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Resumo sobre Ultrassom Fisioterapeutico
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
O que é? ● O ultrassom é uma forma de energia acústica, e não eletromagnética.; ● É uma ferramenta que deverá ser utilizada como parte integrante de um programa de reabilitação.; ● Tem pouca efetividade quando aplicada isoladamente.; ● É possível observar o ultrassom sendo usado tanto na Medicina (para diagnósticos) como em terapias (para efeitos tumoricidas em pacientes com câncer) e, ainda, na prática da Fisioterapia, com objetivos terapêuticos. O que irá diferenciar todos esses usos é a frequência das ondas; ● Sua frequência terapêutica utilizada na Fisioterapia é de 1 MHz (ação mais profunda) e 3 MHz (ação mais superficial); ● As ondas de ultrassom são geradas por transdutores, isto é, dispositivos capazes de transformar ou converter uma energia em outra (p. ex., a energia elétrica em mecânica). Os chamados transdutores são constituídos de materiais piezoelétricos naturais (cristal de quartzo); Características Biofísicas ● Ultrassom é uma forma de energia mecânica que consiste em vibrações de alta frequência. As ondas ultrassônicas são ondas longitudinais e provocam oscilações nas partículas do meio onde se propagam. ● Apresenta uma forma de onda, a qual chamamos de senoidal e pode ser descrita a partir de algumas variáveis, como: amplitude, potência e velocidade. A compreensão desse e de outros conceitos é necessária para a utilização do som Amplitude: é a magnitude da vibração da onda. Potência: é a quantidade total de energia ultrassônica no feixe (expressa em watts). Intensidade: é a velocidade com a qual a energia está sendo fornecida por unidade de área. Velocidade: A velocidade é a distância percorrida pela onda sonora por unidade de tempo. Importante ressaltar que a onda se propaga através de um meio de propagação está diretamente relacionada à densidade do meio. Materiais mais
densos e mais rígidos terão uma maior velocidade de transmissão. Efeito piezoelétrico: é a propriedade que tem o cristal piezoelétrico de se expandir ou contrair quando uma corrente elétrica alternada gerada na mesma frequência passa por ele. Impedância acústica: é a resistência oferecida pelos tecidos à passagem de ondas do ultrassom. Ciclo De Trabalho (Variação) ● Ciclo de Trabalho ou Duty Cicle significa a soma dos tempos de passagem e remissão da onda sonora. Damos o nome de Ciclo ON para a passagem da onda e Ciclo OFF para o período de remissão. Comportamento do Ultrassom à medida que se propaga através dos tecidos:
alterações nas ondas sonoras conforme vão penetrando no tecido; são elas: Atenuação: é a diminuição na intensidade da energia quando a onda de ultrassom é transmitida através de vários tecidos. Essa atenuação pode ocorrer ou pela absorção de energia pelos tecidos ou à dispersão e dissipação da onda sonora. Reflexão: é o que ocorre quando uma onda emitida volta ao seu meio de origem. A energia refletida é sempre menor que a energia incidente.
