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Trombose Venosa Profunda: Fisiopatologia, Sintomas e Diagnóstico, Notas de estudo de Cirurgia Geral

Este documento aborda a trombose venosa profunda (tvp), uma condição que se caracteriza pela formação de um coágulo sanguíneo dentro de uma veia profunda. O texto discute a fisiopatologia da tvp, os fatores de risco, os sintomas e os métodos de diagnóstico. Além disso, são apresentados os sinais clínicos para suspeitar de tvp e as doenças diferenciais.

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 31/03/2024

nadja_amorim16
nadja_amorim16 🇧🇷

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Trombose venosa profunda
Nadja Amorim M19
Fisiopatogenia
Tríade de Virchow
quaisquer alterações nesses 3 tópicos podem induzir a
um quadro de TVP
estase vascular
Se o fluxo sanguíneo se torna turbulento, são formadas
bolsas de estase local e o fluxo fica mais lento.
Reduzem a eliminação (“lavagem”) e a diluição dos fatores
da coagulação ativados pelo afluxo
ativação endotelial, aumentando a atividade pró-
coagulante e a adesão de leucócitos
Rompem o fluxo laminar e permitem que as plaquetas
entrem em contato com o endotélio.
hipercoagulabilidade
quantidades alteradas de fatores de coagulação
aumentam a hemostasia primária ou secundária
lesão endotelial
Quando possuímos uma lesão endotelial, o subendotélio do
vaso afetado fica exposto.
Esse evento causa a adesão de glóbulos brancos e
plaquetas ao local, o que, por sua vez, leva à ativação dos
mecanismos coagulatórios.
Esses mecanismos ocasionam a liberação de tromboxano
A2 e ADP pelas plaquetas, que causam a adesão de mais
plaquetas ao local. Também há liberação de fatores
tissulares, que ativam em sequência:
i. · Fator VII;
ii. · Fatores IX e X;
iii. · Cofatores VIII e V;
iv. ·Trombina (que causa a aderência de ainda mais
plaquetas)
v. · Fibrina
essa cascata confere consistência ao trombo
Fatores de risco
vi. obesidade
vii. cirurgias / trauma
viii. neoplasias
ix. idade superior a 60 anos**
x. tabagismo**
tais fatores não são universais e dependem muito da
bibliografia,mas no Sabiston são aceitos
xi. estado gravídico / puerperal
xii. história prévia de TVP
xiii. uso de ACO / terapia de reposição hormonal
xiv. história familiar de TVP
xv. doença inflamatória intestinal
xvi. sindrome nefrótica
xvii. trombocitopenia induzida por heparina
xviii. tipos sanguíneos A,B e AB
xix. doenças relacionadas a estado de
hipercoagulabilidade
xx. vasculites
xxi. policitemia Vera
xxii. varizes
xxiii. quimioterapia
xxiv. AVC
xxv. ICC
doenças relacionadas a estado de hipercoagulabilidade
xxvi. fator V de leiden
xxvii. Deficiência de proteina C e S
xxviii. síndrome antifosfolipide
xxix. mutação do gene da protrombina
xxx. deficiência de antitrombina III
xxxi. homocisteinemia
Quadro clínico
TVPs são assintomáticas em aproximadamente 50% dos
indivíduos afetados e são reconhecidas apenas
retrospectivamente, após uma embolia pulmonar.
oclusão suficiente do fluxo venoso pode ocorrer 24-36
horas após o início de formação do trombo
edema assimetrico dos membros ( principal !!!)
dor
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Baixe Trombose Venosa Profunda: Fisiopatologia, Sintomas e Diagnóstico e outras Notas de estudo em PDF para Cirurgia Geral, somente na Docsity!

Nadja Amorim – M Fisiopatogenia

Tríade de Virchow

  • quaisquer alterações nesses 3 tópicos podem induzir a um quadro de TVP

→ estase vascular

  • Se o fluxo sanguíneo se torna turbulento, são formadas bolsas de estase local e o fluxo fica mais lento.
  • Reduzem a eliminação (“lavagem”) e a diluição dos fatores da coagulação ativados pelo afluxo
  • ativação endotelial, aumentando a atividade pró- coagulante e a adesão de leucócitos
  • Rompem o fluxo laminar e permitem que as plaquetas entrem em contato com o endotélio.

