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Guias e Dicas
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Resumo de fungos e bactérias, Esquemas de Microbiologia

Resumo sobre os tipos de fungos e bactérias

Tipologia: Esquemas

2023

Compartilhado em 10/07/2023

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UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária
Microbiologia
Fungos
São seres eucariontes
Pertencem o reino Fungi
Aclorofilados
Heterotróficos
Uni ou multicelulares (filamentosos)
NORMALMENTE se reproduzem por
esporos
100 espécies de fungos produzem
doenças
Mais de 8.00 espécies de fungos em
plantas
Aeróbios, microaeróbios ou anaeróbios
estritos
ESTRUTURA DA CÉLULA FÚNGICA
PAREDE CELULAR: estrutura
rígida- até 8 camadas
- Composta por: glucanas,
mananas, quitina, proteínas e
lipídeos (combinadas)
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA:
barreira semipermeável/ transporte
ativo e passivo.
CITOPLASMA: mitocôndrias,
complexo de Golgi, ribossomos, etc
NÚCLEO: composto por nucléolo
contendo DNA, RNA e proteínas
VACÚOLOS: podem ter função
digestiva e de reserva do
glicogênio.
Glicogênio é a principal substância de
reserva energética dos fungos.
Vacúolos podem ter função digestiva e de
reserva do glicogênio.
A cápsula está presente em apenas
alguns fungos, como o Cryptococcus
neoformans. Eles apresentam uma
cápsula mucopolissacarídica, que
atua como agente que dificulta a
fagocitose.
Habitat:
Solo, água, organismo do homem e
dos animais, vegetais e insetos
Colônias:
Leveduriformes
Filamentosas
Dimórficas
Leveduriformes:
As leveduras são fungos unicelulares,
de morfologia ovalada, e suas colônias
são geralmente pastosas.
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UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária

Microbiologia

• Fungos

➢ São seres eucariontes ➢ Pertencem o reino Fungi ➢ Aclorofilados ➢ Heterotróficos ➢ Uni ou multicelulares (filamentosos) ➢ NORMALMENTE se reproduzem por esporos ➢ 100 espécies de fungos produzem doenças ➢ Mais de 8.00 espécies de fungos em plantas ➢ Aeróbios, microaeróbios ou anaeróbios estritos ➢ ESTRUTURA DA CÉLULA FÚNGICA ▪ PAREDE CELULAR: estrutura rígida- até 8 camadas

  • Composta por: glucanas, mananas, quitina, proteínas e lipídeos (combinadas) ▪ MEMBRANA CITOPLASMÁTICA: barreira semipermeável/ transporte ativo e passivo. ▪ CITOPLASMA: mitocôndrias, complexo de Golgi, ribossomos, etc ▪ NÚCLEO: composto por nucléolo contendo DNA, RNA e proteínas ▪ VACÚOLOS: podem ter função digestiva e de reserva do glicogênio. ➢ Glicogênio é a principal substância de reserva energética dos fungos. Vacúolos podem ter função digestiva e de reserva do glicogênio. ➢ A cápsula está presente em apenas alguns fungos, como o Cryptococcus neoformans. Eles apresentam uma cápsula mucopolissacarídica, que atua como agente que dificulta a fagocitose.Habitat: ▪ Solo, água, organismo do homem e dos animais, vegetais e insetos ➢ Colônias:LeveduriformesFilamentosasDimórficas
  • Leveduriformes: ➢ As leveduras são fungos unicelulares, de morfologia ovalada, e suas colônias são geralmente pastosas.

UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária ➢ A maioria delas se reproduz por: ▪ Brotamento (ou gemulação): trata- se do processo no qual a célula mãe origina uma gêmula, ou seja, um broto que cresce na superfície da célula mãe. O núcleo é duplicado antes da divisão, e então, migra para o broto. ▪ Fissão binária: ocorre a divisão da célula mãe em duas células iguais. As células filhas podem se alongar e formarem pseudo-hifas. São chamadas de pseudo, pois as hifas verdadeiras são as hifas que são presentes nos bolores. ➢ Nos fungos leveduriformes, a estrutura de reprodução denomina-se blastoconídios.Citologia auricular:Malassezia spp. ▪ presença de bactérias Streptococcus spp.

