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História dos Museus e da Coleção, Resumos de Museologia

Uma história detalhada dos museus, desde sua origem como gabinetes de curiosidades até a atualidade, com um foco na evolução da coleção e na transformação do museu em um serviço público. O texto aborda a importância do museu como instituição educativa e deleite, além de discutir a importância da conservação e manutenção do acervo.

Tipologia: Resumos

2023

À venda por 30/05/2024

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O Museu e a Vida
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O Museu e a Vida
Matéria História dos Museus
Categoria Livro
Período 1º P
Status Lido
REFERÊNCIA:
GIRAUDY, Danièle.
O Museu e a vida. Rio de Janeiro: Fundação Nacional pró-memória; Porto Alegre: Instituto
Estadual do Livro; Belo Horizonte: UFMG, 1990.
Capítulos: resumos
Definição de Museu
Georges-Henri Rivière: primeiro diretor do Conselho Internacional dos Museus.
O museu conserva o acervo para a educação e deleite do público
Tipos de museus:
- história natural, palácio da descoberta, museu de ciências, jardins geológicos,
faianças, tecidos, conservação indumentária, fósseis, esqueletos, plantas, insetos,
conchas, instrumentos, aviões, carros, etc.
O Prédio
O Museu Fechado
As origens do Museu
- surge a partir de coleção, seja de origem religiosa ou profana
- o Shôshoim é o museu mais antigo do mundo, localizado no Japão, Quioto
- o primeiro Muséion foi edificado sobre a colina do Hélicon, em Atenas
- a acumulação gratuita é justificada pela necessidade de classificar o mundo
exterior, compensando um vazio afetivo ou sentimento de insegurança
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O Museu e a Vida

Matéria História dos Museus

Categoria Livro

Período 1º P

Status Lido

REFERÊNCIA: GIRAUDY, Danièle. O Museu e a vida. Rio de Janeiro: Fundação Nacional pró-memória; Porto Alegre: Instituto Estadual do Livro; Belo Horizonte: UFMG, 1990.

Capítulos: resumos

Definição de Museu

Georges-Henri Rivière: primeiro diretor do Conselho Internacional dos Museus****. O museu conserva o acervo para a educação e deleite do público Tipos de museus:

  • história natural, palácio da descoberta, museu de ciências, jardins geológicos, faianças, tecidos, conservação indumentária, fósseis, esqueletos, plantas, insetos, conchas, instrumentos, aviões, carros, etc.

O Prédio

O Museu Fechado As origens do Museu

  • surge a partir de coleção, seja de origem religiosa ou profana
  • o Shôshoim é o museu mais antigo do mundo, localizado no Japão, Quioto
  • o primeiro Muséion foi edificado sobre a colina do Hélicon, em Atenas
  • a acumulação gratuita é justificada pela necessidade de classificar o mundo exterior, compensando um vazio afetivo ou sentimento de insegurança

Os “gabinetes de curiosidade”

  • reúnem obras raras, insólitas e até animais
  • objetos de alto custo expostos em pequenos espaços íntimos, muitas vezes circulares As galerias de aparato
  • encomendadas por príncipes, monarcas e papas para sua própria residência
  • motivo principal: deslumbre dos visitantes, luxúria
  • sala longa com numerosas arcadas/janelas
  • primeira galeria de antiguidades : criada por um papa romano, em 1471, no Museu do Capitólio
  • primeiro museu pedagógico: Ashmolean Museum , aberto em 1683, em Oxford Os grandes museus do século XIX
  • a partir do final do século XVII, começa a ser criada e considerada a noção de patrimônio ao invés de coleção, algo que pertence aos povos
  • mudança de galeria de antiguidades para museu arqueológico
  • objetos reunidos e classificados seguindo um padrão

Museus já constituídos ao início do sec. XIX: Museu do Louvre, Novo Ermitage, British Museum, Ile des Musées, Pinacoteca, Museu de Bruxelas, Rikjsmuseum. Na mesma época (1808), em Washington, o Estado Federal Americano cria uma fundação para os museus de ciência e pesquisa, a Smithsonian Institution.

