que são expectante, mas na maioria do casos são cirúrgicos.

É importante saber diferenciar o que é abdômen agudo e o que é trauma Trauma abdominal NÃO é abdômen agudo: isso porque não é espontâneo. Trauma: por definição é um agente esterno, sendo que ele pode ser  Pode ser fechado  Pode ser aberto Mesmo se a pessoa comer uma espinha de peixe, como se trata de algo fisiológico, ou seja, ingestão alimentar não é um abdômen agudo. O trauma possui condutas muito diferentes do abdômen agudo. Existe escolas por ai que dividem abdomem agudo não traumático, se a gente fizer uma prova de residência entender que pode cair, mas na fisiologia não faz sentido (para o professor) Gerenciamento  É fundamento ter Observação hospitalar, importante fazer mesmo que seja por um pequeno período, para não responder processos depois  Instigação adicional  Indicação cirúrgica imediata (se necessáro) É uma entidade de um ação: Multidisciplinar  Gastrocirurgia  Cirurgia vascular  Urologia  Cirurgia torácica  Ginecologia  Obstétrica  Cardiologia  Pneumologia

Quando falamos de abdômen agudo, falamos principalmente de dor visceral. Uma dor que o paciente não consegue localizar, é difuso, inespecífico. A diferença do diagnóstico de uma DOR VISCERAL. É uma DOR PARIETAL, é como o paciente indica a dor. Se for uma dor visceral, o paciente vai espalmar a mão e dizer que esta doendo, a partir do momento que a dor visceral evolui para uma dor parietal, fica mais localizado, o paciente consegue localizar com o dedo. Isso porque aquela inflamação que estava localizada no território visceral passou para o parietal. Por isso começou a fizer especifica. Dizendo ate o quadrante por exemplo. Dor visceral  Distensão  Inflamação  Isquemia  Envolvimento diretos dos nervos  Linha média Dor parietal  Irritação direta do peritônio  Andar superior  Andar inferior Então por exemplo: Se houver um Sangramento ou secreção sub-diafragmática esquerda:  Dor referida em ombro esquerdo Só que isso nos remete a outra patologia também, por exemplo um infarto agudo do miocárdio, as vezes o paciente não

está relatando um quadro de abdômen agudo, as vezes ele está infartando. Por isso é necessário um diagnostico diferencial importante. Vias biliares Quando falamos de vias biliares, visto que as vias biliares estão localizada na região de hipocôndrio esquerdo, começamos a ter dor:  Dor em ombro direto ou dorso (isso pela posição anatômica.) Isso tem muito haver com um PRINCÍPIO DE METAMELIA. Isso nos ajuda a manter uma linha de raciocínio clinico. Quando se trata de uma Úlcera gástrica duodenal, ou uma pancreatite  Dor esta mais localizada em andar superior do abdômen Úlcera duodenal perfurado  Dor epigástrica intensa e localizada (via de regra)  Muito claro quando pegamos uma perfuração de estômago ou duodeno.  Isso porque vamos ter uma substância ácida irritando o peritônio, já parietal dessa região.  O paciente costuma falar que é como se fosse uma facada na boca do estômago.  Isso se espalhado pela cavidade peritonial isso poderia se generalizar, ou ir para fosse ilíaca direita. Metameria: é o princípio de construção pelo qual o tronco é constituído pela superposição de segmentos transversais semelhantes chamados metâmeros, vértebras, costelas

flancos. Mas caracteristicamente os rins e o colo Obs: nada disso é patognomônico, so nos ajuda a tentar localizar algo. Doenças ginecológicas, diverticulites  Dor em andar inferior do abdômen  Nos casos das diverticulites, por causa da localizado da maior parte dos diverticulos No caso das doenças ginecológicas, está relacionado ao fato de que esses órgãos são intraperitoniais. História clínica  Na história clínica. Temos os vômitos. Importante saber que a propedêutica do vomito pode te dar onde esta o problema:  Vômitos biliosos: provavelmente o problema é distal a chegada das vias biliares no duodeno.  Vômitos claros: proximal a chegada das vias biliares no duodeno.

 História de medicamentos (pensar nos AINES, na história da pessoa, penar nas síndromes dispepticas)  Eliminação de flatos: o trato gastro intestinal tem um peristaltismo que via de regra vai ser sempre em SENTIDO DISTAL PRA PRÓXIMAL. Lembrando que o vomito é a expressão máxima dessa alteração. Isso porque o organismo vai inverter o sentido do peristaltismo para fazer a eliminação de algo tóxico para você, ou, de acordo com algum problema neurológico que você tem.  Em termos de peristaltismo: (entender que a parada de eliminação de fezes é diferente de parar de eliminar fezes e flatos)  Parada de fezes: não está totalmente obstruído, SUBOCLUSAO INTESTINAL  Parada de fezes e flatos: ABDOMEM AGUDO OBSTRUTIVO (desde que ele procurou o P.S)  Alteração de hábitos intestinais -

evacuações - >diarreia  Diarreia: aumento do peristaltismo  DUM: importante, pois um dos tipos de abdomem agudo vai ter haver com essa parte obstétrica.  I nspeção: primeiro contato visual, olhar a postura, o jeito que senta, que anda.  Se estiver curvado para a direita: talvez seja uma apendicite.  Presença de cicatrizes: a cicatriz de mcburry (cicatriz universal de retirada da apendicite.)