→ hipercoagulabilidade

  • quantidades alteradas de fatores de coagulação aumentam a hemostasia primária ou secundária

→ lesão endotelial

  • Quando possuímos uma lesão endotelial, o subendotélio do vaso afetado fica exposto.
  • Esse evento causa a adesão de glóbulos brancos e plaquetas ao local, o que, por sua vez, leva à ativação dos mecanismos coagulatórios.
  • Esses mecanismos ocasionam a liberação de tromboxano A2 e ADP pelas plaquetas, que causam a adesão de mais plaquetas ao local. Também há liberação de fatores tissulares, que ativam em sequência: i. · Fator VII; ii. · Fatores IX e X; iii. · Cofatores VIII e V; iv. ·Trombina (que causa a aderência de ainda mais plaquetas) v. · Fibrina ➢ essa cascata confere consistência ao trombo Fatores de risco vi. obesidade vii. cirurgias / trauma viii. neoplasias ix. idade superior a 60 anos** x. tabagismo** → tais fatores não são universais e dependem muito da bibliografia,mas no Sabiston são aceitos xi. estado gravídico / puerperal xii. história prévia de TVP xiii. uso de ACO / terapia de reposição hormonal xiv. história familiar de TVP xv. doença inflamatória intestinal xvi. sindrome nefrótica xvii. trombocitopenia induzida por heparina xviii. tipos sanguíneos A,B e AB xix. doenças relacionadas a estado de hipercoagulabilidade xx. vasculites xxi. policitemia Vera xxii. varizes xxiii. quimioterapia xxiv. AVC xxv. ICC

doenças relacionadas a estado de hipercoagulabilidade

xxvi. fator V de leiden xxvii. Deficiência de proteina C e S xxviii. síndrome antifosfolipide xxix. mutação do gene da protrombina xxx. deficiência de antitrombina III xxxi. homocisteinemia Quadro clínico ➢ TVPs são assintomáticas em aproximadamente 50% dos indivíduos afetados e são reconhecidas apenas retrospectivamente, após uma embolia pulmonar. ➢ oclusão suficiente do fluxo venoso pode ocorrer 24- horas após o início de formação do trombo

  • edema assimetrico dos membros ( principal !!!)
  • dor

Nadja Amorim – M

  • aumento da temperatura local (pode ter febre baixa )
  • dilatação das veias superficiais ( obstrução do sistema profundo faz com que sangue vá para o sistema superficial )
  • dor no membro acometido
  • presença de fator de risco
  • sinais clinicos como : bandeira,homans,bancroft,godet e etc

Sinal de Moses/Bancroft

  • dor a palpação da panturrilha contra a superficie óssea da tíbia
  • ao pressionar a musculatura pode acontecer de acertar o vaso acometido e,consequentemente,a transmissão do impulso doloroso
  • sinal positivo →suspeitar de TVP

Sinal de Homans

  • ao fazer a dorsiflexão passiva do pé com a perna estendida → paciente refere dor na musculatura da panturrilha

Sinal da Bandeira

  • redução da mobilidade da panturrilha acometida secundária ao edema
  • colocar paciente com pé esticado e dá um leve tapa na panturrilha → panturrilha endurecida e sem movimento ( quando sinal positivo )
  • aspecto de ‘‘empastamento’’

Sinal de Godet

  • edema ao pressionar com o polegar a região pré- tibial e maleolar os membros inferiores por, pelo menos, cinco segundos.

Sinal de Pratt

  • veias superficiais visíveis na face anterior da perna e do pé
  • (sist. profundo comprometido faz regurgitamento para o sist. superficial)

Sinal de Duque

  • retificação do oco poplíteo

Sinal de LowenBerg

  • dor a compreensão da panturrilha com esfigmomanômetro Diagnósticos diferenciais
  • Rotura de cisto de Baker
  • Miosite
  • Vasculite
  • Tensão muscular

Nadja Amorim – M → estima a probabilidade de o pct realmente estar sendo acometido por TVP

Como correlacionar D-dimero e Escore de Wells?

  • O D-dimero e Escore de Wells são recursos usados no caso de locais onde não tenho facil acesso a USG com doppler
  • caso haja a disponibilidade de fácil acesso de USG doppler posso seguir diretamento para esse recurso
  • quando surgir a suspeita de TVP devo calcular o escore de wells e estimar a probabilidade de acometimento

  • se baixo ou moderado e D-dímero negativo descarto TVP

  • se baixo ou moderado faço D-dímero

  • se alto faço USG com doppler

Flebografia

→ injeção de contraste iodado na veia e realização de raio-x posteriormente

  • faz em caso de USG doppler com resultado não conclusivo
  • padrão ouro segundo a SBCV
  • invasivo
  • dificil execução

