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Resumo sobre vários assuntos de ginecologia., Resumos de Ginecologia

Este documento é um breve resumo.

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 04/06/2024

usuário desconhecido
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EMBRIOLOGIA
No período embrionário as gônadas femininas e
masculinas são muito parecidas e medial a elas fica
localizado os ductos paramesonéfrico/muller/mulher e
mesonéfricos/wolff.
A diferenciação gonadal começa a partir 5 semanas de
gestação e termina com 7 semanas.
Essa diferenciação é iniciada por uma substância
chamada fator testicular que é produzido pelo
cromossomo Y (masculino).
No menino, as células de sertolli/no testículo vão
produzir o HAM (hormônio anti-mulleriano) então o
ducto paramesonéfrico/muller começa a ser reabsorvido
e desaparece.
Na mulher o ducto de muller permanece e tem um
crescimento medial caudal anterior em formato
tubular onde formam-se as tubas uterinas, o útero e 2/3
da vagina.
Após isso esses tubos se fundem e a membrana (septo)
medial do útero é reabsorvido.
***CRISTAS GONADAIS TÊM ORIGEM CELÔMICA que
é diferente da origem do ducto de muller, logo, é possível ter
ovário e não ter os órgãos originados pelo ducto de muller.
Entre o 3° e o 5° mês o ducto de muller em crescimento
encosta no seio urogenital/bulbo sinovaginal e este
começa a tunerizar/formar um túnel para formar o 1/3 de
vagina que faltava e termina entre o 3° e o 5° mês. Até
20 semanas.
DEFEITOS CONGÊNITOS DERIVADOS DO DUCTO
MULLERIANO
***Agenesia: presença de cornos rudimentares ou nenhuma
estrutura uterina. A associação com agenesia de terço superior
de vagina denomina-se Síndrome de Mayer-Rokitansky-
Küster-Hauser.
***Defeitos de fusão lateral: são o tipo mais comum, sendo
resultado de falha na formação de um ducto, na fusão destes
ductos ou na reabsorção do septo entre eles. Dentre estes
defeitos temos útero septado (parcial ou completo), útero
arqueado, útero unicorno, útero bicorno.
***Defeitos de fusão vertical: são resultado da falha de
fusão distal dos ductos mullerianos com o seio urogenital
ou defeitos na recanalização vaginal, resultando na formação
de septos vaginais.
Até as 20 semanas de gestação as células germinativas
femininas estão em constante e acelerada meiose
(multiplicação) até aproximadamente 6-7 milhões de
ovogôneas e depois das 20 semanas começa a depressão
dos folículos ovarianos.
Ao nascimento, a menina tem cerca de 650.000 a 2
milhões de folículos ovarianos e acontece a pausa
neuroendócrina (HHG) do período pós-lactância até a
puberdade, pois a bebê para de receber os estímulos dos
hormônios maternos pelo cordão umbilical.
Eixo neuroendócrino: Hipotálamo Hipófise Gônada.
- Quiescência/pausa do eixo HHG até começar a puberdade.
- Com 8 anos começa o pulso se GnRH e a hipófise começa a
responder esses estímulos produzindo hormônios e os ovários
respondem aos estímulos hormonais da hipófise.
- Ovários no começo da puberdade tem cerca de 300 mil a 500
mil folículos primordiais
Adolescência
- Crescimento e desenvolvimento biopsicossocial marcante
- De 10 a 19 anos na área da saúde
- Início: indeterminado, podendo preceder ou suceder a
puberdade.
- Termino: difícil de determinar, obedece a fatores
socioculturais.
Puberdade
Desencadeada pela reativação do eixo HHG, caracterizada
pelo componente biológico das transformações que capacitem
o indivíduo para a reprodução:
s. feminino entre 8 e 13 anos
s. masculino entre 9 e 14 anos
Cronologia da puberdade
evento pubertário é o aumento da velocidade de
crescimento aos 8 anos ou 3-4 anos antes da menarca
2° é a telarca com 10 anos em média
3° é a pubarca com 10,5 anos
4° é a menarca aos 12-13 anos
*M4 em uma inspeção latero-lateral observa-se um ‘degrau’
na mama, que estrogenizada a bastante tempo. Se não teve
menarca ainda, ela está bem próxima.
Alterações físicas da puberdade/caracteres sexuais
secundários manifestações estrogênicas:
- Mamas
- Espessamento e pregueamento da mucosa vaginal
- Redução do pH vaginal
- Deposito de gordura no monte pubiano e grandes lábios
- Clitóris e pequenos lábios mais proeminentes
- Ovário aumenta de volume 7 a 9 cm3
- Útero aumenta a proporção
Estágios da mama de M1 a M5
***Mecanismo desencadeador da puberdade é a reativação do
eixo HHG diminuição dos inibidores de GnRH (GABA) e
aumento dos estimuladores do GnRH (GLUTAMATO)
estimulo pulsatório.
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EMBRIOLOGIA

→ No período embrionário as gônadas femininas e

masculinas são muito parecidas e medial a elas fica

localizado os ductos paramesonéfrico/muller/mulher e

mesonéfricos/wolff.