Obs: precisa saber os sinais Toque retal e vaginal  Vaginal: doenças que estão se manifestado no aparelho genital  Retal: inflamações que estão acontecendo. Exames subsidiários: Importante que nesse momento já tenhamos a hipótese diagnostica.  Hemograma  Bilirrubina  Gama GT  Amilase  Lipase Precisamos saber o que procurar, porque as vezes mais importante que isso é pedir uma imagem, toda vez que pedimos exames precisamos saber o que esperar. Classificação

Obs: a classificação do abdômen agudo não muda, ele evolui para complicação. Inflamatório  Apendicite (causa mais comum de abdome agudo cirúrgico no mundo, idade mais frequente em jovens adultos)  Colecistite  Diverculite Geralmente esses três são de conduta cirúrgica  Pancreatite (condulta clinica – geralmente)  Anexite: inflamação dos anexos ovários, e etc (conduta clínica- geralmente)

 Ultrassom: pode mostrar uma parede de apêndice espessada, assim o como poderia ser na vesicular biliar  Na tomografia poderíamos ver um bloqueio na região do apêndice Em termos de cálculos biliares:  Podemos ter a presença de cálculos biliares  Quando vemos um monte de imagens pequenas, a preocupação não é nem com a colescistite aguda, a preocupação é com que esses cálculos migrem e pare no terço distal do colédoco e de pancreático biliar, que é totalmente grave  Ao olhas as imagens já começos a ver coisas e a prever coisas, e pensar na conduta adequada. Colestite aguda:  Espessamento de parede e presença de calculo

Aqui no pâncreas vemos uma que já esta com a consistência alterada. É difícil mesmo ver as imagens, mas o professor disse que com o tempo melhora. Perfurativo: Qual a etiopatogenia dele:  Úlcera gástrica duodenal  Diverticulose  Corpos estranhos  Neoplasia

 Rotura de aneurisma de aorta  Rotura espontâneo de baco, via de regra é que tem doenças hematológicas, leucemias, anemia falciforme. Nesse caso se você tem uma hipertensão portal ou uma esplenomegalia, ele pode se romper  Se romper precisa ir para a cirurgia.  Dor: intensa, rigidez abdominal DB: descompressão brusca +  Sinais sistêmicos: hipotensão, taquicardia, palidez, sudorese, vida sexual ativa  Sempre pensar na história clinica. Obstrutivo:  Aderências  Brisas (mais comum em pessoas com antecedentes cirúrgicos)  Hérnias (mais comum)  Neoplasias  Invaginação intestinal (cirurgia pediátrica) Pensar nas cicatrizes que vemos, se a cavidade dor aberta pensar na possibilidade de bridas.  Dor: cólica periumbilical  Náuseas vômitos  Distensão abdominal

 Parada de eliminação – flatos e fezes  Porque se for somente parada de fezes, NÃO É OBSTRUTITVO, É UMA SUB-OCLUSÃO  Como tratar uma suboclusao: hidrata e jejum, as vezes volta. Se a gente tiver obstrução no intestino delgado, essa Imagem é caracteriticas:  Imagem : pilhas de moedas a (delgado) Se for de intestino grosso  moldura cólica dilatada (grosso), nitidamente vemos as alstrassoes.  Intussuscepcao: seria a entrada do intestino dentro dele mesmo  Com isso edemacia e obstrui  Na tomo chama sinal em alvo. Nesse mesmo quadro agora no raio X vemos isso

 O que faz a gente pensar: o perfil do paciente  Se a gente ver uma paciente de 40 anos, diabético, hipertenso fica mais fácil  Dificilmente vai acontecer com uma pessoa de 25 anos de idade. Na imagem:  As vezes a única coisa que conseguimos ver é uma região preta do omento  Porque a mesma artéria que vai irrigar as vísceras, ela tem participação na irrigação do omento.  Mas nas imagens não conseguimos ver algo muito especifico.  Se estamos a frente de uma população de risco, e não estamos chegando a nenhuma conclusão, pensar no vascular. Porque temos uma diferença entre o exame físico geral (que vai estar muito afetado) e o exame físico abdominal (não tão afetado assim)? Basta lembrar que quando temos um infarto por trombose, ou embolia da mesentérica superior e inferior isso vai levar a uma necrose intestinal Se a gente pensar na estratigrafia intestinal temos:  Mucosa  Submucosa  Muscular  Serosa A muscular e a serosa vai sofre por ultimo, principalmente porque a muscular tem bastante reserva funcional. A mucosa vai sofrer primeiro, vamos perde a barreira de proteção, a possibilidade termos a translocacão bacteriana tanto para a circulação cá muscular que ainda esta tentando se manter, ou por atravessar a parede intestinal e cair no peritônio e começar a acessar lugares que ainda não esta isquemiados, isso da ORIGEM A UM PROCESSO SEPTICO. Por isso que temos essa desproporção. Por isso precisamos lembrar que existe esse abdomem (vascular) Depois ele falou de algo sobre aneurisma de aorta e sofre expansão, ele é AB. Aguda vascular. Se ele se rompeu ele é hemorrágico. Porém não é frequente ter por expansão.