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Resumo de exemplificação para teste inicial
Tipologia: Esquemas
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O texto aborda três casos emblemáticos de conflitos territoriais e étnicos que marcaram a história recente: a questão irlandesa, a luta curda por um Estado próprio e a busca pela independência da Chechênia. Todos esses conflitos compartilham a raiz na disputa por território e na afirmação da identidade étnica e cultural de seus povos.
A Questão Irlandesa:
No início do século XX, a Irlanda buscava sua independência do Reino Unido. Em 1919, surge o Exército Republicano Irlandês (IRA), com o objetivo de eliminar o domínio inglês e alcançar a independência. A Irlanda conquistou o status de Estado independente em 1921, após intensos conflitos e movimentos sociais. No entanto, a Inglaterra manteve o controle sobre o norte da ilha, a região do Ulster.
A independência da Irlanda foi totalmente reconhecida após a Segunda Guerra Mundial, quando o país passou a se chamar Eire. Mesmo assim, a Irlanda do Norte permaneceu sob a soberania do Reino Unido. Essa divisão nunca foi aceita pelos irlandeses, que almejavam a unificação de toda a ilha em um único Estado-nação.
Nesse contexto, o IRA atuou reivindicando a unificação da Irlanda, utilizando tanto métodos pacíficos de protesto quanto atos de violência e terrorismo. A região do Ulster é estratégica, possuindo terras férteis e um parque industrial diversificado, com destaque para setores como têxtil, automotivo, construção naval, aviação, eletrônicos e bens de consumo.
A divisão da Irlanda é marcada por tensões religiosas e políticas. A minoria católica (42%) da Irlanda do Norte deseja a unificação com a República da Irlanda, enquanto a maioria protestante (58%), que controla o governo e ocupa posições de maior prestígio, defende a permanência da união com o Reino Unido.
A Questão Territorial dos Curdos:
No Oriente Médio, os curdos representam outro exemplo de conflito étnico e territorial. Essa nação, composta por um povo com uma longa história e cultura próprias, luta pelo reconhecimento e pela independência de seu território, o Curdistão.
Os curdos, descendentes de pastores que habitam as montanhas da Ásia Central há milênios, conseguiram preservar sua cultura apesar do contato com diversos povos. No passado, estiveram sob o domínio de impérios como o Romano, o Persa e o Otomano, buscando refúgio nas áreas montanhosas. A dominação estrangeira uniu os curdos na luta pela expulsão dos invasores e pela criação de um Estado baseado em sua língua e tradições.
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a derrota do Império Otomano gerou esperanças de que o Curdistão pudesse ser estabelecido, conforme mencionado no Tratado de Sèvres de
de jazidas de petróleo na região e ao receio da expansão da Revolução Russa. A Inglaterra, por sua vez, optou por dividir o território curdo entre a Turquia, a Síria e o Iraque.
Os anos seguintes foram marcados por repressão, especialmente na Turquia, onde o idioma curdo chegou a ser proibido. Após a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética chegou a apoiar a independência curda (República de Mahabad), mas a influência dos Estados Unidos na região levou outros países a demonstrarem rivalidade com a URSS, que acabou retirando seu apoio.
Entre 1980 e 1988, durante a guerra Irã-Iraque, os curdos se viram no centro do conflito devido à sua localização geográfica. A Turquia aproveitou a oportunidade para intensificar os ataques contra os curdos, buscando eliminar essa população. Após o fim da guerra, o governo iraquiano também promoveu massacres, causando um grande fluxo migratório de curdos para outros países da região, onde muitas vezes não foram bem recebidos.
A Questão da Chechênia:
A Chechênia, na Rússia, também é palco de um conflito com raízes étnicas e territoriais. Os habitantes da Chechênia lutam por sua independência, recorrendo a práticas que, para alguns, são consideradas atos de terrorismo. Exemplos notórios são o atentado ao teatro em Moscou em outubro de 2002 e o ataque à escola em Beslan em setembro de 2004.
Em resumo, os casos da Irlanda, do Curdistão e da Chechênia ilustram a complexidade dos conflitos territoriais e étnicos, onde a busca por autodeterminação, a preservação da identidade cultural e a disputa por recursos e poder se entrelaçam, muitas vezes resultando em violência e sofrimento.