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Guias e Dicas
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Doenças Bacterianas em Aves: Guia Completo para Estudantes de Veterinária, Resumos de Patologia

Este guia abrangente explora as principais doenças bacterianas que afetam as aves, fornecendo informações detalhadas sobre seus agentes causadores, sintomas, transmissão, diagnóstico e tratamento. Uma ferramenta valiosa para estudantes de veterinária que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre a saúde avícola.

Tipologia: Resumos

2023

Compartilhado em 20/03/2025

felliphi-francolin
felliphi-francolin 🇧🇷

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Tipo, comum Nome Agente
Doenças Bacterianas
Estafilococose
estreptococose
Colibacilose
Clostridioses
estafilococos Aureus,
epidermidis = Gram-positivos
(azulroxeado)
* em aves geralmente
hemoliticas (halo de emólise
em agar sangue)
streptococos Zooepidemicus =
Gram positivo (azulroxeado)
E.coli ( Escherichia coli) -
Gram-negativo (rosa)
Clostridium são bastonetes
gram positivos
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Tipo, comum Nome Agente Doenças Bacterianas Estafilococose estreptococose Colibacilose Clostridioses estafilococos Aureus, epidermidis = Gram-positivos (azulroxeado)

  • em aves geralmente hemoliticas (halo de emólise em agar sangue) streptococos Zooepidemicus = Gram positivo (azulroxeado) E.coli ( Escherichia coli) - Gram-negativo (rosa) Clostridium são bastonetes gram positivos

Botulismo C. colinum Pasteurelose C. botulinum tipo C Dermatite gangrenosa C. perfringens, C. septicum e S. aureus Enterite necrótica C. perfringens tipo A ou C Enterite ulcerativa

tifo Micoplasmose Salmonella Gallinarum, Mycoplasma galisepticum gram negativas, Clamidiose aviária Chlamydophila psittaci Gram- negativas

Aspergillus fumigatus aspergilose aviária

galinhas e perus. pode ser causada por uma intoxicação ingerindo a toxina ou por uma toxiinfecção onde ingere a bacteria e ela produz a toxina no animal, a toxina tem ação nervosa que faz uma paralisia flacida de asas, coxas, terceira palpebra, e sinais inespecificos galinhas, patos, faisões e perus. dermatite necrotica ou celulite uma inflamação no tecido sibcutaneo São bactérias comensais do intestino, desequilibrio da flora é predisponente -> dietas com farinha de peixe, elevados niveis de trigo, cevada ou centeio, e camas com altos niveis de fibras, infecções por coccidios galinhas, codornas e perus codornas são mais suceptíveis, afeta aves jovens, necessita de fatores imunosupressores, aves podem se tornar portadoras e disseminar a bactéria galinhas, perus, codornas, perdizes e outras aves

perus são mais suceptíveis a doença sendo menos importantes como portadores pois a doença leva a obito os infectados , faisoes gansos e patos tambem são sensíveis, e outras aves comerciais, geralmente em aves mais velhas, raro em jovens, Aves comercais, perus são os mais suceptíveis aves silvestres, Felinos, roedores e lagomorfos fontes de infecção

é um fungo que se aloja no pulmao e produz toxinas necróticas

Via de infecção Sinais clinicos via oral ou aerossóis, lesoes de pele Em matrizes pesadas é mais comum os quadros de blefarite, edema ocular com exsudação de aspecto caseoso. Em aves comerciais ocorrem mais problemas locomotores nas patas, como fraqueza, fragilidade óssea e artrite. Sinais clínicos Penas eriçadas, necrose condral (das articulações), dificuldade de locomoção, asas caídas, hipertermia, queda na produção de ovos e lesões de barbela = todos bem inespecíficos. oral fecal, respiratório, alimentos e agua contaminados fecal da casca do ovo: principal via de transmissão para pintinhos

