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Resumo Geral em Imunologia Clínica, Notas de aula de Hematologia

O documento “Imunologia Clínica” aborda os principais fundamentos, aplicações diagnósticas e testes laboratoriais utilizados na identificação de agentes infecciosos por meio do sistema imunológico. Explora a estrutura e função de anticorpos e antígenos, tipos de imunização (ativa e passiva), eficácia vacinal, testes sorológicos (como ELISA, imunofluorescência, citometria de fluxo, imunoprecipitação e aglutinação), além de técnicas como imunohistoquímica e radioimunoensaio. Também abrange diagnósticos imunológicos de doenças parasitárias, bacterianas e virais (Chagas, toxoplasmose, sífilis, HIV, hepatites, dengue, COVID-19), sendo ideal para estudantes e profissionais da saúde.

Tipologia: Notas de aula

2025

À venda por 24/05/2025

gio-va-nna-lima
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IMUNOLOGIA CLÍNICA P1
IMUNODIAGNÓSTICO:
- Envolve o uso de antígenos, anticorpos e
outros componentes do sistema imunológico
para identificar substâncias específicas no
organismo. Essa técnica é fundamental para
exames clínicos, como a detecção de infecções
ou a avaliação de respostas imunológicas.
1) Anticorpos (Acs): proteínas produzidas por
plasmócitos, encontradas no plasma,
mucosas, líquido intersticial dos tecidos,
também presentes na superfície das células
NK, mastócitos, fagócitos mononucleares, LB.
a) Após a coagulação sanguínea, os
Acs permanecem no soro.
b) Estrutura básica inclui:
- Duas cadeias leves eduas cadeias
pesadas
- Região de dobradiça
- Regiões variáveis que interagem com o
antígeno e constante que determinam a
classe e função do anticorpo.
-Regiões hipervariáveis: São as partes
mais variáveis da molécula e estão
envolvidas na ligação específica do
anticorpo ao antígeno.
c) Classe de Acs:Os anticorpos têm
cinco classes principais em
humanos: IgA, IgD, IgE, IgG, e IgM,
sendo que a IgA e a IgG têm
subclasses.
- Cadeia Pesada constante:não está
diretamente ligada ao reconhecimento
específico do Ag, mas sim à determinação
do isotipo, estabilidade e para funções
efetoras. Humanos possuem cinco classes
principais de anticorpos baseadas na cadeia
pesada:
IgA (alfa)
IgD (delta)
IgE (épsilon)
IgG (gama)
IgM (mu)
As subclasses incluem:
IgA: IgA1 e IgA2
IgG: IgG1, IgG2, IgG3, IgG4
- Cadeia leve constate: Existem duas
classes de cadeias leves:κ(kappa) e λ
(lambda).
Um anticorpo sempre possui duas cadeias
leves idênticas, ou seja, ou duas κ ou duas
λ, nunca uma de cada.
d) Associação entre cadeias leves e
pesadas:
-Fab: Fragmento de ligação ao antígeno.
-Fc: Fragmento cristalizável que participa
das funções efetoras (como a ativação do
sistema complemento).
PS: plasma é a parte líquida do sangue que
necessita de anticoagulante para ser obtido,
não contém glóbulos brancos, vermelhos e
plaquetas. O soro, é a parte que se forma
após a coagulação, após a coleta do
sangue, ele é deixado em repouso p/ formar
coágulos.
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IMUNOLOGIA CLÍNICA P

IMUNODIAGNÓSTICO:

  • Envolve o uso de antígenos, anticorpos e outros componentes do sistema imunológico para identificar substâncias específicas no organismo. Essa técnica é fundamental para exames clínicos, como a detecção de infecções ou a avaliação de respostas imunológicas. 1 ) Anticorpos (Acs): proteínas produzidas por plasmócitos, encontradas no plasma, mucosas, líquido intersticial dos tecidos, também presentes na superfície das células NK, mastócitos, fagócitos mononucleares, LB. a) Após a coagulação sanguínea, os Acs permanecem no soro. b) Estrutura básica inclui: - Duas cadeias leves e **duas cadeias pesadas
  • Região de dobradiça
  • Regiões variáveis** que interagem com o antígeno e constante que determinam a classe e função do anticorpo.
  • Regiões hipervariáveis: São as partes mais variáveis da molécula e estão envolvidas na ligação específica do anticorpo ao antígeno. c) Classe de Acs:Os anticorpos têm cinco classes principais em humanos: IgA, IgD, IgE, IgG, e IgM, sendo que a IgA e a IgG têm subclasses.
  • Cadeia Pesada constante : não está diretamente ligada ao reconhecimento específico do Ag, mas sim à determinação do isotipo, estabilidade e para funções efetoras. Humanos possuem cinco classes principais de anticorpos baseadas na cadeia pesada: IgA (alfa) IgD (delta) IgE (épsilon) IgG (gama) IgM (mu) As subclasses incluem: IgA : IgA 1 e IgA 2 IgG : IgG 1 , IgG 2 , IgG 3 , IgG 4
  • Cadeia leve constate: Existem duas classes de cadeias leves : κ (kappa) e λ (lambda). Um anticorpo sempre possui duas cadeias leves idênticas, ou seja, ou duas κ ou duas λ, nunca uma de cada. d) Associação entre cadeias leves e pesadas:
  • Fab: Fragmento de ligação ao antígeno.
  • Fc: Fragmento cristalizável que participa das funções efetoras (como a ativação do sistema complemento). PS: plasma é a parte líquida do sangue que necessita de anticoagulante para ser obtido, não contém glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas. O soro, é a parte que se forma após a coagulação, após a coleta do sangue, ele é deixado em repouso p/ formar coágulos.

