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Introdução à Epidemiologia: Conceitos, Medidas e Aplicações, Resumos de Epidemiologia

Resumo focado para discussão de tutoria com objetivos de estudo e seguintes tópicos: - Medidas de frequência de doenças - Distribuição das doenças no tempo e espaço - Testes diagnósticos e sua funcionalidade - indicadores de saúde - Doenças de notificação compulsória

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 08/07/2024

julia-cedraz-de-souza
julia-cedraz-de-souza 🇧🇷

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Epidemiologia
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Epidemiologia

Tutoria

Situação Problema

  1. Estudar sobre a incidência e prevalência
  2. Diferenciar: surtos, pandemia, endemia e epidemia
  3. Compreender os testes diagnósticos e sua funcionalidade (VPP, VPN, sensibilidade e especificidade)
  4. Estudar quais são as doenças compulsórias e o porquê elas são classificadas assim.

Prevalência

Segundo Costa e Kale (2009), a prevalência pode ser definida como a frequência de casos existentes de uma determinada doença em uma determinada população e em um dado momento. Em outras palavras, são os casos já existentes (antigos) somados aos novos, numa dada população durante um período de tempo. É uma medida estática que representa a aferição do numero de casos existentes em uma população em:

  • um dado instante: chamado de prevalência pontual ou instantânea. Exemplo: aferição dos casos no primeiro dia do ano
  • Num dado período: chamada de prevalência de período. Exemplo: aferição dos casos durante um ano Diferentemente da incidência, a prevalência só considera um evento de determinada doença por indivíduo, ou seja, se o indivíduo tiver gripe por 3 vezes durante o ano, o evento só será contado uma vez. Ela também é influenciada por números de óbitos, curas e fluxo migratório de uma área para outra. Ela pode ser calculada: A incidência é bastante utilizada em investigações etimológicas para elucidar relações de causa e efeito, avaliar o impacto de uma politica, ação ou serviço de saude, alem dos estudos de prognostico. Um exemplo é verificar se o número de casos novos (incidência) de HÁS declinou depois da implementação de novas medidas de promoção a saúde. Já a prevalência pode ser utilizada para o planejamento de acoes e serviços de saude, previsão de recursos humanos, diagnósticos e terapêuticos. Ressalta-se que a prevalência é uma medida mais adequada para doenças crônicas ou de longa duração.

Indicadores de saúde

  • Reflete uma característica
  • Medidas de frequência de doenças são indicadores construídos com o objetivo de mensurar a ocorrência de doenças na população
  • Principais medidas: indices, coeficientes, taxas e indicadores
  • Representar ou medir aspectos não sujeitos a observação direta
  • Indicador: um aspecto
  • Índice: multidimensional
  • Critérios para avaliação e selecionar indicadores: validade, reprodutibilidade, representatividade, obediência ética, oportunidade, simplicidade, facilidade e custo
  • Principais modalidades: mortalidade/sobrevivencia, morbidade, nutrição, crescimento e desenvolvimento, aspectos demográficos, condições socioeconômicas, saude ambiental e serviços de saúde
  • Diagnóstico clinico e epidemiológico: componentes com aspectos ecológicos e sociopolíticos, características demográficas, características recursos disponíveis
  • Notificação compulsória: registro de autoridade sanitaria sobre doenças que ameaçam a saúde pública (processo dinâmico, relação com a vigilância epidemiológica)

Doenças de notificação compulsória

  • São doenças em que a legislação determina que os profissionais de saude notifiquem os casos suspeitos ou confirmados as autoridades de saude competentes
  • Essa notificação é obrigatória e tem como objetivo principal permitir o monitoramento da ocorrência dessas doenças, facilitando a adoção de medidas de controle e prevenção adequadas Importância das doenças de notificação compulsória:
  1. Monitoração epidemiológica: acompanhar a incidência, prevalência, identificando surtos e tendencias
  2. Planejamento de ações de saúde pública: fornece dados para elaboração de estratégias de prevenção e controle
  3. Alerta precoce: permite identificar precocemente a ocorrência de doenças de interesse em saúde pública, possibilitando uma resposta rápida e eficaz Relação com a vigilância epidemiológica e indicadores de saúde:
  • Está diretamente ligada a vigilância epidemiológica, que consiste na coleta, analise e interpretação de dados sobre os eventos
  • Indicadores de saude são construídos a partir dos dados de notificações compulsórias e auxiliam na avaliação do perfil epidemiológico de uma regiao Doenças de notificação compulsória no Brasil: acidente de trabalho, AIDS, botulismo, cólera, coqueluche, covid-19, dengue, difteria, doença de Chagas, meningites, sarampo e rubeola, síndrome gripal, síndrome respiratória aguda grave, tuberculose, violência, varicela, toxoplasmose, tétano, sífilis, raiva humana, peste, poliomielite, malaria, leptospirose, leishmaniose, intoxicações exógenas, HTLV, hanseniase, febre tifoide, febre maculosa, febre amarela, eventos pós vacinação, esquitossomose e acidentes. https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svsa/notificacao-compulsoria/lista- nacional-de-notificacao-compulsoria-de-doencas-agravos-e-eventos-de-saude- publica Procedimento para notificação compulsória:
  1. Identificação do caso
  2. Preenchimento da ficha de notificação
  3. Envio da notificação Relação com a epidemiologia e avaliação do impacto
  • Fornece dados para a realização de estudos epidemiológicos, investigação de surtos e avaliações de intervenções de saude publica

