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Resumo do livro O Que é Modernismo, Resumos de Estética

Resumo do Livro O Que é Modernismo

Tipologia: Resumos

2013

Compartilhado em 05/09/2023

sara-moreira
sara-moreira 🇧🇷

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O livro começa com o estranhamento de algo novo e estranho que invade o campo da
ciência, das artes, da literatura, da filosofia, da arquitetura ainda na década de 80, essa
novidade é logo explica pela definição do que foi o Pós-Modernismo, datado no início
nos anos 50.
O autor, logo no início, apresenta a dualidade do que pensariam ser o Pós-
Modernismo através da frase “sem que ninguém saiba se é decadência ou
renascimento cultural.” p.8. E logo apresenta-nos uma “fabulazinha”, como o próprio
autor define, que definiriam o homem pós-moderno: “Sua vida se fragmenta
desordenadamente em imagens, dígitos, signos tudo leve e sem substância como
um fantasma. Nenhuma revolta. Entre a apatia e a satisfação, você dorme. (...) não
tem moral nem permite conclusões, mas põe na bandeja os lugares por onde circula o
fantasma pós-moderno.
O Pós-Moderno invadiu a vida das pessoas, através da tecnologia eletrônica de massa
e individual, mudando-a radicalmente, com o objetivo de suprir e levar informação,
diversão e serviço. Na Era da Informática lidamos mais com signos do que com coisas,
como por exemplo, atualmente, para a maioria das pessoas, o dinheiro é apenas
números em uma conta bancária, não sendo mais necessário o papel, tornando-o
obsoleto.
Na economia, a sociedade se encontra numa avançada etapa de desenvolvimento
industrial capitalista, e se caracteriza pelo consumo massivo de bens e serviços
disponíveis, graças a elevada produção. E como bem o autor coloca, “a fábrica, suja,
feia, foi o templo moderno; o shopping, feérico em luzes e cores, é o altar pós-
moderno” p.10.
No campo artístico, se contrapondo aos modernistas que complicaram a arte por levá-
la demasiado a sério, os pós-modernistas eram mais espontâneos.
“(...) o homem pós-moderno já sabe que não existe Céu nem sentido para a História, e
assim se entrega ao presente e ao prazer, ao consumo e ao individualismo. E aqui você
pode escolher entre ser: a criança radiosa (...); o androide melancólico.” p.11
O movimento, apesar de ser bastante enigmático, deixava claro que era coisa típica
das sociedades pós industriais baseadas na informação, não se mostrando muito no
Brasil inicialmente.
A partir do início do Pós-Moderno, e é um fato que ainda é observável atualmente,
vemos que o simulacro é demasiadamente valorizado em detrimento do original, onde
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O livro começa com o estranhamento de algo novo e estranho que invade o campo da ciência, das artes, da literatura, da filosofia, da arquitetura ainda na década de 80, essa novidade é logo explica pela definição do que foi o Pós-Modernismo, datado no início nos anos 50. O autor, logo no início, apresenta a dualidade do que pensariam ser o Pós- Modernismo através da frase “sem que ninguém saiba se é decadência ou renascimento cultural.” p.8. E logo apresenta-nos uma “fabulazinha”, como o próprio autor define, que definiriam o homem pós-moderno: “Sua vida se fragmenta desordenadamente em imagens, dígitos, signos — tudo leve e sem substância como um fantasma. Nenhuma revolta. Entre a apatia e a satisfação, você dorme. (...) não tem moral nem permite conclusões, mas põe na bandeja os lugares por onde circula o fantasma pós-moderno. O Pós-Moderno invadiu a vida das pessoas, através da tecnologia eletrônica de massa e individual, mudando-a radicalmente, com o objetivo de suprir e levar informação, diversão e serviço. Na Era da Informática lidamos mais com signos do que com coisas, como por exemplo, atualmente, para a maioria das pessoas, o dinheiro é apenas números em uma conta bancária, não sendo mais necessário o papel, tornando-o obsoleto. Na economia, a sociedade se encontra numa avançada etapa de desenvolvimento industrial capitalista, e se caracteriza pelo consumo massivo de bens e serviços disponíveis, graças a elevada produção. E como bem o autor coloca, “a fábrica, suja, feia, foi o templo moderno; o shopping, feérico em luzes e cores, é o altar pós- moderno” p.10. No campo artístico, se contrapondo aos modernistas que complicaram a arte por levá- la demasiado a sério, os pós-modernistas eram mais espontâneos. “(...) o homem pós-moderno já sabe que não existe Céu nem sentido para a História, e assim se entrega ao presente e ao prazer, ao consumo e ao individualismo. E aqui você pode escolher entre ser: a criança radiosa (...); o androide melancólico.” p. O movimento, apesar de ser bastante enigmático, deixava claro que era coisa típica das sociedades pós industriais baseadas na informação, não se mostrando muito no Brasil inicialmente. A partir do início do Pós-Moderno, e é um fato que ainda é observável atualmente, vemos que o simulacro é demasiadamente valorizado em detrimento do original, onde