principais a serem consideradas quando se aplica ultrassom terapêutico: ● osso / periósteo; ● tecido / ar; ● cabeçote transdutor / ar; ● osso / tecido mole; ● interfaces de tecidos conjuntivos. A quantidade de reflexão depende da: ● diferença de densidade de um meio (tecido) para o outro (impedância acústica) ● frequência: ↑ frequência, ↑ reflexão ● espessura da interface ● ângulo de incidência da onda do ultrassom Refração: é o que ocorre quando uma onda emitida passa para outro meio, conservando sua frequência. Absorção: É a diminuição constante da intensidade de um feixe de ultrassom quando esse é passado através dos tecidos, ocorrendo assim uma diminuição exponencial na energia do ultrassom com a profundidade atingida. Durante o uso do ultrassom, o movimento das moléculas é aumentado, resultando em calor; assim, a energia cinética é convertida em energia
Variáveis dependentes da Frequência ● Quanto maior a frequência menor será o comprimento da onda. ● Quanto maior a frequência, maior será o paralelismo entre os feixes ● Quanto maior a frequência menor será a profundidade de penetração ● Quanto maior a frequência maior será a temperatura tissular Tipos De Ultrassom O Ultrassom pode ser Contínuo ou Pulsado Modo Contínuo Modo Pulsado Ultrassom com ondas contínuas: a intensidade da onda permanece constante durante todo o tratamento, e a energia do ultrassom também é produzida durante todo o tempo. Geralmente é usado para produzir efeitos térmicos; Ultrassom com ondas pulsadas: a intensidade é interrompida periodicamente, como se a energia fosse administrada por pacotes ou explosões, com um período de repouso entre os pacotes (o qual podemos chamar de tempo off). Nesse tempo de repouso, o calor produzido no período de transmissão de energia se dissipa e, assim, minimiza a ação do calor, possibilitando o uso para efeitos não térmicos. ✓ Quando se deseja tratar com eficiência as lesões profundas é aconselhável o resfriamento da área (gelo). ✓ Sugere-se para antes da aplicação da terapia ultrassônica o uso de gelo quando se quer atingir estruturas profundas e aquecimento quando for atingir estruturas superficiais. Efeitos fisiológicos e terapêuticos do ultrassom Efeitos fisiológicos Não-Térmicos ● aumenta a permeabilidade das membranas e difusão celular. ● aumenta o transporte dos íons de cálcio através das membranas das células. ● degranulação dos mastócitos. ● liberação de histamina e agentes quimiotáxicos. ● aumenta a síntese de colágeno. ●aumenta a elasticidade do colágeno. ● aumenta a taxa de sínteses de proteínas. ● diminui a atividade elétrica dos tecidos. ● aumenta a atividade enzimática nas células.
● promove oscilação dos tecidos, movimento dos fluidos e alterações da circulação nos vasos sangüíneos expostos a ondas estáveis. Efeitos Terapêuticos não térmicos ● Regeneração Tissular e Reparação dos Tecidos Moles ● Síntese de Proteína ● Estimulação do Calo Ósseo ● Aumento da Circulação Tissular ● Diminuição de Espasmos ● Normalização do Tônus Muscular ● Normalização do pH ● Estimulação das moléculas sanguíneas ● Ativação do Ciclo do Cálcio ● Estimulação das Fibras Nervosas Aferentes Efeitos fisiológicos térmicos ● Aumenta a taxa metabólica dos tecidos ● Aumento da vascularização ● Aumento da extensibilidade do colágeno ● Aumenta as propriedades viscoelásticas dos tecidos conjuntivos. ● Diminui a sensibilidade dos elementos neurais (elevação do limiar de dor): ● Receptores cutâneos ● Mecanorreceptores ● Nociceptores ● Diminui o espasmo muscular. ● Aumenta a taxa de atividade enzimática. Efeitos Terapêuticos térmicos ● Aumento de mobilidade da articulação ● Aumento da extensibilidade em tecidos ricos em colágeno ● Efeito sobre os nervos periféricos ● Aumento da circulação sanguínea ● Redução de espasmos musculares ● Alívio da dor ● Resolução de processos inflamatórios crônicos Técnicas De Aplicação Do Cabeçote Contato Direto entre o Cabeçote e o Corpo: Este modo de transferência de energia é usado com mais frequência. O cabeçote de tratamento é aplicado diretamente sobre a pele. Sabe-se que o ar reflete quase por completo o ultrassom, portanto, é absolutamente necessário assegurar-se da aplicação de
