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Resumo referente aos diferentes tipos de citocina, onde são produzidas e suas funções.
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
As citocinas são polipeptídeos ou glicoproteínas hidrossolúveis, produzidas por várias células no local da lesão e células do sistema imunológico. Ao contrário dos hormônios, elas não são armazenadas e agem por mecanismos parácrinos e autócrinos. Elas podem agir em diferentes tipos de células e exibem pleiotropia. As citocinas são redundantes em suas atividades e frequentemente formam cascatas, estimulando a produção de outras citocinas. Elas se ligam a receptores específicos e ativam mensageiros intracelulares que regulam a transcrição gênica. As citocinas desempenham diversos papéis no sistema imunológico, afetando a atividade, diferenciação, proliferação e sobrevivência das células imunes, além de regular a produção e atividade de outras citocinas. Algumas citocinas têm ações pró-inflamatórias (Th1), enquanto outras têm ações anti-inflamatórias (Th2), dependendo do microambiente em que estão presentes. As citocinas desempenham um papel essencial na resposta inflamatória em locais de infecção e lesão, promovendo a cicatrização adequada da ferida. No entanto, uma produção excessiva de citocinas pró-inflamatórias a partir da lesão pode levar a manifestações sistêmicas, como instabilidade hemodinâmica e distúrbios metabólicos. As citocinas foram agrupadas em categorias para facilitar sua classificação. Essas categorias incluem interleucinas (IL), que são numeradas sequencialmente de IL-1 a IL-35, fatores de necrose tumoral (FNT), quimiocinas (citocinas quimiotáticas), interferons (IFN) e fatores de crescimento mesenquimal. As citocinas têm papéis variados no sistema imunológico, influenciando atividade, diferenciação, proliferação e sobrevivência das células imunes. Algumas citocinas são pró-inflamatórias (Th1), enquanto outras são anti-inflamatórias (Th2), dependendo do microambiente. Exemplos de citocinas pró-inflamatórias incluem IL-1, IL-2, IL-6, IL-7 e FNT, enquanto as anti-inflamatórias incluem IL-4, IL-10, IL-13 e FTCβ.
Interleucina IL-
A IL-1 é uma citocina produzida por várias células, incluindo macrófagos, monócitos, fibroblastos e células endoteliais, durante lesões, infecções e processos inflamatórios. Existem dois tipos: IL-1α e IL-1β. Ambos se ligam aos receptores IL-1RI e IL-1RII, sendo o primeiro considerado ativo e o segundo inativo. A IL-1α atua por meio de contatos celulares, enquanto a IL-1β é liberada após ser processada pela enzima caspase-1. A IL-1β desencadeia inflamação sistêmica, causando febre, estimulando a produção de substância-P, óxido nítrico e moléculas de adesão endotelial. Também desempenha um papel importante na dor pós-operatória. Durante lesões teciduais, a IL-1RA é liberada como um antagonista de receptor da IL-1, competindo com a ligação da IL-1 aos seus receptores.
Embora a IL-1 tenha uma meia-vida plasmática curta, tem sido sugerido que desempenha um papel relevante na dor pós-operatória. A produção excessiva de IL-1 pode levar a manifestações sistêmicas e distúrbios metabólicos. Portanto, a IL-1 desempenha um papel complexo na regulação da resposta inflamatória e na modulação da dor.
Interleucina IL-
A IL-2 é uma proteína de 15 kDa produzida principalmente por células TCD e em menor quantidade por células TCD8+. Ela atua através dos receptores IL-2Rα, IL-2Rβ e IL-2Rγ, ativando a via intracelular JAK/STAT para estimular o crescimento e a proliferação de linfócitos-T e células-B. Além disso, induz a produção de outras citocinas, como IFNγ e FNTβ, ativando monócitos, neutrófilos e células matadoras naturais. A IL-2 desempenha um papel importante na geração e propagação de respostas imunológicas específicas do antígeno. Apesar de sua meia-vida plasmática ser curta, inferior a 10 minutos, ela não é detectada em lesões agudas. Estudos in vitro sugerem que a IL-2 é pró-inflamatória, porém, sua injeção intraplantar demonstrou efeito anti-hiperalgésico e inibição da sensação nóxica em ratos quando aplicada no locus ceruleus. A IL-2 tem sido amplamente estudada em aplicações clínicas, como terapia oncológica, imunodeficiência e rejeição de transplantes.
