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Resumo sobre REDE DE ATENCAO A SAUDE, Resumos de Políticas Públicas

Resumo sobre REDE DE ATENCAO A SAUDE

Tipologia: Resumos

2025

Compartilhado em 06/06/2025

livia-sobral-3
livia-sobral-3 🇧🇷

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Redes Temáticas do SUS
REDE CEGONHA
Introdução
A Rede Cegonha é uma iniciativa estratégica do Ministério da Saúde, instituída em 2011, com o objetivo de
organizar e garantir o acesso à atenção materna e infantil no Brasil, promovendo um novo modelo de cuidado
para mulheres e crianças. Essa rede tem como pilares a garantia de assistência no planejamento reprodutivo,
gestação, parto e cuidados infantis, assegurando o acolhimento humanizado e a redução da mortalidade
materna e infantil, especialmente no período neonatal.
Histórico e Conceitos da Rede Cegonha
Instituída por meio da Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24 de junho de 2011, a Rede Cegonha surgiu como
resposta às altas taxas de mortalidade materna e infantil no Brasil. Inspirada em debates que remontam à
década de 1990, a proposta organizou-se em quatro eixos principais: pré-natal, parto e nascimento, puerpério
e atenção integral à saúde da criança, além de um sistema logístico de transporte sanitário. Esses componentes
são interligados para garantir a continuidade do cuidado à saúde da mulher e da criança.
Indicadores de Morbimortalidade Materno-Infantil
A mortalidade materna e infantil ainda apresenta desafios significativos no Brasil, embora tenha havido
avanços nos últimos anos. De acordo com os indicadores mais recentes, a mortalidade materna ainda não
atingiu a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), mas houve uma redução substancial.
A mortalidade infantil, por sua vez, apresentou uma queda expressiva, principalmente nas áreas cobertas pela
Estratégia Saúde da Família e pela Rede Cegonha.
Objetivos e Diretrizes da Rede Cegonha
A Rede Cegonha visa, principalmente, reduzir as taxas de mortalidade materna e infantil, reorganizando a
atenção à saúde com foco no pré-natal de qualidade, parto seguro e atenção integral às crianças até os dois
anos. Entre as diretrizes, destacam-se a ampliação do acesso ao pré-natal, a garantia de transporte seguro para
gestantes e recém-nascidos, e a implementação de boas práticas no atendimento ao parto, como a presença de
acompanhante durante o parto e o estímulo ao parto normal.
Como Implantar e Monitorar a Rede Cegonha
A implantação da Rede Cegonha ocorre de maneira gradativa, com base em critérios epidemiológicos, como
a taxa de mortalidade infantil e a razão de mortalidade materna. O processo envolve cinco fases: adesão e
diagnóstico, desenho regional, contratualização dos pontos de atenção, qualificação dos componentes e
certificação. A implementação depende de uma análise detalhada da realidade local, envolvendo gestores
estaduais e municipais de saúde.
Atualizações e Novos Desafios da Rede Cegonha
Desde sua criação, a Rede Cegonha tem sido ampliada para alcançar todo o território brasileiro. Um dos
desafios atuais está na qualificação do pré-natal, especialmente em regiões mais vulneráveis, onde ainda
lacunas no atendimento de gestantes e recém-nascidos. Em 2023, novas iniciativas foram anunciadas para
fortalecer a rede, incluindo a ampliação de programas de formação e capacitação de profissionais da saúde,
visando melhorar o atendimento em regiões de difícil acesso.
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Redes Temáticas do SUS REDE CEGONHA Introdução A Rede Cegonha é uma iniciativa estratégica do Ministério da Saúde, instituída em 2011, com o objetivo de organizar e garantir o acesso à atenção materna e infantil no Brasil, promovendo um novo modelo de cuidado para mulheres e crianças. Essa rede tem como pilares a garantia de assistência no planejamento reprodutivo, gestação, parto e cuidados infantis, assegurando o acolhimento humanizado e a redução da mortalidade materna e infantil, especialmente no período neonatal. Histórico e Conceitos da Rede Cegonha Instituída por meio da Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24 de junho de 2011, a Rede Cegonha surgiu como resposta às altas taxas de mortalidade materna e infantil no Brasil. Inspirada em debates que remontam à década de 1990, a proposta organizou-se em quatro eixos principais: pré-natal, parto e nascimento, puerpério e atenção integral à saúde da criança, além de um sistema logístico de transporte sanitário. Esses componentes são interligados para garantir a continuidade do cuidado à saúde da mulher e da criança. Indicadores de Morbimortalidade Materno-Infantil A mortalidade materna e infantil ainda apresenta desafios significativos no Brasil, embora tenha havido avanços nos últimos anos. De acordo com os indicadores mais recentes, a mortalidade materna ainda não atingiu a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), mas houve uma redução substancial. A mortalidade infantil, por sua vez, apresentou uma queda expressiva, principalmente nas áreas cobertas pela Estratégia Saúde da Família e pela Rede Cegonha. Objetivos e Diretrizes da Rede Cegonha A Rede Cegonha visa, principalmente, reduzir as taxas de mortalidade materna e infantil, reorganizando a atenção à saúde com foco no pré-natal de qualidade, parto seguro e atenção integral às crianças até os dois anos. Entre as diretrizes, destacam-se a ampliação do acesso ao pré-natal, a garantia de transporte seguro para gestantes e recém-nascidos, e a implementação de boas práticas no atendimento ao parto, como a presença de acompanhante durante o parto e o estímulo ao parto normal. Como Implantar e Monitorar a Rede Cegonha A implantação da Rede Cegonha ocorre de maneira gradativa, com base em critérios epidemiológicos, como a taxa de mortalidade infantil e a razão de mortalidade materna. O processo envolve cinco fases: adesão e diagnóstico, desenho regional, contratualização dos pontos de atenção, qualificação dos componentes e certificação. A implementação depende de uma análise detalhada da realidade local, envolvendo gestores estaduais e municipais de saúde. Atualizações e Novos Desafios da Rede Cegonha Desde sua criação, a Rede Cegonha tem sido ampliada para alcançar todo o território brasileiro. Um dos desafios atuais está na qualificação do pré-natal, especialmente em regiões mais vulneráveis, onde ainda há lacunas no atendimento de gestantes e recém-nascidos. Em 2023, novas iniciativas foram anunciadas para fortalecer a rede, incluindo a ampliação de programas de formação e capacitação de profissionais da saúde, visando melhorar o atendimento em regiões de difícil acesso.