  • Filamentosas (bolores) ➢ Os bolores são pluricelulares, formados por células que se sequenciam em série, em filamentos. ➢ Algodoadas, aveludadas com variados tipos de pigmentação ➢ O conjunto de células filamentosas forma uma hifa, e o conjunto de hifas forma o micélio. ➢ Existem três tipos de micélios: ▪ Micélio Vegetativo: o micélio que cresce no interior do substrato, atuando como sustentador e absorvendo nutrientes; ▪ Micélio Aéreo: o micélio que se projeta para o exterior do vegetativo. ▪ Micélio Reprodutor: o micélio responsável pela formação de esporos (ou propágulos), que são sexuados ou assexuados. ➢ As hifas podem possuir septos entre si (septadas), ou possuírem poucos septos, chegando a não possuí-los (não septadas ou cenocíticas). ➢ Os esporos, produzidos pelo micélio reprodutivo, podem ser de variadas formas morfológicas, e também podem ter diferentes características: ▪ Assexuados: Quando são formados por reprodução assexual ou agâmica; ▪ Sexuados: Quando são formados pela fusão de células por reprodução sexual. ▪ Endósporos: Formados no interior da estrutura do micélio. ▪ Ectosporos: Formados no exterior da estrutura do micélio. ➢ Função das Hifas:

UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária ➢ Tempo de crescimento: 7 a 15 dias ou mais de incubação ➢ Classificação:CAMADAS SUPERFICIAIS DA PELE OU PÊLO:  Ex. Malassezia, Microsporum,Tricophytum etc. ▪ MICOSES SUBCUTÂNEAS: materiais contaminados (vegetais ou madeiras), encontrados no solo ou vegetais. Ex. Esporotricose ▪ MICOSES SISTÊMICAS: encontrados no solo e levados pelos ventos. Ex Cryptococcus neoformans e Histoplasma capsulatum (fezes de pombos e morcegos)

  • Métodos de diagnóstico ➢ Lâmpada de Wood (triagem p/ Microsporum canis) ➢ Exame direto (tricograma) ➢ Citologia Auricular ou citologia da pele ➢ Cultura e identificação: ágar sabouraud dextrose ➢ Microcultivo ➢ Cryptococcus neoformans: tinta Nankin / Histoplasma capsulatum : Giemsa ➢ Imunofluorescência direta: soro ou plasma. / PCR ➢ Biópsia ➢ Testes intradérmicos

UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária

Bactérias

  • Técnica de Gram: tratamento de um esfregaço bacteriano fixado pelo calor, com os reagentes: cristal violeta, lugol, álcool e fucsina
  • Tanto as bactérias gram-positivas quanto as negativas absorvem igualmente o cristal violeta e o lugol, adquirindo a cor roxa por conta do complexo formado pelas duas substâncias na parede, na membrana e no citoplasma da célula
  • Tratadas com álcool: ➢ Gram-positivas: não descoram, pois mantêm a cor roxa do complexo cristal violeta-lugol ➢ Gram-negativas: descoram, porque perderam o complexo cristal violeta- lugol. Porém, elas recebem a fucsina e ficam avermelhadas

• MEMBRANA CITOPLASMÁTICA

➢ Barreira responsável pela separação do meio interno doexterno ➢ Formada por 60% proteína, 40% bicamada fosfolipídica ➢ Ácidos graxos: responsáveis pela condição hidrofóbica da porção interna da membrana. Parte hidrofílica dos lipídeos fica no meio externo ➢ Interações hidrofóbicas, pontes de hidrogênio, cátions Mg++ e Ca++ responsáveis pela manutenção da integridade da membrana ➢ Membrana do procariontes não tem esteróis

  • Função: ➢ Transporte de solutos: a membrana impede a passagem de íons; moléculas hidrofílicas

UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária aminoácido de outra, que obrigatoriamente deve ser um aminoácido diamínico para que aconteça a dupla ligação peptídica ➢ Número de interligações entre as CLTs em bactérias Gram-positivas é bem superior do que em Gram-negativas ➢ Forma da célula é determinada pelo comprimento das cadeias do peptidoglicano e pela quantidade de interligações existentes entre estas cadeias

