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Resumo sobre INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST), Resumos de Ginecologia

Resumo do Protocolo de ISTs do ministerio da saude, abrangendo vulvovaginites e vaginoses; cervicites e uretrites; DIP; Úlceras genitais e fluxogramas de tratamento

Tipologia: Resumos

2023

À venda por 15/06/2023

maria-eduarda-mariano-9
maria-eduarda-mariano-9 🇧🇷

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bg1
Infecções sexualmente
Infecções sexualmente
transmissíveis
transmissíveis
Quadro clínico
Avaliação diagnostica
Vulvovaginites e vaginosesVulvovaginites e vaginoses
As ISTs são frequentes, têm múltiplas etiologias e apresentações
clínicas e causam impacto na qualidade de vida das pessoas
As principais manifestações clínicas são: corrimento vaginal,
corrimento uretral, úlceras genitais e verrugas anogenitais
Vulvovaginites é um processo inflamatório, com aumento da
quantidade de polimorfonucleares, que acomete o TGI
Vaginose define a ausência de resposta inflamatória vaginal
Fatores de risco p/ vulvovaginites:
DM
Ingestão de esteroides
Uso de ATB
Uso de imunossupressores
Uso de duchas vaginais
Uso de lubrificantes vaginais
Absorventes internos e externos
Depilação exagerada e freuquente
Relações sexuais e prática de coito ñ convencional
Uso de preparações contraceptivas orais ou tópicas
Uso de hormônios
Estados hiper/hipoestrogênicos
Infecções sexualmente transmissíveis
Estresse
Mudança de parceiro
Traumas
Períodos de hospitalização prolongada
Conteúdo vaginal aumentado, prurido e irritação
Odor desagradável, ardência e intenso desconforto
A coloração do corrimento vaginal não deve ser considerada um
dado específico para o diagnóstico etiológico
Determinação do pH vaginal
Exame a fresco -> Leveduras e/ou hifas e pseudo-hifas, T
vaginalis móveis, clue cells, leucócitos e clls parabasais
Bacterioscopia por coloração de Gram
Teste das aminas (Whiff tes ou teste do "cheiro")
Vaginose bacteriana
É um conjunto de sinais e sintomas resultante de um desequilíbrio
da flora vaginal
Diminuição dos lactobacilos e um crescimento polimicrobiano de
bactérias anaeróbias estritas e de anaeróbias facultativas
G. vaginalis é que predomina
Não é uma IST
É mais frequente entre mulheres em idade reprodutiva e com vida
sexual ativa.
Fatores de risco:
Múltiplos e novos parceiros
DIU
Uso de duchas vaginais
Tabagismo
Ñ utilização de condom
Quadro clínico
Odor fétido -> "peixe podre"
Corrimento é fluido, homogêneo, branco acinzentado ou
amarelado, em peq quantidade e não aderente e pode formar
microbolhas
Diagnóstico:
Critérios de Amsel: >/= 3
Corrimento brando acincentado, homogêneo, fino
pH vaginal > 4,5
Teste das Aminas (whiff test) positivo
Cue cells
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Infecções sexualmenteInfecções sexualmente

transmissíveis transmissíveis

Quadro clínico

Avaliação diagnostica

Vulvovaginites e vaginosesVulvovaginites e vaginoses

As ISTs são frequentes, têm múltiplas etiologias e apresentações clínicas e causam impacto na qualidade de vida das pessoas As principais manifestações clínicas são: corrimento vaginal, corrimento uretral, úlceras genitais e verrugas anogenitais Vulvovaginites é um processo inflamatório, com aumento da quantidade de polimorfonucleares, que acomete o TGI Vaginose define a ausência de resposta inflamatória vaginal Fatores de risco p/ vulvovaginites: DM Ingestão de esteroides Uso de ATB Uso de imunossupressores Uso de duchas vaginais Uso de lubrificantes vaginais Absorventes internos e externos Depilação exagerada e freuquente Relações sexuais e prática de coito ñ convencional Uso de preparações contraceptivas orais ou tópicas Uso de hormônios Estados hiper/hipoestrogênicos Infecções sexualmente transmissíveis Estresse Mudança de parceiro Traumas Períodos de hospitalização prolongada Conteúdo vaginal aumentado, prurido e irritação Odor desagradável, ardência e intenso desconforto A coloração do corrimento vaginal não deve ser considerada um dado específico para o diagnóstico etiológico Determinação do pH vaginal Exame a fresco -> Leveduras e/ou hifas e pseudo-hifas, T vaginalis móveis, clue cells, leucócitos e clls parabasais Bacterioscopia por coloração de Gram Teste das aminas (Whiff tes ou teste do "cheiro")