Interleucina IL-
A IL-4 é uma glicoproteína de 15 kDa com propriedades anti-inflamatórias, produzida por linfócitos-T CD4, mastócitos, eosinófilos e basófilos. Ela atua em linfócitos-T e B, células matadoras naturais, mastócitos, sinoviócitos e células endoteliais, utilizando a via JAK/STAT. A IL-4 induz a diferenciação de linfócitos-B para produzir IgG e IgE, que são importantes imunoglobulinas nas respostas alérgicas e anti-helmínticas. A IL-4 também atua sobre macrófagos ativados, reduzindo os efeitos das citocinas pró-inflamatórias IL-1, FNTα, IL-6 e IL-8, além de inibir a produção de radicais livres de oxigênio. Além disso, aumenta a sensibilidade dos macrófagos aos efeitos dos glicocorticoides. A IL-4 apresenta potencial terapêutico em diversas condições clínicas, como psoríase, osteoartrite, linfoma e asma.
Interleucina IL-
A IL-6 é uma glicoproteína de 22 a 27 kDa secretada por várias células, incluindo macrófagos, monócitos, eosinófilos, hepatócitos e células da glia. É induzida por citocinas como FNTα e IL-1. A IL-6 causa febre e ativa o eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal, utilizando receptores IL-6Rα e gp130.
A IL-13 desempenha um papel importante na regulação da resposta imune, promovendo um perfil anti-inflamatório. Ela está envolvida em processos como alergias, asma e doenças inflamatórias crônicas. O entendimento dos mecanismos de ação da IL-13 pode levar ao desenvolvimento de terapias direcionadas para essas condições.
Interleucina IL-
A IL-17A tem uma função pró-inflamatória, o que significa que ela promove respostas inflamatórias no corpo. Quando ela está presente, isso pode levar à produção de outras citocinas inflamatórias, como IL-6 e IL-8, que são substâncias químicas envolvidas na resposta inflamatória. Além disso, a IL-17A estimula a formação de uma molécula de adesão que ajuda as células a se unirem em fibroblastos humanos.
Fator de necrose tumoral alfa (FNTα)
O FNTα é uma citocina pró-inflamatória produzida por monócitos, macrófagos e linfócitos-T. É encontrado em neurônios e células da glia, desempenhando papel na hiperalgesia inflamatória e neuropática. Existem duas formas: transmembrana e secretada. O FNTR1 é expresso em neurônios e está associado a respostas inflamatórias, enquanto o FNTR2 é expresso em macrófagos e monócitos, estimulando a proliferação de linfócitos-T, fibroblastos e células matadoras naturais.
Após procedimentos cirúrgicos, traumas ou infecções, o FNTα é um mediador importante da resposta inflamatória, mesmo com curta meia-vida plasmática. Induz metabolismo muscular e caquexia, ativa a coagulação e influencia a expressão de moléculas de adesão, PGE2, entre outros. Interage com receptores solúveis de FNT, que agem como antagonistas para regular sua atividade excessiva. No entanto, os sFNTRs podem ter efeitos indesejáveis como reservatórios de FNTα.
Fator transformador de crescimento β (FTCβ)
O FTCβ é uma citocina anti-inflamatória de 13 kDa composta por 112 aminoácidos. Inibe a produção de IL-1, IL-2, IL-6 e FNT, e induz IL-1AR. Sua expressão é estimulada após a axotomia, atuando como retroalimentação negativa na ativação glial. Previne a síntese de óxido nítrico por macrófagos, importante na dor neuropática. Desempenha papel regulador na resposta inflamatória e modulação da dor.