Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Resumo - Morte e vida de grandes cidades, de Jane Jacobs, Resumos de Planejamento urbano

Resumo sobre o livre morte e vida de grandes cidades

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 22/10/2024

lais-moura-22
lais-moura-22 🇧🇷

1 documento

1 / 2

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Morte e vida de grandes cidades, de Jane Jacobs
O planejamento e o desenho urbanos, classificados por Jane como ortodoxos, são objeto de uma crítica radical,
que segundo ela, são responsáveis pela “grande praga da monotonia” que assola espaços monumentais,
padronizados, vazios, sem vida, ou sem usuários, enfim, verdadeiras cidadelas da iniquidade.
O que Jane Jacobs chama de “planejamento e desenho arquitetônico ortodoxos modernos” está representado
no livro por 3 urbanistas:
- Ebenezer Howard autor da proposta da Cidade Jardim, em 1898: “um núcleo urbano que não deveria
ultrapassar 30.000 habitantes, cercado de um cinturão verde.” (essa proposta inspirou os bairros jardins construídos
em São Paulo).
- Le Corbusier, que propôs, nos anos 20, a Ville Radieuse, uma cidade formada por arranha céus dentro de um
parque: “tendo o solo livre e a circulação de veículos e pedestres, completamente separada.”
-Daniel Burnham líder da proposta City Beautiful, apresentada em uma exposição emChicago, 1893: “Que
previa a localização de edifícios monumentais em torno de bulevares e parques.
O livro “Morte e Vida de grandes Cidades” vai abordar a importância das calçadas largas para a vida saudável
dos bairros, com fariam as pessoas andarem mais pela vizinhança, e se tornariam os “olhos da rua” quanto
mais gente nas ruas, mais seguras elas seriam.
Segundo Jacobs o contato entre vizinhos, a integração das crianças com a cidade, os usos mistos, e as
conexões com parques e os espaços públicos seriam os elementos que trariam mais vitalidade para os
bairros.
Jacobs apontava para a importância dos geradores de diversidade que seriam obtidos através da
construção de quadras curtas, da necessidade da alternância entre prédios antigos e novos, do
aumento da densidade, dos usos principais e combinados para criarem dinâmicas mais interessantes
aos bairros incentivariam com que as pessoas andassem por mais tempo e por mais lugares. Desta forma, os
geradores de diversidade seriam capazes de recuperar cidades inteiras através da ocupação de áreas
vazias, das novas formas de empreender através da produção do espaço mais sustentável e da proteção da
vizinhança contra gentrificação.
O livro constitui uma defesa da diversidade
Diversidade de: usos, de nível sócio econômico, da população, de tipologia das edificações de raça etc.
Para Jacobs mais importante do que a polícia para garantir a segurança de determinada rua, bairro, ou
distrito, são os usuários, além da “existência dos proprietários naturais da rua” que são os donos de
padaria, mercearias, lojas, acabam sendo os muitos “olhos atentos”, mais eficazes do que a iluminação pública.
A autogestão democrática é que garante o sucesso do bairros e distritos que apresentam maior vitalidade
e segurança.
Jacobs é contra os projetos que implicam em ações cirúrgicas de remoção e demolição. Que seria a
implantação de um conjunto habitacional ou mais conhecido de “cortiço”.
Jacobs valoriza revitalizações paulatinas e progressivas que considerem o envolvimento dos moradores
e sua manutenção no local, e promovam a reciclagem dos edifícios.
A partir dos contatos nas ruas é que pode “florescer a vida pública exuberante na cidade”.
As calçadas (que devem ser largas) podem ser mais importantes do que parques para as atividades das
crianças, pois “espaços e equipamentos não cuidam de crianças”.
pf2

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Resumo - Morte e vida de grandes cidades, de Jane Jacobs e outras Resumos em PDF para Planejamento urbano, somente na Docsity!

Morte e vida de grandes cidades, de Jane Jacobs

O planejamento e o desenho urbanos, classificados por Jane como ortodoxos, são objeto de uma crítica radical, que segundo ela, são responsáveis pela “grande praga da monotonia” que assola espaços monumentais, padronizados, vazios, sem vida, ou sem usuários, enfim, verdadeiras cidadelas da iniquidade. ▪ O que Jane Jacobs chama de “planejamento e desenho arquitetônico ortodoxos modernos” está representado no livro por 3 urbanistas:

