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Guias e Dicas
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Anatomia dos Dentes Decíduos: Um Guia Completo para Estudantes de Odontologia, Notas de estudo de Odontologia

RESUMOS SOBRE A MATERIA DE ODNTOPEDIATRIA

Tipologia: Notas de estudo

2024

Compartilhado em 14/04/2024

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jessica-lopes-j3t 🇧🇷

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Odontoped
Jéssica Lorrane Martins Lopes
Profa Diana, Poli e Nathalia
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Odontoped

Jéssica Lorrane Martins Lopes

Profa Diana, Poli e Nathalia

Sumário

  • Aula 1 - Anatomia dos dentes decíduos
  • Aula 2 – PRONTUARIO ODONTOLOGICO INFANTIL
  • Aula 3 – PLANEJAMENTO E ATENDIMENTO INTEGRAL
  • Aula 4 – ANESTESIOLOGIA EM ODONTOPEDIATRIA
  • Aula 5 – PERIODONTIA NA ODONTOPEDIATIA
  • Aula 6 – PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA

Vista oclusal dos arcos dentários superior e inferior Diferenças entre as Dentições Decídua e Permanente Na dentição permanente há presença de curva anteroposterior (Spee) e de curva laterolateral (Wilson). Na dentição decídua NÃO há presença de curva anteroposterior (Spee) e de curva laterolateral (Wilson).

A implantação das raízes é perpendicular ao nível ósseo.

  • Os dentes decíduos são menores, em todas as suas dimensões, que os dentes permanentes correspondentes.
  • O esmalte dos dentes decíduos tem coloração branca mais clara mais opaca do que a dos dentes permanentes, o que dá à coroa um cor branco-azulada, branco-leitosa ou branco-argilosa uniformemente distribuída por toda a coroa.
  • O esmalte dos dentes decíduos é mais permeável e mais facilmente desgastado que o esmalte dos dentes permanentes. O grau de permeabilidade é diminuído após o início da reabsorção radicular.
  • A espessura do esmalte dos dentes decíduos é mais fina que nos dentes permanentes e está em torno de 0,5 a 1,0 mm.
  • O esmalte tem espessura igual ou quase igual em todas as faces da coroa, terminando abruptamente no nível do colo. Nessa porção cervical, os prismas de esmalte inclinam- se para oclusal em vez de se orientarem gengivalmente, como ocorre nos permanentes.
  • As câmaras pulpares são proporcionalmente mais amplas em relação às coroas do que nos dentes permanentes acompanham a morfologia externa da coroa. Os corno pulpares, especialmente os mesiais, são mais altos no molares decíduos.
  • Nos dentes decíduos, há menos estrutura dentária para proteger a polpa do que nos dentes permanentes. Na fossa oclusal dos molares decíduos, há uma espessura de dentina comparavelmente maior sobre a parede pulpar.
  • O canal radicular dos dentes decíduos é muito delgado.
  • Diferenças anatômicas entre os dentes decíduos e permanentes: ✓ Incisivos. ✓ Colo dos molares decíduos. ✓ Faces proximais. ✓ Área de contato. ✓ Relação polpa-coroa. ✓ Direção dos prismas de esmalte.

Incisivo Central Superior: 51, 61

  • Distância mésio-distal* semelhante cérvico-incisal.
  • Face mesial mais alta e plana que distal;
  • Borda incisal inclinada para distal (arredondada);
  • Raiz cônica e achatada V-L e terço apical curvo para V*

Incisivo Lateral Superior: 52, 62

  • Coroa semelhante ao central - Menor
  • Distância cérvico-incisal mais acentuada que a mésio-distal
  • Face V convexa, P côncava com uma fossa
  • Raiz mais delgada e longa em relação à coroa que a do central
  • Terço apical curvo para D e para V

Canino Superior: 53, 63

  • Vestibular lanceolada (pentágono) com tuber na cervical
  • Distância mésio-distal semelhante cérvico-incisal
  • Ponta da cúspide levemente distalizada
  • Palatina com cristas marginais e tubérculo dividindo em 2 fossas
  • Raiz volumosa e cônica recurvada para Distal e Vestibular, ao nível do terço apical.

Primeiro Molar Superior: 54, 64

  • Coroa com estrangulamento cervical
  • Face V muito convexa 1/3 cervical junto ao ângulo M-V-C (tubérculo molar ou Zuckerkandl)
  • Oclusal: 2 cúspides V e 1 lingual mais volumosa
  • Apresentam dimensões ligeiramente maiores que os centrais
  • Superfície mesial maior que distal e borda incisal inclinada para distal
  • Superfície D menor mais convexa que a M que é mais reta
  • Raiz mais longa, mais afilada e mais estreita que no central.