2 ) Antígenos: moléculas reconhecidas como estranhas pelo sistema imunológico. Interagem com Acs e receptores dos LB.

  • Cada antígeno tem epítopos, que são as regiões que os anticorpos ou os receptores das células B podem reconhecer. Antigenicidade: Capacidade de ser reconhecido pelo sistema imunológico. Imunogenicidade (imunógenos): Capacidade de ativar uma resposta imunológica. 3 ) Interação antígeno-anticorpo: - Afinidade: É a soma das forças de atração e repulsão que operam entre o epitopo e o sítio de combinação do anticorpo. Alta especificidade garante maior tempo de ligação, baixa desprende fácil. - Avidez: A medida da força total de ligação de um antígeno ao anticorpo, considerando todas as interações entre seus epítopos e os sítios de ligação de anticorpos. Teste de avidez: na 1 ° infecção, os Acs têm baixa avidez ao Ag, já na 2 °, os Acs têm alta avidez pelo Ag. - Especificidade: A capacidade de um anticorpo de reagir com apenas um antígeno. - Reatividade Cruzada: Ocorre quando um anticorpo reage com mais de um epítopo, podendo reconhecer antígenos diferentes. Essas interações não são covalentes, o que significa que são reversíveis e influenciadas por fatores como pH, temperatura e o tipo de solvente. 4 ) Anticorpos policlonais e monoclonais: - Anticorpos Policlonais são resultados de vários clones de LB em resposta a um Ag, são capazes de reconhecer mais de um tipo de epitopo do mesmo Ag. A contaminação dos organismos por um patógeno, de maneira natural, leva a produção desses acs. Esse evento é muito eficaz para neutralização dos Ags - múltiplos epitopos sendo reconhecidos simultaneamente, Produção: Eles são normalmente gerados quando um animal é imunizado com um antígeno. O sistema imunológico do animal responde produzindo uma variedade de células B, cada uma reconhecendo diferentes partes (epítopos) do antígeno. O soro coletado do animal imunizado conterá essa mistura de anticorpos. Utilização Ex: Bloquear a ação de veneno de cobra - Anticorpos Monoclonais : são anticorpos que possuem especificidade única e são produzidos por um único clone de células B, ou seja, eles reconhecem e se ligam a um único epítopo de um antígeno. Foram desenvolvidos por Köhler & Milstein em 1975 , que descreveram uma técnica para obter anticorpos monoclonais através da fusão de plasmócitos com células de mieloma (um tipo de célula de tumor de linfócitos B que é imortal e não produz anticorpos), formando hibridomas. Essas hibridomas, pode ser cultivada indefinidamente no laboratório e continuará a secretar anticorpos específicos, chamados de anticorpos monoclonais.
  • Aplicação dos anticorpos monoclonais : Diagnóstico:
  • Análise de moléculas secretadas ou de superfície celular.
  • Tratamento de doenças, como artrite reumatóide
  • Prevenção da rejeição aguda de órgãos transplantados (Zenapax = anti-receptor de IL- 2 = previne proliferação de LT)

VACINAÇÃO, PROFILAXIA E EFICÁCIA:

1 ) Tipos de imunização: a) Passiva: indivíduo recebe anticorpos prontos, em vez de produzir os próprios anticorpos. Isso oferece uma proteção imediata, mas de curta duração, já que os anticorpos administrados têm uma meia-vida limitada no organismo.

