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Resumo sobre REDE DE ATENCAO A SAUDE
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Redes Temáticas do SUS REDE CEGONHA Introdução A Rede Cegonha é uma iniciativa estratégica do Ministério da Saúde, instituída em 2011, com o objetivo de organizar e garantir o acesso à atenção materna e infantil no Brasil, promovendo um novo modelo de cuidado para mulheres e crianças. Essa rede tem como pilares a garantia de assistência no planejamento reprodutivo, gestação, parto e cuidados infantis, assegurando o acolhimento humanizado e a redução da mortalidade materna e infantil, especialmente no período neonatal. Histórico e Conceitos da Rede Cegonha Instituída por meio da Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24 de junho de 2011, a Rede Cegonha surgiu como resposta às altas taxas de mortalidade materna e infantil no Brasil. Inspirada em debates que remontam à década de 1990, a proposta organizou-se em quatro eixos principais: pré-natal, parto e nascimento, puerpério e atenção integral à saúde da criança, além de um sistema logístico de transporte sanitário. Esses componentes são interligados para garantir a continuidade do cuidado à saúde da mulher e da criança. Indicadores de Morbimortalidade Materno-Infantil A mortalidade materna e infantil ainda apresenta desafios significativos no Brasil, embora tenha havido avanços nos últimos anos. De acordo com os indicadores mais recentes, a mortalidade materna ainda não atingiu a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), mas houve uma redução substancial. A mortalidade infantil, por sua vez, apresentou uma queda expressiva, principalmente nas áreas cobertas pela Estratégia Saúde da Família e pela Rede Cegonha. Objetivos e Diretrizes da Rede Cegonha A Rede Cegonha visa, principalmente, reduzir as taxas de mortalidade materna e infantil, reorganizando a atenção à saúde com foco no pré-natal de qualidade, parto seguro e atenção integral às crianças até os dois anos. Entre as diretrizes, destacam-se a ampliação do acesso ao pré-natal, a garantia de transporte seguro para gestantes e recém-nascidos, e a implementação de boas práticas no atendimento ao parto, como a presença de acompanhante durante o parto e o estímulo ao parto normal. Como Implantar e Monitorar a Rede Cegonha A implantação da Rede Cegonha ocorre de maneira gradativa, com base em critérios epidemiológicos, como a taxa de mortalidade infantil e a razão de mortalidade materna. O processo envolve cinco fases: adesão e diagnóstico, desenho regional, contratualização dos pontos de atenção, qualificação dos componentes e certificação. A implementação depende de uma análise detalhada da realidade local, envolvendo gestores estaduais e municipais de saúde. Atualizações e Novos Desafios da Rede Cegonha Desde sua criação, a Rede Cegonha tem sido ampliada para alcançar todo o território brasileiro. Um dos desafios atuais está na qualificação do pré-natal, especialmente em regiões mais vulneráveis, onde ainda há lacunas no atendimento de gestantes e recém-nascidos. Em 2023, novas iniciativas foram anunciadas para fortalecer a rede, incluindo a ampliação de programas de formação e capacitação de profissionais da saúde, visando melhorar o atendimento em regiões de difícil acesso.
