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Resumo Dislipidemia e Metabolismo Lipídico, Notas de estudo de Endocrinologia

Resumo simples que com certeza vai potencializar seus estudos! Principalmente para aquele momento que ficou tudo corrido e você não conseguiu estudar para o tutorial!

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 24/08/2024

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Metabolismo
dos lipídeos
Quilomícrons
Os triglicerídeos da dieta são
hidrolisados no intestino em B-
monoglicerídeos e ácidos graxos pela
lipase pancreática, que é ativada por
ácidos biliares e um cofator proteico.
Os glicerídeos parciais e os ácidos
graxos formam micelas que são
absorvidas pelo epitélio intestinal.
Os ácidos graxos são
reesterificados com os B-
monoglicerídeos para formar
triglicerídeos e o colesterol livre é
esterificado com os ácidos graxos pela
acetil-CoA
Gotículas de triglicerídeos com
pequenas quantidades de éster
colesteril se juntam com
apolipoproteínas e adquirem uma
monocamada de fosfolipídeos e
colesterol livre.
Esses novos quilomícrons vão ser
transportados por meio dos vasos
linfáticos intestinais para o ducto
torácico e depois para a corrente
sanguínea.
Os quilomícrons transportam os
triglicerídeos absorvidos no intestino
para os outros tecidos do corpo e para
o fígado.
VLDL
São sintetizados no fígado a partir
de ácidos graxos livres retirados do
plasma ou de ácidos graxos novos.
Transportam os triglicerídeos
formados no fígado para os tecidos
periféricos.
Metabolismo das
Lipoproteínas ricas em
triglicerídeos
Os ácidos graxos derivados dos
triglicerídeos dos quilomícrons e VLDL
são fornecidos aos tecidos por meio
de uma via comum que envolve
hidrólise pelo sistema da lipase
lipoproteica (LLP).
A LLP é ligada ao endotélio capilar
no coração, músculo esquelético,
tecido adiposo, glândula mamária e
outros tecidos.
A hidrólise pela LLP resulta em
depleção dos triglicerídeos nos
núcleos de quilomícrons e de VLDL,
produzindo diminuições progressivas
no diâmetro das partículas.
Os lipídeos da superfície e as
proteínas C são transferidos para o
HDL.
As lipoproteínas remanescentes,
assim formadas, perdem cerca de
70% dos triglicerídeos e são ricas em
ésteres colesteril.
Os quilomícrons remanescentes são
removidos do sangue por endocitose
mediada por receptores no fígado.
(receptor LDL é o mais comum).
Os lipídeos entram nos
reservatórios hepáticos e o colesterol
derivado dos quilomícrons
remanescentes exerce um controle de
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Metabolismo

dos lipídeos

Quilomícrons

↪ Os triglicerídeos da dieta são hidrolisados no intestino em B- monoglicerídeos e ácidos graxos pela lipase pancreática, que é ativada por ácidos biliares e um cofator proteico. ↪ Os glicerídeos parciais e os ácidos graxos formam micelas que são absorvidas pelo epitélio intestinal. ↪ Os ácidos graxos são reesterificados com os B- monoglicerídeos para formar triglicerídeos e o colesterol livre é esterificado com os ácidos graxos pela acetil-CoA ↪ Gotículas de triglicerídeos com pequenas quantidades de éster colesteril se juntam com apolipoproteínas e adquirem uma monocamada de fosfolipídeos e colesterol livre. ↪ Esses novos quilomícrons vão ser transportados por meio dos vasos linfáticos intestinais para o ducto torácico e depois para a corrente sanguínea. ↪ Os quilomícrons transportam os triglicerídeos absorvidos no intestino para os outros tecidos do corpo e para o fígado.

VLDL

↪ São sintetizados no fígado a partir de ácidos graxos livres retirados do plasma ou de ácidos graxos novos. ↪ Transportam os triglicerídeos formados no fígado para os tecidos periféricos.

