



Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Objetivos dados na tutoria como: epidemiologia, fatores de risco, fisiopato e entre outros
Tipologia: Resumos
1 / 5
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
1. Elucidar epidemiologia e fatores de risco da Dislipidemia Alterações como hipertrigliceridemia estão associadas a outras doenças graves, como doença hepática gordurosa não alcoólica e pancreatite aguda. O colesterol elevado, que é um dos critérios que define a dislipidemia, apresenta prevalência mundial de 39% (37% para o sexo masculino e 40% para o feminino) entre os adultos. Na Europa, corresponde a 54%, e nas Américas, a 48%; já na África e no Sudeste da Ásia foram observados os menores percentuais: 23% e 30%, respectivamente. Nos estudos brasileiros, as prevalências variam entre 24,2% e 66,1% nas diversas regiões do país. Dentre os fatores associados às dislipidemias destacam-se as condições sociodemográficas, os hábitos de vida e a presença de morbidades, principalmente obesidade, diabetes mellitus (DM) e hipertensão arterial. A prevalência de dislipidemia, de HDL-c baixo e de hipertrigliceridemia isolada foi de 56,1%, 37,4% e 23,6%, respectivamente. Já a hipercolesterolemia isolada e a hiperlipidemia mista não alcançaram 10% da população do estudo (Tabela 1). A prevalência de hipercolesterolemia isolada foi maior entre os adultos na faixa etária de 50 a 59 anos (21,2%).HDL-c baixo apresentou maiorprevalência no sexo feminino 2.Compreender a fisiopatologia associada a manifestações clínicas
dislipidemia são as estrias gordurosas, que são formações planas e amareladas na parede dos vasos e não têm repercussão clínica. Essas lesões podem evoluir para placas fibrolipídicas, que são formações elevadas na superfície da camada íntima da artéria que podem se associar a complicações, como fissuras, trombose, rupturas, calcificação e necrose. Podem ser estáveis ou instáveis. A formação da placa aterosclerótica inicia-se por agressão ao endotélio vascular, mediada por diversos fatores que incluem, entre outros, elevação de lipoproteínas aterogênicas (LDL, IDL, VLDL, remanescentes de QM), hipertensão arterial e tabagismo. O endotélio disfuncional apresenta maior permeabilidade às lipoproteínas plasmáticas, favorecendo sua retenção no espaço subendotelial. Posteriormente, as partículas de LDL sofrem oxidação, levando novamente à disfunção do endotélio, que passa a ter menor reatividade vascular. Outra alteração que aumenta o risco de eventos cardiovasculares é a alteração neuropática autonômica, que pode prejudicar ainda mais a reatividade vascular. A presença da partícula de LDL oxidada no endotélio leva ao aparecimento de moléculas de adesão, que atraem monócitos e linfócitos para a parede arterial. Esses liberam proteínas quimiotáticas, estimulando a migração de monócitos para o espaço subendotelial, onde se diferenciam em macrófagos que, por sua vez, captam as partículas de LDL oxidadas. Os macrófagos repletos de lipídios são chamados de células espumosas e constituem o principal componente das estrias gordurosas, que são as lesões macroscópicas iniciais da aterosclerose. O processo inflamatório mantido estimula a migração e a proliferação de células musculares lisas, que irão formar as placas ateroscleróticas. A estabilidade ou não da placa aterosclerótica depende da quantidade de colágeno que se distribui em sua superfície, formando uma capa fibrótica. Algumas placas podem ser estáveis, quando há predomínio de colágeno que se organiza em placa fibrótica espessa. Outras placas apresentam atividade inflamatória intensa com capa fibrótica tênue, o que confere maior instabilidade à placa. Se houver ruptura dessa capa, ocorre liberação de material lipídico altamente trombogênico, com formação de aterotrombose, que é a principal responsável pelas manifestações clínicas agudas da aterosclerose. O National Cholesterol Education Program (NCEP) recomenda a dosagem de CT, HDL-c, LDL-c e triglicerídios em pacientes com 20 anos de idade ou mais, com repetição a cada 5 anos em caso de lipidograma normal. Esta recomendação se justifica para o rastreamento das causas genéticas monogênicas de dislipidemia, que podem causar eventos adversos em pacientes a partir dessa idade. Várias linhas de evidência, que envolvem ensaios clínicos, ensaios experimentais em animais, estudos epidemiológicos e formas genéticas de hipercolesterolemia, indicam uma forte relação causal entre LDL-c elevado e eventos cardiovasculares. Por esse motivo, a recomendação é que LDL-c deva ser o principal alvo da terapia.