  • Gram-positivas ➢ 70 a 75% da parede é formada de peptideoglicano #proteínas e ácidos teicoicos (polímeros formados por resíduos de glicerol ou ribitol unidos por ligações fosfodiéster) ➢ Ácidos teicóicos → 2 tipos: de parede ligados ao peptidioglicano e ácidos lipoteicóicos (LTA). Funções: facilitar a ligação e a regulação da entrada e saída de cátions na célula; regular a atividade de autolisinas durante o processo de divisão celular; constituir sítios receptores de bacteriófagos; servir de sítio de ligação com o epitélio do hospedeiro em bactérias patogênicas
  • Gram-negativas ➢ Parede mais complexa ➢ Formada por uma ou poucas camadas de peptideoglicano + membrana externa ➢ Espaço entre a membrana citoplasmática e a membrana externa é chamado de espaço periplasmático ➢ União entre cadeias paralelas de NAG e NAM é feita diretamente pelas ligações peptídicas entre o terceiro diaminoácido de uma cadeia e o quarto aminoácido da cadeia adjacente, tornando-as mais compactas ➢ Menor quantidade de peptideoglicano → parede mais suscetível a quebras ➢ NÃO TEM ÁCIDO TEICÓICO ➢ Membrana externa das Gram-negativas ▪ Formada por dupla camada lipídica ▪ Interior hidrofóbico, por conta dos ácidos graxos #LPS (lipopolissacarídeo): lipídeo complexo A ligado a um polissacarídeo chamado antígeno O ou antígeno somático → responsáveis pelas características antigênicas da bactéria em Gram- negativas. LPS = endotoxina, porque é tóxico ▪ Principais proteínas: porinas; proteínas de membrana; lipoproteínas ▪ A membrana externa possui forte carga positiva → evasão destas bactérias à ação de células fagocitárias e ao complemento durante a invasão de um hospedeiro

UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária ▪ Barreira adicional a substâncias, como antibióticos, lisozima, detergentes etc ▪ Permeabilidade seletiva por conta das porinas; regulada pelo tamanho da substância ➢ Espaço periplasmático: espaço entre a membrana externa e a plasmática ➢ Cápsula: revestimento externo; natureza polissacarídica; não é essencial à vida da célula ▪ Reservatório de água e nutrientes ▪ Aumento da capacidade invasiva de bactérias patogênicas

  • FLAGELO ➢ Movimento à célula ➢ Formado de uma estrutura basal ➢ Filamento formado de flagelina ➢ Nem todas as bactérias possuem flagelo ➢ Movimento das bactérias, por fatores físicos ou químicos, é chamado <taxia=
  • FÍMBRIAS, PELOS OU <PILI= ➢ Fímbrias: menores, curtos e mais numerosos que os flagelos; apenas microscopia eletrônica; não está relacionada ao movimento; aderência

• NUCLEOIDE

➢ Ausência de uma membrana nuclear ➢ Região preenchida por fibrilas de DNA dupla hélice ➢ DNA com carga negativa é neutralizado por poliaminas pequenas e pelo magnésio

  • PLASMÍDIOS ➢ Presentes no citoplasma ➢ Moléculas de DNA circulantes, menores que o cromossomo ➢ Vantagens seletivas às células ➢ Capazes de autoduplicação
  • RIBOSSOMOS ➢ Todas as células contêm ribossomos ➢ Síntese de proteínas ➢ 2 subunidades. Cada subunidade contém proteína e um tipo de RNA, chamado RNA ribossomal (rRNA) ➢ Os ribossomos procarióticos são os 70s (30s e 50s) ➢ Ribossomos dos eucariontes são os 80s

UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária elevada inativou os sistemas enzimáticos necessários da célula Refrigeração: método mais comum de preservação dos alimentos velocidades de reprodução bacteriana decrescem em baixas temperaturas ➢ pH: acidez/alcalinidade da solução ➢ Crescem melhor perto de 6,5 e 7, ➢ Cactérias acidófilas → muito tolerantes à acidez ➢ Alcalinidade inibe o crescimento microbiano ➢ Pressão Osmótica ➢ Altas PO = remover a água necessária para a célula ➢ Ambientes hipertônicos causam plasmólise (encolhimento) ➢ Halófilos obrigatórios: organismos que precisam de sais para o crescimento

  • Fatores Químicos ➢ Carbono ➢ Necessário para todos os compostos orgânicos da vida #Oxigênio ➢ Microrganismos aeróbios: produzem mais energia que os anaeróbios, porque esses utilizam o O ➢ Aeróbios obrigatórios: precisam necessariamente de O2 para sobreviver ➢ Anaeróbios facultativos: usam o O quando ele está presente
  • Biofilmes ➢ Os microrganismos geralmente vivem em comunidades chamadas biofilmes: camada fina e viscosa envolvendo bactérias que se aderem a uma superfície