Em ambos os casos devem ser bem lentos. ✓ Quando se tratar de áreas relativamente pequenas, como pontos “trigger” (pontos gatilho), cicatrizes, tendões, o movimento contínuo embora muito pequeno, é necessário. Deve-se, portanto, abandonar a técnica estacionária. Dosimetria ✓ A dosimetria é o produto da intensidade do estímulo pela duração do tratamento. Ao aplicar energia ultrassônica deve-se ter em mente o seguinte: Possibilidade de tratamento com duas frequências: quanto maior a frequência, mais alta a absorção de energia, portanto, doses menores. Possibilidade de interrupção periódica da oscilação: Dentro do mesmo período, o ultrassom pulsado conduz a uma dose menor que o contínuo. ● Na maioria dos aparelhos, a intensidade se expressa como potência por área superficial (w/cm2). ● No uso de cabeçotes de tratamento com tamanhos diferenciados, a dosagem também é diferente. Tratamento Intensidade A intensidade se expressa em W/cm 2. ● Os aparelhos mais avançados permitem valores de até 2 w/cm2 no modo contínuo e de até 3 w/cm2 em modo pulsado. Ultrassom contínuo ou pulsado em alta intensidade provoca calor, porém o paciente deve sentir apenas uma leve sensação de calor. ● Em qualquer caso, o paciente não poderá ter sensações desagradáveis ou dolorosas durante o tratamento. Seguem abaixo algumas doses orientativas: < 0,3 w/cm2 intensidade baixa 0,3 a 1,2 w/cm2 intensidade média 1,2 a 2 w/cm2 intensidade alta Em caso de ultrassom em modo pulsado deve-se considerar o valor médio. Por exemplo, ultrassom pulsado de 1 w/cm na posição 1:5 equivale ao ultrassom contínuo de 0,2 w/cm2 (20%). Duração do Tratamento ✓ A duração do tratamento será determinada também conforme o objetivo do seu tratamento; além disso, dependerá do tamanho da área a ser tratada e da ERA do cabeçote. Para isso, vamos calcular a área a ser tratada e
dividi-la pelo tamanho da ERA do nosso cabeçote. Em média, o ultrassom é aplicado por 5 a 10 minutos para cada área de tratamento. Os estudos recomendam 1 minuto para cada cm2. Se for tratar uma área de 5 cm2 o tempo de aplicação será de 5 minutos. Condutas Pré e Pós Aplicação: Antes do Tratamento: ● O terapeuta inicia considerando os conceitos relacionados com a terapia ultrassônica e investiga as contraindicações absolutas e relativas. ● O paciente é informado do tratamento e seus objetivos. ● Localiza-se com a maior exatidão possível o local do traumatismo. ● Depois, o terapeuta prova a sensibilidade térmica. ● Entretanto, o terapeuta já deverá ter escolhido entre o contato direto ou a técnica de imersão. O meio de contato ou a água já deverão estar na temperatura correta. ● É colocado o paciente na posição inicial correta, mais relaxado e com menor sensação de dor possível. ● Deve-se limpar a área da pele em questão (eliminação de oleosidade) com sabonete ou álcool a 70% para permitir uma ótima transmissão do ultrassom. ● Se houver uma incidência grande de pelos, aconselha-se uma leve tricotomia. ● Devem-se cobrir as partes do corpo não tratadas para se evitar o resfriamento. Durante o Tratamento: ● Fixar os parâmetros no aparelho. Por exemplo:
do pulso e intervalo entre os pulsos);
● Aplicar o meio de contato na área que deve ser tratada. No caso da técnica de imersão, submerge-se a parte a ser tratada em água com temperatura agradável. Eliminam-se as bolhas de ar sobre a pele. ● O terapeuta deverá já ter então escolhido o tipo de cabeçote a ser utilizado (pequeno ou grande) e no caso de imersão, à distância do corpo tão grande quanto o campo próximo. Isto dependerá da frequência e da dimensão do cabeçote de tratamento. ● Ajusta-se a duração do tratamento.