- Via intestinal A maior parte das gorduras ingeridas são representadas pelos TG. Após a ingestão, as lipases pancreáticas hidrolisam os TG em ácidos graxos livres, monoglicerídeos e diglicerídeos, que são absorvidos pelas células intestinais. Após a absorção, essas diversas partículas lipídicas, particularmente os ácidos graxos, são utilizadas para a produção dos quilomícrons, que chegam ao plasma e são degradados pela lipase lipoproteica (LPL), com consequente liberação de ácidos graxos livres. Após esse processo de lipólise, os ácidos graxos são capturados pelas células musculares e pelos adipócitos (tecidos periféricos). Os quilomícrons remanescentes são capturados pelo fígado, onde são utilizados na formação de VLDL. - Via hepática O transporte de lípides de origem hepática ocorre por meio das VLDL, IDL e LDL. Nessa via, as gorduras do fígado direcionam-se aos tecidos periféricos. A VLDL é secretada pelo fígado e, por ação da LPL, converte-se em IDL e, posteriormente, em LDL, que é incumbida de carregar o colesterol para os tecidos periféricos. Ocorre também o transporte reverso do colesterol dos tecidos para o fígado, pela HDL. As partículas de HDL são formadas no fígado, intestino e na circulação. Elas captam o colesterol não esterificado dos tecidos periféricos pela ação da lecitinacolesterol aciltransferase (LCAT), formando as HDL maduras, que levarão esse colesterol até o fígado. Por meio da CEPT, ocorre também a transferência de ésteres de colesterol da HDL para outras lipoproteínas, como as VLDL. A hipercolesterolemia familiar (HF) é uma doença monogênica, em sua maioria, apresenta um padrão de herança autossômica dominante, acomete 1 em cada 250 pessoas no mundo, podendo levar ao desenvolvimento prematuro de doença cardiovascular aterosclerótica. Antigamente denominada hiperliproteinemia do tipo IIa na classificação de Fredrickson (ver Quadro 71.10), a hipercolesterolemia familiar caracterizase por elevações de CT e LDLc e níveis de TG normais.
Do ponto de vista clínico, o defeito tem apresentação muito similar, independentemente do gene acometido, com crises recorrentes de dor abdominal e/ou pancreatite, xantomas eruptivos e início geralmente na infância.1416 Os xantomas são lesões cutâneas eruptivas, de coloração amarelada, geralmente com halo eritematoso e cerca de 2 a 5 mm de diâmetro. São encontradas nas superfícies extensoras (cotovelos e joelhos) e, sobretudo, nas nádegas. Hepatomegalia e esplenomegalia (às vezes, com hiperesplenismo) são também achados frequentes. A hepatosplenomegalia é um dos achados reversíveis com o tratamento e resulta do acúmulo do excesso de QM nos macrófagos do sistema reticuloendotelial na SQF. Em geral, os pacientes não são obesos e podem, em poucos casos, só ser diagnosticados na idade adulta, com uma pancreatite aguda ou em virtude da detecção de lipemia retinalis, que é a aparência leitosa do sangue nos vasos retinianos ao fundo de olho; ou o achado de soro lipêmico em avaliação bioquímica de rotina.
