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Resumo de Paratireoide, Notas de estudo de Endocrinologia

Resumo simples que com certeza vai potencializar seus estudos! Principalmente para aquele momento que ficou tudo corrido e você não conseguiu estudar para o tutorial!

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 24/08/2024

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Paratireoide
Definição e Fisiologia
As paratireoides são pequenas
glândulas do sistema endócrino, com
o tamanho de uma ervilha, que estão
geralmente localizadas atrás da
tireoide. Localizações ectópicas
incluem a tireoide, o mediastino e o
ângulo da mandíbula. Em geral, 4
paratireoides, porém algumas pessoas
têm 6 ou, até mesmo, 8 glândulas.
Existem dois tipos de células nas
paratireoides (principais e oxifílicas),
sustentadas por uma matriz de tecido
conjuntivo reticular e adiposo. As
células principais (eosinófilas) são
menores e secretam o PTH. As células
oxifílicas são maiores, mais basófilas e
têm função desconhecida. A função
principal das paratireoides é manter o
nível de cálcio (Ca++) no sangue
dentro do estreito limite adequado ao
funcionamento dos sistemas nervoso
e muscular. Receptores do sensor de
cálcio (CaSR) nas glândulas são
ativados quando esse elemento
alcança determinado nível, liberando
o PTH na corrente sanguínea.
A regulação do cálcio ionizado é
efetuada pela secreção do PTH em
resposta a mudanças no cálcio
ionizado dentro de uma faixa
fisiológica relativamente estreita. A
secreção de PTH é, por sua vez,
regulada negativamente pelo CaSR,
localizado na superfície das lulas
principais paratireóideas, bem como
pelo aumento no sangue do cálcio e
da vitamina D (calcitriol).
O PTH mantém o cálcio sérico
ionizado, principalmente por
intermédio de três mecanismos:
estimulação da reabsorção de cálcio
no túbulo distal do rim, estímulo da
reabsorção osteoclástica no osso e
ativação da 1α-hidroxilase 25(OH)
vitamina D3 no túbulo proximal renal,
levando à síntese de calcitriol, que,
por sua vez, promove a absorção de
cálcio no intestino delgado.
Paratireoides, ossos, rins e intestino
são, portanto, órgãos essenciais para
a homeostase do cálcio.
O controle direto no metabolismo do
cálcio e do fosfato se pelo PTH,
enquanto o controle indireto se
pela Vitamina D.
PTH aumenta o cálcio sérico,
aumentando a reabsorção óssea e
diminuindo a excreção pelos rins.
O PTH atua nos rins diminuindo os
níveis séricos de fosfato aumentando
a excreção de fosfato, enquanto a
Vitamina D atua nos rins diminuindo a
excreção de fosfato, isso faz com que
haja uma homeostase no metabolismo
do fosfato.
Com isso, entende-se que no
Hiperparatireoidismo primário os
níveis séricos de cálcio estarão
elevados e os de fosfato estarão
baixos.
Já no Hipoparatireoidismo primário vai
ocorrer o contrário, o paciente vai
apresentar hipocalcemia e
hiperfosfatemia.
Nos casos de intoxicação por vitamina
D, vai haver uma hipercalcemia e uma
hiperfosfatemia, enquanto na
deficiência de vitamina D vai haver
uma hipocalcemia e uma
hipofosfatemia.
Hiperparatireoidismo Primário
Causa
A principal causa do HPTP é o
adenoma solitário.
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Paratireoide