  • Exemplos de anticorpos disponíveis no mercado : Soros antiofídicos, imunoglobulinas para prevenir doenças

RNA é muito suscetível a degradação Ele é encapado por uma membrana lipídica, que se funde à membrana da célula liberando o RNA p/ o citoplasma, que vai até o ribossomo e é formada as proteínas a partir dele, mas esse vai ser degradada em algum momento. DNA: é mais fácil de manipulação, e responde bem em animais, mas em humanos ainda não. iv: Adjuvantes: Substâncias utilizadas em combinação com um antígeno específico que produzem uma resposta imune mais acentuada que a produzida pelo antígeno sozinho. Utilizados em vacinas inativadas:

  • induzem a inflamação local
  • induzir o influxo de APCs para o local de exposição ao AG, o que aumenta a produção de moléculas co-estimulatórias e de citocinas. Ex: sais de alumínio (mais comum), complexo imunoestimulante, algamulina, lipossolúveis, sais de cálcio, etc. Imunização ativa: Na 1 ° vez que tomamos a vacina, demora alguns dias para a produção de IgG ( 5 - 10 dias), a concentração de ACs é baixa e a afinidade também é baixa. Já na 2 ° dose, a produção de IgG é + rápida ( 1 - 3 dias), a concentração de Acs é grande e a afinidade alta. 2 ) Eficácia das vacinas: É baseada na capacidade da vacina de prevenir a doença ocasionada por um agente agressor específico. A vacina do HPV tem 90 % de eficácia, o que quer dizer que a cada 100 pessoas tomarem, 90 não irão adquirir a doença. A Anvisa aprova vacinas com no mínimo 70 % de eficácia - o COVID 19 foi uma exceção, aprovada com 50 %.

TESTES SOROLÓGICOS:

1 ) IMUNOPRECIPITAÇÃO:

São técnicas que permitem identificar e até quantificar precipitados resultantes da interação antígeno-anticorpo, ambos inicialmente solúveis. PS: Também realizamos precipitação de de substâncias no nosso corpo, complexo Ag-Ac, as hemácias retiram da circulação e quando não conseguem podem surgir as doenças autoimunes, como o Lúpus (se deposita em tecidos/orgãos - processo inflamatório contra o próprio corpo). a) Imunodifusão: difusão de substâncias solúveis por movimentos moleculares ao acaso em meio gelificado. Os Acs e Ags movidos no gel, formam imunocomplexos e precipitam. ● Aplicações: Diagnóstico de doenças ao identificar a presença de antígenos ou anticorpos específicos. Quantificação de proteínas no plasma ou soro. i: imunodifusão simples linear: o Ac fixa no gel enquanto o Ag é incorporado, a amostra se difunde linearmente, e caso haja a formação de um aro de precipitação na zona de equivalência (meio) indica positividade do teste.

O aro nessa zona representa equivalência na quantidade de Ags e Acs. Técnica muito utilizada em bancos de sangue para tipagem sanguínea. ii. Imunodifusão dupla radical: Os dois componentes, Ag e Ac, difundem-se radialmente em todas as direções, a partir de orifícios no meio gelificado, e se encontram formando linhas ou arcos de precipitação correspondentes aos imunocomplexos. Colocamos Ags em determinado orifício e em outra o soro do paciente (possivelmente com Acs). Quando o teste é positivo formam

  • se linhas de precipitação que correspondem a imunocomplexos. OBS: Linear se difunde em uma direção só; radial se difunde em todas as direções. b) IMUNOELETROFORESE:: A técnica combina eletroforese e difusão dupla em meio gelificado. Separa as proteínas de acordo com o tamanho e a carga, e então elas interagem com anticorpos no gel, formando precipitados. ● Aplicações: Detectar e quantificar imunoglobulinas ou outras proteínas específicas no soro. Diagnosticar imunodeficiências, como a síndrome de hiper-IgM , onde há deficiência no ligante CD 40 , resultando em baixa produção de outras classes de anticorpos. Pegamos a lâmina, colocamos o gel e fazemos 2 orifícios, um será preenchido com um soro controle e outro com o soro do paciente. A carga elétrica aplicada separa separa as proteínas séricas presentes em ambos os soros, após isso fazemos uma canaleta e inserimos os Acs contra todas essas proteínas séricas (chamadas anti-soro), deixamos difundir radialmente. Coramos a lâmina e é possível ver todas as linhas de precipitação, vemos a linha do controle e comparamos com a amostra do paciente. Ex: muito IgG na amostra do indivíduo pode indicar tumor de linfócitos B, chamados de Mieloma. c) CONTRA-IMUNOELETROFORESE:: é uma variante da imunoeletroforese em que antígenos e anticorpos são submetidos a eletroforese em direções opostas no gel, acelerando sua interação. ● Aplicações: Detecção rápida de antígenos em amostras biológicas (líquidos corporais). Usado em diagnósticos clínicos para infecções bacterianas e virais. O Ag é colocado em um poço e o Ac em outro. Ambos migram para direções opostas (para o local com carga elétrica diferente da sua) por uma corrente elétrica até se encontrarem no meio do caminho e formarem o complexo Ag-Ac, formando uma linha de precipitação no gel. d) IMUNOTURBIDIMETRIA:: A turbidimetria mede a quantidade de luz transmitida, alta absorbância implica em baixa transmitância da luz. A imunoturbidimetria mede os imunocomplexos formados pela reação de precipitação. Método de medida da diminuição da intensidade da luz transmitida, em relação à incidente, devido à reflexão, absorção ou espalhamento ocasionado pela suspensão de partículas. Quando a imunocomplexos ocorre a turvação do meio, consequentemente menos luz é transmitida.

