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Resumo - Imunidade Humoral, Notas de estudo de Imunologia

Ativação de linfócitos B Respostas ao primeiro e segundo sinal Maturação de afinidade

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 22/08/2022

Lets-B62
Lets-B62 🇧🇷

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Ativação dos linfócitos B.
- Humor: em solução no sangue (anticorpos).
- A resposta por anticorpos é centrada na
capacidade dos linfócitos B de reconhecer o
antígeno, se ativar contra ele e produzir
anticorpos em níveis detectáveis.
- A resposta humoral por anticorpos pode ser
dividida em fases.
- No começo do ataque de antígenos não há
anticorpos detectáveis (lag) e com o tempo vai
aumentando em curva logarítima (log) até
atingir um platô e então declinar equilibrio
basal de repouso.
- O declínio acontece até níveis modestos e
não neutros/nulos (memória imunológica).
- Os perfis dos anticorpos produzidos entre um
estímulo antigênico primário e secundário são
tanto quantitativa quanto qualitativamente
diferentes.
- Resposta primária: primeiro contato com o
antígeno.
Fase lag e log mais duradoura.
Primeiro contanto para mobilizar os
poucos clones específicos e formar um
conjunto de anticorpos.
Centrada em IgM.
Ao final existem mais anticorpos
circulantes e mais clones de memória
para deixar o organismo mais
preparado.
Platô: 10 a 12 dias.
- Resposta secundária: depois do organismo
ter criado uma memória secundária
mesmas fases porém mais rápidas.
Tende a ser mais abundante/intensa
(quanti)
Isótipos mais diversificados (quali).
Resposta mais rápida (lag, log e platô
5 ou 7 dias de imunização).
Centrada em IgG e outros isótipos (IgA
e IgE maior arsenal).
Mais eficiente em produzir plasmócitos
de longa vida para secretar anticorpos
de forma duradoura.
Mais anticorpos residuais circulantes.
Mais clones de memória
quiescentes (não secretam anticorpos)
apenas esperam a ativação.
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Ativação dos linfócitos B.

  • Humor: em solução no sangue (anticorpos).
  • A resposta por anticorpos é centrada na capacidade dos linfócitos B de reconhecer o antígeno, se ativar contra ele e produzir anticorpos em níveis detectáveis.
  • A resposta humoral por anticorpos pode ser dividida em fases.
  • No começo do ataque de antígenos não há anticorpos detectáveis (lag) e com o tempo vai aumentando em curva logarítima (log) até atingir um platô e então declinar  equilibrio basal de repouso.
  • O declínio acontece até níveis modestos e não neutros/nulos (memória imunológica).
  • Os perfis dos anticorpos produzidos entre um estímulo antigênico primário e secundário são tanto quantitativa quanto qualitativamente diferentes.
    • Resposta primária: primeiro contato com o antígeno.  Fase lag e log mais duradoura.  Primeiro contanto para mobilizar os poucos clones específicos e formar um conjunto de anticorpos.  Centrada em IgM.  Ao final existem mais anticorpos circulantes e mais clones de memória para deixar o organismo mais preparado.  Platô: 10 a 12 dias.
    • Resposta secundária: depois do organismo ter criado uma memória secundária  mesmas fases porém mais rápidas.  Tende a ser mais abundante/intensa (quanti)  Isótipos mais diversificados (quali).  Resposta mais rápida (lag, log e platô – 5 ou 7 dias de imunização).  Centrada em IgG e outros isótipos (IgA e IgE – maior arsenal).  Mais eficiente em produzir plasmócitos de longa vida para secretar anticorpos de forma duradoura.  Mais anticorpos residuais circulantes.  Mais clones de memória  quiescentes (não secretam anticorpos) apenas esperam a ativação.

 Melhor em produzir imunidade em função da maior quantidade de linfócitos B e da maior amplificação dos linfócitos T ativados paralelamente.  Maior intensidade de produção de citocinas pelos T auxiliares.