Distribuição das doenças no tempo e espaço

  1. Tempo Segundo Medronho, Werneck e Perez (2009), o estudo sobre a doença no tempo fornece valiosas informações para compreensão, previsão, busca etimológica, prevenção de doenças e avaliação do impacto de intervenções em saude. Sendo necessário, registrar e acompanhar a evolução temporal para reconhecer padrões e tendencias a fim de determinar os limites para as variações periódicas, fazendo com que seja possível identificar elevação da incidência ou prevalência. São quatro tipos principais de evolução temporal de uma doença:
  2. Tendência secular ou histórica
  3. Variações cíclicas não sazonais
  4. Variações sazonais
  5. Variações irregulares
  • Tendência secular ou histórica Refere-se a analise de mudanças na frequência de uma descia como incidência e mortalidade por um longo período de tempo, em geral, décadas. Limitado a existência de dados de serie histórica. Ela foi utilizada para avaliar e explicar a inversão de causa de morte no século XX influencia pela transição demográfica.
  • Variações cíclicas Determinadas pelas flutuações na incidência de uma doença ocorridas em um período maior que um ano. Está associado a doenças virais com um pico de incidência - ocasionado pelo elevado numero de suscetíveis e um posterior declínio.
  • Variações sazonais É a variação da incidência de uma doença que ocorre em sintonia com as estações do ano como gripe, dengue, malaria. No entanto, as doenças crônicas também sofrem influencias sazonais como a asma e DPOC. Ela também esta associada a fenômenos demográficos como nascimento e a mortalidade.
  • Variações irregulares Trata-se de variações não esperadas para a ocorrência de uma doença. Tal variação pode se classificada como:
  1. Epidemia : ocorrência numa comunidade ou região, de casos da mesma doença, em números que ultrapassam nitidamente a incidência normalmente esperada. O numero de casos varia segundo o agente infeccioso, tamanho, tipo da população…
  2. Endemia : presença constante de uma doença dentro dos limites esperados, em uma determinada área geográfica, por um período de tempo ilimitado. Acontece quando ha constante renovação de suscetíveis na comunidade e exposições múltiplas e repetidas destes a um determinado agente. Uma epidemia pode ser classificada de acordo com a abrangência geográfica em:
  • Pandemia: ocorrência epidêmica caracterizada por larga distribuição espacial, atingindo várias nações. Em outras palavras, pode ser tratada como a ocorrência de uma serie de epidemias localizadas em diferentes regiões e que ocorrem em vários países ao mesmo tempo
  • Surto : ocorrência onde todos os casos estão relacionados entre si, atingindo uma area geografia pequena e delimitada, como vilas e bairros, ou uma população institucionalizada como colégios, quartéis, creches, asilos. Também é possível classificar uma epidemia com a velocidade de instalação, propagação e desaparecimento, a sua duração e mecanismo envolvidos.
  • Epidemia por fonte comum: veiculado pela água, alimentos, ar, permitindo a exposição de um elevado número de indivíduos ao agente. Portanto, haver uma explosão de casos em um certo período de tempo.
  • Epidemia progressiva ou programada: epidemia mais lenta, na qual a forma de transmissão provavelmente se da de pessoa para pessoa.
  • Espaço Mapea-se a ocorrência das doenças consistindo na determinação de condições e fatores de risco relacionados ao ambiente.
  • Análise espacial dos dados
  • Processo saúde-doença

Testes diagnósticos e sua funcionalidade

Os testes diagnósticos rápidos são ferramentas importantes na prática clínica para auxiliar no diagnóstico de diversas doenças, incluindo a dengue. Dois parâmetros fundamentais na avaliação desses testes são o Valor Preditivo Positivo (VPP) e o Valor Preditivo Negativo (VPN). Relação entre VPP, VPN e a dengue:

  1. Valor Preditivo Positivo (VPP): O VPP representa a probabilidade de um resultado positivo em um teste diagnóstico ser verdadeiramente positivo. No caso da dengue, um VPP alto significa que, se o teste rápido diagnosticar a doença como positiva, há uma alta probabilidade de o paciente realmente estar infectado com o vírus da dengue.
  2. Valor Preditivo Negativo (VPN): O VPN indica a probabilidade de um resultado negativo em um teste diagnóstico ser verdadeiramente negativo. Para a dengue, um VPN elevado significa que, se o teste rápido indicar um resultado negativo, é altamente provável que o paciente não esteja infectado com o vírus. Relação entre sensibilidade e especificidade:
  • A sensibilidade de um teste representa a capacidade de identificar corretamente os casos positivos, ou seja, a proporção de verdadeiros positivos que o teste consegue detectar. Uma sensibilidade alta indica que o teste tem pouca probabilidade de gerar resultados falso- negativos.
  • Já a especificidade refere-se à capacidade do teste de identificar corretamente os casos negativos, ou seja, a proporção de verdadeiros negativos que o teste consegue detectar. Uma alta especificidade indica que o teste tem baixa probabilidade de produzir resultados falso- positivos. A sensibilidade e a especificidade estão diretamente relacionadas ao VPP e ao VPN dos testes diagnósticos. Um teste com alta sensibilidade tende a ter um VPN elevado, enquanto um teste altamente específico está associado a um VPP mais alto. Portanto, é essencial considerar tanto a sensibilidade quanto a especificidade ao interpretar os resultados dos testes diagnósticos rápidos para a dengue, visando uma avaliação precisa da presença ou ausência da infecção viral. Determinação de risco Risco como grau de probabilidade da ocorrência em um determinado evento. Deste modo, estima-se o risco de que uma doença exista por meio do coeficiente de incidência e prevalência. Existem derivações desse conceito, mas as duas mais importantes sao RIsco Relativo ou Razão de RIsco (RR). Em outras palavras, é a razão entre duas taxas de incidência ou de mortalidade. Essa medida é normalmente utilizada nos estudos de coorte