transportar essa proteína junto a ela. O sistema imune vai reconhecer a cardiolipina como um antígeno e produzir AC (anticardiolipinas) contra ela, ou seja, vai combater contra o próprio. PS: o teste não diz positivo ou negativo, só diz ser reagente a cardiolipina. Porém essa cardiolipina pode ser doença autoimune ou sífilis. Em doença autoimune (e na velhice) ocorre a morte de muitas células, o que acaba por expor essas cardiolipinas e gerar Acs. 3 ) Imunoensaios utilizando conjugados: Conjugados: duas substâncias ligadas covalentemente e que mantêm as propriedades funcionais de ambas. Como ligantes, podemos ter: Fluorocromos, enzimas, Radioisótopos, substâncias luminescentes ou quimioluminescentes e corantes. PS : os testes são divididos em diretos e indiretos. Os diretos buscam por Ags na amostra do paciente, enquanto os indiretos buscam pelos Acs.

  • Exceção para testes de aglutinação e precipitação, no qual o direto tem Ags ou Acs ligados à célula, e o indireto o Ag ou Ac ligado ao latex. a) Teste de imunofluorescência (Fluorocromos): Acs ou Ags conjugados com fluorocromos
  • Fluorocromos: substâncias que absorvem luz de menor comprimento de onda e emitem luz de maior comprimento de onda (fluorescência). Mais utilizados: isotiocianato de fluoresceína (FITC), rodamina, vermelho Texas, fisioeritrina (PE). Teste direto: procura Ags do patógeno, usando um anticorpo marcado com um fluorocromo. Teste indireto: procura os Acs contra o patógeno. Detecta anticorpos utilizando um anticorpo secundário marcado. ex: procurar anticorpo T. gondii, usa um Anti-imunoglobulina humana que vai se ligar ao Ac da amostra. (Ac ligando ao Ac). b) Citometria de fluxo: Identificação e separação de células baseadas na dispersão de luz e fluorescência sob feixe de laser - identifica e separa as células em um fluxo e com em sua carga elétrica. FACS: equipamento que irá ler célula por célula. Cada célula recebe uma carga elétrica proporcional à quantidade de fluorescência que tiver.
  • Passo a passo com ex de detecção do HIV em células T CD 4 +: 1 ° preparação da amostra 2 ° marcação das células com Acs conjugados a fluorocromos - no caso do HIV serão marcadores de superfície celular CD 4 +. 3 ° Utilização de reagentes que emitem fluorescência quando excitadas pelo laser. 4 ° passagem das células pelo citocromo de fluxo , onde passarão pelo feixe de laser de modo que uma célula por vez seja analisada. 5 ° O laser excita os fluorocromos conjugados aos Acs e a luz é emitida é detectada. ● no caso do HIV, é analisada uma proporção de células T CD 4 + com as T CD 8 + - pessoas normais têm uma proporção de 2 : 1 (CD 4 : CD 8 )

Suponha que o marcador CD 4 seja conjugado com um fluorocromo vermelho, CD 8 seja conjugado com um fluorocromo verde, e o cinza alguma célula qualquer. Conforme as células passam pelo feixe de laser, a fluorescência emitida por cada célula é captada por um tubo fotomultiplicador, que detecta a intensidade da luz verde (CD 8 ) e vermelha (CD 4 ). No gráfico de dispersão no canto superior direito, vemos a distribuição das células com base na intensidade da fluorescência: Eixo Y (vermelho): representa a intensidade de CD 4. Eixo X (verde): representa a intensidade de CD 8. O gráfico é dividido em quatro quadrantes:

  • Quadrante superior esquerdo: Células que expressam apenas CD 4 (alta intensidade no eixo vermelho, baixa no verde).
  • Quadrante inferior direito: Células que expressam apenas CD 8 (alta intensidade no eixo verde, baixa no vermelho).
  • Quadrante inferior esquerdo: Células que não expressam nem CD 8 nem CD 4. c) ELISA: Baseado na utilização de um Ag ou Ac conjugado a uma enzima. As enzimas mais utilizadas são as Peroxidase. A enzima age no substrato dando uma cor (vista a olho nu ou pelo espectrofotômetro), podendo realizar um teste quantitativo e qualitativo. Determina a relação entre a intensidade da cor e a quantidade do que está sendo analisado na amostra. Tipos de Elisa: Direto: busca pelo Ags Indireto: busca pelos Ac. - Compramos a placa já com os Ags e vamos procurar pelos Acs. Adicionamos a amostra do paciente e depois outro Ac mas conjugado com a Enzima que vai gerar a cor ao reagir. Sanduíche: Ac na placa, põe a amostra, adição de Ac conjugado com enzima e adiciona o substrato - mudança de cor mostra reação. Competitivo: vai haver competição pelo sítio ativo do Ac que está inserido na placa. Vai buscar Ag usando o soro do paciente e os Ag previamente conjugados - se TIVER Ag no soro do paciente, não formara cor na amostra porque esses se ligaram. Caso NÃO tenha Ag no soro, haverá mudança de cor devido a ligação do Ags conjugados. ELISA de captura do tipo IgM: quero procurar uma IgM específica para um patógeno (ex: T. gondii); compra a placa com Acs contra IgM (qualquer uma), colocamos a amostra do paciente se tiver IgM essas se ligaram a IgM de captura - depois adiciona o antígeno (t. gondii) ligado a uma enzima esse se ligará ao Ac que foi capturado formando um complexo - depois

i) Testes rápidos: teste de triagem. Sistema realizado em uma matriz constituída de membrana de nitrocelulose ou de náilon. O Ag ou Ac é fixado na membrana na forma de linhas ou pontos.

  • Detecção de Ags usa Acs fixados na linha de captura e como conjugado um segundo Ac ligado ao corante (ouro coloidal = rosa; prata coloidal = azul marinho)
  • Detecção de Acs: O Ac do paciente se liga ao Ag conjugado colorido e após a migração por cromatografia, a formação do imunocomplexo é revelada pelo depósito do corante coloidal na linha de captura.

PARÂMETROS SOROLÓGICOS :

Utilizados para qualificar os testes, se funcionam corretamente ou não. Tabela de dupla entrada: relaciona a doença e o resultado do teste: 1 ) Gold Standard test: trata - se de teste de referência para/ os demais ou padrão ouro. Ele consegue definir o real estado do paciente. Tem uma alta taxa de sensibilidade e especificidade. 2 ) Sensibilidade (S): porcentagem de pacientes que apresentam resultado positivo em determinado teste. Calcular o n° de resultados positivos verdadeiros (VP) dividido pelo número de pacientes com a doença (VP e FN- falso negativo). S= VP / VP+FN 3 ) Especificidade (E): porcentagem de indivíduos sem a doença que apresentam resultados negativos em determinado teste. VN: verdadeiro negativo FP: falso positivo E= VN / VN + FP Alta especificidade = baixa falsos positivos 4 ) Eficácia, acurácia ou precisão diagnóstica:relação entre o n° de resultados corretos (VP, VN) no teste e o total de indivíduos testados (n). Eficiencia= VP+VN / n Ps: quanto mais próximo de 1 , melhor será o teste em estudo. Para ser um bom teste o mínimo deve ser 0 , 95. 5 ) Prevalência: porcentagem de indivíduos infectados em uma população. P= VP+FN / n 6 ) Valor preditivo: capacidade do teste de prever condições clínicas do paciente.

  • Valor preditivo positivo (VPP) refere-se à possibilidade de ter a doença se o resultado do teste for positivo. VPP= VP / VP+FP

Se o resultado for positivo, qual a probabilidade do indivíduo realmente ter a doença?

  • Valor preditivo negativo (VPN), probabilidade de não ocorrência da doença se o resultado do teste for negativo PS : o VPP é afetado pela prevalência da doença na população em estudo, enquanto o VPN não é alterado significativamente. Por isso, em imunoensaios, resultados negativos são bem aceitos, enquanto resultados positivos precisam ser confirmados. 7 ) Limiar de reatividade: ponto de corte do teste sorológico, a partir do qual, o teste será considerado positivo ou negativo. ● momento no gráfico onde as linhas se cruzam. 8 ) Reprodutibilidade: é a obtenção de resultados iguais em testes do mesmo formato realizados com a mesma amostra biológica por diferentes locais.
  • fazer o mesmo teste, no mesmo horário, com a mesma amostra - tem que dar o mesmo resultado!
  • Interteste: guardar uma alíquota do teste - depois de um tempo que refazer tem que dar o mesmo resultado!

