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Uma visão abrangente dos mecanismos de inflamação, cicatrização e reparo tecidual. explora os processos celulares e moleculares envolvidos, desde a resposta inicial à agressão até a remodelação da matriz extracelular. são detalhados os diferentes tipos de inflamação, os mediadores químicos, as células envolvidas e as etapas do reparo, incluindo a formação de tecido de granulação e a cicatrização. o texto também aborda complicações da cicatrização, como queloides e contraturas.
Tipologia: Resumos
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Hiperemia É o aumento da quantidade de sangue no interior dos vasos em tecido ou órgão. O volume de sangue na microcirculação (pequenos vasos como arteríolas, vênulas e capilares) pode aumentar por três mecanismos principais : Hiperemia ativa: fluxo aumentado por vaso dilatação. O tecido fica mais avermelhado. Tipos: o Localizada: início de inflamações (rubor e calor no local da lesão); o Generalizada: durante exercícios físicos, ocorre vasodilatação sistêmica para melhorar a oxigenação muscular; Causas: o Neurogênica: estímulos do sistema nervoso que causam vasodilatação (ex: rubor facial por emoções ou exercícios). o Metabólica: substâncias produzidas no metabolismo como ADP e adenosina que dilatam os vasos (ex: exercício). o Inflamatória: mediadores inflamatórios vasodilatadores aumentam o fluxo no local da inflamação. Consequências: A hiperemia neurogênica e metabólica somem rapidamente, já na inflamação, rapidamente se associa à hiperemia passiva, formando hiperemia mista. Hiperemia passiva (congestão): acúmulo de sangue, pois a drenagem está prejudicada Tipos: o Localizada: obstrução em uma veia ou alteração local que dificulta a drenagem venosa. (ex: Trombose venosa profunda, compressão de veias por tumores, cicatrizes ou massas, aumento da viscosidade sanguínea) o Sistêmica: redução do retorno venoso sistêmico ou pulmonar, ocorre devido falência do coração em bombear o sangue adequadamente, dificultando o retorno venoso de todo o corpo. (ex: insuficiência cardíaca) Hemorragia Saída de sangue dos vasos ou coração para o meio externo, interstício (diapedese) ou cavidades pré- formadas. Podem ser internas ou externas. Tipos: o Petéquias: áreas pequenas, 3mm, múltiplas; o Púrpura: lesão superficial um pouco maior do que as petéquias, 1cm, múltipla, plana; o Equimose: o roxo; Púrpuras Petéquias Equimose o Hematoma: o sangue se acumula e forma uma tumoração; o Hemorragias em cavidades pré-formadas são denominadas de acordo com a localização. Hemotórax, hemoperitônio, hemopericárdio ou hematocele. Consequências: depende da quantidade sanguínea o Pequenas, mas contínuas: espoliação de ferro e, consequentemente, anemia; o Perdas volumosas de sangue: anemia aguda e, nos casos mais graves, choque hipovolêmico. Hemorragia nos ventrículos cerebrais ou hemorragia no tecido nervoso encefálico aumenta a pressão intracraniana e pode levar ao óbito, até mesmo pequenos volumes Hemostasia É a parada ou a cessação de um sangramento. Tipos: Hemostasia espontânea feita naturalmente ou artificialmente (p. ex., ligadura ou cauterização de vasos lesados).
Trombose Solidificação do sangue. É uma massa sólida que fica presa onde se originou, pode se formar no coração e vasos. O sangue precisa de fluidez para transportar oxigênio e nutrientes, para isso deve haver um equilíbrio do sistema de coagulação e anticoagulante e fibrinolítico. Há três fatores que favorecem a formação do trombo:
cininas. Esses agentes promovem a dilatação vascular e aumentam a permeabilidade dos capilares, permitindo que o líquido plasmático extravase para o interstício. Resultando em edema localizado chamado tumefação.
Inflamação é uma reação dos tecidos a um agente agressor caracterizada morfologicamente pela saída de líquidos e de células do sangue para o interstício. É uma resposta de origem infecciosa (bactéria e vírus) ou não infecciosa (traumas, subs. químicas...) O processo inflamatório é regulado, envolve mediadores pró-inflamatórios, que ativam e amplificam a reação, e mediadores anti-inflamatórios ou pró-resolução, que controlam e encerram o processo. Esse equilíbrio é crucial, pois uma inflamação excessiva ou prolongada pode causar danos teciduais. O ciclo da inflamação inicia-se com o reconhecimento da agressão por células do sistema imune, o que leva à liberação de mediadores químicos. Esses mediadores promovem a vasodilatação, o aumento da permeabilidade vascular e a quimiotaxia — migração de leucócitos para o local da lesão. Essas células imunes têm a função de neutralizar o agente agressor. Após o controle da agressão, o organismo ativa mecanismos de resolução da inflamação e de reparação tecidual, que podem ocorrer por regeneração ou cicatrização, dependendo do tipo e extensão da lesão. Mecanismo de defesa: O organismo possui dois mecanismos básicos de defesa: (1) barreiras mecânicas e químicas no