Além disso, houve avanços no uso de tecnologias para o monitoramento e acompanhamento de gestantes, com a implantação de sistemas eletrônicos que permitem maior controle sobre o cumprimento das metas de consultas e exames durante a gravidez. A Rede Cegonha continua sendo uma das estratégias mais importantes do SUS para a saúde materno-infantil, com desafios ainda a serem superados, como a garantia de acesso equitativo em todo o país e a redução das disparidades regionais nas taxas de mortalidade materna e infantil. A constante atualização de práticas e o monitoramento de resultados são fundamentais para o sucesso contínuo da rede. REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA (RUE) Introdução A Rede de Urgência e Emergência (RUE), instituída pela Portaria nº 1.600/2011, foi criada com o objetivo de integrar e articular os serviços de saúde, promovendo atendimento ágil e de qualidade aos pacientes em situações críticas de saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS) reconheceu a necessidade de uma resposta estruturada, principalmente frente ao aumento da demanda por serviços emergenciais e à complexidade dos casos atendidos nas unidades de saúde. Histórico e Estrutura da RUE A RUE é composta por diversos níveis de atenção que vão desde a Atenção Básica, passando pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h), até hospitais de referência. Esses componentes formam uma rede articulada que busca oferecer assistência integral ao paciente, desde o atendimento inicial até o tratamento especializado. A implementação da RUE no Brasil foi um marco na organização dos fluxos assistenciais, permitindo uma melhor distribuição de recursos e um atendimento mais eficiente às urgências e emergências. A articulação entre os componentes da RUE, contudo, ainda apresenta desafios, especialmente no que se refere à integração com a Atenção Básica e à regulação de acesso aos serviços hospitalares. Desafios e Resultados da Implantação Embora a RUE tenha promovido avanços significativos na organização do atendimento, como a melhoria no transporte e na regulação de urgências, ainda existem lacunas em termos de governança, gestão de recursos e articulação entre os diferentes serviços da rede. Um dos principais desafios observados na literatura é a centralização do atendimento hospitalar e a dificuldade de integração da Atenção Básica no atendimento às urgências. Pesquisas recentes indicam que a Atenção Básica, embora seja vista como ponto estratégico para evitar a sobrecarga de serviços hospitalares, continua marginalizada na prática, sem conseguir exercer seu papel de coordenadora do cuidado. Além disso, os investimentos em tecnologias de regulação, como a informatização do Samu e das UPAs, são vistos como essenciais para otimizar a resposta a emergências, mas ainda são incipientes em várias regiões do país. Principais Componentes da RUE