TC e RNM

  • alto custo e com uso de contraste iodado
  • metodos válidos
  • só uso em casos de exceção Tratamento
  • tratamento é direcionado primeiramente para a prevenção da embolia pulmonar e secundariamente ao alívio dos sintomas
  • prevenção da insuficiência venosa crônica e síndrome pós-trombótica
  • uso de anticoagualante por,no minimo, 3 meses
    • controle da dor com analgésicos, que podem incluir períodos curtos (3 a 5 dias) de um AINE.
    • O tratamento prolongado com AINEs e aspirina deve ser evitado porque seus efeitos antiplaquetários podem aumentar o risco de complicações hemorrágicas

Posição de Trendenleburg

  • explora a gravidade para melhorar o fluxo sanguíneo para órgãos nobres, como o encéfalo, o coração e os rins.
  • É útil em situações em que o fluxo sanguíneo é dificultado, como em traumas, hipotensão, desmaios, choque hemorrágico e TVP.

Medicamentos

  • heparina não fracionada → única que exige uso em regime hospitalar → relação dose/resposta imprecisa → em casos de ultrapassar a janela terapeutica usar sulfato de protamina
  • enoxaparina →eleição em gestantes → em gestantes só realizar heparina e manter pelo menos de 4 a 6 semanas pós-parto.
  • varfarina sódica
  • rivaroxabana ( Xarel)

Anticoagulantes

  • heparina injetável (normalmente de baixo peso molecular) por 5 a 7 dias, seguido de tratamento mais prolongado com um agente oral
  • A varfarina, se usada, é iniciada dentro de 24 horas após o início da heparina injetável. Complicaçoes de não tratar a TVP
  • Tromboembolismo pulmonar (altamente falta )
  • trombo migra do MMII e vai para os pulmões

Nadja Amorim – M

  • Insuficiência venosa crônica secundária ( sequela de TVP)
  • trombo promove o deslocamento do material sanguineo para o sistema superficial e ocasionar →insuficiência valvar / veias perfurantes
  • Flegmasias Procedimentos feitos em casos específicos de TVP

Filtro de veia cava

  • rede protetica,na V.cava inferior e inferior as veias renais,colocado com o intuito de,parar o trombo caso haja seu deslocamento

  • só coloca filtro acima dos rins em gestantes devido a compressão uterina

  • as indicações para colocação são : xxxviii. tromboembolismo pulmonar em vigência de anticoagulação xxxix. contraindicações a anticoagulação em pacientes com risco de TEP xl. casos de hipertensão pulmonar grave com baixa probabilidade de sobrevivência a um TEP Flegmasia alba dolens ➢ consiste na trombose do segmento iliofemoral que cursa com vasoespasmo arterial reacional
  • complicação rara da TVP durante a gestação, as pernas tornam-se leitosas.
  • A fisiopatologia é desconhecida, mas o edema pode aumentar a pressão dos tecidos moles acima da pressão de perfusão capilar resultando em isquemia do tecido e gangrena venosa.
  • Phlegmasia alba dolens pode progredir para phlegmasia cerulea dolens.
  • quadro clínico de dor, palidez, edema e diminuição dos pulsos distais. Flegmasia cerúlea dolens ➢ agravamento da alba dolens à acometimento de sistema venoso superficial e profundo mais obstrução arterial à Síndrome compartimental → trombose massiva do sistema venoso profundo que impede retorno sanguíneo no membro acometido
  • dor intensa de inicio abrupto de carater progressivo
  • edema do membro
  • cianose com progressão distal para proximal
  • síndrome compartimental associada ao comprometimento e gangrena
  • tratamento →trombolíticos( desfaz trombo) / trombectomia

Tromboliticos

➢ indicados em : → <60 anos com TVP iliofemoral extensa que apresentam isquemia de membro existente ou em evolução (p. ex., flegmasia cerulea dolens) e não têm fatores de risco para sangramento

  • alteplase, tenecteplase e estreptoquinase
  • dissolvem os coágulos e podem ser mais eficazes do que somente anticoagulação em pacientes selecionados, mas o risco de sangramento é mais alto do que com heparina. Tromboflebite
  • trombose venosa superficial

  • relacionada a uso de acesso venoso periférico → lesao endotelial pode ocasionar o quadro
  • dor local,edema,endurecimento e eritema no trajeto venoso
  • antibioticoterapia em casos em que há infecção

  • uso de anticoagulante(no mesmo esquema da TVP) apenas se trombo estiver distante ( a mais ou menos 5 cm do sistema venoso profundo )

  • tratamento : retirada do acesso venoso,compressa com aguá morna/fria e uso de sintomaticos