revestimento do corpo e de suas cavidades (pele e mucosas); (2) resposta imunitária. Pele e mucosa São as primeiras barreiras de defesa do organismo contra agentes externos. A pele apresenta uma barreira física, o ept estratificado e queratinizado. Além disso, possui mecanismo químicos, como a secreção de aldeídos microbicidas, peptídeos antimicrobianos. No componente imunológico, destacam-se as células de Langerhans (dendríticas) no epitélio e os linfócitos T na derme, que reconhecem antígenos e iniciam respostas imunes. As mucosas possuem secreções protetoras lisozima, defensinas, catelicidinas e a imunoglobulina A (IgA), que neutraliza microrganismos. O muco, principal secreção das mucosas, forma uma camada viscosa que aglutina bactérias e facilita sua eliminação. Um importante componente imunológico das mucosas é o tecido linfoide associado a mucosas (MALT). Ele é especialmente desenvolvido em regiões como: orofaringe, íleo, apêndice cecal, trato respiratório... Resposta imune Primeiro mecanismo de defesa do organismo. Tem esse nome porque seus receptores são herdados, sem a necessidade de adaptação ou exposição prévia ao agente agressor. Características: o Imediata; o Inespecífica; o Sem memória; o Desde o nascimento. Receptores de Reconhecimento de Padrões - PRRs A resposta reconhece por meio dos PRRs, que identificam moléculas associadas ao patógenos (PAMS) ou danos celulares (DAMPS). Os PRRs estão localizados no citoplasma ou membranas, como macrófagos, neutrófilos e células dendríticas. Relação com a resposta adaptativa Apesar de ser inespecífica, a inata atua junto com a adaptativa. A inflamação é uma resposta inata e prepara o meio para a adaptativa. A resposta adaptativa, por sua vez, é específica e dependente de antígenos. Seus receptores são gerados por rearranjos genéticos somáticos, formando um repertório praticamente ilimitado capaz de reconhecer epítopos únicos de cada antígeno. PAMPs São estruturas presentes apenas nos microrganismos. Essas são: o LPS – reconhecido por TLR o Peptidoglicano e ácido lipoteicoico - (TLR2) o Flagelina (TLR5) DAMPs São moléculas do próprio organismo liberadas em situação de dano DAMPs de origem intracelular HMGB1: proteína nuclear pró-inflamatória, reconhecida por RAGE e TLRs. Histonas: pró-inflamatórias ou citotóxicas, atuam em TLR2. ATP: pró-inflamatória via receptores purinérgicos. ADP e adenosina: efeitos anti-inflamatórios. Defensinas e catelicidinas: ativam TLR2 e FPR2, efeitos microbicidas e pró-inflamatórios. DAMPs relacionados a proteólise Proteases como trombina e plasmina ativam PARs (protease-activated receptors), desencadeando dor e inflamação. DAMPs da matriz extracelular Fragmentos de: o Ácido hialurônico o Fibronectina, fibrinogênio
Ativam TLRs e contribuem para o início da inflamação. Componentes Celulares da Imunidade Inata Os componentes celulares são representados por: (1) células circulantes: neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos, linfócitos, NK, NKT e células linfoides da imunidade inata [ILC, innate lymphoid cells] e células dendríticas; (2) células imunitárias residentes em tecidos (macrófagos residentes, mastócitos); (3) outras células, como epitélios, endotélio, fibroblastos, células da glia, osteócitos, condrócitos, células musculares e terminações nervosas aferentes. Células com funções específicas na resposta inata Leucócitos (glóbulos brancos):
Amiloide beta Ácido hialurônico Sílica Asbesto Alumínio o Padrões exógenos: Flagelina DNA bacteriano RNA viral Função e Relevância Patológica Uma vez ativado, o inflamasoma promove a ativação da caspase-1, que cliva as formas inativas de IL- 1 β e IL-18, tornando-as ativas. A liberação dessas citocinas promove: o Atração de neutrófilos o Febre o Potencial destruição tecidual Está implicado em várias doenças inflamatórias crônicas, como: o Aterosclerose (pela ativação por cristais de colesterol) o Alzheimer (pela ativação por amiloide beta) o Doenças autoimunes e inflamatórias Citocinas Inflamatórias Definição As citocinas inflamatórias são proteínas sinalizadoras produzidas principalmente por células imunes (como macrófagos, células dendríticas e linfócitos) durante a resposta imune inata e adaptativa. Elas coordenam a inflamação, recrutando e ativando células de defesa. Principais Citocinas Inflamatórias IL- 1 α e IL- 1 β o Produzidas em resposta à infecção ou dano tecidual. o Induzem a produção de defensinas (peptídeos antimicrobianos). o Participam da ativação endotelial, febre e atração de leucócitos. IL-1 (Interleucina-1) o Duas formas: IL- 1 α (ativa ainda intracelularmente) e IL- 1 β (ativada após clivagem pela caspase-1). o Funções: Indução de febre (atua no hipotálamo) Estímulo à produção hepática de proteínas de fase aguda Aumento da expressão de moléculas de adesão em células endoteliais Estímulo à quimiotaxia de leucócitos TNF-α (Fator de Necrose Tumoral Alfa) o Produzido por macrófagos e células T. o Promove: Aumento da permeabilidade vascular Choque séptico (em níveis elevados) Ativação de neutrófilos e macrófagos IL- 6 o Atua em conjunto com IL-1 e TNF-α. o Estimula a síntese de proteínas de fase aguda no fígado (como PCR). IL-8 (CXCL8) o Quimiocina importante na quimiotaxia de neutrófilos. Interferons (IFN-α e IFN-β) o Produzidos em resposta a vírus. o Ativam células NK e induzem estado antiviral.
Controle da proliferação celular O organismo depende do equilíbrio para produção de novas células (mitose) e a eliminação (apoptose). Tipos de células:
o Macrófagos substituem neutrófilos → liberam citocinas (IL-1, TNF) e fatores de crescimento (TGF- β, PDGF). o Início da angiogênese e recrutamento de fibroblastos.