  • criação de diversos museus nos países a leste, pós-guerra mundial
  • surgimento das primeiras sociedades eruditas e arqueológicas

Os museus ao ar livre e os museus de folclore

  • inovações do séc. XX: parques nacionais (criação americana), museus ao ar livre
  • decadência do séc XX: folclore, arte popular e tradições (sem direito a cidadania)
  • desde 1870, escandinavos dedicam o amor à natureza através de museus ao ar livre

Os museus do século XX

  • o conceito de “museu templo” é abandonado, dando lugar ao “museu fórum”,
  • é o momento em que o museu deixa de ser um refúgio nostálgico para ser um serviço público, um museu aberto onde a comunidade se encontra e expressa

O acervo e seus espaços

A aquisição das coleções Compras e doações

  • acasos da fortuna estão (em maioria) na origem do “patrimônio cultural” de uma nação ou cidade, reunido ao longo dos séculos de diversas maneiras
  • legislação francesa impede a venda de obras já em acervos de museus existentes
  • legislação dos Estados Unidos permite a possibilidade de vender antigas coleções para adquirir novas peças

Estudo e manutenção do acervo Inventário e catálogo

  • identificação dos objetos: segunda fase da tarefa científica do conservador de museu
  • o ICOM estabeleceu normas internacionais em relação a isso A manutenção do acervo
  • existente há aproximadamente 50 anos
  • equipe que envolve químicos, físicos, fotógrafos, microbiologistas, etc.
  • cuidam das obras, preparam espécimens, modelos, moldagens, animais taxidermizados, que serão úteis à exposição Reservas técnicas e os depósitos
  • clima específico, acesso protegido contra roubos e incêndios, manipulação de obras sobre carrinhos acolchoados

A exposição do acervo: a museografia

A exposição permanente e as exposições temporárias

  • a tarefa do museógrafo consiste em traduzir o objeto (da exposição) de forma clara para as diversas categorias de público
  • a mesma exposição deve convir a todos esses públicos
  • uma mensagem contida na obra ou no conjunto de obras e objetos
  • o mesmo objeto pode adquirir um sentido e um valor muito diferentes conforme sua situação no ambiente criado A suspensão das pinturas
  • suspensão de obras de arte também é uma forma de expressão museógrafa
  • método utilizado para criar um contato mais direto com o público O circuito e espaços anexos
  • é o modo de definir o sentido da visita: direita pra esquerda? qual o sentido da leitura? As galerias secundárias
  • apresentação leve, ter sentido para a colocação das coleções nas reservas técnicas
  • renúncia do vocabulário científico exclusivamente nas etiquetas para que todo tipo de público possa usufruir delas A leitura do objeto
  • análise do objeto exposto
  • abordagem geográfica, estética, utilitária, etc As exposições itinerantes
  • trabalho “extramuro”
  • uma exposição que tem a capacidade de se movimentar, seja de uma cidade a outra ou de um bairro a outro
  • “ônibus-museu” é uma variante de exposição itinerante A apresentação em vitrine
  • expõe objetos que dialogam entre si
  • exemplos: estandes de museus em feiras de exposição, ônibus-museu nos mercados, animações de rua, presença de conservadores de museu nas comissões, kits e serviços de empréstimo de obras A equipe técnica
  • responsável por equipamentos especializados
  • museógrafos, documentalistas, bibliotecários, responsáveis por instalações especiais nos laboratórios e ateliês, etc. Manutenção e vigilância
  • devem ser estreitamente associadas à vida do museu

O público

Grande público e “não público”

  • coisas que definem o público de um museu: categoria sócio-profissional; a idade; a renda; o nível de instrução; e o sexo

Citações destacadas

“O museu e a vida: o título da obra de imediato afasta a imagem tradicional do museu; sugere uma imagem nova atendendo às exigências do mundo atual.” (GIRAUDY, 1990, PG. 9)

“O museu é um serviço público a serviço do público” (GIRAUDY, 1990, PG. 11)

“A coleção é compensadora, também, para numerosos colecionadores que, segundo o advogado Rheims, “são de pequena estatura ou pertencem a um pequeno país, uma minoria, seja nacional como a Suíça, seja religiosa como os judeus, seja social como os solteiros. A coleção os faz crescer, protege-os e valoriza-os; é também um meio de afirmação social ou sobrevivência” (GIRAUDY, 1990, PG 21) (citado por Luc Benoist em Musée et Museólogie, PUF, Paris, 1960)