→ A diferenciação gonadal começa a partir 5 semanas de

gestação e termina com 7 semanas.

→ Essa diferenciação é iniciada por uma substância

chamada fator testicular que é produzido pelo

cromossomo Y (masculino).

→ No menino, as células de sertolli/no testículo vão

produzir o HAM (hormônio anti-mulleriano) então o

ducto paramesonéfrico/muller começa a ser reabsorvido

e desaparece.

→ Na mulher o ducto de muller permanece e tem um

crescimento medial – caudal – anterior em formato

tubular onde formam-se as tubas uterinas, o útero e 2/

da vagina.

→ Após isso esses tubos se fundem e a membrana (septo)

medial do útero é reabsorvido.

***CRISTAS GONADAIS TÊM ORIGEM CELÔMICA que

é diferente da origem do ducto de muller, logo, é possível ter

ovário e não ter os órgãos originados pelo ducto de muller.

→ Entre o 3° e o 5° mês o ducto de muller em crescimento

encosta no seio urogenital/bulbo sinovaginal e este

começa a tunerizar/formar um túnel para formar o 1/3 de

vagina que faltava e termina entre o 3° e o 5° mês. Até

20 semanas.

DEFEITOS CONGÊNITOS DERIVADOS DO DUCTO

MULLERIANO

*** Agenesia: presença de cornos rudimentares ou nenhuma

estrutura uterina. A associação com agenesia de terço superior

de vagina denomina-se Síndrome de Mayer-Rokitansky-

Küster-Hauser.

*****Defeitos de fusão lateral:** são o tipo mais comum, sendo

resultado de falha na formação de um ducto, na fusão destes

ductos ou na reabsorção do septo entre eles. Dentre estes

defeitos temos útero septado (parcial ou completo), útero

arqueado, útero unicorno, útero bicorno.

*****Defeitos de fusão vertical:** são resultado da falha de

fusão distal dos ductos mullerianos com o seio urogenital

ou defeitos na recanalização vaginal, resultando na formação

de septos vaginais.

→ Até as 20 semanas de gestação as células germinativas

femininas estão em constante e acelerada meiose

(multiplicação) até aproximadamente 6-7 milhões de

ovogôneas e depois das 20 semanas começa a depressão

dos folículos ovarianos.

→ Ao nascimento, a menina tem cerca de 650.000 a 2

milhões de folículos ovarianos e acontece a pausa

neuroendócrina (HHG) do período pós-lactância até a

puberdade, pois a bebê para de receber os estímulos dos

hormônios maternos pelo cordão umbilical.

Eixo neuroendócrino: H ipotálamo – H ipófise – G ônada.

  • Quiescência/pausa do eixo HHG até começar a puberdade.
  • Com 8 anos começa o pulso se GnRH e a hipófise começa a

responder esses estímulos produzindo hormônios e os ovários

respondem aos estímulos hormonais da hipófise.

  • Ovários no começo da puberdade tem cerca de 300 mil a 500

mil folículos primordiais

Adolescência

  • Crescimento e desenvolvimento biopsicossocial marcante
  • De 10 a 19 anos na área da saúde
  • Início: indeterminado, podendo preceder ou suceder a

puberdade.

  • Termino: difícil de determinar, obedece a fatores

socioculturais.

Puberdade

Desencadeada pela reativação do eixo HHG, caracterizada

pelo componente biológico das transformações que capacitem

o indivíduo para a reprodução:

s. feminino – entre 8 e 13 anos

s. masculino – entre 9 e 14 anos

Cronologia da puberdade

1° evento pubertário é o aumento da velocidade de

crescimento aos 8 anos ou 3-4 anos antes da menarca

2° é a telarca com 10 anos em média

3° é a pubarca com 10,5 anos

4° é a menarca aos 12-13 anos

*M4 em uma inspeção latero-lateral observa-se um ‘degrau’

na mama, que estrogenizada a bastante tempo. Se não teve

menarca ainda, ela está bem próxima.

