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Resumo Semiologia Veterinária, Resumos de Semiologia

Semiologia básica, conceitos, plano inicial, anamnese, contenção

Tipologia: Resumos

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Semiologia Mensal 1
É a parte da medicina que estuda os
métodos de exame clinico, pesquisa os
sintomas e os interpreta, reunindo, dessa
forma, os elementos necessários para
construir o diagnóstico e presumir a
evolução da enfermidade.
Ela é dividida em 3 partes:
- Semiotecnica:é a utilização de todos os
meios para examinar o paciente.
- Clinica propedêutica: reune e interpreta
os dados obtidos no exame do paciente.
- Semiogenese: explica os mecanismos
pelos quais os sintomas aparecem e se
desenvolvem.
Sintoma: é subjetiva, é sentida pelo
paciente e não visualizada pelo
examinador.
Sinal: é um dado objetivo que pode ser
notado pelo examinador através do exame
físico.
Diagnostico médico: é a obtenção de
dados elementares que posteriormente
serão processados.
Componentes do diagnostico:
- Obtenção de dados elementares:
anamnese, exame físico e exames
complementares.
- Processamento dos dados elementares:
interpretação e organização.
Plano diagnostico
- Identificação: nome, sexo, raça, idade,
características do animal.
- Anamnese: é um conjunto de informações
de interesse médico recolhidas sobre a vida
de um determinado paciente.
- Objetivos da anamnese:
Reconhecer o paciente, a doença e as
circunstancias.
Estabelecer uma relação médico/
proprietário.
Conhecer a história clínica e conhecer os
fatores ambientais relacionados com o
paciente.
Estabelecer aspectos do exame físico que
merecem maior atenção.
Princípios básicos da anamnese:
Motivação para ouvir o proprietário.
Linguagem acessível.
Evitar interrupções e distrações.
Dispor de tempo.
Não desvalorizar precocemente as
informações.
Não demonstrar impaciência, irritação,
desprezo.
Não opinar sobre assuntos que não condiz
com a entrevista como religião, política.
Saber interrogar.
Possuir conhecimento teórico.
Observar o comportamento do
entrevistado.
Limitações da anamnese:
Deficiência de fonação e audição, diferença
de linguagem, deficiência de memoria e
observação, concepções errôneas da
doença, relação do entrevistado com o
animal, ambiente inadequado, timidez,
distúrbios psíquicos.
Componentes:
1. Queixa principal: motivo que levou o
proprietário a procurar ajuda. Deve ser
escrito com as próprias palavras do
proprietário.
2. História da moléstia atual (histórico
médico recente): são as alterações
recentes da saúde do animal que levou
o proprietário a procurar auxílio médico.
Deve ser escrito com maiores detalhes
(o que, quando e como).
- Fase inicial: encorajar o proprietário a
falar livre e espontaneamente.
- Segunda fase: Dissecar a queixa
atual respeitando a ordem cronológica
dos fatos.
- Terceira fase: fazer perguntas chaves
sobre outros sinais relacionados com o
sistema acometido ou que possam ser
esperados segundo o caso.
- Quarta fase: fazer uma síntese do
quadro e ver se o proprietário concorda
ou se tem algo a acrescentar.
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Semiologia – Mensal 1 É a parte da medicina que estuda os métodos de exame clinico, pesquisa os sintomas e os interpreta, reunindo, dessa forma, os elementos necessários para construir o diagnóstico e presumir a evolução da enfermidade. Ela é dividida em 3 partes:

- Semiotecnica: é a utilização de todos os meios para examinar o paciente. - Clinica propedêutica: reune e interpreta os dados obtidos no exame do paciente. - Semiogenese: explica os mecanismos pelos quais os sintomas aparecem e se desenvolvem. Sintoma: é subjetiva, é sentida pelo paciente e não visualizada pelo examinador. Sinal: é um dado objetivo que pode ser notado pelo examinador através do exame físico. Diagnostico médico: é a obtenção de dados elementares que posteriormente serão processados. Componentes do diagnostico:

  • Obtenção de dados elementares: anamnese, exame físico e exames complementares.
  • Processamento dos dados elementares: interpretação e organização. Plano diagnostico
  • Identificação: nome, sexo, raça, idade, características do animal.
  • Anamnese: é um conjunto de informações de interesse médico recolhidas sobre a vida de um determinado paciente.
  • Objetivos da anamnese: Reconhecer o paciente, a doença e as circunstancias. Estabelecer uma relação médico/ proprietário. Conhecer a história clínica e conhecer os fatores ambientais relacionados com o paciente. Estabelecer aspectos do exame físico que merecem maior atenção. Princípios básicos da anamnese: Motivação para ouvir o proprietário. Linguagem acessível. Evitar interrupções e distrações. Dispor de tempo. Não desvalorizar precocemente as informações. Não demonstrar impaciência, irritação, desprezo. Não opinar sobre assuntos que não condiz com a entrevista como religião, política. Saber interrogar. Possuir conhecimento teórico. Observar o comportamento do entrevistado. Limitações da anamnese: Deficiência de fonação e audição, diferença de linguagem, deficiência de memoria e observação, concepções errôneas da doença, relação do entrevistado com o animal, ambiente inadequado, timidez, distúrbios psíquicos. Componentes: 1. Queixa principal: motivo que levou o proprietário a procurar ajuda. Deve ser escrito com as próprias palavras do proprietário. 2. História da moléstia atual (histórico médico recente): são as alterações recentes da saúde do animal que levou o proprietário a procurar auxílio médico. Deve ser escrito com maiores detalhes (o que, quando e como). - Fase inicial: encorajar o proprietário a falar livre e espontaneamente. - Segunda fase: Dissecar a queixa atual respeitando a ordem cronológica dos fatos. - Terceira fase: fazer perguntas chaves sobre outros sinais relacionados com o sistema acometido ou que possam ser esperados segundo o caso. - Quarta fase: fazer uma síntese do quadro e ver se o proprietário concorda ou se tem algo a acrescentar.

**3. Revisão de sistemas:

  • Sistema digestório:** o animal de alimenta bem? Bebe água normalmente? Está defecando? Qual o tipo de fezes? Está vomitando? - Sistema cardiorrespiratório: O animal cansa fácil? Tosse? Estava acostumado a correr e não faz mais isso? - Sistema genitourinário: O animal está urinando? Com qual frequência? Há presença de formiga na urina? Parece que o animal sente dor ao urinar? - Sistema nervoso: O animal mudou o comportamento? Apresentou convulsões? Anda em círculos? - Sistema locomotor: Está mancando? De que membro? - Pele e anexos: O animal se coça? Muito ou pouco? Apresenta queda de pelos? 4. História pregressa: é a avaliação geral da saúde do animal antes do aparecimento da manifestação da doença atual. Inclui o estado geral da saúde, doenças anteriores, cirurgias, vacinação, vermifugação. 5. História ambiental ou de manejo: Saber o ambiente em que o animal vive, pois pode ser reservatório de inúmeras doenças infecciosas, parasitarias. 6. História familiar ou do rebanho: fornece informações sobre a saúde dos animais daquela família. Se vivos indagar sobre a saúde deles e se mortos saber a causa. Exame físico Ele antecede o exame especifico e dá ao clinico uma visão do organismo como um todo.
    • Exceção: condições que podem colocar em risco a vida do animal e animais muito agressivos.
    • Métodos de exame físico: inspeção, palpação, percussão e ausculta. Inspeção: investiga a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior.
      • Panorâmica: animal é visualizado como um todo.
      • Localizada: atenta se a alterações em uma determinada região do corpo.
      • Direta: o principal meio utilizado pelo clinico é a visão.
      • Indireta: com o auxílio de aparelhos. Palpação: é a utilização do tato e da força, usando as mãos, pontas dos dedos, punho, ou instrumentos para determinar a característica da região ou área explorada.
      • Palpação com a mão aberta.
      • Palpação utilizando o polegar e o indicador formando uma pinça.
      • Palpação com o dorso da mão ou dos dedos – temperatura.
      • Digito pressão: é a compressão de uma área para verificar a presença de dor, edema, avaliar a circulação cutânea.
      • Punho pressão: feita com a mão fechada com a intenção de avaliar a consistência de estruturas de maior tamanho como o rúmen.
      • Vitro pressão: é feito com ajuda de uma lâmina que é comprimida sobre a pele para fazer a distinção de um eritema ou purpura. Tipos de consistência:
      • Mole: quando uma estrutura volta a sua forma normal após cessar a aplicação de uma pressão. Ex: tecido adiposo.
      • Firme: quando uma estrutura oferece resistência a uma pressão, mas acaba cedendo voltando ao normal ao final da pressão. Ex: musculo.
      • Dura: quando a estrutura não cede por mais que seja forte a pressão. Ex: osso.
      • Pastosa: quando uma estrutura cede facilmente a pressão e permanece com a impressão da estrutura que a pressionava mesmo quando cessada. Ex: sinal de godet +

TERMOMETRIA

Avaliação da temperatura corporal: Mamíferos e aves: homeotérmicos, mantem a temperatura corporal independente da variação da temperatura ambiente. Repteis, anfíbios e peixes: pecilotérmicos, variam a temperatura de acordo com a temperatura ambiente.