Meio de Cultura

  • Material nutriente para crescimento de microrganismos → meio de cultura
  • Ágar: utilizado para o crescimento das bactérias em meio sólido; polissacarídeo derivado da alga marinha. Por que o ágar? → poucos microrganismos conseguem degradar o ágar; há 50ºC ele não destrói a maioria das bactérias
  • Meios de cultura para anaeróbios → meios redutores → tioglicolato de sódio que combinado com o O2 dissolvido o elimina da cultura
  • Microrganismos fastidiosos: difícil de ser cultivado ➢ Super fastidiosos: pode-se cultivar em culturas de células. Ex.: Treponema pallidum - células de coelho
  • Organismo não cultivável em meio de cultura não ter sido cultivado em meio artificial tem exigências nutricionais complexas e indefinidas tem que ser

UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária cultivado in vivo (células ou hospedeiro vivo) ex.: vírus

  • Classificação dos microrganismos de acordo com a temperatura ➢ Psicrófilos: crescem em temp. baixas ➢ Psicrotróficos: crescem em temp. baixas até moderadas ➢ Mesófilos: crescem em temp. moderadas ➢ Termófilos: crescem em temp. altas

Controle Microbiano

  • Esterilização: remoção/destruição de todos os microrganismos vivos, incluindo os endósporos; agente: esterilizante
  • Desinfecção: destruição de patógenos na forma vegetativa em objetos inanimados
  • Antissepsia: destruição de patógenos na forma vegetativa em tecidos vivos
  • Degerminação: remoção de microrganismos de uma área limitada, como a pele na hora de uma injeção; remoção mecânica
  • Sanitização: reduzir as contagens microbianas nos utensílios alimentares a níveis seguros
  • Assepsia: ausência de contaminação; asséptico: um objeto/área está livre de patógenos - Tratamentos que inibem apenas o crescimento e a multiplicação de bactérias → sufixo - stático - Matéria orgânica inibe a ação de antimicrobianos - Gorduras e proteínas são substâncias protetoras - Métodos físicos de controle microbianos:Calor ▪ Ponto de morte térmica (PMT): menor temperatura em que os microrganismos em umasuspensão líquida serão destruídos em 10 minutos ▪ Tempo de morte térmica (TMT): tempo mínimo em que todas as bactérias em uma cultura líquida serão destruídas ➢ Esterilização por calor úmido ▪ Calor úmido → destruição dos microrganismos através da coagulação das proteínas (desnaturação) causada pela quebra das ligações de hidrogênio ▪ Ex.: fervura; destrói a maioria dos patógenos ➢ Autoclave: método de esterilização em ambientes de cuidado de saúde ➢ Pasteurização ▪ Destruição de patógenos e diminuição de contagens bacterianas totais

UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária  sanitizar superfícies antes da fermentação da cerveja ou do vinho..  Diluição de 1:5 superfícies em hospitais.  de água potável na concentração de 1 : 4000 L de água.  Modo de ação: Destruição de fosfolipídios; Formação de cloraminas que interferem no metabolismo celular; Ação oxidante, com inibição enzimática irreversível nas bactérias.

Microbiota

• Microbiota: presença de microrganismos

que estabelecem residência permanente ou não, sem causar infecções/danos ao hospedeiro

  • Microbioma: designa o conjunto desses microrganismos e dos seus genes, que podem interagir com o nosso próprio genoma
  • Localização da microbiota: partes em contato com o meio externo. Ex.: pele e mucosas
  • Microbiota transitória/alóctone: microrganismos que permanecem por pouco tempo no organismo - Microbiota residente/autóctone: microrganismos que colonizam o hospedeiro por tempo indeterminado - Gestação: útero → estéril. Recém-nascido colonizado ainda no canal vaginal. Parto cesárea: colonizadas após o nascimento por microrganismos maternos, do ambiente local e da equipe médica - Pele: principalmente bactérias gram- positivas; Staphylococcus - Vias aéreas: Staphylococcus; Klebsiella pneumoniae, E. coli; Neisseria - Trato Genital Feminino: Lactobacillus (manutenção do equilíbrio da microbiota, pois essas bactérias fermentam o glicogênio na vagina, diminuindo o pH; Staphylococcus; Escherichia - Trato Gastrointestinal ➢ Maior parte reside no cólon e no ceco ➢ Lactobacillus, Streptococcus e Candida albicans ➢ Íleo: microbiota composta por anaeróbios facultativos, enterobactérias e anaeróbios obrigatórios ➢ Cólon: maior densidade e diversidade de microrganismos; gêneros mais frequentes: Bacteroides, Bifidobacterium, Escherichia coli, Clostridium ➢ Função da microbiota normal: impede o estabelecimento de bactérias patogênicas (<efeito barreira=)

UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária ➢ IgA secretória presente no lúmen intestinal reage com antígenos específicos, impedindo a interação física dos agentes nocivos ➔ produção de vitamina K, B12 e tiamina ➔ bifidobactérias e lactobacilos: bactérias benéficas; não apresentam fator de patogenicidade; ➢ <fator bífido=: nutriente presente no leite materno que favorece a instalação das bifidobactérias

  • Probióticos ➢ Probióticos: organismos vivos que irão trazer benefícios ao hospedeiro ➢ Bacteriocinas: substâncias antibacterianas → penetram na célula bacteriana, ocorre a redução do pH levando a morte bacteriana pela formação de poros e/ou inibição da síntese da parede celular ➢ Síndrome do Intestino Irritável (SII): alterações da motilidade intestinal e da sensibilidade visceral, com episódios de dor abdominal → probióticos específicos ajudam

Gram- negativas

  • Parede celular formada por poucos peptideoglicanos
  • Espaço periplasmático: retenção de proteínas e enzimas
  • Gram-negativas possuem LPS (lipopolissacarídeo): endotoxina → lipídeo A ligado ao antígeno O (mais externo à membrana)
  • Enterobactérias ➢ Bastonetes ➢ Anaeróbios facultativos ➢ Flagelo, fímbrias (aderência) e pili sexuais (troca de informação genética) ➢ Localização: trato intestinal ➢ Maioria das bactérias entéricas são fermentadoras ativas de glicose ➢ Produzem bacteriocinas: proteínas que causam a lise de outras bactérias ➢ Importantes gêneros: Escherichia, Salmonella, Shigella, Klebsiella, Enterobacter e Cronobacter
  • Escherichia: ➢ Gram- negativa ➢ Presença na água e nos alimentos: indicação de contaminação

UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária

Gram- Positivas

  • Espessa camada de peptidoglicano
  • Coloração de gram: apresentam cor violeta
  • Ácido teicóico na parede celular
  • Firmicutes: bactérias gram-positivas formadoras de endósporos, como as Clostridium, Bacillus, Staphylococcus, Enterococcus e Streptococcus e Lactobacillus.
  • Clostridium ➢ Estruturas formadas por algumas bactérias ➢ Resposta a uma situação desfavorável do meio ambiente (carência de água ou nutrientes essenciais) ➢ Características de sobrevivência ▪ Sobrevive por muitos anos sob condições de extremo  calor  Ausência de água  Presença de radiações e substâncias químicas tóxicas  Resistentes ao calor, ressecamento e desinfetantes (grau de desidratação do esporo e o dipicolinato de cálcio) ➢ Taxonomia ▪ Família: Bacillaceae ▪ Gênero: Clostridium  Espécies: C. botulinum, C. tetani, C. perfringens,C. novyi, C. septicum C. chauvoei, C. histolyticum e C. sordelii. ➢ Bacilo ➢ Formam esporos ➢ Anaeróbico obrigatório ➢ Gram positivo ➢ Flagelados ➢ Fermentadores/proteolíticos ➢ Saprófitas ( água, solo, plantas e alimentos) ou Comensais ( trato intestinal e respiratório). Esporos resistente ao calor, ressecamento e desinfetantes. (Morrem com a fervura por 20 - 30 minutos ou quando autoclavados). ➢ Bacilos produtores de toxinas. ➢ Característica de Crescimento ▪ Esporulação ▪ Forma vegetativa para esporo = 6 horas ▪ Produzido intracelularmente. ▪ Crescem em meios como: Ágar- sangue, Thioglicolato e Tarozzi ou similares que são caldos com pedaços de fígado ou carnes.

UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária ▪ Crescem sempre em anaerobiose, à 37°C (mesotérmicos). ➢ Fator de Virulência ▪ Exotoxinas de ação neurotóxicas e citolítica ▪ Enzimas como proteases, lipases, hemolisinas, colagenase, hialuronidase, lecitinase e DNAase que causam destruição de tecidos favorecendo a colonização. ➢ Grupo das Patologias ▪ Doenças neurotrópicas: SN primariamente afetado (Ex.: C. botulinum e C. tetani ). ▪ Mionecroses: Musculatura causando toxemia (Ex.: C. perfringens ). ▪ Enterotoxemias: agente multiplicam- se no trato intestinal e suas toxinas produzem quadro nosológico (Ex.: C. perfringens ). ➢ Mecanismo para a Patologia ▪ Invasão de tecidos. ▪ Produção de toxinas. ▪ A entrada da bactéria no organismo é através de alimentos contaminados, por ferimentos ou por inalação.Classificação das Doenças ▪ Dois grupos distintos:  Não invasor do organismo, cuja patogenia se deve somente às suas exotoxinas ( Ex.: C. butulinum e C. tetani).  Invasor do organismo, cuja patogenia é devido às toxinas mais sua ação direta nos tecidos ( Ex.: os outros clostrídios). ➢ Principais Patologias ▪ Tétano. ▪ Botulismo. ▪ Gangrena Gasosa (mionecroses) ▪ Infecções abdominais, cutâneas e tecido celular subcutâneo. ▪ Enterotoxemia. ▪ Manqueira.

  • C. Tetani ( Clostridium tetani ) ➢ Agente etiológico do tétano (infecção de ferimentos pelos esporos) ➢ Gram- positico ➢ Anaeóbio obrigatório ➢ Morfologia: ▪ Um esporo terminal ▪ Forma de raquete ▪ Anaeróbio estrito ▪ Bacilo móvel ➢ Habitat: Fezes, solo e poeiras. ➢ Controle: Vacinação com o toxóide tetânico, com administração de doses de 10 em 10 anos ➢ Toxina tetânica

UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária ➢ Habitat: Solo ➢ Controle: ▪ Vacinação ▪ Tratamento dos enfermos ➢ Cadáveres mortos por manqueira devem ser cremados ou enterrados profundamente embebidos em creolina( de 5 a 10%) ou recoberto por cal. ➢ Materiais usados no doente devem ser fervidos por 30 minutos ou autoclavados.

  • Profilaxia e Controle ➢ Dificuldade: forma de resistência (esporo) presente no ambiente e pela existência natural no trato digestivo e solo. ➢ Implementação de programas baseados em medidas adequadas de manejo. ➢ Vacinas em todo o rebanho ( toxóides ou bacterinas ou bacterinas e toxóides). - Streptococcus ➢ Maioria não é patogênica ➢ gram-positivas ➢ esféricas ➢ São de importância clínica: homofermentadores ➢ Streptococcus pyogenes ▪ Escarlatina  complicação das faringites causadas por S. pyogenes lisogenadas por fagos que codificam cepas produtoras de toxinas pirogênicas ➢ Streptococuus equiStreptococuus canis ▪ Fatores de virulência  Cápsula de ácido hialurônico  Ácido lipoteicóico → aderência  Proteína M → mascara a presença da bactéria  Proteína F → adesão à mucosa da faringe  Pili → adesão à MEC  C5a peptidase → diminui o recrutamento de leucócitos  Hialuronidase, desoxirribonuclease e estreptoquinase → facilita a disseminação da infecção  Serina protease → evasão do sist. imune  Proteína SIC: inativa função lítica

UNIFEOB- Curso de Medicina Veterinária ▪ S. agalactiae (grupo B), levando a septicemia fatal em filhotes; ▪ S. equi ssp. zooepidemicus (grupo C) levando a doenças das vias respiratórias, além de meningoencefalite, endocardite septicemia, broncopneumonia fibrinopurulenta aguda e morte; ▪ S. dysgalactiae ssp. (grupo C) causando septicemia fatal e pneumonia bacteriana embólica em filhotes; ▪ S. suis (grupo D) levando a infecções do trato urinário; ▪ S. milleri (grupo F) responsável por infecções oportunistas e abscessos; ▪ S. canis (grupo G) é uma das mais importantes levando à otite média, sepse neonatal, infecções umbilicais, poliartrite, abcessos, meningoencefalite, colangiohepatite, mastite, infecções genitais, infertilidade, anestro, aborto, incapacidade de conceber, endocardite, infecção do trato urinário, pericardite, síndrome do choque tóxico estreptocócico, fasciite necrosante e queratite; ▪ Streptococcus sp. pertencentes ao grupo L, M e E podem causar aborto, síndrome do filhote debilitado, esterilidade em cadelas, endometrite e colonização assintomática da microbiota. Dentre os grupos que mais acometem os animais podemos dizer que G, C, L e M possuem maior importância, devido sua maior prevalência de casos.