Alterações físicas da puberdade/caracteres sexuais

secundários – manifestações estrogênicas:

  • Mamas
  • Espessamento e pregueamento da mucosa vaginal
  • Redução do pH vaginal
  • Deposito de gordura no monte pubiano e grandes lábios
  • Clitóris e pequenos lábios mais proeminentes
  • Ovário aumenta de volume – 7 a 9 cm

3

  • Útero aumenta a proporção

Estágios da mama de M1 a M

***Mecanismo desencadeador da puberdade é a reativação do

eixo HHG – diminuição dos inibidores de GnRH (GABA) e

aumento dos estimuladores do GnRH (GLUTAMATO) –

estimulo pulsatório.

ESTRUTURA DO OVÁRIO

Anatômica : córtex, medula e hilo

Funcional : folículo (estrógeno, progesterona e inibina B-

before da ovulação), corpo lúteo (progesterona, estrógeno e

inibina A-after/após da ovulação), estroma ( testosterona e

androstenediona).

*Os folículos produzem HAM, então é um indicador de

quantidade de folículo é a dosagem de HAM.

FOLICULOGÊNESE

→ Os folículos estão mergulhados no estroma ovariano.

→ Todo mês tem o recrutamento em média de 5-6 folículos

primordiais e o que tem mais receptores de FSH se torna o

folículo dominante/primário.

→ Ocorre a ovulação, o ovócito segue pela tuba uterina e no

ovário fica o corpo lúteo (morre em 14 dias).

ESTEROIDOGÊNESE

→ Ocorre principalmente

nos ovários.

→ O Colesterol entra na

célula da teca e se transforma

em um androgênio.

→ O androgênio entra na

célula da granulosa sofre

aromatização e se transforma

em um estrogênio.

→ Colesterol LDL com 2 7 C perde 6 carbonos por ação da

desmolase e vira uma pregnenolona com 21 carbonos, a

desidrogenase tira 1 H, transformando em progesterona.

→ Para se transformar em androgênios, a progesterona perde

mais 2 carbonos ficando com 19C (androstenediona), que

perde mais 1C e vira estrona com 18C.

LDL-27CPregnano-21CAndrostano-19CEstrano-18C

27C: Colesterol; 21C: Pregnenolona, progesterona,

corticosterona, aldosterona e cortisol; 19C: Androstenediol,

androstenediona, testosterona; 18C: Estrógenos.

***A deficiência parcial da 21 - α-hidroxilase (hiperplasia

adrenal congênita não clássica - 90% dos casos), ocorre

redução da síntese de cortisol, com consequente elevação do

ACTH e estímulo da esteroidogênese adrenal. Então, os

precursores de hormônios são acumulados (aumento da 17-

alfa-OH-progesterona). Como resultante, há um aumento da

síntese/produção de andrógenos, causando uma

hirsutismo/pubarca precoce/ hiperandrogenismo.

***Se for deficiência total da 21-α-hidroxilase , a síntese de

aldosterona é prejudicada e as pacientes apresentam síndrome

perdedora de sal e genitália ambígua/virilismo ao

nascimento, só vindo a manifestar o hiperandrogenismo após

a puberdade. O diagnóstico hormonal de HAC é feito com a

dosagem da 17-α-OHP (hidroxipregnenolona).

Se < 2 ng/mL exclui o diagnóstico , se >5 ng/mL confirmam.

***A deficiência de 17-α-hidroxilase não produz cortisol e

androgênios (é uma causa rara de hiperplasia adrenal

congênita), causa de puberdade tardia (infantilismo sexual ),

hipertensão arterial e hipocortisolismo com aumento dos

precursores mineralocorticoides.

***Via ∆ 4 é na suprarrenal

***Via ∆ 5 é no ovário e não tem ação da 21-hidroxilase.

TIPOS DE ESTRÓGENOS:

E1 – ESTRONA ** é derivado do estradiol e tem 1/3 da sua

potência.

E2 – ESTRADIOL *** é o mais potente

E3 – ESTRIOL* (gravidez

*VIP → Peptídeo Intestinal Vasoativo

*PHI → Peptídeo Histidina Isoleucina

REGULAÇÃO DO CICLO MENSTRUAL

  • Na formação do hipotálamo,

ocorre a migração de

neurônios e se houver algum

erro nessa migração terá uma

deficiência na regulação do

ciclo.

  • O pulso de GnRH

produzidos no hipotálamo

estimula a hipófise a produzir

FSH.

  • FSH age nos ovários

produzindo estrógeno,

progesterona e inibina B.

  • Pulso tem que alcançar a

amplitude e a frequência

adequada.

  • A frequência no pré-ovulatório é menor e a amplitude maior.
  • Esse pulso estimula o FSH e ele recruta os folículos primários

e a dominância de um deles é determinada pelo que tiver mais

receptores de FSH.