Vaginose bacteriana

É um conjunto de sinais e sintomas resultante de um desequilíbrio da flora vaginal Diminuição dos lactobacilos e um crescimento polimicrobiano de bactérias anaeróbias estritas e de anaeróbias facultativas G. vaginalis é que predomina Não é uma IST É mais frequente entre mulheres em idade reprodutiva e com vida sexual ativa. Fatores de risco: Múltiplos e novos parceiros DIU Uso de duchas vaginais Tabagismo Ñ utilização de condom Quadro clínico Odor fétido -> "peixe podre" Corrimento é fluido, homogêneo, branco acinzentado ou amarelado, em peq quantidade e não aderente e pode formar microbolhas Diagnóstico: Critérios de Amsel: >/= 3 Corrimento brando acincentado, homogêneo, fino pH vaginal > 4, Teste das Aminas (whiff test) positivo Cue cells

Coloração pelo gram TTO: 1° opção: Metronidazol 250 mg, 2 CP, VO, 2x/dia, po 7 dias Metrondazol gel vaginal 100 mg/g, um aplicador cheio, via vaginal, à noite ao se deitar, por 5 dias 2° opção: Clindamicina 300 mg, VO, 2x/dia, por 7 dias Casos recorrentes Metronidazol 150 mg, 2 CP, VO, 2x/dia, por 10- dias Gravidas: Metronizol 250 mg, VO, 8/8h por 7 dias

Candidíase

É uma infecção da vulva e vagina causada por um fungo do gênero Candida Fatores de risco: Gravidez Obesidade DM (descompesado) Uso de corticoides Uso de ATB Uso de contraceptivos orais Uso de imunossupressores ou quimio/radioterapia Alterações na resposta imunológica Hábitos de higiene e vestuário q aumentem a umidade e o calor local Contado com subst. alergênicas e/ou irritantes Infecção pelo HIV Quadro clínico: Prurido vulvovaginal: é o principal sintoma. Possui intensidade variável, de leve a insuportável, que piora à noite e é exacerbado pelo calor local; Queimação vulvovaginal; Disúria externa; Dispareunia de introito vaginal; Corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso (“leite coalhado” ). Hiperemia e edema vulvar. Escoriações de coçadura. Fissuras e maceração da vulva. Vagina e colo recobertos por placas brancas, aderidas à mucosa. Diagnóstico: Clínico + laboratorial: ph < 4, Leveduras e/ou hifas e pseudo-hifas dos fungos TTO: 1° opção: Miconazol creme vaginal a 2%, um aplicador cheio, à noite, ao se deitar, por 7 dias; Nistatina 100.000 UI, uma aplicação via vaginal, à noite, ao se deitar, por 14 dias. 2° opção: Fluconazol 150 mg, VO, dose única; Itraconazol 100 mg, VO, 2 comprimidos, 2×/dia, por 1 dia. CVV complicada e CVV recorrente Indução: Fluconazol 150 mg, VO, 1x/dia, dias 1, 4 e 7; Itraconazol 100 mg, 2 comprimidos, VO, 2x/dia, por 1 dia; Miconazol creme vaginal tópico diário por 10 a 14 dias. Manutenção: Fluconazol 150 mg, VO, 1x/semana, por 6 meses; Miconazol creme vaginal tópico, 2x/semana; Óvulo vaginal, 1x/semana, durante 6 meses.