DOENÇAS PARASITÁRIAS:

1 ) DOENÇA DE CHAGAS: O agente é o Trypanosoma cruzi.

  • Protozoário que se desenvolve no tubo digestivo dos vetores e é eliminado nas fezes, durante ou após o repasto sanguíneo. Reservatórios tatu, gambá e roedores silvestres. - Homem hospedeiro acidental.
  • Na fase aguda , ocorre parasitemia intensa, sendo que os métodos parasitológicos são mais eficientes.
  • Na fase crônica , a parasitemia é menor, e os parasitas ficam nos tecidos na forma amastigota, sendo necessário a detecção de anticorpos para o diagnóstico. ● Métodos parasitológicos; pesquisa das formas tripomastigotas circulantes é feita por meio de gota espessa ou concentrado de leucócitos.
  • Polo negativo : indica a não resposta ao Ag (não reconhecem), e geralmente está associado a formas graves da doença, como o calazar e a leishmaniose cutânea difusa.
  • Polo positivo : indica forte reação de Montenegro, forma tegumentar, comum lesões cutâneas ou manifestações destrutivas de mucosas, devido à ativação inadequada de macrófagos. - Hipersensibilidade com destruição do tecido cartilaginoso e extensa destruição da mucosa nasal e oral. ● Diagnóstico Laboratorial: é dividido em três grupos de exames:
  • Exames parasitológicos , como demonstração direta do parasita e cultivo.
  • Exames complementares , como exames hematológicos, bioquímicos e histopatológicos.
  • Testes imunológicos , como teste intradérmico(Montenegro) e sorológicos (Detectam Acs no soro do paciente.) a) Aglutinação indireta: pode gerar falsos positivos em relação a outras doenças devido à reatividade cruzada (com doença de Chagas, esquistossomose, filariose, malária e tuberculose). Isso ocorre porque os anticorpos presentes no soro do paciente podem reagir com antígenos de parasitas ou patógenos que compartilham epítopos semelhantes com os da Leishmania. b) IFI: Teste feito em lâminas com biópsias de fígado e baço de hamsters infectados. Tem reatividade cruzada com doença de Chagas, tuberculose e hanseníase. c) Imunocromatográfico: procura IgG e IgM da Leishmania.

INFECÇÕES BACTERIANAS

1 ) LEPTOSPIROSE: Agente leptospira. É uma doença zoonótica, onde a bactéria é eliminada na urina de animais, contaminando o ambiente. A transmissão pode ocorrer pelo contato direto ou indireto com urina, tecidos ou órgãos de animais infectados, e superfícies contaminadas, como água e solo. Sintomas parecidos com o da gripe. Casos mais graves: icterícia, hemorragias, etc. ● Diagnóstico laboratorial: possui duas fases:

- Fase Septicêmica ( 1 ª fase) : detecta o agente etiológico, dura de 4 a 7 dias, onde a Leptospira pode ser detectada no sangue e no líquor. Métodos de diagnóstico incluem: microscopia de campo escuro, coloração de Giemsa, imunofluorescência direta e ELISA de captura. PS: Não cora com Gram porque ela é muito fina. Fase Imunológica ( 2 ª fase) : detecta os Acs, ocorre de 1 a 3 semanas após a infecção. Nessa fase, a Leptospira ainda pode ser encontrada na urina, e os anticorpos específicos (Acs) começam a ser detectados no sangue. Testes usados: aglutinação- hemaglutinação

  • imunofluorescência indireta - ELISA - Dot-ELISA - Imunocromatográfico. 2 ) Helicobacter pylor: é um bacilo Gram-negativo associado a várias doenças do trato gastrointestinal (TGI), como gastrite e úlceras. A transmissão ocorre via fecal-oral ou oral-oral. ● Diagnóstico Imunológico: Sorologia:
  • para detectar anticorpos IgG, na infecção ativa. - ELISA
  • para detectar antígenos- teste de imunocromatografia em amostra de fezes

confirma a erradicação, vê se não aparece mais nas fezes.