Definição e Fisiologia

As paratireoides são pequenas glândulas do sistema endócrino, com o tamanho de uma ervilha, que estão geralmente localizadas atrás da tireoide. Localizações ectópicas incluem a tireoide, o mediastino e o ângulo da mandíbula. Em geral, há 4 paratireoides, porém algumas pessoas têm 6 ou, até mesmo, 8 glândulas. Existem dois tipos de células nas paratireoides (principais e oxifílicas), sustentadas por uma matriz de tecido conjuntivo reticular e adiposo. As células principais (eosinófilas) são menores e secretam o PTH. As células oxifílicas são maiores, mais basófilas e têm função desconhecida. A função principal das paratireoides é manter o nível de cálcio (Ca++) no sangue dentro do estreito limite adequado ao funcionamento dos sistemas nervoso e muscular. Receptores do sensor de cálcio (CaSR) nas glândulas são ativados quando esse elemento alcança determinado nível, liberando o PTH na corrente sanguínea. A regulação do cálcio ionizado é efetuada pela secreção do PTH em resposta a mudanças no cálcio ionizado dentro de uma faixa fisiológica relativamente estreita. A secreção de PTH é, por sua vez, regulada negativamente pelo CaSR, localizado na superfície das células principais paratireóideas, bem como pelo aumento no sangue do cálcio e da vitamina D (calcitriol). O PTH mantém o cálcio sérico ionizado, principalmente por intermédio de três mecanismos: estimulação da reabsorção de cálcio no túbulo distal do rim, estímulo da reabsorção osteoclástica no osso e ativação da 1α-hidroxilase 25(OH) vitamina D3 no túbulo proximal renal, levando à síntese de calcitriol, que, por sua vez, promove a absorção de cálcio no intestino delgado. Paratireoides, ossos, rins e intestino são, portanto, órgãos essenciais para a homeostase do cálcio. O controle direto no metabolismo do cálcio e do fosfato se dá pelo PTH, enquanto o controle indireto se dá pela Vitamina D. PTH aumenta o cálcio sérico, aumentando a reabsorção óssea e diminuindo a excreção pelos rins. O PTH atua nos rins diminuindo os níveis séricos de fosfato aumentando a excreção de fosfato, enquanto a Vitamina D atua nos rins diminuindo a excreção de fosfato, isso faz com que haja uma homeostase no metabolismo do fosfato. Com isso, entende-se que no Hiperparatireoidismo primário os níveis séricos de cálcio estarão elevados e os de fosfato estarão baixos. Já no Hipoparatireoidismo primário vai ocorrer o contrário, o paciente vai apresentar hipocalcemia e hiperfosfatemia. Nos casos de intoxicação por vitamina D, vai haver uma hipercalcemia e uma hiperfosfatemia, enquanto na deficiência de vitamina D vai haver uma hipocalcemia e uma hipofosfatemia.

Hiperparatireoidismo Primário

Causa

A principal causa do HPTP é o adenoma solitário.

Segunda causa principal é a hiperplasia multiglandular (neoplasia endócrina múltipla)

Clínica

Extremamente atípica, geralmente o paciente vai ser assintomático, sendo mais facilmente diagnosticada por exames laboratoriais. Ou podem aparecer sintomas muito inespecíficos como fraqueza, mialgia, artralgia, poliúria.

Diagnóstico

Exames laboratoriais:  Níveis altos de PTH  Hipercalcemia  Hipofosfatemia Quando confirmado é preciso saber a localização da glândula afetada:  Cintilografia com SestaMIB  TC ou USG (investigação) Caso não encontre a localização, o tratamento vai ser cirúrgico da mesma forma.

Tratamento

Cirurgia As indicações cirúrgicas dependem das disfunções apresentadas pelo paciente.  Densitometria óssea  Raio X com sinais de desmineralização óssea  TC de abdome para avaliar nefrolitíase  Urina 24hrs (Hipercalciúria) Paratireoidectomia Sintomático Assintomático  Cálcio > 1mg/dl LSN ou Calciúria > 400 mg/dia  Age < 50 anos  Rim – Nefrolitíase; Cr < 60 ml/min  Osso – Osteoporose (T < -2,5) ou fratura prévia

Hipoparatireoidismo Primário

Causa

Lesão cirúrgica pós-tireoidectomia total

Clínica

Hiperexcitabilidade devido à hipocalcemia Parestesia perioral, câimbras, tetania, espasmos, convulsões, “cabeça aérea” e coma. Sinal do Chvostek e Trousseau

Diagnóstico

Laboratorial  Cálcio < 8,  Hiperfosfatemia  PTH baixo Extra: se o fosfato também estiver baixo pensar em deficiência de vitamina D.

Tratamento

Reposição de cálcio (Carbonato VO se não tiver sintomas x Internação + Gluconato IV se tiver sintomas) Reposição de Vitamina D

Referências

Lúcio Villar. Endocrinologia Clínica – 6ª edição Greenspan – Endocrinologia Básica e Clínica 9ª edição