  1. Samu 192 : O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência tem como missão garantir o primeiro atendimento, buscando estabilizar o paciente e encaminhá-lo para a unidade de saúde adequada. Recentemente, houve esforços para integrar melhor o Samu com outros componentes da rede, como as UPAs e a Atenção Básica, por meio de diretrizes de ação conjunta e protocolos mais claros.
  2. UPA 24h : As Unidades de Pronto Atendimento atuam como uma interface entre a Atenção Básica e os hospitais, oferecendo atendimento de urgência intermediário. Apesar de sua importância, muitos
  1. Atenção Básica : Unidades Básicas de Saúde (UBS) e equipes de Atenção Básica (como o Consultório na Rua), que realizam o primeiro atendimento e são responsáveis por acompanhar os casos mais leves, com suporte de profissionais especializados.
  2. Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) : Serviços especializados que atendem casos mais graves e persistentes. São divididos em CAPS I, II, III, AD (Álcool e Drogas), AD III (funcionamento 24 horas) e CAPSi (infantil).
  3. Atenção de Urgência e Emergência : Composta por Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e salas de estabilização, que atendem emergências psiquiátricas e relacionadas ao uso de substâncias.
  4. Atenção Residencial de Caráter Transitório : Unidades de Acolhimento para pessoas em situação de vulnerabilidade, como usuários de drogas, que necessitam de suporte para reintegração social.
  5. Atenção Hospitalar : Leitos psiquiátricos em hospitais gerais para casos que necessitem de internação breve.
  6. Estratégias de Desinstitucionalização : Programas como o Serviço Residencial Terapêutico e o Programa de Volta para Casa, que visam à reinserção de pacientes egressos de longas internações.
  7. Estratégias de Reabilitação Psicossocial : Iniciativas de inclusão social e geração de renda, como cooperativas sociais e empreendimentos solidários. Objetivos e Diretrizes da RAPS Os principais objetivos da RAPS são garantir o atendimento integral e humanizado às pessoas com transtornos mentais, assegurar sua reintegração social e promover ações de prevenção, tratamento e reabilitação. Entre as diretrizes, destacam-se a promoção de estratégias de Redução de Danos para usuários de substâncias, a garantia de acesso equitativo aos serviços, e a articulação entre os diversos pontos de atenção da rede. Avanços Recentes e Desafios Atuais Desde sua criação, a RAPS enfrentou desafios relacionados à infraestrutura e à qualificação de profissionais. Avanços importantes incluem a ampliação dos CAPS e o fortalecimento de estratégias de cuidado em áreas de vulnerabilidade social. Contudo, a superlotação dos serviços, a escassez de profissionais especializados e a fragmentação da rede em algumas regiões ainda são barreiras significativas. Nos últimos anos, houve uma crescente ênfase em ações intersetoriais, como parcerias entre saúde, educação e assistência social, para fortalecer a rede de suporte aos usuários. A introdução de novas tecnologias, como o uso de prontuários eletrônicos, também tem ajudado a melhorar o monitoramento e a continuidade do cuidado. A Rede de Atenção Psicossocial é um marco na transformação da saúde mental no Brasil, mas ainda enfrenta desafios para garantir que o modelo de atenção comunitária e integrada seja plenamente efetivo. A continuidade da expansão dos serviços e o fortalecimento das estratégias de cuidado são essenciais para consolidar a RAPS como uma ferramenta eficaz de promoção da saúde mental no país. REDE DE CUIDADOS À PESSOA COM DEFICIÊNCIA A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência foi instituída pela Portaria nº 793 de 24 de abril de 2012, com o objetivo de ampliar o acesso e qualificar o atendimento às pessoas com deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta rede busca oferecer cuidados integrais, envolvendo ações de prevenção, reabilitação e promoção da saúde, com atenção a diferentes tipos de deficiência, como auditiva, física, intelectual, ostomias e múltiplas deficiências.