Tricomoníase

Causada por T. vaginalis É uma IST e sua via de transmissão é quase unicamente sexual Quadro clínico Corrimento, normalmente abundante, amarelo ou amarelo- esverdeado, mal cheirose e bolhoso Ardência, hiperemia e edema Colpite focal ou difusa caracterizada por um "colo em framboesa" ou " colo em morango" Diagnóstico Clínico + exame a fresco TTO: Metronidazol 400 mg, 5 comprimidos, VO, dose única (dose total de tratamento 2 g); OU Metronidazol 250 mg, 2 comprimidos, VO, 2×/dia, por 7 dias.

Medicamentos não tomados corretamente/não completados; Infecção por outros patógenos; Presença de organismos resistentes; Diagnóstico Assintomatico -> detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular Sintomatico: Detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular Bacterioscopia com gram Cultura pelo metodo Thayer-Martin Teste positivo de esterase leucocitrátia na uria de 1° jato, ou exame microscópico de sedimento urinário de 1° jato: Sintomáticos: Detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular Bacterioscopia com Gram Cultura de amostras de corrimento uretral em meio seletivo de Thayer-Martin ou similar Teste positivo de esterase leucocitária na urina de primeiro jato, ou exame microscópico de sedimento urinário de primeiro jato TTO

Uretrite não gonocócica É a uretrite sintomática cuja bacterioscopia pela coloração de Gram, cultura e detecção de material genético por biologia molecular são negativas para o gonococo Corrimentos mucoides, discretos, com disúria leve e intermitente As uretrites causadas por C. trachomatis podem evoluir para prostatite, epididimite, balanite, conjuntivite (por autoinoculação) e síndrome uretro-conjuntivo-sinovial ou síndrome de Fiessinger-Leroy-Reiter. Uretrites persistentes: Os pacientes com diagnóstico de uretrite devem retornar ao serviço de saúde entre sete e dez dias após o término do tratamento Que pode ser por: Reexposição à parceria sexual não tratada; Infecção adquirida de outra parceria sexual; Medicamentos não tomados corretamente/não completados; Infecção por outros patógenos; Presença de organismos resistentes; Diagnóstico: O método diagnóstico de escolha é a detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular Sintomáticos: Detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular Bacterioscopia com Gram Cultura de amostras de corrimento uretral em meio seletivo de Thayer-Martin ou similar Teste positivo de esterase leucocitária na urina de primeiro jato, ou exame microscópico de sedimento urinário de primeiro jato TTO

Sífilis

TTO

Indicação de tto hospitalar Abscesso tubo-ovariano Gravidez Ausência de resposta clínica após 72h do início do tratamento com antibioticoterapia oral Úlceras genitaisÚlceras genitais É uma infecção bacteriana sistêmica, crônica, curável e exclusiva do ser humano Causada pelo T. pallidum A transmissibilidade da sífilis é maior nos estágios iniciais (sífilis primária e secundária), diminuindo gradualmente com o passar do tempo (sífilis latente recente/tardia) É transmitida por vias sexual, vertical Intolerância a antibióticos orais ou dificuldade de seguimento ambulatorial Estado geral grave, com náuseas, vômitos e febre Dificuldade na exclusão de emergência cirúrgica Diagnóstico Emes diretos Exame em campo escuro Pesquisa direta com material corado

Testes imunológicos de sífilis Ñ treponêmicos: VDRL RPR eTRUST USR Quantificável Usado para monitoramento do tto 1° a ficar reagente Permanecem reagente após o tto Treponêmicos FTA-Abs ELISA TPHA/TPPA teste rápido (TR)