  • Aves jovens (4-9 semanas): são mais suscetíveis aos quadros respiratórios
  • Adultas: mais predispostas à salpingite (associada ao nível hormonal de aves em postura) => colonização do oviduto é facilitada quando o nível de estrógeno está elevado Celulite, onfalite, salpingite (adultos), sindrome da cabeça inchada (associado a pneumovirus), colissepticemia e doença respiratória crônica complicada, coliseptcemia e suas sequelas: sinovite, osteoartrite, meningoencefalite, panoftalmite

contato com secreções, alimentos e água contaminados, fômites, Febre, prostração, sonolência, edema e cianose de cristas e barbelas, estertores pulmonares devido edema e hemorragia pulmonar, secreção oral e nasal, que pode ser mucoso, seroso, purulento, dependendo da virulência tempo de evolução, etc. Algumas podem apresentar diarreia profusa com conteúdo mucoso esverdeado. Cronicos sao sinais pouco especificos como queda na postura, edema de barbela e crista, fraqueza via oral e transmissão vertical. Elevado número de pintinhos mortos dentro dos ovos ou logo após a eclosão. As aves afetadas apresentam depressão, ficam com frio e se juntam para se aquecer, dificuldade respiratória, anorexia ou hiporexia, diarreia branca que pode ser vista ao redor da cloaca e na cama, e desidratação. Em casos agudos pode-se ocorrer morte súbita das aves, sem nenhum tipo de sinal ou lesões na necropsia. Em casos menos agudos pode-se ter lesões pulmonares, articulares = problemas de desenvolvimento, redução na produção de ovos e eclodibilidade. Em perus os sinais são semelhantes, mas a diarreia é mais esverdeada do que esbranquiçada, eles não se acumulam e sim se afastam, e podem apresentar hipertermia.

As afetadas por cepas intestinais apresentam diarreia amarelada- esverdeada a esverdeada. Outros sinais ocorrem pela anemia severa como a prostração, apatia, dispnéia, anorexia, queda na postura e óbito. horizontal por contato direto, secreções e aerossóis, ou indireto, fômites e seres humanos, ou transmissão vertical Dificuldade respiratória, conjuntivite, incoordenação motora e incoordenação (neurotoxinas), secreção nasal de mucosa até purulenta com a evolução da doença, edema de cabeça, edema de crista, barbela e seios nasais, opacidade de córnea. inalação, ingestão, contato direto com as secreções, e mesmo a transmissão vertical que é menos comum, mas pode acontecer. São bastante variáveis. A forma superaguda acomete principalmente aves jovens e pode causar morte súbita com ausência de sinais ou lesões. A forma aguda geralmente apresenta sinais respiratórios, trato respiratório como sítio primário de infecção, mas também podem apresentar sinais devido à infecção do trato digestório, genito-urinário (transmissão vertical) e nervoso (sonolência, depressão, anorexia, asas caídas, desidratação, conjuntivite, tremores). A forma crônica tem sinais ainda mais inespecíficos como emagrecimento progressivo, conjuntivite, alterações respiratórias leves/sutis, podendo passar despercebidos. A forma assintomática geralmente acontece em aves adultas acometidas por cepas mais brandas, não são identificadas no plantel e permanecem como portadoras eliminando as bactérias, contaminando o ambiente. Outros sinais inespecíficos além dos já citados são alterações no empenamento, queda no desempenho reprodutivo e infecções bacterianas secundárias que agravam o quadro clínico da ave e dificultam o diagnóstico.

Diagnóstico Com base no histórico clínico e epidemiológico e também por exames laboratoriais = isolamento e caracterização a partir de amostras de órgãos lesionados de aves necropsiadas em meio ágar sangue - identifica a hemólise. Clinico, laboratorial: isolamento bacteriano de orgaos lesionados e sangue, sorologia e pcr Lesoes -> necropsia

Lesões macroscópicas associadas ao isolamento microbiano. Normalmente sem lesões macro ou micro, diagnóstico fechado apenas pela detecção da toxina botulínica no soro das aves - amostra de eleição, pois após a morte das aves a carcaça (tecidos) podem ser infectados durante a decomposição apresentando crescimento de clostrídios e resultando em falso positivos. Histopatológico - presença das bactérias na mucosa intestinal, isolamento microbiológico a partir do conteúdo intestinal e/ou nódulos linfóides hemorrágicos no intestino. sinais, lesoes e isolamento bacteriano, imprint, coloração de gram de amostras de fígado, fixação de complemento, imunofluorescência direta.

