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Nemo, de 118 anos, conta a história de sua vida a um repórter. Na maior parte do tempo ele pensa que tem 34 anos, mas tudo fica confuso ao se concentrar em sua verdadeira idade. Nemo divide sua vida em três partes importantes.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
O Protagonista do filme é Nemo ou Senhor ninguém, possui 118 anos e é o último ser mortal numa terra futurista onde as pessoas são imortais. Esse fato deixa ele famoso fazendo com que apareça na TV e seja entrevistado por um médico e depois por um jornalista. Ninguém sabe quem ele é, não tem registros sobre ele, nem mesmo ele sabe muita coisa. Ele afirma, logo no início, ter 34 anos, outra hora 15, depois 9 anos, na verdade ele vai se lembrando dos acontecimentos em sua vida e conta mais de uma versão sobre como poderia ser sua história. O filme vai desencadeando as várias formas de vida que o protagonista poderia ter vivido em meio as escolhas que fizesse no passado, nas etapas de sua vida, ou seja, o que poderia acontecer se escolhesse determinado caminho. Várias vezes durante o filme o passado, presente e futuro se misturam onde as diferentes e possíveis realidades se cruzam, sendo observado ao final do filme, que todas elas são fruto da imaginação de Nemo, que sofre a angústia de ter que fazer escolhas. O filme mostra as simplicidades e complexidades dos comportamentos dos humanos, ou seja, cada escolha cria novas probabilidades e cada probabilidade cria novas escolhas. Basicamente há três futuros alternativos constituídos a partir de três escolhas amorosas na adolescência que resultam em três casamentos diferentes, O desenvolvimento das tramas amorosas é o núcleo que o filme melhor enfoca. Acompanhamos três distintos envolvimentos amorosos de Nemo, cada um representando uma possibilidade de vida para ele. Com elas, as namoradas, ele poderia ser alguém. Em sua idealização, ele se divide em três vidas: em uma ele vive o seu maior drama, que é o casamento com a sua esposa depressiva; em outro, ele vive com Jeanne, o símbolo de prosperidade; e no outro polo, ele está em busca de seu grande amor, Anna. Em Anna é que a complexidade amorosa toma contornos, ela é a sua primeira paixão e seu primeiro coração partido, e ele idealiza situações de encontro e reencontro, mesmo na velhice, construindo uma vida com a pessoa que, na sua juventude, lhe causou um dano irrevogável e irreparável. A potência amorosa é tão grande que todo o fio condutor da narrativa fílmica persegue as lembranças de amor de Nemo, que, mesmo com 118 anos de idade, as têm de maneira clara. Tudo isso marcado pela mágoa da escolha impossível submetido no momento do divórcio entre seus pais: numa estação de trem teria que escolher com qual ficar. Ou com sua mãe que partiria no trem ou ficar com seu pai, na plataforma da estação. Mas Nemo tem uma qualidade especial que torna a consciência de que a vida é feita por escolhas muito mais aguda e sofrida: ele foi esquecido pelos anjos antes de nascer e, por isso, não o concederam a “dádiva” do esquecimento. Nemo narra em off que antes de nascermos sabemos tudo o que ocorrerá. Porém, antes, os anjos do céu colocam o dedo em nossos lábios, significando que esqueceremos tudo. Mas esqueceram de fazer isso com Nemo, que vem para a Terra com uma capacidade de prever o futuro resultante de cada simples escolha. Por isso Nemo navega pela sua vida como um internauta em um hipertexto. As escolhas, desde as mais simples, como qual doce pegar numa festa de aniversário, até as mais complexas como, por exemplo, escolher com qual menina namorar, torna-se para ele impossível, já que todas as alternativas se equivalem A questão das escolhas é fundamental no decorrer do filme, desde a seleção dos pais antes do nascimento até o surgimento de várias escolhas possíveis no futuro, quando Nemo se vê diante de uma escolha impossível entre o pai e a mãe num momento de separação. A partir da multiplicidade das escolhas se constrói a multiplicidade das vidas de Nemo. Ou seja, do começo ao fim do filme tudo que se observa são possibilidades de escolhas no passado desencadeando por sua vez um futuro, e o momento principal é o da separação dos pais e da escolha impossível de Nemo. Isso nos faz refletir como nossas escolhas influenciam no que nós somos e o que podemos nos tornar no futuro. Levando em conta pensamento do autor, entendo que no filme Nemo com 118 anos, só está com essa idade e é quem ele é, porque “se fez existir” em meio a determinadas escolhas
do seu passado, ou seja, suas ações no decorrer de sua vida o fizeram chegar onde está, e ser quem é, porém o que é retratado também no filme são as várias possibilidades de escolhas que ele poderia ter feito ao longo de sua vida e que se tivesse escolhido alguma, seu futuro seria diferente. São as possibilidades de vida que ele teria se tivesse feito outras escolhas. Ele é senhor ninguém por ter tido a possibilidade de ter feito todas essas escolhas demonstradas no filme. Em determinado momento do filme, enquanto Nemo conta as várias versões de sua história o jornalista pergunta qual delas é a certa, é quando Nemo responde que todas são certas, pois antes de ser feita uma escolha todas as possibilidades existem. E se nenhuma escolha for feita, não há como o indivíduo se afirmar, não há como ele se definir, por isso chega uma hora que ele mesmo traz a dúvida sobre sua própria existência. Nemo mesmo não conseguindo fazer uma escolha, mesmo optando pelo nada, ainda assim ele existe e se define, pois não escolher também é uma escolha. Sr. Ninguém é sobre as escolhas que fazemos durante nossa vida e como elas determinam quem na verdade somos. O que a princípio parece com idas e vindas no tempo são na verdade abstrações da mente do personagem, que tenta imaginar as consequências das escolhas que poderia ter feito e como cada uma delas poderia ter lhe marcado e ajudado a compor aquilo que o diferenciaria como indivíduo. Nas reconstruções de sua própria vida, Nemo escolhe ficar com um dos pais e não com o outro, casa com uma mulher diferente, tem um emprego diferente e morre de uma forma diferente, porém, em nenhuma delas ele consegue chegar aos 118 anos, idade na qual se encontra ao ensaiar suas memórias, mas em todas elas ele escolheu ser alguém, simplesmente por ter escolhido, suas ações o definiram. O filme traz a ideia que é melhor assumir as consequências de uma escolha do que permanecer passivo diante dela, afinal, tudo pode até permanecer possível enquanto uma escolha não é feita, mas isso não é uma garantia de que ao menos uma das possibilidades venha a se concretizar de fato e de nada adianta uma longa vida não vivida. Nós escolhemos nosso fim, nós escolhemos nossos objetivos, nós escolhemos como vamos viver, como é que nós vamos existir, e a partir da nossa existência é que vai se dar a nossa essência, nós somos aquilo que ainda não somos, somos aquilo que planejamos ser, assim sendo nós podemos escolher como é que vamos existir, só então conseguiremos descobrir nossa essência. Nós escolhemos como iremos ser através da nossa liberdade, estamos diante de uma infinidade de possibilidades e seremos nós mesmo que vamos escolher o caminho que nós vamos existir. Nós é que devemos criar os nossos valores que irão guiar e pautar a nossa vida e farão com que a gente construa a nossa existência e a partir da nossa existência que iremos construir a nossa essência.