  • O LH começa a esteroidogênese ao mesmo tempo que o FSH

recruta os folículos.

  • O estrógeno produzido na esteroidogênese faz um feedback

negativo para diminuir o FSH e um feedback positivo para

aumentar LH.

CRITÉRIOS DE TRATAMENTO:

  • Idade Óssea > 1 anos em relação à idade cronológica
  • Aumento da velocidade do crescimento
  • Rápida progressão dos critérios de Tunner
  • LH elevado (basal ou após estímilo de GnRH)
  • Deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico

TRATAMENTO:

  • Remoção da causa, quando possível
  • Tratamento hormonal
  • Bloqueio Hipofisário: Análogo do GnRH (Leuprolide - IM)

PUBERDADE TARDIA

  • Permanência de características pré-púberes aos 13 anos de

idade ou ausência de caracteres sexuais secundários aos 13

anos.

- Ausência de caracteres sexuais secundários em idade

cronológica que está a 2/2,5 DP acima da média de idade do

início do desenvolvimento puberal.

- Parada na progressão da puberdade

Mais de 4 anos entre as primeiras manifestações da puberdade

e a menarca, acima disso considera-se parada de progressão

P. T. CONSTIRUCIONAL:

tem história familiar;

o processo de crescimento é lento desde a infância;

estatura abaixo do percentil (2,5 - 3);

FSH e LH normais ou baixos.

P. T. HIPOGONADOTRÓFICA: pode ter causa

hipotalâmicas, hipofisárias ou por doenças crônicas

P. T. HIPERGONADOTRÓFICA: deficiência de 17 - a-

hidroxilase, então não termina a esteroidogênese. Vai ter

níveis de aldosterona altíssimos.

DOSAR NÍVEIS DE FSH E LH

TRATAMENTO HORMONAL: Indicado em todos os casos

em que há, comprovadamente incapacidade para produção

hormonal. Com o objetivo de promover o desenvolvimento

mamário e estimular o crescimento.

ESTRADIOL 0,5 a1,0mg/dia reavaliar em 6 meses. Iniciar o

tto de manutencao quando M4 - estrogenos continuos e

progestagenos ciclicos (10 dias a cada 30 dias) ate a idade da

menopousa.

AMENORREIA

É a ausência de menstruação em uma época da vida que

deveria habitualmente ocorrer.

CAUSAS: psíquicas, anatômicas, genéticas, endócrinas e

neurológicas.

PRIMÁRIA: menina que não teve menarca.

SECUNDÁRIA: ausência de menstruação por 3 ciclos

consecutivos ou atraso de 60 dias, em mulheres que já tiveram

a menarca. DESCARTAR GRAVIDEZ COM BETA-HCG

Causa: anovulação, decorrente de Síndrome dos Ovários

Policísticos (SOP), mas também pode ser causada por

problemas hipotalâmicos, como hiperprolactinemia,

hipotireoidismo, desnutrição, excesso de exercício fisico e,

menos frequentemente, a insuficiência ovariana prematura.

SUA – SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL

O normal é de 24 a 28 dias, até 8 dias de duração e a variação

normal de cada ciclo é de 9 dias.

CLÍNICA: idade, uso de medicações, características do

sangramento, descartar gravidez.

E.F.: avaliar estado geral, sinais de choque, mucosas (anemia),

exame especular e toque.

DIAGNÓSTICO: USG é o mais usado pois tem boa

sensibilidade, porem tem baixa especificidade.

Para lesões intracavitárias o melhor é a histeroscopia e a

histerossonografia.

RM em casos de adenomiose

ADENOMIOSE: sangramento muito doloroso

ENDOMETRIOSE: muita dor sem sangue

TTO S.U.A.:

  • no caso AGUDO deve-se estabilizar o quadro.
  • deve-se descartar a presença de lesões vaginais e de colo e

gestação.

  • é feito estrógeno e progesterona + ác. tranexâmico
  • em casos de contraindicação de estrógeno usar só

progesterona + ácido tranexâmico

  • no CRÔNICO, o objetivo é reduzir o fluxo, a morbidade e

melhorar a qualidade de vida

  • fazer USG e descobrir causa e tratar

OBS.: Se a causa for estrutural – P.A.L.M. (pólipo,

adenomiose, leiomioma e malignas) = a primeira opção

terapêutica é farmacológica, não havendo resposta ao

tratamento clínico, deve ser indicado o tratamento cirúrgico,

Se a causa for não estrutural – COEIN (coagulopatias,

ovulatória, endometrial, iatrogênica, não classificada) = o

tratamento clínico deve ser sempre a primeira opção, não

havendo resposta ao tratamento clínico, há também opções

terapêuticas cirúrgicas.