Metabolismo das

Lipoproteínas ricas em

triglicerídeos

↪ Os ácidos graxos derivados dos triglicerídeos dos quilomícrons e VLDL são fornecidos aos tecidos por meio de uma via comum que envolve hidrólise pelo sistema da lipase lipoproteica (LLP). ↪ A LLP é ligada ao endotélio capilar no coração, músculo esquelético, tecido adiposo, glândula mamária e outros tecidos. ↪ A hidrólise pela LLP resulta em depleção dos triglicerídeos nos núcleos de quilomícrons e de VLDL, produzindo diminuições progressivas no diâmetro das partículas. ↪ Os lipídeos da superfície e as proteínas C são transferidos para o HDL. ↪ As lipoproteínas remanescentes, assim formadas, perdem cerca de 70% dos triglicerídeos e são ricas em ésteres colesteril. ↪ Os quilomícrons remanescentes são removidos do sangue por endocitose mediada por receptores no fígado. (receptor LDL é o mais comum). ↪ Os lipídeos entram nos reservatórios hepáticos e o colesterol derivado dos quilomícrons remanescentes exerce um controle de

retroalimentação da biossíntese do colesterol no fígado. ↪ Alguns VLDL que sobraram vão ser removidos do sangue e degradados. Os demais, que não forem captados vão ser transformados em LDL.

HDL

↪ Tanto o fígado quanto o intestino produzem HDL. ↪ O excesso de colesterol livre e fosfolipídeos liberados dos quilomícrons e VLDL (com a hidrólise dos triglicerídeos) são transferidos para o HDL, pela proteína de transferência de fosfolipídeos. ↪ O HDL transporta apolipoproteínas para o VLDL e para quilomícrons nascentes.

Fisiologia do metabolismo dos

lipídeos

↪ Quando ingerimos gordura ocorre a liberação da bile e da lipase pancreática. ↪ A bile quebra essas gorduras em moléculas menores, chamadas micelas ↪ A lipase pancreática vai quebrar os triglicerídeos em monoglicerídeos, ácidos graxos e glicerol. ↪ Esses produtos passam para as células epiteliais do intestino e lá se recombinam novamente e formam triglicerídeos. ↪ Os triglicerídeos vão ser armazenados, junto com o colesterol, em grandes partículas de lipoproteínas, os quilomícrons. ↪ Esses quilomícrons passam para a circulação sanguínea e vão distribuindo gordura aos tecidos. ↪ As gorduras passam para os tecidos através da lipase lipoproteica que existe na parede dos capilares. Ela hidrolisa as gorduras em ácidos graxos e glicerol. ↪ Esses produtos podem ser usados como fonte de energia ou reesterificados para serem armazenados. ↪ O fígado captura esses remanescentes dos quilomícrons e produz duas lipoproteínas: VLDL e HDL ↪ As gorduras sintetizadas no fígado são armazenadas e transportados pelo VLDL para os outros tecidos. ↪ O HDL vazio vai para tirar o excesso de gordura dos tecidos ↪ Depois que os triglicerídeos são hidrolisados pela LPL e vão para os tecidos, o VLDL vazio passa a se chamar IDL que vai ser convertido em LDL por outra enzima chamada HPL. ↪ O LDL é o transportador de colesterol, ele contém mais colesterol do que todas as outras lipoproteínas ↪ Depois de distribuir colesterol para os tecidos, o LDL retorna ao fígado por receptores LDL e pode ser reciclado para a formação de novas lipoproteínas ou utilizado na produção da bile ↪ O HDL vazio sai do fígado para a circulação e retira o colesterol em excesso nos tecidos, retornando ao fígado através dos receptores. Ele tem o mesmo fim que o LDL ↪ O metabolismo ocorre da seguinte forma:  O glicerol vai ser convertido em piruvato na glicólise e os ácidos graxos vão sofrer beta- oxidação e formam a acetil coa que pode ser usada no ciclo do ácido cítrico.  Dietas ricas em carboidratos podem produzir acetil coa em excesso, portanto, esta vai ser convertida em ácidos graxos.

Fármacos  Ezetimiba: NPC1L  Fibratos: PPAR – alfa  Estatinas: HMG CoA redutase  Inibidor da PCSK9: PCSK  Niacina: Lipase tecidual (LPL)  Resinas: Ácidos biliares

Abordagem

Hipertrigliceridemia

Fibratos  Estimula a PPAR – alfa e o aumento da ação da LPL, pois a LPL precisa da PPAR – alfa para funcionar.  Aumenta a síntese de HDL. Ácidos nicotínicos  Reduz a ação da lipase tecidual nos adipócitos.  Menor liberação de ácido graxo.  Reduz a síntese de TGL pelos hepatócitos. Alvo Terapia Trigliceríde o