Canino Inferior: 83, 73

  • Face vestibular convexa nos dois sentidos com túber na cervical
  • Coroa mais alta do que larga
  • Coroa converge para lingual (V maior)
  • Lingual com apenas 1 fossa
  • Raiz pouco achatada no sentido mesio-distal e mais curta que a do canino superior

Primeiro Molar Inferior: 84, 74

  • Não lembra nenhum outro dente*
  • Vestibular com tubérculo de Zuckerkandl
  • Oclusal achatada no sentido vestibulo-lingua
  • Quatro cúspides: 2 vestibulares e 2 linguais
  • Crista transversa ligando as cúspides mesiais V e L
  • Duas raízes: mesial e distal

Segundo Molar Inerior: 85, 75

  • Semelhante ao 1ºM Permanente, porém menor e com constrição de colo (5 cúspides);
  • Vestibular com tubérculo de Zuckerkandl;
  • Convergência para lingual na coroa;
  • Porção mesial da coroa mais alta que distal; Possui duas raízes, mesial e distal, longas, delgadas e sep

Aula 3 – PLANEJAMENTO E ATENDIMENTO INTEGRAL

Todo tratamento odontopediátrico deverá ser considerado como parte integrante de um programa permanente de saúde que é almejado e garantido pelos pais e baseado nas orientações profissionais. “...sem a participação ATIVA da família o tratamento odontológico da criança será incompleto, independente do excelente empenho do profissional e da técnica empregada.” De acordo com Noronha (2005), o diagnóstico odontológico em crianças deve abranger, no mínimo, quatro áreas imprescindíveis: ▪ Capacidade de cooperação ▪ Condição dos tecidos moles ▪ Condição dos dentes ▪ Condição da oclusão

  • Prontuário Odontológico Para que o profissional crie condições, juntamente com a família, para o bebê chegar à adolescência desfrutando de saúde bucal propõe-se que o plano de tratamento seja dividido em 4 fases:
  1. Avaliação e/ouurgência
  2. Adequação do paciente
  3. Reabilitação do paciente
  4. Manutenção preventiva FASE 1–AVALIAÇÃO E/OUURGÊNCIA AVALIAÇÃO
  • História médica
  • História odontológica
  • Dados do aspecto comportamental →Duas visitas
  1. Primeira: coleta de dados, acolhimento, diagnóstico, planejamento
  2. Segunda: apresentação das sugestões terapêuticas URGÊNCIA
  • Dor
  • Traumatismo
  • Afecções bucais

Consentimento Informado para uso de técnicas de adaptação:

  • Quando a adaptação da criança é insuficiente para o tratamento, existem técnicas cientificamente aceitas para melhorar a adaptação.
  • Os responsáveis devem consentir por escrito no uso das técnicas necessárias. FASE 2 – ADEQUAÇÃO DO PACIENTE Compreende a adaptação comportamental somada à adequação do meio bucal. O profissional terá a oportunidade de:
  • Ensinar como deve ser o comportamento no ambiente odontológico, aplicando Técnicas de condicionamento;
  • Avaliar a atividade de Doença →Dose de Ataque DOSE DE ATAQUE - Reduzir a expressão da doença com:
  • orientações sobreo controle de placa bacteriana;
  • aconselhamento dietético;
  • uso racional de fluoretos;
  • curetagem superficial das lesões cavitadas seguidas de selamento provisório ou definitivo com CIV ou OZE (ART);
  • exodontias de dentes ou raízes residuais (retentores de placa). Após a dose de ataque, o profissional deverá avaliar se o paciente está apto ou não a avançar para a fase 3 (Reabilitação do Paciente). Fatores que podem atrasar esse passo:
  • Incapacidade de cooperação da criança
  • Ausência de controle da doença
  • Pedido dos responsáveis para aguardar um tempo
  • (impedimentos financeiros e/ou de disponibilidade)
    • ESPAÇAMENTO GRADUAL FASE 3– REABILITAÇÃO DO PACIENTE SE e somente SE os fatores de risco e a atividade da doença estiverem controlados, a criança deverá avançar para a fase 3 de Tratamento Reabilitador. Nesta fase será realizada a terapia restauradora e ortodôntica preventiva/interceptativa.

“O objetivo do acompanhamento odontopediátrico é conduzir as crianças durante seu crescimento e desenvolvimento para que o bebê chegue à adolescência desfrutando de um estado saudável e harmônico dos DENTES, das GENGIVAS e da OCLUSÃO.”

Aula 4 – ANESTESIOLOGIA EM ODONTOPEDIATRIA

“Anestesia local é a perda temporária de sensação ou de dor, produzida por um agente topicamente aplicado ou injetado, sem deprimir o nível de consciência”. Se atentar a quantidade do anestésico tópico, pois ele tende a ser mais concentrado e toxico. CONTROLE DA DOR