Monitoramento pós-tto de sífilis Para o seguimento do paciente, os testes não treponêmicos devem ser realizados mensalmente nas gestantes e, no restante da população (incluindo PVHIV), a cada três meses até o 12º mês de acompanhamento do paciente (3, 6, 9 e 12 meses) É indicação de sucesso de tto a diminuição da titulação em 2 diluições dos testes não treponêmicos em até 3 meses e 4 diluições até 6 meses, com evolução até a sororreversão (teste não treponêmico não reagente) A persistência de resultados reagentes em testes não treponêmicos após o tto adequado e com queda prévia da titulação em pelo menos 2 diluições, quando descartada nova exposição de risco durante o período analisado, é chamada de “cicatriz sorológica” (serofast) e não caracteriza falha terapêutica. São critérios de retratamento e necessitam de conduta ativa do profissional de saúde: Ausência de redução da titulação em duas diluições no intervalo de seis meses (sífilis recente, primária e secundária) ou 12 meses (sífilis tardia) após o tratamento adequado (ex.: de 1:32 para >1:8; ou de 1:128 para >1:32), OU Aumento da titulação em duas diluições ou mais (ex.: de 1:16 para 1:64; ou de 1:4 para 1:16), OU Persistência ou recorrência de sinais e sintomas clínicos.

Cancro mole

Dianóstico: Exame físico Microscopia de material corado pela técnica de gram Cultura PCR TTO 1° opção: Azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, VO, dose única. 2° opção: Ceftriaxona 250 mg, IM, dose única; OU Ciprofloxacino 500 mg, 1 comprimido, VO, 2x/dia, por três dias.

Linfogranuloma venéreo

Causado pela C. trachomatis Quadro clínico Fase de inoculação: Inicia-se por pápula, pústula ou exulceração indolor, que desaparece sem deixar sequela Fase de disseminação linfática regional A adenite pode evoluir em nódulos inguinais superficiais dolorosos ou bulbões, que frequentemente rompem a pele com exsudação de descarga purulenta. A fistulização pelos locais de drenagem pode permanecer por períodos prolongados. Fecha-se um trajeto e abrem-se outros, o que resulta em aspecto semelhante a um bico de regador. Ocorre, em geral, após uma média de quatro dias, podendo surgir entre uma a seis semanas após a lesão de inoculação Fase de sequelas: O comprometimento linfonodal evolui com supuração e fistulização por orifícios múltiplos, que correspondem a linfonodos individualizados, parcialmente fundidos em uma grande massa. A lesão da região anal pode levar à proctite e à proctocolite hemorrágica. O contato orogenital pode causar glossite ulcerativa difusa, com linfadenopatia regional. Podem ocorrer sintomas gerais, como febre, mal- estar, anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese noturna e meningismo. É infecção de transmissão exclusivamente sexual. Causado por um cocobacilo Gram-negativo, Haemophilus ducreyi, inoculado em pequenas soluções de continuidade na pele ou mucosa, consequente ao coito Quadro clínico: As lesões são dolorosas, geralmente múltiplas, e devido à autoinoculação. A borda é irregular, apresentando contornos eritematoedematosos e fundo heterogêneo, recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido, que, quando removido, revela tecido de granulação com sangramento fácil

Os bulbões que se tornarem flutuantes podem ser aspirados com agulha calibrosa, não devendo ser incisados cirurgicamente. A obstrução linfática crônica leva à elefantíase genital, que na mulher é denominada estiomene. Além disso, podem ocorrer fístulas retais, vaginais e vesicais, além de estenose retal. Diagnostico é clínico TTO Doxiciclina 100 mg, 12/12h, VO, por 21 dias Alternativo: Azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, VO, 1×/semana, por 21 dias (preferencial nas gestantes).