  • A cada estímulo antigênico (primário ou secundário), ocorre uma sequência comum de eventos durante a ativação de clones específicos de linfócitos B.
  • No entanto, respostas primárias diferem de respostas secundárias, em relação a intensidade e velocidade conforme a maior exposição.
  • A real necessidade das vacinas é tornar o sistema imune mais rápido e mais intenso para aumentar a resposta  mais diversidade com anticorpos além do IgM.
  • Linfócitos B tem na sua superfície receptores tretaméricos com duas cadeias pesadas e duas cadeias leves (uma cadeia leve ligada a cada pesada).
  • Anticorpos são receptores de linfócitos B em forma secretada.
    • Quando ancorada na superfície é um receptor que tem nas suas pontas regiões de alta variabilidade genética que dão a essas moléculas uma identidade e capacidade de reconhecer os antígenos.
    • As pontas das cadeias leves e pesadas formam os domínios de ligação ao antígeno.
    • Os genes de cadeia leve e pesada produzem as partes variáveis por mecanismos de recombinação genética  alta variabilidade para diferenciar os linfócitos B um dos outros.
    • Os domínios de ligação ao antígeno são altamente variáveis entre linfócitos B diferentes! Cada qual com seu receptor único!
    • Cada linfócito nasce com uma especificidade única e é a ligação com o antígeno que privilegia esse linfócito a se ativar. - Em regra, antígeno sozinho não ativa linfócitos B virgens.
    • Tal como acontece para linfócitos T, o reconhecimento de um antígeno pelo linfócito B também envolve moléculas co- estimulatórias.
    • O C3d é o principal co-estimulador do linfócito B (resto do sistema complemento).
  • O auxílio vindo pelas citocinas dos linfócitos T é chamado de 2° sinal.
  • As citocinas vindas dos T auxiliares auxiliam o linfócito B a:  Secretar muito mais anticorpos.  Mudar de isótipo (no lugar de só expressar o IgM começa a diversficar e expressar outros IgG, IgE e IgA).  Maturar a afinidade (mudam o receptor linfócitário para se tornar mais afim do seu alvo).  Formar mais células B de memória
  • Na AIDS os linfócitos T são debelados e causam um enorme desfalque de anticorpos incompatível com uma real proteção da saúde  letal. Maior secreção de anticorpos
  • Depende da expressão do gene para cadeia pesada de Ig em linfócitos B não-ativados.
  • Sob indução de algumas citocinas (IL-2, IL- 4 e IL-5), linfócitos B passam a secretar anticorpos, outrora existentes como receptores de superfície.
    • Todo ato de produção de um receptor de linfócito B ou anticorpo passa por um processo de expressão gênica.
    • Esse processo de expressão gênica acontece de formas diferentes a depender do ambiente e sinalização que for dada ao linfócito B:  Quando não estimulado por citocinas o gene do receptor B é expresso por mecanismo de processamento do RNA mensageiro que não pula nenhum éxon na montagem da proteína  o éxon do domínio transmembrânico é preservado  RNA maduro que gera protéina transmembrânica que ancora o receptor ao linf.B.

 Na presença simultânea do perfil de citocinas IL-2, IL-4 e IL-5 elas sinalizam que o linf. B deve expressar o receptor de citocinas de forma diferente  na forma de anticorpos secretados  o processamento dos íntrons retira fora o éxon da parte que codifica o domínio transmembrânico (splicing / diferenacial)  a cadeia pesada gerada é mais curta e livre  secretada para fora da célula.  A célula que antes tinha 100% de seus produtos na forma de receptor agora possui 90% secretado e 10% na superfície. Diversificação dos linfócitos B

  • Processamento diferencial do RNA mensageiro para a cadeia pesada de Ig em linfócitos B ativados.
  • Após a estimulação por citocinas os linf. B aumentam o repertório de isótipos de anticorpos que podem ser produzidos.
  • Esse fênomeno também depende de um processamento diferencial.
    • Toda vez que o gene vai ser expresso ele precisa ter seu locus transcrito  RNA imatuo  fênomenos com remoção de íntrons (splicing) e modificação das pontas dessas moléculas.
    • Os íntrons podem ser removidos de formas alternativas: Juntando a região VDJ com o 1° éxon subsequente Cu  IgM. Juntando a região VDJ com o Cgama IgG. E assim por diante...
    • As citocinas determinam como a maquinaria de processamento de RNA mensageiro vai previlegiar um isótipor em detrimento a outro.
    • Mudança de isótipo: citocinas oriundas de linfócitos T auxiliares ativados podem influenciar os isótipos de anticorpos produzidos pelos linfócitos B.
    • O linfócito B sozinho só produziria IgM.

Informações extras:

  • IgMs de membrana não possuem domínio transmembrânico longo. Por isso, se associam às cadeias invariáveis de Igα e Igβ para formar o receptor linfocitário B completo (BCR). Igα e Igβ possuem caudas intracelulares possuem motivos de fosforilação para permitir transdução de sinais (imunoreceptores com motivos de ativação baseados em tirosinas – ITAM).
  • Na imunidade humoral, as principais funções efetoras desempenhadas pelos anticorpos são complementadas pela ativação de macrófagos.
    • Neste caso, macrófagos são ativados pelos produtos gerados diretamente pela atuação dos anticorpos (constituintes bacterianos, frações do complemento, etc.)