Sem jejum: < Dieta/Atividade Física ≥ 500: Fibrato HDL- Colesterol

Ácido nicotínico Sem recomendação LDL- Colesterol Depende do risco Estatina

Abordagem do LDL-

Colesterol

Terapia de alta intensidade (reduzir o LDL em 50% ou mais)  Atorvastatina 40 – 80mg  Rosuvastatina 20 – 40mg Recomendação  Doença aterosclerótica (IAM, AVE, doença arterial periférica)  LDL ≥ 190 mg/dL  Escore de risco ≥ 20% Terapia de moderada intensidade (reduzir o LDL em 30-49%)  Atorvastatina 10-20mg  Sinvastatina 20-40mg Recomendação LDL 70 – 189 + DM ou potencializadores como:  Síndrome metabólica  LOA  ITB < 0,  PCR elevado  ESCORE Ca+

Abordagem

Hipercolesterolemia

Estatinas  Inibidores da HMG CoA redutase.  Reduz até 40 mg/dL.  Efeito antiinflamatório. Ezetimiba  Reduz a absorção do colesterol no intestino delgado (NPC1L1).  Reduz o colesterol hepático e aumentam os níveis de receptores de LDL no fígado, reduzindo o LDL da circulação.  Utilizados quando as estatinas já estão em dose máxima ou para intolerantes à estatina. Resinas  Diminuem a absorção enteral de ácidos biliares.  Reduz o colesterol hepático e aumenta os níveis de LDLR.  Aumenta TGL.

 Principal é a colestiramina Inibidor de PCSK  Inibe a inibição da reciclagem do LDLR.  O PCSK9 inibe a reciclagem dos receptores de LDL, ou seja, se eles não são reciclados, eles vão ficando disfuncionais e acaba impedindo a recaptação de LDL pelo fígado.  Alirocumabe e Evolucumabe (doses quinzenais ou mensais).  Alto valor.  Reduz o LDL-c em 60%.  Pacientes que já faziam uso de estatina.  Redução dos riscos CV.

Estatinas

↪ No manejo do paciente com aterosclerose, o tratamento da dislipidemia é fundamental, sendo os inibidores da HMG-CoA redutase ou estatinas os principais fármacos utilizados com esta finalidade. Na aterosclerose, as estatinas suplantaram todos os outros fármacos em reduzir a incidência de morte, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. Sua ação é proveniente da inibição da enzima 3- hidroxi-3-metilglutaril coenzima A redutase (HMG-CoA redutase), etapa limitante na biossíntese do colesterol. ↪ Essa inibição reduz a secreção de lipoproteínas contendo apolipoproteína B (apo-B) e aumenta a síntese do receptor de LDL diminuindo os seus níveis plasmáticos. Vários estudos demonstram que as estatinas podem reduzir o risco cardiovascular por outros mecanismos, além dos efeitos na redução do colesterol, pois esses fármacos possuem efeitos pleiotrópicos que incluem a melhora da disfunção endotelial (aumento da liberação de óxido nítrico derivado do endotélio), efeitos antioxidantes diretos (inibindo a oxidação da LDL-C e VLDL-C) e indiretos, ação antiinflamatória (demonstrada pela redução da PCR e moléculas de adesão e pela inibição da proliferação de células do músculo liso na placa aterosclerótica) e efeitos imunomodulatórios. Parte do benefício do tratamento com inibidores da HMG CoA-redutase seria atribuído a estes efeitos pleiotrópicos, como o antiinflamatório, observado clinicamente pela diminuição dos marcadores de atividade inflamatória. ↪ Como inibidores competitivos da HMG-CoA redutase, as estatinas causam a diminuição do mevalonato (metabólito da síntese do colesterol) e conseqüentemente de outros compostos isoprenóides como o farnesilpirofosfato e geranilgeranilpirofosfato. Essas proteínas atuam na isoprenilação pós- tradução de proteínas, como os membros da família da GTPase, Ras, RhoA e Rac. A isoprenilação é um passo fundamental para a associação dessas pequenas proteínas à membrana plasmática e é essencial para que estas apresentem atividade biológica. Deste modo, as estatinas, por exemplo, ocasionam uma inibição de Rho aumentando a expressão da óxido nítrico sintase, que estaria inibida na presença da proteína Rho isoprenilada. A inibição do Rac-1, pela ausência de isoprenilação, atenua a produção de espécies reativas do oxigênio. ↪ Embora os mecanismos da ação dos inibidores da HMG-CoA redutase, na diminuição das moléculas de adesão e da proteína C reativa, ainda não sejam completamente compreendidos, sugere-se que a inibição das proteínas isopreniladas seja responsável por parte do efeito antiinflamatório destes fármacos. Entretanto, os inibidores da HMG-CoA redutase podem bloquear as b- integrinas e o antígeno de função leucocitária-1 (LFA-1) (que são sinais co-estimuladores para ativação das células T) por ligação a um sítio