Donovanose

É uma IST crônica progressiva, que acomete preferencialmente pele e mucosas das regiões genitais, perianais e inguinais Agente etiológico: Klebsiella granulomatis, também conhecido como Donovania granulomati Quadro clínico: Inicia-se com ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil da plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil. A ulceração evolui lenta e progressivamente, podendo tornar-se vegetante ou ulcerovegetante. As lesões costumam ser múltiplas, sendo frequente a configuração em "espelho" nas bordas cutâneas e/ou mucosas. Diagnóstico: É realizado através da identificação dos corpúsculos de Donovan em esfregaço com coloração de Wright, Giemsa ou Leishman ou histopatológico. TTO Azitromicina 500 mg, 2 CP, VO, 1x/semana, por pelo menos 3 semanas ou até a cicatrização das lesões Alternativos: Doxiciclina 100 mg, 1 comprimido, VO, 2x/dia, por pelo menos 21 dias ou até o desaparecimento completo das lesões; ou Ciprofloxacino 500 mg, 1 e ½ comprimido, VO, 2x/dia, por pelo menos 21 dias ou até a cicatrização das lesões (dose total 750 mg);

Herpes genital

Dça incurável e recorrente Herpes-Simplex Vírus (HSV) de dupla-hélice de DNA, parte da subfamília dos alfa-herpesvirinae, tipos 1 (predominante nas lesões orais e periorais) e 2 (predominante nas lesões genitais). Transmissão sexual, inclusive orogenital. Os casais devem se abster de intercursos sexuais se houver lesões ativas. Quadro clínico: Primoinfecção: Tem um período de incubação médio de seis dias. As lesões cutâneas sucedem os sintomas prodrômicos em horas ou dias. Estas são transmitidas por contato direto ou fômites. É uma manifestação mais grave, caracterizada pelo surgimento de lesões eritematopapulosas de um a três milímetros de diâmetro, que rapidamente evoluem para vesículas sobre base eritematosa, muito dolorosas e de localização variável na região genital. O conteúdo das vesículas é geralmente citrino, raramente turvo As vesículas se rompem e originam ulcerações dolorosas, com bordas lisas, de mínima profundidade, não ultrapassando 1 mm e que não sangram à manipulação Posteriormente, são recobertas por crostas sero- hemáticas que cicatrizam por completo O quadro local na primoinfecção costuma ser bastante sintomático e, na maioria das vezes, é acompanhado de manifestações gerais, podendo cursar com febre, mal-estar, mialgia e disúria, com ou sem retenção urinária Infecção recorrente: Após a infecção genital primária por HSV-2 ou HSV-1, respectivamente, 90 e 60% dos pacientes desenvolvem novos episódios nos primeiros 12 meses, por reativação viral. Sulfametoxazol + trimetoprima (400/80 mg), 2 comprimidos, VO, 2x/dia, por no mínimo três semanas ou até a cicatrização das lesões

112 MINISTÉRIO DA SAÚDE SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST) ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM INFECÇÕESPROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS PARA Figura 11 – Fluxograma para o manejo de corrimento vaginal Queixa de corrimento vaginal Anamnese e exame ginecológico (toque e exame especular) História clínica: avaliar prácas sexuais e fatores de risco para IST, data da úlma menstruação, prácas de higiene vaginal e uso de medicamentos tópicos ou sistêmicos e/ou outros potenciais agentes irritantes locais. Fluxo vaginal: consistência, cor e alterações no odor do corrimento, presença de prurido e/ou irritação local. Fatores de risco para IST

  • Idade abaixo de 30 anos
  • Novas ou múlplas parcerias sexuais
  • Parcerias com IST
  • História prévia/presença de outra IST
  • Uso irregular de preservavo Dor à mobilização do colo uterino, material mucopurulento no oricio externo Sim do colo, edema cervical e sangramento ao toque da espátula ou swab? Não Invesgar cervicite/DIP. Tratar clamídia e gonorreia Microscopia a fresco disponível na consulta? Sim Corrimento vaginal confirmado? Não Sim Não pH vaginal e/ou KOH a 10% disponível? Coleta de material para microscopiaa Presença de clue cells Presença de Trichomonas sp.. Tratar vaginose bacteriana e tricomoníase Tratar vaginose bacteriana Tratar tricomoníase Presença de hifas Tratar candidíase Não Sim pH >4,5 e/ou KOH (+) pH <4,5 e/ou KOH (-) Corrimento grumoso ou eritema vulvar? Tratar candidíase Causa fisiológica Sim Não Avaliar se o exame prevenvo de câncer de colo do útero está em dia a (^) Quando realizada coleta para microscopia por coloração de Gram, considerar o resultado para manejo do caso. Orientações gerais para todas as IST
  • Realizar orientação centrada na pessoa e suas prácas sexuais.
  • Contribuir para que a pessoa reconheça e minimize o próprio risco de infecção por uma IST.
  • Oferecer testagem para HIV, sífilis e hepates B e C.
  • Oferecer testagem molecular para detecção de clamídia e gonococo.
  • Oferecer vacinação para hepates A e B e para HPV, quando indicado.
  • Informar sobre a possibilidade de realizar prevenção combinada para IST/HIV/hepates virais.
  • Tratar, acompanhar e orientar a pessoa e suas parcerias sexuais.
  • Noficar o caso, quando indicado. Fonte: DCCI/SVS/MS.