  • Ebenezer Howard autor da proposta da Cidade Jardim, em 1898 : “um núcleo urbano que não deveria ultrapassar 30.000 habitantes, cercado de um cinturão verde .” (essa proposta inspirou os bairros jardins construídos em São Paulo).
  • Le Corbusier, que propôs, nos anos 20, a Ville Radieuse, uma cidade formada por arranha céus dentro de um parque: “tendo o solo livre e a circulação de veículos e pedestres, completamente separada.”
  • Daniel Burnham – líder da proposta City Beautiful, apresentada em uma exposição emChicago, 1893: “Que previa a localização de edifícios monumentais em torno de bulevares e parques”. ▪ O livro “Morte e Vida de grandes Cidades” vai abordar a importância das calçadas largas para a vida saudável dos bairros, com fariam as pessoas andarem mais pela vizinhança, e se tornariam os “olhos da rua” quanto mais gente nas ruas, mais seguras elas seriam. ▪ Segundo Jacobs o contato entre vizinhos, a integração das crianças com a cidade, os usos mistos, e as conexões com parques e os espaços públicos seriam os elementos que trariam mais vitalidade para os bairros.Jacobs apontava para a importância dos geradores de diversidade que seriam obtidos através da construção de quadras curtas , da necessidade da alternância entre prédios antigos e novos , do aumento da densidade, dos usos principais e combinados para criarem dinâmicas mais interessantes aos bairros incentivariam com que as pessoas andassem por mais tempo e por mais lugares. Desta forma , os geradores de diversidade seriam capazes de recuperar cidades inteiras através da ocupação de áreas vazias , das novas formas de empreender através da produção do espaço mais sustentável e da proteção da vizinhança contra gentrificação. ▪ O livro constitui uma defesa da diversidade ▪ Diversidade de: usos, de nível sócio econômico, da população, de tipologia das edificações de raça etc. ▪ Para Jacobs mais importante do que a polícia para garantir a segurança de determinada rua , bairro , ou distrito , são os usuários , além da “existência dos proprietários naturais da rua ” que são os donos de padaria, mercearias, lojas, acabam sendo os muitos “olhos atentos”, mais eficazes do que a iluminação pública. ▪ A autogestão democrática é que garante o sucesso do bairros e distritos que apresentam maior vitalidade e segurança. ▪ Jacobs é contra os projetos que implicam em ações cirúrgicas de remoção e demolição. Que seria a implantação de um conjunto habitacional ou mais conhecido de “cortiço”. ▪ Jacobs valoriza revitalizações paulatinas e progressivas que considerem o envolvimento dos moradores e sua manutenção no local , e promovam a reciclagem dos edifícios. ▪ A partir dos contatos nas ruas é que pode “florescer a vida pública exuberante na cidade”. ▪ As calçadas (que devem ser largas) podem ser mais importantes do que parques para as atividades das crianças, pois “espaços e equipamentos não cuidam de crianças”.

▪ O urbanismo ortodoxo atribui às áreas livres uma importância exagerada além de ser inimigo da rua. ▪ O grande número de áreas livres previstas nos conjuntos habitacionais não se prestam aos encontros, mas ao contrário, frequentemente à violência. ▪ O paisagismo não garante o uso de uma área livre mas sim a sua vizinhança Jane aponta 4 aspectos essenciais para uma cidade mais humana, dentre eles:

  • A variedade de usos no bairro, em uma distância caminhavel, que atenda aos moradores da região;
  • Os quarteirões curtos, que estimulam a caminhabilidade dos espaços,
  • A necessidade de prédios antigos no bairro, que favorece a sensação de identidade histórica e a necessidade de uma maior densidade de ocupação, o que acarretaria o movimento constante na região. ▪ O livro também fala sobre transito, habitação, gestão e planejamento. ▪ Jane Jacobs criticava como o planejamento urbano estava projetando cidades voltadas apenas para os carros, sobretudo a Cidade Radiante (Ville Radieuse) de Le Corbusier, ela enxergava que aquele esforço estético estava apenas a serviço da construção de cidades inviáveis. ▪ Criticava a capacidade que os urbanistas da época tinham de construir lugares compostos basicamente de prédios e estacionamentos circundados por vias expressas, sem possibilidade de vida nas ruas. ▪ Segundo Jacobs, as ruas e calçadas seriam os espaços vitais de uma cidade, pois a partir da ocupação destes espaços é que se desenrola a convivência e a integração social, transmitindo vivacidade ao bairro e a cidade. ▪ Um dos aspectos mais importantes tratados por Jane é a segurança das ruas. Segundo a autora, a presença constante de pessoas, proporciona maior sensação de segurança que o policiamento e os “proprietários naturais das ruas”, como ela chama os comerciantes locais, que constituem uma intensa vida pública informal e a quem ela atribui os olhos da rua. São essas pessoas em suas atividades cotidianas que criam um “capital social urbano insubstituível”. ▪ As ruas e calçadas, segundo Jacobs, são os órgãos vitais de uma cidade, pois é nelas que se dá toda a integração e convivência de uma sociedade, sendo que os principais protagonistas do uso e ocupação das ruas e calçadas são as pessoas. ▪ As ruas e calçadas ganham mais vida e espontaneidade com a presença de crianças. Novos barulhos, ruídos e aromas se instalam na presença delas. Em muitos casos, as ruas são os únicos “espaços concretos” onde as crianças podem despejar toda sua energia e vivacidade, em especial as de baixa renda, pois não possuem, como em condomínios fechados, parquinhos, quadras e playgrounds particulares. São os únicos “espaços concretos” ▪ Diagnosticar os problemas de um bairro e tentar resolvê-los antes que tome proporções alarmantes é um dos principais fatores que torna uma vizinhança bem sucedida. ▪ O bairro é um misto, sem dúvida alguma, de usos e atividades que transmitem uma visível “independência” ▪ Percebe-se, então, que o planejamento urbano e de reurbanização de uma determinada cidade não é nada fácil. Requer uma análise macro e micro-urbana, bem detalhada, buscando sempre a percepção de como funciona esta cidade e das necessidades mais urgentes da população. Além disso, não perceber a vivacidade que as ruas e calçadas apresentam e sua enorme função social, econômica e cultural torna-se um retrocesso.