ocidentais sempre buscam aperfeiçoar a imitação e esta fabrica um real mais interessante que própria realidade e “O hiper-real simulado nos fascina porque é o real intensificado na cor, na forma, no tamanho, nas suas propriedades. É um quase sonho.” P. 13 E novamente o autor reafirma a ilusão proposta pelo Pós-Modernismo: “O ambiente pós-moderno significa basicamente isso: entre nós e o mundo estão os meios tecnológicos de comunicação, ou seja, de simulação. Eles não nos informam sobre o mundo; eles o refazem à sua maneira, hiper realizam o mundo, transformando-o num espetáculo. (...) Não reagimos fora do espetáculo.” P. 13 O homem é linguagem, e Jair Ferreira disserta sobre isso falando a respeito da Semiologia e da Teoria da Comunicação. Resumidamente, a linguagem é inerente ao homem: “a linguagem dos meios de comunicação dá forma tanto ao nosso mundo (referente, objeto), quanto ao nosso pensamento (referência, sujeito). Para serem alguma coisa, sujeito e objeto passam ambos pelo signo. A pós-modernidade é também uma semiurgia, um mundo super-recriado pelos signos. Manipulam-se crescentemente mais signos do que coisas.” P. 15. Em seguida o autor classifica os signos em digital e analógico. O primeiro se caracteriza por ser descontínuo e arbitrário. Já o último é contínuo e se assemelham ao objeto representado. E com o advento da computação digital, urge com ela a digitalização social. “(...)pós contém um des — um princípio esvaziador, diluidor. O pós-modernismo desenche, desfaz princípios, regras, valores, práticas, realidades. A des- referencialização do real e a des-substancialização do sujeito, motivadas pela saturação do cotidiano pelos signos, foram os primeiros exemplos.” P.18 O pós modernismo seria, assim, um ecletismo que tem por finalidade se rebelar contra esse estado de coisas e quer uma valorização do pluralismo. O livro demonstra, ao relacionar arte e história, como acontecimentos marcantes no mundo moldam a arte, --sendo esta reciproca verdadeira, já que a arte é o espelho do que acontece no mundo ao mesmo tempo em que influencia o que acontece nele --, mostrando vários momentos em que isto foi observado e, com destaque, relata o caso da bomba atômica em Hiroshima, no ano de 1945, que encerrou a trajetória do movimento moderno, fazendo surgir, deste modo, o pós-modernismo. A sociedade industrial produzia bens materiais, já na pós industrial consome serviços, onde tudo é tecnológico, preparadas para produzir mais e mais rápido, e o que teria sido feito com o intuito de facilitar a vida das pessoas, acabou por mudar radicalmente suas vidas, seu cotidiano, seus relacionamentos e cada vez mais o mundo vem demasiadamente priorizando produto e mercado em detrimento dos valores humanos essenciais e agora “o mundo se pulveriza em signos, o planeta é uma rede pensante, enquanto o sujeito fica um nó de células nervosas a processar mensagens fragmentárias.”P.27.