“O colecionador sem coleção possui todas as coleções dos museus do mundo” (GIRAUDY, 1990, PG. 21)

“Os museus de história surgem com as galerias iconográficas dos castelos; expõem, para a educação dos visitantes, retratos dos generais ilustres, filósofos, sábios e artistas que iluminaram as grandes fases da história do pensamento, como as igrejas medievais” (GIRAUDY, 1990, PG. 25)

“Torna-se, então, necessário classificar os acervos e organizar de modo mais sistemático o espaço do museu: a galeria de antiguidades torna-se museu arqueológico. Os objetos são reunidos, ordenados, não se misturam mais as antiguidades pré-colombianas, egípcias, gregas à pré-história e à arte asiática.” (GIRAUDY, 1990, PG. 27)

“A coleção se justifica, a partir de então, não somente como um instrumento de prestígio ou como uma motivação de deleite. Surge da vontade de estudo e confronto. Posta à disposição do povo, deseja contribuir para sua educação e formação da consciência nacional.” (GIRAUDY, 1990, PG. 29)

“O mais recente desses museus nacionalistas, caros às democracias populares, fundado a partir de uma escolha política para irradiar no mundo o espírito de resistência de um povo, é também o mais insólito: museu volante, sem endereço e sem muros, seu acervo de arte contemporânea é constituído por doações de artistas ao Museu Internacional da Resistência Salvador Allende .” (GIRAUDY, 1990, PG. 29)

“Após ter sido coleção de prestígio pessoal ou político, instrumento de educação e cultura, local de conservação do patrimônio naciona ou regional, o museu torna-se hoje o lugar de expressão da sociedade e, colocando-se finalmente a seu serviço, passa a expressá-la.” (GIRAUDY, 1990, PG. 35)

“Um ecomuseu é um espelho no qual a população olha para si mesma para reconhecer-se, procura a explicação para o território a qual está ligada, juntamente com a das populações que a precedem na descontinuidade ou na continuidade das gerações. Um espelho que essa mesma população estende a seus hóspedes, para fazer-se melhor entender no seu trabalho, seus comportamentos, sua intimidade.” (GIRAUDY, 1990, PG. 37)

“É um museu do tempo, quando a explicação remonta além do momento em que o homem apareceu, escalona-se através dos tempos pré-históricos vividos por ele, desembocando no tempo em que está vivendo. Abrindo-se em direção ao amanhã, sem no entanto colocar-se como tomador de decisão, o ecomuseu desempenha um papel de informação e de análise crítica.” (GIRAUDY, 1990, PG. 39)

“Constituídas ao longo dos anos, as coleções de museu - “conjunto de objetos reunidos e classificados para a instrução, o deleite e a utilidade”, nos termos do dicionário - são, em seu início, menos o reflexo de uma política de aquisições do que o fruto do acaso” (GIRAUDY, 1990, PG. 45)

“Mas, assim como um bom escritor, um bom museólogo deve dizer muito com poucas palavras, poucos objetos, pois se trata de uma arte, pelo resumo simbólico de obras bem escolhidas, evocar uma grande idéia.” (GIRAUDY, 1990, PG. 63)

“Essa relação de calor/umidade é chamada umidade relativa , e suas normas dependem do clima do país considerado e da natureza das obras.” (GIRAUDY, 1990, PG. 65)

“Por mais belas e completas que sejam as coleções, por mais adaptado que seja o prédio, a diferença entre um bom e um mau museu é frequentemente devida, no fim das contas, à qualidade humana da pessoa que o dirige e o orienta, à sua capacidade de estimular e coordenar sua equipe e deixar passar esse influxo para o público.” (GIRAUDY, 1990, PG. 77)

Estas coleções particulares desaparecem e se tornam públicas depois das Revoluções do séc. XIX, principalmente a Francesa e também por causa do Iluminismo. Depois disso, elas possuem um aspecto científico, acumulativo e classificatório.