Diretrizes Para O Uso Seguro Do Equipamento De Ultrassom ✓ As seguintes diretrizes de tratamento ajudam a garantir a segurança do paciente: 1 - Interrogar o paciente (se há contraindicações, tratamentos prévios). 2 - Posicionar o paciente (quanto ao conforto, à satisfação). 3 - Inspecionar partes a serem tratadas (verificar se há erupções, infecções ou feridas abertas). 4 - Utilizar um transdutor do tamanho adequado. 5 - Determinar a frequência do ultrassom (1 MHz para partes profundas, e 3 MHz para partes superficiais). 6 - Ajustar o ciclo de trabalho (escolher ajuste contínuo ou pulsado). 7 - Aplicar o meio de acoplamento na área. 8 - Determinar o tempo de aplicação. 9 - Manter contato entre a pele e o aplicador. 10 - Ajustar a intensidade para percepção de calor. 11 - Se o objetivo for aumentar a amplitude de movimento da articulação, colocar a parte em alongamento nos últimos 2 a 3 minutos de aplicação do ultrassom e manter o estiramento ou a massagem por fricção durante 2 a 5 minutos após o término da aplicação. 12 - Terminar a aplicação. 13 - Avaliar a eficácia do tratamento (inspecionar as áreas, questionar o paciente). 14 - Registrar os parâmetros do tratamento. Reparo Das Lesões Ultra Som ✓ Componentes celulares do processo de reparo: ●Plaquetas, mastócitos, leucócitos (Polimorfonucleares), macrófagos, linfócitos T, fibroblastos e células endoteliais. Reparo: Inflamação, proliferação (formação de tecidos de granulação) e remodelagem. inflamação: Logo após lesão.
substância biologicamente ativas, tais como, prostaglandinas e serotoninas.
primeiras sequências do processo de reparo.
estranhas, bactérias e tecidos lesados. Liberam histaminas.
os tecidos lesados e produzem fatores da lesão que orientarão a formação de tecido em granulação.
●Proliferação (Fase Proliferativa): ●Formação do tecido de granulação; ●Preenchimentos da ferida por células (macrófagos e fibroblastos); ●Vascularização (angiogênese); ●Matriz de tecido conjuntivo (fibronectina, ácido hialurônico e colágenos tipo I e II); ●Contração da ferida. Remodelagem: Substituição do tecido de granulação por cicatriz. O Aumento a resistência da ferida depende de dois fatores: Velocidade de deposição e alinhamento do tecido colágeno (obs.: o US pode ajudar neste alinhamento); A Ação Do Ultrassom Na Fase Inflamatória ●O US pode acelerar a fase de reparo pela interação com as células presentes; ●Correntes acústicas produzem uma alteração na permeabilidade da membrana da plaqueta podendo levar a liberação de serotonina, entre outros fatores Mastócitos: Aumento do processo de desgranulação mastocitária. O rompimento das membranas gera um aumento nos níveis de Ca+, liberando histamina. ●O US pode reduzir a atividade da bomba Sódio-Potássio, podendo inibir a transdução de estímulos nocivos e reduzindo a condução nervosa, explicando em partes o alívio de dor. ●Aparentemente o US com intensidade de 0,5 w/cm2, numa frequência de 0, MHZ é mais efetivo para a liberação de fatores no citoplasma celular. ●0,75 MHZ mais efetivo no aumento de estimulação de fibroblastos. Indicações ✓ Podemos citar como principais indicações para o uso do ultrassom: ● Contraturas articulares ● Espasmos musculares; ● Neuroma; ● Tecido cicatricial; ● Pontos-gatilho; ● Espasticidade; ● Condições inflamatórias agudas (saída em pulso); ● Condições inflamatórias crônicas (saída em pulso ou contínua); ● Lombalgias, lombociatalgias, cervicobraquialgias; ● Pós-amputação;
Referências DA CRUZ, Jeane Sousa; SALOMÃO, Marcos Botelho. A UTILIZAÇÃO DO ULTRASSOM NA ENDODONTIA. Revista Cathedral, v. 2, n. 3, p. 75-83, 2020. LIEBANO, Richard Eloin. Eletroterapia Aplicada à Reabilitação: Dos Fundamentos às Evidências. Thieme Revinter, 2021.
LOW, John et al. Eletroterapia explicada: princípios e prática. Elsevier Brasil, 2001. LUZ, Cleber. Apostila 16 Curso de Fisioterapia Geral. Faculdade Social Julia Bonis de Sousa Leite, graduanda do 7º período de Fisioterapia. @juliabonis