fragmentada, personagens sem psicologia ou posição social e com múltiplos finais. Tudo isso pra mostrar como o Pós-Modernismo age na literatura. E pra explicar melhor essa “bagunça”: “Os anartistas pós-modernos só se sentem bem na desordem, na ausência de princípios, na criação sem fronteiras, pangredindo — caminhando — para todos os lados.” P.43. Nos primórdios do movimento, primeiros sinais surgiram na arquitetura, nos anos 50, se opondo ao dogma Modernista de Bauhaus: a forma segue a função. Com uma intensa pesquisa eles voltam ao passado, a procura de uma arquitetura que fale a linguagem cultural das pessoas que vão utilizá-la. Agora, a função obedece a forma e a fantasia. Uma mistura de materiais, a volta de ornamentos e a intensa presença de valores simbólicos definiam a Arquitetura Pós-Moderna. Recentemente, o movimento chegou ao design: “no mobiliário apareciam móveis com desenhos fantasiosos e revestimentos com cores berrantes. Portas a quatro cores se abrem para camas em forma de ringue, esculturas de neon piscam sobre poltronas cônicas pintadas como onça. O ecletismo rompe a fronteira entre o bom e o mau gosto.” P.45. Em seguida, nos é mostrado a diferenciação de happenings, performances e processos. O primeiro é a intervenção do artista no cotidiano, não através da obra, mas fazendo da intervenção uma obra. O segundo é uma variação do primeiro, ele atrai a atenção para o artista e os materiais que ele utiliza para chocar o publico sob algum aspecto. Já o ultimo quer ampliar ao infinito os domínios da arte pela definição. “Qualquer processo que intervenha sobre a realidade para modificá-la, desequilibrá-la de modo inventivo e gratuito é arte.” P.54 e 55. Com a desdefinição da arte gerada pelos acontecimentos supracitados, a geração 80 inicia um segundo tempo: volta ao passado ou atolar-se ao presente, isto marca a outra postura do pós-modernismo. “Nas sociedades atuais, tudo parece rolar para a confusão, sem valores sólidos, sem ordem que segure a barra.” P. Trazendo uma definição para o nouveau roman, o autor diz que este recusa o realismo, recusa o enredo estruturado, o herói metido em aventuras, o retrato psicológico e social, a mensagem política ou moral. O completo oposto do modernismo, abandona o psicologismo e a literatura como conhecimento superior e valoriza os objetos, que são analisados pelo olhar como por uma câmara cinematográfica. Vários narradores simultaneamente. Mistura realidade, sonho, delírio, para criar clima de incerteza. Embaralha a ordem espacial e temporal dos acontecimentos, numa extrema fragmentação. E privilegia o texto, o ato de escrever. Isso tudo para dizer que a realidade atual é impenetrável, desordenada, um verdadeiro bode entrópico. Depois de percorrer todos os campos da arte, o autor descreve o efeito do pós modernismo na música: assumindo formas diversas, sem características bem definidas. Já no cinema, predomina o ecletismo e o pastiche.

Ao dissertar sobre a aceitação ou rejeição da antiarte, há dois lados mostrados no texto: aqueles que não a aceitam e acreditam que a arte agora é imitação barata e ecletismo porque perdeu a originalidade e que a desestetização levou à morte da arte. E há outros que sentem neste movimento uma praga boa e saudável: “Abala preconceitos, põe abaixo o muro entre arte culta e de massa, rompe as barreiras entre os gêneros, traz de volta o passado.” P. 70. O pós modernismo veio para abalar todos os valores vigentes. Já havia, no entanto, antes do movimento se firmar, um choque entre racionalidade produtiva e os valores morais e sociais, mas somente no pós modernismo foi que ele desaponta. Tudo isso porque “a tecnociência invade o cotidiano com mil artefatos e serviços, mas não oferece nenhum valor moral além do hedonismo consumista. Ao mesmo tempo, tais sociedades fabricaram fantasmas alarmantes (...). Elas têm meios racionais, mas só perseguem fins irracionais: lucro e poder.” P. 73 Com Nietzche, há um abalo em três pilares da cultura ocidental: cristianismo (Fim), o conhecimento científico (Unidade) e a Razão filosófica e moral (Verdade). No entanto, é na pós modernidade que estes valores entram em decadência. Com o desenvolvimento tecnológico, as sociedades atuais tornaram-se performativa, ou seja, sempre buscando desempenhos e resultados em detrimento da busca por novas verdades. Ao dissertar sobre Derrida e a desconstrução no logocentrismo – a tendência no pensamento ocidental de se colocar o logos como o centro de qualquer texto ou discurso – o autor afirma que este acaba com as diferenças entre as coisas reais ao reduzi-las à identidade no conceito, ou seja, o ocidente nunca soube lidar com as diferenças, além de hierarquizar elementos e valorizar, tornando uns superiores a outros. “Em guerra com a tradição ocidental, ao desconstruir seu discurso para trazer à tona o reprimido, Derrida e outros filósofos pós-modernos querem injetar vida nova nas diferenças contra a identidade, na desordem contra a hierarquia, na poesia contra a lógica. Eles pensam contra as manias mentais ocidentais, um pensar sem centro e sem fim, mais para literatura que para filosofia. “P. 80 O pensamento pós-moderno, ao fundir Marx com Freud, metia a noção marxista de produção nos porões do inconsciente freudiano, onde este ultimo deixava de ser o cenário das imagens e emoções recalcadas para virar máquina desejante, energia produtora de desejos e sociedade e indivíduo se tornam um só: máquinas desejantes. E com o intuito de ir contra o sistema e liberar o desejo, filósofos contemporâneos encontraram uma saída: promover o Anti-Édipo, o esquizofrênico, a pura máquina desejante que o Complexo de Édipo, isto é, a família não programou e acrescenta que o esquizofrênico é o modelo para o revolucionário de nossos dias. Outros elementos que permeiam o cotidiano pós moderno é retratado texto: o indivíduo em suas três apoteoses — consumista, hedonista, narcisista. Nas sociedades pós-industriais tudo é mercadoria.