113 in Fec ÇÕ eS Q ue (^) cau Sam (^) corrimento (^) vaginal (^) e cervicite Figura 12 – Fluxograma para o manejo de cervicite Queixa de corrimento vaginal, sangramento intermenstrual ou pós-coito, dispareunia, disúria e dor pélvica crônica Anamnese, toque e exame especular As cervicites são frequentemente assintomácas. Os fatores associados à prevalência da cervicite são:

  • Mulheres sexualmente avas com idade inferior a 25 anos
  • Novas ou múlplas parcerias sexuais
  • Parcerias com IST
  • História prévia ou presença de outra IST
  • Uso irregular do preservavo Sim Não Muco cervical turvo ou amarelado e friabilidade cervical, edema cervical e sangramento ao toque da espátula ou swab , dor à mobilização do colo uterino? Corrimento vaginal confirmado? Coleta de material para invesgar C. trachomas e N. gonorrhoeae a Tratar gonorreia e clamídia Invesgar DIP Coleta de material para Sim microscopia a fresco b Não Tratar vaginose bacteriana, tricomoníase e/ou candidíase, conforme achadoc^ Provável causa fisiológica Avaliar se o exame prevenvo de câncer de colo do útero está em dia a (^) Podem ser ulizados kits de biologia molecular que detectam mais patógenos simultaneamente, incluindo Mycoplasma genitalium. b (^) Lembrar que, mesmo nos casos que apresentam colo e muco cervical normal, Chlamydia trachomas e Mycoplasma genitalium podem estar presentes e provas de biologia molecular, se disponíveis, devem ser ulizadas para afastar essa possibilidade (principalmente em mulheres jovens). c (^) Quando a microscopia a fresco não esver disponível, instuir tratamento imediato de vaginose bacteriana, tricomoníase e/ou candidíase, conforme avaliação clínica. Se realizada coleta para microscopia por coloração de Gram, considerar o resultado para manejo do caso. Fonte: DCCI/SVS/MS.

133 in Fec ÇÕ eS Q ue (^) cau Sam (^) úlcera (^) genital Figura 14 – Fluxograma para o manejo de infecções que causam úlcera genital Queixa de úlcera genital Anamnese e exame sico Invesgar outras Não IST como causa provável? Sim causas Fatores de risco para IST