Além disso, houve avanços no uso de tecnologias para o monitoramento e acompanhamento de gestantes, com a implantação de sistemas eletrônicos que permitem maior controle sobre o cumprimento das metas de consultas e exames durante a gravidez. A Rede Cegonha continua sendo uma das estratégias mais importantes do SUS para a saúde materno-infantil, com desafios ainda a serem superados, como a garantia de acesso equitativo em todo o país e a redução das disparidades regionais nas taxas de mortalidade materna e infantil. A constante atualização de práticas e o monitoramento de resultados são fundamentais para o sucesso contínuo da rede. REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA (RUE) Introdução A Rede de Urgência e Emergência (RUE), instituída pela Portaria nº 1.600/2011, foi criada com o objetivo de integrar e articular os serviços de saúde, promovendo atendimento ágil e de qualidade aos pacientes em situações críticas de saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS) reconheceu a necessidade de uma resposta estruturada, principalmente frente ao aumento da demanda por serviços emergenciais e à complexidade dos casos atendidos nas unidades de saúde. Histórico e Estrutura da RUE A RUE é composta por diversos níveis de atenção que vão desde a Atenção Básica, passando pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h), até hospitais de referência. Esses componentes formam uma rede articulada que busca oferecer assistência integral ao paciente, desde o atendimento inicial até o tratamento especializado. A implementação da RUE no Brasil foi um marco na organização dos fluxos assistenciais, permitindo uma melhor distribuição de recursos e um atendimento mais eficiente às urgências e emergências. A articulação entre os componentes da RUE, contudo, ainda apresenta desafios, especialmente no que se refere à integração com a Atenção Básica e à regulação de acesso aos serviços hospitalares. Desafios e Resultados da Implantação Embora a RUE tenha promovido avanços significativos na organização do atendimento, como a melhoria no transporte e na regulação de urgências, ainda existem lacunas em termos de governança, gestão de recursos e articulação entre os diferentes serviços da rede. Um dos principais desafios observados na literatura é a centralização do atendimento hospitalar e a dificuldade de integração da Atenção Básica no atendimento às urgências. Pesquisas recentes indicam que a Atenção Básica, embora seja vista como ponto estratégico para evitar a sobrecarga de serviços hospitalares, continua marginalizada na prática, sem conseguir exercer seu papel de coordenadora do cuidado. Além disso, os investimentos em tecnologias de regulação, como a informatização do Samu e das UPAs, são vistos como essenciais para otimizar a resposta a emergências, mas ainda são incipientes em várias regiões do país. Principais Componentes da RUE
A concepção de deficiência foi redefinida ao longo dos anos, com base na Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) , que considera a deficiência como o resultado da interação entre a pessoa e as barreiras ambientais e atitudinais. A rede de cuidados visa minimizar esses obstáculos, promovendo a inclusão e garantindo o direito à saúde com enfoque na reabilitação e no desenvolvimento de estratégias preventivas, desde a fase pré-natal até a vida adulta. A rede é organizada em diferentes pontos de atenção, sendo a atenção básica o principal pilar, complementada pela atenção especializada em reabilitação , atenção hospitalar e de urgência e emergência. Outras estruturas, como os Centros Especializados em Reabilitação (CER) e a Atenção Domiciliar , também integram a rede. A lógica de funcionamento inclui um modelo interdisciplinar, envolvendo profissionais de diversas áreas e promovendo um cuidado multiprofissional. Os desafios enfrentados pela rede incluem a falta de recursos, dificuldades na implementação plena das políticas e a necessidade de formação contínua dos profissionais. O financiamento das ações da rede é assegurado por diferentes fontes, incluindo o Fundo Nacional de Saúde , mas ainda há uma demanda por maior integração entre as instâncias federais, estaduais e municipais. A rede também foca na prevenção de deficiências , com atenção especial a gestantes e recém-nascidos, além de buscar identificar precocemente problemas de saúde que possam levar a deficiências, proporcionando intervenções oportunas e efetivas. REDE DE ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS A Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas foi criada para enfrentar o crescente desafio das doenças crônicas no Brasil, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM), doenças respiratórias crônicas, câncer, entre outras. A rede integra diferentes níveis de atenção à saúde, com foco na promoção, prevenção, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde, garantindo o acesso contínuo e a integralidade do cuidado O Brasil vive uma transição demográfica e epidemiológica, com o envelhecimento da população e a redução das doenças transmissíveis agudas, o que aumenta a prevalência das doenças crônicas. Essas condições, muitas vezes multicausais, exigem abordagens contínuas, que envolvem mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, não têm cura. A organização da rede de doenças crônicas é baseada no Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) , que visa transformar o modelo assistencial centrado em cuidados agudos para um modelo focado na atenção longitudinal e coordenada. Esse modelo busca melhorar a qualidade de vida dos pacientes e prevenir complicações graves. Além de HAS e DM, a rede abrange outras condições crônicas, como doenças cardiovasculares, câncer, deficiências físicas e doenças infecciosas crônicas. A rede oferece linhas de cuidado específicas, desde a atenção básica até a atenção especializada, promovendo protocolos assistenciais e fluxos de atendimento baseados na classificação de risco dos pacientes. A Pesquisa Vigitel acompanha, desde 2006, os fatores de risco e proteção para doenças crônicas no Brasil, destacando o aumento preocupante da obesidade, que é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão. Assim, a rede tem como prioridade a educação permanente dos profissionais de saúde , garantindo que as diretrizes e protocolos assistenciais sejam seguidos corretamente para o enfrentamento dessas condições que impactam profundamente a saúde pública no Brasil.