3 ) Streptococcus pyogenes :é um coco Gram-positivo responsável por diversas infecções, como: faringite, piodermite, erisipela, celulite, e escarlatina. Ele também pode causar complicações graves como febre reumática e síndrome do choque tóxico. ● Diagnóstico imunológico

  • Detecção de Ag: amostras de swabs de secreções ou feridas. Testes: aglutinação, imunoenzimáticos e imunocromatográficos.
  • Detecção de Acs: amostra de soro. - detectam anticorpos anti-estreptolisina-O Teste ASLO/ASO: A estreptolisina O é uma enzima produzida pelo S. pyogenes que é imunogênica, ou seja, induz a produção de anticorpos. O teste ASLO mede a quantidade de anticorpos antiestreptolisina O no soro do paciente. Níveis elevados de ASLO indicam uma infecção recente ou ativa. 4 ) SÍFILIS: agente Treponema pallidum. É uma espiroqueta, não cora com Gram nem com Giemsa. Doença sexualmente transmissível que passa por diferentes estágios: a) Sífilis Primária
  • O primeiro sinal da infecção é o cancro sifilítico, uma úlcera indolor que se desenvolve no local da infecção, geralmente nos órgãos genitais, mas pode aparecer em outras áreas de contato. O cancro é inicialmente uma pápula que evolui para uma úlcera de bordas elevadas.
  • Disseminação por todo o corpo do paciente através do sistema linfático e do sangue
  • Úlcera cicatriza espontaneamente dentro de dois meses dando uma falsa impressão de cura. b) Secundária:
  • Se a infecção não for tratada, a bactéria se dissemina pelo sistema linfático e sanguíneo
  • Os sintomas são mais generalizados, incluindo febre, linfadenopatia, dor de garganta, cefaléia, erupções cutâneas (que podem cobrir todo o corpo), mialgia e anorexia.
  • Cura espontânea e inicia estágio latente ou clinicamente inativo da doença. c) Terciária ou tardia: - ocorre em uma proporção menor de pacientes não tratados. Pode levar a danos devastadores em vários órgãos, incluindo o cérebro (neurossífilis), ossos, pele e coração (sífilis cardiovascular). d) Congênita:
    • Transmissão de mãe para filho pode resultar em abortos, natimortos, ou bebês prematuros.
    • Muitos recém-nascidos não mostram sinais imediatos da doença, mas desenvolvem sintomas como rinite e erupções cutâneas logo após o nascimento. Pode causar deformidades ósseas, cegueira, surdez e problemas cardíacos graves, caso não seja tratada ● Diagnóstico Laboratorial: Microscopia de Campo Escuro : Usada para visualizar diretamente o T. pallidum em exsudatos de lesões cutâneas. Este método é útil na sífilis 1 °, 2 ° e congênita, especialmente quando as úlceras estão ativas. - Material de lesões retais e orais não deve ser utilizado, porque pode ter espiroquetas contaminantes. Microscopia Óptica : Biópsias de tecidos coradas com prata podem evidenciar os espiroquetas em amostras de tecidos.
    • Material de lesões retais e orais não deve ser utilizado, porque pode ter espiroquetas contaminantes. Microscopia de Fluorescência : Utiliza anticorpos conjugados com fluorocromo anti- T. pallidum. É um método específico para detectar treponemas patogênicos.
    • É permitido a análise de amostras de lesões orais e retais. ● Diagnósticos Sorológicos: Testes Não-treponêmicos (não é específico). Teste:VDRL, RPR- Floculação
    • Estes testes detectam anticorpos reagínicos IgM e IgG, produzidos em resposta a lipídeos liberados pelas células danificadas durante o estágio inicial da sífilis.
    • O antígeno utilizado nos testes é a cardiolipina (derivada do coração bovino). Amostra: soro, plasma ou líquor.

desenvolver complicações.. O sistema imunológico pode identificar o vírus rapidamente e montar uma resposta eficaz, eliminando o vírus. Resulta em sintomas mais intensos- sistema imunológico está ativo e agindo contra a infecção

  • Se o sistema imunológico demora a reconhecer o vírus: a infecção crônica, com o vírus continuando a infectar novas células hepáticas enquanto o fígado tenta se regenerar. Os sintomas podem ser leves ou ausentes, mas a longo prazo podem ocorrer cirrose, câncer hepático e, em casos graves, hepatite fulminante, especialmente com a coinfecção por hepatite D (hepatite D precisa da B para se replicar, é um parasita viral). ● Diagnóstico laboratorial:
  • Sorológico: HBsAg (antígeno de superfície): É o primeiro marcador a aparecer no sangue durante a fase aguda. Indica infecção ativa: enquanto estiver infectado você terá ele no sangue. Ele pode persistir na fase aguda ou crônica. HBeAg (antígeno e): Este marcador não aparece na fase precoce da infecção, mas é encontrado na fase aguda e pode persistir na fase crônica. HBcAg (antígeno do core): Este antígeno, que é parte do núcleo do vírus, não aparece no sangue.

