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Um resumo da disciplina fisiopatologia ii da fundação souza marques sobre as hepatites virais. O texto aborda as diferentes formas de hepatites causadas por vírus, suas estruturas, mecanismos de transmissão e sintomas. Além disso, são discutidas as formas crônicas de hepatite e as doenças relacionadas, como cirrose e carcinoma hepatocelular.
Tipologia: Resumos
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Rio de Janeiro Setembro/
O termo “hepatite” significa inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus hepatotrópicos que afetam primariamente os hepatócitos. Os vírus hepatotrópicos conhecidos são: vírus da hepatite A (VHA), hepatite B (VHB), vírus δ associado à hepatite B (VHD), vírus da hepatite C (VHC) e vírus da hepatite E (VHE). Há diferenças nas estruturas desses vírus que pode-se abordar: A hepatite A por exemplo, é causada pelo VHA, um diminuto vírus de ácido ribonucleico (RNA) unicatenar (hélice simples) com envelope. Já a hepatite B é causada pelo VHB, um vírus de ácido desoxirribonucleico (DNA) bicatenar (hélice dupla). Os vírions completos, também conhecidos como partículas de Dane, consistem em um envelope externo e um nucleocapsídio interno contendo DNA e DNA-polimerase do VHB. O VHC é um vírus de RNA unicatenar (hélice simples). O vírus da hepatite D pertence à família Deltaviridae, sendo o único vírus RNA do gênero.O VHD não é um vírus completo, porque depende da ajuda do VHB para replicar-se. Por último, o vírus da Hepatite E (VHE) é um vírus de RNA unicatenar (hélice simples) sem envelope viral. Quanto às formas de transmissão, as hepatites virais podem ser classificadas em dois grupos: o grupo de transmissão fecal-oral ( HAV e HEV ) tem seu mecanismo de transmissão ligado a condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos. A transmissão percutânea (inoculação acidental) ou parenteral (transfusão) dos vírus A e E é muito rara, devido ao curto período de viremia dos mesmos. O segundo grupo ( HBV, HCV, e HDV ) possui diversos mecanismos de transmissão, como o parenteral, sexual, compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas, lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de manicure), utensílios para colocação de piercing e confecção de tatuagens e outros instrumentos usados para uso de drogas injetáveis e inaláveis.
recuperação completa ocorre após algumas semanas, mas a fraqueza e o cansaço podem persistir por vários meses. Ao que tange aos tipos de vírus; Apenas os vírus B, C e D têm potencial para desenvolver formas crônicas de hepatite. Pessoas com qualquer tipo de imunodeficiência também têm maior chance de cronificação após uma infecção pelo HBV. Para o vírus C, a taxa de cronificação varia entre 60% a 90% e é maior em função de alguns fatores do hospedeiro (sexo masculino, imunodeficiências, mais de 40 anos). Os indivíduos com infecção crônica funcionam como reservatórios do respectivo vírus, tendo importância epidemiológica por serem os principais responsáveis pela perpetuação da transmissão. O Portador assintomático, no entanto, são indivíduos com infecção crônica que não apresentam manifestações clínicas, que têm replicação viral baixa ou ausente e que não apresentam evidências de alterações graves à histologia hepática. Em tais situações, a evolução tende a ser benigna, sem maiores conseqüências para a saúde. Contudo, estes indivíduos são capazes de transmitir hepatite e têm importância epidemiológica na perpetuação da endemia. Já os indivíduos com hepatite crônica podem ou não apresentar sintomas na dependência do grau de dano hepático (deposição de fibrose) já estabelecido. Apresentam maior propensão para um desenvolvimento de cirrose. No Caso da Hepatite A O período de incubação é breve (14 a 28 dias). O vírus replica-se no fígado, é excretado na bile e eliminado nas fezes.Em geral, a hepatite A ocorre em casos isolados ou epidemias. A ingestão de água ou leite contaminado e o consumo de mariscos recolhidos de águas infectadas são mecanismos de transmissão muito comuns. Em risco especial estão as pessoas que viajam a áreas endêmicas e ainda não foram expostas ao vírus. Como as crianças pequenas são assintomáticas, elas desempenham um papel importante na disseminação da doença.
A hepatite B provoca sintomas típicos de hepatite viral, incluindo anorexia, mal-estar e icterícia. Hepatite fulminante e morte podem ocorrer. Infecção crônica pode levar à cirrose e/ou carcinoma hepatocelular. hepatite B tem período de incubação mais longo e é um problema de saúde pública mais grave que a hepatite A. Em geral, o VHB é transmitido por inoculação de sangue ou soro infectado. Entretanto, o antígeno viral pode ser encontrado na maioria das secreções corporais e pode ser disseminado por contato oral ou sexual. Nos EUA, a maioria dos pacientes com hepatite B adquire a infecção na adolescência ou na vida adulta. A doença é altamente prevalente entre usuários de drogas ilícitas injetáveis, heterossexuais com vários parceiros sexuais e homens homossexuais.Os profissionais de saúde estão sujeitos à hepatite B em consequência da exposição ao sangue e aos acidentes com agulhas. Já na Hepatite C, o VHC é a causa mais comum de hepatite crônica, cirrose e câncer hepatocelular. Antes de 1990, o mecanismo principal de transmissão desse vírus eram transfusões de sangue ou hemocomponentes contaminados. Com a adoção dos testes para VHC pelos bancos de sangue, o risco de infecção transmitida por transfusão de sangue é praticamente nulo nos EUA e em outros países desenvolvidos. Entretanto, procedimentos médicos inseguros e transfusões de sangue não testado podem ser as fontes mais importantes de infecção pelo VHC nos países menos desenvolvidos. Hoje em dia, o uso recreativo de drogas injetáveis é o mecanismo mais comum de transmissão do VHC nos EUA e no Canadá. E em segundo lugar, as relações sexuais com vários parceiros ou com um companheiro infectado pelo VHC. O vírus da Hepatite D pode causar hepatite aguda ou crônica. A infecção depende da coinfecção pelo VHB, especificamente da presença do HBsAg. A hepatite D aguda tem duas apresentações: coinfecção primária, que ocorre simultaneamente com a hepatite B aguda; e superinfecção, na qual a hepatite D é superposta à infecção crônica pelo vírus da hepatite B.