  • É fundamental para que se possa minimizar a dor e realizar tratamentos específicos, como exodontias e TER.
  • Controle da dor e do medo →Conquista: condicionamento da criança É necessário tempo para que se estabeleça uma relação pautada em confiança. ARTIFICIOS PARA REDUZIR A ANSIEDADE DA CRIANÇA:
  • O profissional deve estabelecer confiança e vínculo com a criança.
  • Manuseio de uma seringa sem agulha em sessões prévias pelo profissional e pela criança (dessensibilização e ou condicionamento).
  • Manusear a seringa de modo que a criança não possa ver.
  • Evitar utilizar palavras como agulha, injeção APESAR DOS ESFORÇOS ... REAÇÕES FRENTE À ANESTESIA:
  • Identificar a razão e trabalhar a causa: dialogo tranquilo.
  • Fazer relaxamento, para superar medo/tensão: respiração
  • Empregar método dizer-mostrar-fazer.
  • Fazer e cumprir acordos (ex: levantar a mão quando quiser que eu pare) ARTIFICIOS PARA MINIMIZAR A DOR:
  • Utilização de anestésico tópico – desidratar a mucosa (secar bem), passa gazes e algodão depois aplica o anestésico tópico com cotonete, massageia e deixa agir por 2 min. Tirar todo excesso do tópico com a gazes.
  • Temperatura anestésica;
  • Velocidade de injeção do anestésico (lento) → expansão dolorosa dos tecidos.
  • Calibre da agulha (23, 27 e 30)
  • Local da punção: começar por locais menos sensíveis;
  • Distender e tracionar a mucosa em direção à agulha;
  • O controle da dor deve ser eficaz de início; evitar administrações repetidas posteriores (toxicológicos e psicológicos). CÁLCULO PESO PARA CRIANÇA ATÉ 9 ANOS Idade x 2 + 9 REQUISITOS PARA A REALIZAÇÃO DE ANESTESIAS LOCAIS EM CRIANÇAS:
  • Controle sobre o comportamento da criança

Considerações sobre anestésicos locais (AL):

  • A hipersensibilidade a um AL do tipo amida não implica no impedimento do uso de outro AL do mesmo tipo, mas a alergia a um AL do tipo éster implica no impedimento do uso de outro AL do tipo éster.
  • Para pacientes alérgicos a bissulfitos, é indicado o uso de AL sem vasoconstritor (p. ex., mepivacaína a 3%).
  • Um AL de longa duração (p. ex., bupivacaína) não é recomendado para crianças ou para pessoas com deficiências físicas ou mentais devido ao seu efeito prolongado, o qual aumenta o risco de injúrias aos tecidos moles. Vasoconstritor:
    1. Aminas Simpatomiméticas (ASM)
  • Adrenalina ou Epinefrina
  • Noradrenalina ou Noraepinefrina
  • Levonordefrina
  • Fenilefrina
    1. Derivados da Vasopressina (DV)
  • Octapressin/Felipressina Vasoconstritor: efeitos desejáveis:
  • Redução da quantidade de anestésico
  • Redução da toxicidade
  • Redução de efeitos para o SCV
  • Maior duração
  • Menor sangramento Considerações importantes sobre os vasoconstritores:
  • A adrenalina (epinefrina) diminui o sangramento na área da injeção. Concentrações de adrenalina 1:50.000 podem ser indicadas para a infiltração de pequenas doses em área cirúrgica onde a hemostasia é necessária, mas não são indicadas em crianças para o controle da dor.
  • O metabissulfito de sódio é um conservante usado em AL com adrenalina (epinefrina). Para pacientes alérgicos a bissulfitos, é indicado o uso de AL sem vasoconstritor (p. ex., mepivacaína a 3%).
  • A prilocaína deve ser contraindicada em pacientes com metemoglobinemia, anemia falciforme, anemia, sintomas de hipóxia ou em pacientes que estejam sob tratamento com paracetamol ou fenacetina, pois ambos os fármacos aumentam os níveis de metemoglobina. Recomendações Para selecionar o AL deve-se basear:
  • na história médica e no estado de desenvolvimento físico e mental;
  • no tempo estimado de duração do procedimento odontológico;
  • na necessidade de controle do sangramento;
  • na administração planejada de outros agentes (p. ex., óxido nitroso, sedativos, anestesia geral);
  • no conhecimento do profissional sobre o agente anestésico.
  • O uso de vasoconstritores associados aos AL é recomendado para diminuir o risco de toxicidade do anestésico
  • No caso de alergia a bissulfitos, o uso de AL sem vasoconstritor é indicado. Um AL sem vasoconstritor pode ainda ser usado em sessões de tratamento curtas.
  • A dosagem máxima para quaisquer Anestésicos Locais nunca deve ser excedida. CÁLCULO DE NÚMERO DE TUBETES
  • Considerar a dosagem máxima expressa em mg/kg e a dosagem máxima total constantes na tabela a seguir.
  • Multiplica-se, então, o valor da dosagem em mg/kg pelo peso e verifica-se se o resultado não ultrapassou a dosagem máxima total.
  • Depois se calcula a concentração de AL no conteúdo de cada tubete, cujo volume é fixo (1,8 ml). Se um AL é apresentado na concentração 2%, significa que há 20 mg para cada 1 ml de solução.
  • Em seguida, divide-se a dosagem máxima permitida para cada criança por este último valor e tem-se o número total máximo de tubetes que poderão ser injetados. Concentração de AL por tubete (1,8ml):
  • Bupivacaína: 0,5% = 5 mg/ml x 1,8ml = 09 mg por tubete;
  • Lidocaína e mepivacaína com vasoconstritor: 2,0% = 20 mg/ml x 1,8ml = 36 mg por tubete;
  • Prilocaína, mepivacaína sem vasoconstritor: 3,0% = 30 mg/ml x 1,8ml = 54 mg por tubete;