Marcadores sorológicos procuramos ACs anti-HBcAG, anti HBeAG e anti-HBsAG. PS: quando resolveu não vai existir mais Ag no sangue, somente os ANTICORPO. #Vacinado: vai ter somente Anti-HBsAG, pois a vacina é produzida com subunidades de HBsAG. PS. 2 : Quem teve hepatite A pode doar sangue depois de 1 ano, quem teve hepatite B não pode doar sangue pq o vírus é DNA dupla fita, ele integra seu genoma ao da célula, msm curado algumas células suas produzem partículas virais. A C também não pode doar. 3 ) Hepatite C (HCV): A transmissão é semelhante ao HBV, ocorrendo principalmente por contato com sangue contaminado.

  • HCV infecta hepatócitos e linfócitos, e a resposta imune celular é a principal responsável pelo dano tecidual. Diferente do HBV, o anticorpo contra o HCV (anti-HCV) não é protetor, ou seja, não protege de outra reinfecção, isso porque ele é vírus de RNA e com isso sofre muita mutação. A imunidade ao HCV não é duradoura.
  • Algumas pessoas podem se curar sozinhas, mas cerca de 70 % desenvolvem uma infecção crônica, que pode levar a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado. Muitas vezes, a infecção é assintomática e só é diagnosticada em estágios avançados, quando o fígado já está comprometido. ● Diagnóstico Laboratorial:
  • Sorologia: Este teste indica se a pessoa já foi exposta ao vírus. No entanto, a janela imunológica atrapalha nos testes sorológicos, pessoas curadas têm Acs pro resto da vida - não distingue entre uma infecção atual e passada.
  • Biologia molecular - padrão ouro: Confirmar sorologia positiva, procura o virus na amostra do paciente. Pessoas viremias, pacientes imunocomprometidos e pacientes que recebem hemodiálise sempre fazem esse. 4 ) HIV: Transmitido por contato com sangue, via sexual e perinatal.
  • Existem dois tipos de HIV: HIV- 1 e HIV- 2 , sendo o HIV- 1 mais comum.

As células T CD 4 + no sangue, diminui rapidamente na fase aguda com o rápido aumento na carga viral do HIV. Na fase crônica, a carga viral se mantém em níveis mais baixos, a contagem de células CD 4 + T

começa a se recuperar parcialmente, mas nunca atinge os níveis normais. Após alguns anos de cronica, o HIV pode levar à AIDS, marcada por uma queda crítica da contagem de células T CD 4 + (abaixo de 200 cél). - Gráfico explicativo:

Tratamento: procura inibir a replicação viral para dar tempo das CD 4 serem produzidas. ● Diagnóstico Laboratorial: Detecção do Ag p 24 marcador inicial da doença.

  • Exame de triagem: sorológica imunocromatografia, aglutinação em látex, teste oral rápido de Acs
  • Exame de confirmação: sorologia imunofluorescência e Western blot Monitoramento: Citometria de Fluxo - A relação entre células TCD 4 e TCD 8 é usada para monitorar a progressão da infecção, sendo normal a proporção de 2 : 1
    • Quantificação de CD 4 pacientes com AIDS menos 350 células de sangue (normal = 800 a 1500 células). 5 ) Vírus Epstein-Barr (EBV): É transmitido pela saliva. Os sintomas incluem febre, dor de garganta, linfadenopatia e fadiga. Não tem cura, seus linfócitos B sempre terão genoma desse vírus.
  • Agente causal da Mononucleose Infecciosa ( MI ) caracterizada por febre, dor de garganta, linfadenopatia, fadiga e linfocitose mononuclear.
  • Linfocitose mononuclear (tem muitas células mononucleares, ou seja, linfócitos no sangue). ● Diagnósticos:
    • Sorologia: Aglutinação - busca por Acs heterófilos (acs que reagem de maneira cruzada com antígenos de diferentes espécies.). Estes Acs estão presentes em 90 % dos pacientes com MI - eles reagem com antígenos de eritrócitos de carneiro, cavalo e boi, mas não reagem com células renais de cobaia - porquinho da índia. - Então se o teste NÃO reagir com essas células É POSITIVO, não precisa fazer outro teste.
  • Como funciona: as células sanguíneas de certos animais (como carneiro) são misturadas com o soro do paciente. Se os anticorpos heterófilos estiverem presentes, ocorre uma aglutinação (as células sanguíneas se aglomeram), indicando um resultado positivo.
  • Caso REAJA com essas células renais da cobaias (NÃO etem aglutinação), é necessário fazer OUTRO teste para confirmar específico para os Acs a seguir:
  • Testes usados para confirmar são:: Imunofluorescência ou ELISA. 6 ) Rubéola: A vacina da rubéola protege contra todas as cepas É transmitida pela inalação de aerossóis contendo o vírus, que inicialmente infecta o trato respiratório e, posteriormente, provoca uma infecção sistêmica. ; Maior problema é a doença durante a gravidez porque o vírus infecta a