  • A temperatura corporal dos animais é determinada pelo balanço entre ganho e perda de calor e pelo mecanismo entre os dois mecanismos distintos.
  • Termogênese: mecanismo químico que aumenta a produção de calor.
  • Termolise: mecanismo que incrementa a perda de calor.
  • Principal fonte de calor: processos oxidativos que utilizam oxigênio para queima de substratos como lipídio, carboidratos, proteínas.
  • Órgãos geradores de calor: Animal em repouso: fígado e coração. Animal em exercício: músculos esqueléticos.
  • Mecanismos para perda de calor: Respiração ofegante Vasodilatação periférica Mecanismo de contracorrente Secreção de suor pelas glândulas sudoríparas Diminuição do tônus muscular Técnicas de aferição da temperatura: Palpação externa e termômetro clinico.
  • Palpação externa: deve ser executado aplicando o dorso da mão sobre diferentes áreas da superfície corporal do animal, dando atenção a região abdominal (hipertermia) e as extremidades (hipotermia).
  • Termômetro clinico: realizar a contenção do animal, verificar a coluna de mercúrio se está em nível inferior antes da introdução do termômetro, ser limpo antes de se utilizar com solução asséptica, introduzir um terço do termômetro deslocando o depois lateralmente para entrar em contato com a mucosa retal.
    • Causas de erro:
      1. Introdução pouco profunda do termômetro no reto.
      2. Pouco contato do bulbo com a parede do reto ou contato da mão do examinador com o bulbo.
      3. Penetração de ar no reto.
      4. Processo inflamatório retal.
      5. Tempo de permanência inadequado de termômetro no reto. Terminologia Normotermia: temperatura dentro dos limites de normalidade. Hipertermia: temperatura acima dos valores de normalidade. Pode ser por retenção de calor em ambientes quentes, esforço. Hipotermia: temperatura abaixo dos valores de normalidade. Pode ser por perda excessiva de calor, produção insuficiente, toxinas, hemorragias, ambiental (neonatos). Síndrome febre: é a elevação da temperatura corporal acima do ponto crítico.
      • Fases da febre: Ascensão ou de aparecimento. Acme – quando a temperatura atinge um ponto máximo determinando uma estabilização térmica. Defervescencia – quando há o declínio da temperatura.
      • Tipos de febre: Simples, típica ou continua: temperatura não varia um grau entre as medições e sempre todas são febre. Intermitente: há períodos com febre e períodos com febre seguindo um padrão. Remitente: durante toda a medição é febre, porem varia mais que um grau. Atípica, irregular ou séptica: sem um padrão, não é regular. Grandes oscilações de temperatura no mesmo dia. Recorrente ou ondulante: períodos de temperatura normal que dura dias ou semanas seguido de período de febre. Comum em linfomas, tumores.

Porque a FEBRE é considerada uma síndrome? Porque além da temperatura elevada apresenta as seguintes alterações:

  • Mucosas: congestão, secas, sem brilho com uma tentativa de reter agua.
  • Pele e focinhos: seco, sem brilho.
  • Sist. Circulatório: taquicardia.
  • Sist. Respiratório: taquipneia, que tem duplo objetivo: perda de calor pela respiração, oferta maior de O2 as células e tecidos e eliminação de CO2 pelo aumento do metabolismo.
  • Sist. Digestório: defecação reduzida desde que a febre não tenha origem digestiva, polidipsia compensatória.
  • Sistema urinário: oliguria.
  • Sistema nervoso: convulsões. Exame de pele e mucosas
  • Pele: é uma barreira anatômica e fisiologia entre o organismo e o meio ambiente, promovendo proteção contra agentes físicos, químicos e microbiológicos. É sensível ao calor, frio, dor, prurido e pressão.
  • Os meios para examinar a pele são: palpação, olfação, inspeção direta e indireta. Palpação Determinar aspectos de: o Sensibilidade das lesões o Volume o Espessura o Elasticidade o Temperatura o Consistencia o Caracteristicas como umidade o Oleosidade da pele
  • Aumento de volume: Edema: aumento de liquido no interstício. Pode ser generalizado (doenças sistêmicas), localizado (quadro dermatológico). Enfisema: acumulo de ar. Pode ser aspirado (perfurações pulmonares), autóctone (gases produzidos por bactérias). Olfação – particular de cada pessoa/ subjetivo. Inspeção direta – somente com a visão. Classificação das lesões cutâneas:
    • Distribuição: Localizada: de uma a cinco lesões cutâneas individualizadas. Disseminada: mais de cinco lesões cutâneas individualizadas. Generalizada: acometimento difuso de mais de 60% da superfície corporal do animal. Universal: comprometimento total da superfície corporal do animal.
    • Profundidade: superficial ou profunda.
    • Configuração: forma ou contorno. Morfologia das lesões cutâneas: Existem 5 grupos distintos: Alteração de cor, de espessura ,formações solidas, coleções liquidas, perdas ou reparações teciduais.