  • Idade abaixo de 30 anos
  • Novas ou múlplas parcerias sexuais
  • Parcerias com IST
  • História prévia/presença de outra IST
  • Uso irregular de preservavo História clínica: avaliar prácas sexuais e fatores de risco para IST. Lesões: ulceravas erosivas, precedidas ou não por pústulas e/ou vesículas, acompanhadas ou de dor, ardor, prurido, drenagem de material mucopurulento, sangramento e linfadenopaa regional. Não Laboratório disponível?^ Sim Visualização de Gram- negavos agrupados em correntes na bacterioscopia Visualização de treponemas móveis na microscopia de campo escuro Sim Não Não Sim Tratar cancroide Avaliar histórico de exposição ao risco, sinais e sintomas clínicos Sugesvo de H. ducrey Idenficação de T. pallidum Tratar herpes genital, donovanose e/ou LGV, conforme avaliação Tratar sífilis primária/ secundária Evidência de lesões vesiculosas avas? Lesões com mais de 4 semanas? Não Sim Tratar herpes genital Sim Não Tratar sífilis, cancroide. Invesgar LGV e donovanose. Realizar biópsia Tratar sífilis e cancroide Orientações gerais para todas as IST
  • Realizar orientação centrada na pessoa e suas prácas sexuais.
  • Contribuir para que a pessoa reconheça e minimize o próprio risco de infecção por uma IST.
  • Oferecer testagem para HIV, sífilis e hepates B e C.
  • Oferecer testagem molecular para detecção de clamídia e gonococo.
  • Oferecer vacinação para hepates A e B e para HPV, quando indicado.
  • Informar sobre a possibilidade de realizar prevenção combinada para IST/HIV/hepates virais.
  • Tratar, acompanhar e orientar a pessoa e suas parcerias sexuais.
  • Noficar o caso, quando indicado. Alta Não^ Sinais e sintomas persistem após 14 dias?^ Sim Referenciar Fonte: DCCI/SVS/MS.

142 MINISTÉRIO DA SAÚDE SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST) ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM INFECÇÕESPROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS PARA Figura 15 – Fluxograma para o manejo clínico de DIP Queixa de dor abdominal baixa aguda ou dor pélvica aguda Anamnese e exame ginecológico (toque vaginal e exame especular) História clínica: avaliar prácas sexuais e fatores de risco para IST, inserção de DIU ou biopsia de endométrio ou curetagem, entre outros. Sim Sangramento vaginal ou atraso menstrual ou parto/aborto recente? Não Diagnósco clínico de DIP? (Três critérios maiores MAIS um critério menor OU um critério elaborado) Quadro abdominal grave: defesa muscular ou dor à palpação ou temperatura axilar >37,5°C ou oral >38,3°C Não Sim Referenciar Inves gar outras causas Sim (^) Não Sim (^) Indicação de internação hospitalar? Iniciar tratamento ambulatorial e agendar retorno em 3 dias Não (^) Sim Coletar material e inves gar: gonorreia, clamídia, tricomoníase e vaginose bacteriana Houve melhora após 3 dias? Não Manter conduta. Enfa zar adesão e tratamento Critérios maiores

  • Dor no hipogástrio
  • Dor à palpação dos anexos
  • Dor à mobilização de colo uterino Critérios menores -Temperatura axilar >37,5°C ou temperatura oral

38,3°C

  • Conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal
  • Massa pélvica
  • Mais de dez leucócitos por campo de imersão em material de endocérvice
  • Leucocitose em sangue periférico
  • Proteína C rea‹va ou velocidade de hemossedimentação – VHS elevada
  • Comprovação laboratorial de infecção cervical por gonococo, clamídia ou micoplasmas Critérios elaborados
  • Evidência histopatológica de endometrite
  • Presença de abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas em estudo de imagem
  • Laparoscopia com evidência de DIP Fatores de risco para IST
  • Idade abaixo de 30 anos
  • Novas ou múl‹plas parcerias sexuais
  • Parcerias com IST
  • História prévia/presença de outra IST
  • Uso irregular de preserva‹vo Orientações gerais para todas as IST
  • Realizar orientação centrada na pessoa e suas prá‹cas sexuais.
  • Contribuir para que a pessoa reconheça e minimize o próprio risco de infecção por uma IST.
  • Oferecer testagem para HIV, sífilis e hepa‹tes B e C.
  • Oferecer testagem molecular para detecção de clamídia e gonococo.
  • Oferecer vacinação para hepa‹tes A e B e para HPV, quando indicado.
  • Informar sobre a possibilidade de realizar prevenção combinada para IST/HIV/hepa‹tes virais.
  • Tratar, acompanhar e orientar a pessoa e suas parcerias sexuais.
  • No‹ficar o caso, quando indicado. Fonte: DCCI/SVS/MS.