Provas sorológicas: Soroaglutinação rápida, soroaglutinação lenta, ELISA, detectam as Pullorum e Gallinarum. Isolamento e identificação: são necessários meios especiais como RP, XLD, XLT4, TSI e McConkey (ficam translúcidas, diferenciam de E. coli) e posterior sorotipagem em laboratórios especializados. As amostras de eleição são de baço, fígado, ovários e coração. Clínico, molecular, isolamento e caracterização em laboratórios especializados a partir de amostras de swabs de traqueia depois de escarificação das mucosas. Evitar colher amostras purulentas devido a possível presença de agentes secundários. Laboratorial: sorologia por soroaglutinação rápida, ELISA, inibição da hemaglutinação, imunofluorescência). Alterações macroscópicas: esplenomegalia e baço de consistência amolecida, pode ou não conter focos esbranquiçados ou petéquias. Hepatomegalia e fígado de consistência friável, coloração amarelada a esverdeada, focos necróticos na superfície capsular ou de corte. Saco pericárdio espessado com inflamação purulenta, serosa ou fibrinosa. Pulmões congestos e cavidade pleural com fibrina. Sacos aéreos turvos. Congestão intestinal, principalmente nas serosas. Isolamento: bactéria de difícil isolamento e que exige biossegurança laboratorial rigorosa por se tratar de uma zoonose. Amostras de swab de conjuntiva, orofaringe, cloaca, traqueia, fezes, tecidos acometidos. ELISA-antígeno: prova direta que detecta o agente. Imunofluorescência direta de imprints ou esfregaços. Esses 2 podem resultar em falso positivos por reações inespecíficas com outras bactérias gram negativas, principalmente quando a partir de amostras de fezes e cloaca. PCR é o exame de escolha para aves e humanos, exclui outros agentes. Para a detecção de portadoras inaparentes, a coleta de amostras deve ser repetida em períodos de 3-5 dias e/ou coleta de amostras de diferentes sítios para aumentar a sensibilidade diagnóstica. Sorologia: fixação de complemento é a mais indicada, outras aglutinação em látex, aglutinação de CEs, RIFI, ELISA indireto. Pode ser usado como diagnóstico na forma de sorologia pareada que, com o aumento de 4x os títulos é considerado infecção recente, porém é mais indicado o uso da PCR para diagnóstico, e a sorologia para monitoramento dos plantéis. Diferencial: salmonelose, micoplasmose, pasteurelose, colibacilose, enterite.

Identificação direta do fungo com KOH a 20% para observação das hifas que são divididas em septos e bifurcadas. Isolamento em meios de cultura seletivos para fungos como o ágar Sabouraud dextrose + cloranfenicol, incubação a 25oC por períodos maiores de alguns dias até semanas. Suas colônias são brancas e seus conídios são verdes a enegrecidos que quando são produzidos mudam a cor do centro das colônias. Elas possuem aspecto cotonoso, ou seja, semelhante a algodão. Histopatologia com observação das hifas nos tecidos acometidos. Necropsia com achado de lesões nos pulmões, pele, ossos, olhos, sistema nervoso, ou de forma generalizada. Nos pulmões e sacos aéreos se tem nódulos esbranquiçados, quando mais avançada a doença eles se tornam placas de cor cinza-esverdeada. Placas de aspecto caseoso na traqueia. Pintinhos de um dia podem apresentar morte súbita com achado de crescimento fúngico nos pulmões, porém ainda sem a formação de nódulos. A sorologia é mais utilizada como monitoramento. A PCR é indicada, não sofrendo interferência de outros agentes ou medicamentos.