peixes de água fria. O grande inconveniente dos ácidos graxos poli-insaturados é que ele também reduz o HDL-c, o que não ocorre com os monoinsaturados (ômega-9) encontrados nos óleos de oliva e canola, abacate, castanhas, nozes, amendoins e amêndoas. Os ácidos graxos trans aumentam a concentração de LDL-c e TG e reduzem o HDL-c, portanto, devem ser excluídos da dieta. São encontrados na gordura hidrogenada presente em sorvetes, chocolates, bolos, margarinas etc. O consumo de fibras solúveis acelera o trânsito intestinal e diminui a absorção do colesterol. Em contraste, o consumo de fibras insolúveis não mostrou benefício na redução do colesterol e do risco cardiovascular. Outra fonte alimentar, os fitosteróis (óleos vegetais) e as proteínas de soja auxiliam, principalmente, na redução do LDL-c. Os antioxidantes (flavonoides), encontrados nas verduras, frutas e bebidas derivadas da uva, reduzem a aterogenicidade da LDL-c. O exercício físico na prevenção e no tratamento das doenças cardiovasculares é muito bem estabelecido. Nos pacientes com doença coronária aterosclerótica, o exercício promove estabilização e até regressão da placa, além de importante queda da mortalidade. No endotélio, ele aumenta a biodisponibilidade do óxido nítrico (vasodilatador) e diminui a concentração de endotelina (vasoconstritor). Além disso, promove a redução dos níveis de TG e o aumento do HDL-c, mas sem alterações significativas nas concentrações de LDL-c A. Inibidores da HMG-CoA redutase Mecanismo de ação: Lovastatina, sinvastatina, pravastatina, atorvastatina, fluvastatina, pitavastatina e rosuvastatina são inibidores competitivos de HMG-CoA redutase, a etapa limitante da síntese de colesterol. Inibindo a síntese do colesterol, elas esgotam o seu estoque intracelular. O esgotamento do colesterol intracelular leva a célula a aumentar, na superfície, o número de receptores específicos de LDL-C que podem ligar o LDL-C circulante e internalizá-lo. Assim, o colesterol no plasma diminui por redução da síntese e aumento do seu catabolismo. Pitavastatina, rosuvastatina e atorvastatina são as estatinas redutoras de LDL-C mais potentes, seguidas de sinvastatina, pravastatina e então lovastatina e fluvastatina. (Nota: como esses fármacos sofrem acentuada extração de primeira passagem no fígado, seu efeito dominante se dá nesse órgão.) Os inibidores da HMG-CoA redutase também diminuem os níveis de triglicerídeos e podem aumentar os níveis de HDL-C em alguns pacientes. Efeitos adversos: Pode ocorrer aumento das enzimas hepáticas no tratamento com estatinas. Por isso, a função hepática deve ser avaliada antes de iniciar o tratamento Niacina (ácido nicotínico) A niacina pode reduzir o LDL-C entre 10 e 20% e é o fármaco mais eficaz para aumentar HDL-C. Ela também diminui os triglicerídeos em 20 a 35% na dose típica de 1,5-3 g/dia. A niacina pode ser usada em combinação com as estatinas, estando disponível uma associação de doses fixas de lovastatina e niacina de longa duração de ação. Mecanismo de ação: Com doses na faixa de gramas, a niacina inibe fortemente a lipólise no tecido adiposo, reduzindo assim a produção de ácidos graxos livres (Fig. 23.8). O fígado normalmente usa os ácidos graxos livres circulantes como principais precursores na síntese de triglicerídeos. Níveis reduzidos de triglicerídeos no fígado diminuem a produção de VLDL-C hepático, o que, por sua vez, diminui a concentração de LDL-C no plasma. Fibratos - O fenofibrato e a genfibrozila são derivados do ácido fíbrico que reduzem os triglicerídeos séricos e aumentam os níveis de HDL-C. 1. Mecanismo de ação: Os receptores ativados pelo proliferador de peroxissomo (RAPPs) são membros da família de receptores nucleares que regulam o metabolismo lipídico. Os RAPPs funcionam como fatores de transcrição ativados pelo ligante. Então eles ligam a elementos de resposta proliferador de peroxissoma, o que finalmente leva à diminuição da concentração de triglicerídeos por meio do aumento da expressão da lipoproteína lipases fibratos também aumentam o nível de HDL-C pelo aumento da expressão de apo AI e apo AII Referências VILAR, L et al. Endocrinologia clínica / editor responsável Lucio Vilar 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. FALUDI, A. A. et al. Atualização da diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose–2017. Arquivos brasileiros de cardiologia , v. 109, p. 1-76, 2017. Sales, P. Halpern. A; Cercato. O essencial em endocrinologia. - 1. ed. - Rio de Janeiro :Roca, 2016 SAMPAIO, A. F. S. et al. OCORRÊNCIA DE DISLIPIDEMIAS E FATORES ASSOCIADOS EM ADULTOS: UM ESTUDO DE PREVALÊNCIA. Ciênc. cuid. saúde [online]. v.21. 2022