A concepção de deficiência foi redefinida ao longo dos anos, com base na Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) , que considera a deficiência como o resultado da interação entre a pessoa e as barreiras ambientais e atitudinais. A rede de cuidados visa minimizar esses obstáculos, promovendo a inclusão e garantindo o direito à saúde com enfoque na reabilitação e no desenvolvimento de estratégias preventivas, desde a fase pré-natal até a vida adulta. A rede é organizada em diferentes pontos de atenção, sendo a atenção básica o principal pilar, complementada pela atenção especializada em reabilitação , atenção hospitalar e de urgência e emergência. Outras estruturas, como os Centros Especializados em Reabilitação (CER) e a Atenção Domiciliar , também integram a rede. A lógica de funcionamento inclui um modelo interdisciplinar, envolvendo profissionais de diversas áreas e promovendo um cuidado multiprofissional. Os desafios enfrentados pela rede incluem a falta de recursos, dificuldades na implementação plena das políticas e a necessidade de formação contínua dos profissionais. O financiamento das ações da rede é assegurado por diferentes fontes, incluindo o Fundo Nacional de Saúde , mas ainda há uma demanda por maior integração entre as instâncias federais, estaduais e municipais. A rede também foca na prevenção de deficiências , com atenção especial a gestantes e recém-nascidos, além de buscar identificar precocemente problemas de saúde que possam levar a deficiências, proporcionando intervenções oportunas e efetivas. REDE DE ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS A Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas foi criada para enfrentar o crescente desafio das doenças crônicas no Brasil, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM), doenças respiratórias crônicas, câncer, entre outras. A rede integra diferentes níveis de atenção à saúde, com foco na promoção, prevenção, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde, garantindo o acesso contínuo e a integralidade do cuidado O Brasil vive uma transição demográfica e epidemiológica, com o envelhecimento da população e a redução das doenças transmissíveis agudas, o que aumenta a prevalência das doenças crônicas. Essas condições, muitas vezes multicausais, exigem abordagens contínuas, que envolvem mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, não têm cura. A organização da rede de doenças crônicas é baseada no Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) , que visa transformar o modelo assistencial centrado em cuidados agudos para um modelo focado na atenção longitudinal e coordenada. Esse modelo busca melhorar a qualidade de vida dos pacientes e prevenir complicações graves. Além de HAS e DM, a rede abrange outras condições crônicas, como doenças cardiovasculares, câncer, deficiências físicas e doenças infecciosas crônicas. A rede oferece linhas de cuidado específicas, desde a atenção básica até a atenção especializada, promovendo protocolos assistenciais e fluxos de atendimento baseados na classificação de risco dos pacientes. A Pesquisa Vigitel acompanha, desde 2006, os fatores de risco e proteção para doenças crônicas no Brasil, destacando o aumento preocupante da obesidade, que é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão. Assim, a rede tem como prioridade a educação permanente dos profissionais de saúde , garantindo que as diretrizes e protocolos assistenciais sejam seguidos corretamente para o enfrentamento dessas condições que impactam profundamente a saúde pública no Brasil.