SOP – SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS

A amenorreia é a expressão clínica da anovulia. A principal

doença de ciclos anovulatórios é a SOP.

Faz recrutamento pelo FSH, mas não tem o pico de LH para

estabelecer a dominância, então não ovula.

DIAGNÓSTICO

CRITÉRIOS DE ROTHERDAM

- oligo/anovulação;

  • hiperandrogenismo clínico ou bioquímico;
  • ovários policísticos ao ultrassom.

**2 critérios fazem o diagnóstico

Critérios de hiperandrogenismo:

  • índice de ferriman-galleway – local de pelos
  • acne
  • alopecia
  • oleosidade da pele
  • virilização em casos raros

Critérios ultrassonográficos:

  • 20 ou mais folículos com 2-9mm OU volume ovariano >

10cm

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DIAGNÓSTICO

DIFERENCIAL

EXAMES

LABORATORIAIS

Hiperprolactinemia Prolactina PRL

Disfunções tireoidianas TSH/T4L

Hiperplasia congênita de

suprarrenal

17 - α-hidroxiprogesterona

Tumores secretores de

andrógenos Testosterona total e livre,

Testosterona exógena sdhea

Síndrome de Cushing Cortisol salivar às 23h

Outras manifestações clínicas:

Obesidade, acantose nigricans, infertilidade, síndrome

metabólica.

*baixo peso ao nascer

*pubarca precoce

Tardias: DM2, DCV, hiperplasia de endométrio, qualidade de

vida.

Objetivos: tratar o hiperandrogenismo, regular ciclo e

proteger o endométrio, promover ciclos ovulatórios se quiser

engravidar e tratar distúrbios metabólicos.

TRATAMENTO:

  • MEV e perda de peso.
  • se não quiser engravidar: COC – contraceptivo oral

combinado.

  • se quiser engravidar: indução da ovulação: citrato de

clomifeno por 5 dias a partir do 3º dia do ciclo e inibidor da

aromatase por 5 dias. Se houver falha = FSH recombinante –

reprodução assistida.

Outros: acetato de ciproterona, espironolactona, metformina.

HIPERPROLACTINEMIA ( PRL )

  • a prolactina é um hormônio produzido na hipófise.
  • qualquer diminuição na dopamina ou aumento de TRH,

oxitocina ou VIP causam a produção de PRL.

  • é a causa de amenorreia em 20% das mulheres

SINTOMAS:

Galactorreia

Disfunção gonadal

Sintomas compressivos – quando tem um tumor expansivo na

hipófise.

Hipogonadismo hipogonadotrofico – PRLGnRHLHeFSH

CAUSAS FISIOLÓGICAS:

  • amamentação
  • estimulo mamilar
  • exercício
  • sono
  • estresse

CAUSAS PATOLOGICAS:

  • dopamina
  • tumores/craniofaringoma
  • hipotireoidismo/TRH
  • radioterapia

Outras: IRC, cirrose, SOP, lesão da parede torácica,

sarcoidose, TB, aneurismas.

 PRL secundaria a fármacos: ANTAGONISTAS

DOPAMINÉRGICOS (dopamina):

Antipsicoticos – clorpromazina, haloperidol

Antidepressivos - ISRS

Benzamidas – domperidona

Ação CV – Metildopa, verapamil

ESTIMULAM A SECREÇÃO:

Estrogênios, opioides, cocaína.

DIAGNÓSTICO:

VR PRL – 5 a 20 ng/ml

Se estiver entre 21-40ng/ml repetir o exame, se persistir esta

confirmado.

EXAMES DE IMAGEM: após a exclusão de causas

fisiológica, farmacológica ou patológica, exceto em casos de

sintomas neuro-oftálmicos compressivos.

Obs.: em prolactinomas os níveis de PRL são entre 150-

200ng/ml

TRATAMENTO:

  • agonistas dopaminérgicos (PRL) - cabergolina
  • cirúrgico
  • radioterapia
  • quimioterapia

Suspender a cabergolina/encerrar o tto se:

  • tto adequado por > 2 anos
  • normalização da PRL: < 25 ng/mL (♀)
  • desaparecimento do tumor ou redução > 50% no seu

volume

  • tumor distante > 5 mm do QO e sem invasão de áreas

críticas

Em caso de gravidez o AD/cabergolina pode ser suspenso na

maioria dos casos – acompanhar

Gravidez pode levar à remissão do hiperPRL