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resumo de cardiopatias congenitas e adquiridas, Resumos de Pediatria

resumo de cardiopatias congenitas e adquiridas

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 16/05/2019

fabrizio-ferreira
fabrizio-ferreira 🇧🇷

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QUESTIONÁRIO SEMANA 13
Cardiopatias congênitas: CIA, CIV, PCA, DSAV, PCA, coarctação da aorta, tetralogia de Fallot e transposição
dos grandes vasos
Cardiopatias adquiridas: endocardite, miocardite, febre reumática
1) Fisiopatologia da circulação fetal e cardiopatias
congênitas
-No período intrauterino da formação do feto, o que
promove as trocas gasosas é a placenta, já que o
pulmão esta colabado por falta de maturação
(ausência de surfactante) e por conta da alta
resistência promovida na vasculatura pulmonar.
-Nessa fase, existem duas circulações (com sg
oxigenado e outra com sg não oxigenado), as quais
se comunicam em alguns pontos. Na vida
intrauterina o lado direito do coração possui uma
pressão maior do que a do lado esquerdo, por conta
do pulmão colabado (shunt direito-esquerdo).
Quando a criança nasce a pressão pulmonar cai
(shunt esquerdo-direito).
-CIRCULAÇÃO COM SG OXIGENADO: O sg
oxigenado chega ao feto pelo cordão umbilical, o
qual é formado por duas artérias e uma veia. A
única VEIA umbilical é responsável por levar esse
sg oxigenado ao fígado, partindo dele para chegar
ao AD através da VCI, deposi para o AE através do
forame oval, partindo daí para o VE e consecutivamente para a artéria aorta, ganhando a circulação sistemica.
-CIRCULAÇÃO COM SG DESOXIGENADO: Na VCS chega o sg desoxigenado caindo preferencialmente no
VD por questão anatômica. Posteriormente ele chega a artéria pulmonar, daí ela vai para uma estrutura
chamada canal artérial, que comunica a artéria pulmonar com a aorta, provocando uma mistura de sangue
oxigenado com o desoxigenado. Posteriormente esse sangue seguirá para as artérias umbilicais para retornar a
placenta.
2) Anatomia e fisiologia da circulação fetal
-É formada por duas artérias e uma veia umbilical. Há a presença do forame oval, entre os atrios. E presença do
canal artérial, comunicando a artéria pulmonar com a aorta. Pesquisar sobre ducto venoso.
3) Classificação das cardiopatias congênitas: cianóticas e acianóticas
-Acianóticas Há sobrecarga de volume no lado direito do coração, pois há um defeito entre os atrios,
promovendo fluxo do lado esquerdo (maior pressão) para o direito (menor pressão), chamado assim de shunt
esquerda-direita. Ou ocorre por sobrecarga de pressão por conta de uma obstrução.
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QUESTIONÁRIO SEMANA 13

Cardiopatias congênitas: CIA, CIV, PCA, DSAV, PCA, coarctação da aorta, tetralogia de Fallot e transposição dos grandes vasos Cardiopatias adquiridas: endocardite, miocardite, febre reumática 1) Fisiopatologia da circulação fetal e cardiopatias congênitas

  • (^) No período intrauterino da formação do feto, o que promove as trocas gasosas é a placenta, já que o pulmão esta colabado por falta de maturação (ausência de surfactante) e por conta da alta resistência promovida na vasculatura pulmonar.
  • (^) Nessa fase, existem duas circulações (com sg oxigenado e outra com sg não oxigenado), as quais se comunicam em alguns pontos. Na vida intrauterina o lado direito do coração possui uma pressão maior do que a do lado esquerdo, por conta do pulmão colabado (shunt direito-esquerdo). Quando a criança nasce a pressão pulmonar cai (shunt esquerdo-direito).
  • (^) CIRCULAÇÃO COM SG OXIGENADO: O sg oxigenado chega ao feto pelo cordão umbilical, o qual é formado por duas artérias e uma veia. A única VEIA umbilical é responsável por levar esse sg oxigenado ao fígado, partindo dele para chegar ao AD através da VCI, deposi para o AE através do forame oval, partindo daí para o VE e consecutivamente para a artéria aorta, ganhando a circulação sistemica.
  • (^) CIRCULAÇÃO COM SG DESOXIGENADO: Na VCS chega o sg desoxigenado caindo preferencialmente no VD por questão anatômica. Posteriormente ele chega a artéria pulmonar, daí ela vai para uma estrutura chamada canal artérial, que comunica a artéria pulmonar com a aorta, provocando uma mistura de sangue oxigenado com o desoxigenado. Posteriormente esse sangue seguirá para as artérias umbilicais para retornar a placenta. 2) Anatomia e fisiologia da circulação fetal
  • (^) É formada por duas artérias e uma veia umbilical. Há a presença do forame oval, entre os atrios. E presença do canal artérial, comunicando a artéria pulmonar com a aorta. **Pesquisar sobre ducto venoso.
  1. Classificação das cardiopatias congênitas: cianóticas e acianóticas**
  • (^) Acianóticas → Há sobrecarga de volume no lado direito do coração, pois há um defeito entre os atrios, promovendo fluxo do lado esquerdo (maior pressão) para o direito (menor pressão), chamado assim de shunt esquerda-direita. Ou ocorre por sobrecarga de pressão por conta de uma obstrução.
  • EXEMPLOS:^ CIA, CIV, PCA, DSAV, PCA e coarctação da aorta. - (^) Cianóticas → Tetralogia de Fallot (hipofluxo pulmonar) e transposição dos grandes vasos (hiperfluxo pulmonar) - OBS:^ Algumas cardiopatias acianóticas podem tornar-se cianóticas, e, algumas cardiopatias cianóticas podem não cursar inicialmente com cianose.
  • A classificação em cianótica por hipofluxo pulmonar e hiperfluxo pulmonar se da através do ecocardiograma (porém demora muito para ficar pronto) o teste da hiperoxia possui resultado mais rápido, é feito oferecendo oxigênio a 100% ao paciente e observa a resposta após 10 minutos. É colhido uma gasometria arterial antes e após a oferta. Se a PO2 for > 150mLHg (cianose por causa pulmonar), se a PO2 > 250 mLHg (cianose por causa cardíaca congênita excluída) e se for < 150mLHg (pensar em cardiopatia congênita cianótica → medidas para manter canal arterial aberto). 4) Fisiopatologia, diagnóstico e complicações das principais cardiopatias congênitas: CARDIOPATIAS CONGÊNITAS ACIANÓTICASCIA: - (^) Fisiopatologia: há um defeito no septo interatrial, há dois tipos; ostium primum (quando localizado proximo as valvulas) e o ostium secundum (prroximo ao forame oval), eles são classificados assim por conta da localização, já que o septo interatrial é formado por esses dois folhetos: primum e secundum. O primum é o primeiro a ser formado, o secundum é formado logo após e esses dois provocam a presença do forame oval, q é fisiologico, mantido pela pressão superior do lado direito. Quando a criança nasce a pressão pulmonar cai lado direito e portanto o lado esquerdo exerce maior pressão, fechando o forame oval (fechamento funcional) ou pode ocorrer até o primeiro ano de vida (fechamento anatomico). A passagem de sg pelo forame provoca um maior fluxo sanguíneo na artéria pulmonar se comparado a aorta. - (^) **Diagnóstico:
  • Clinico:**^ sopro sistólico efetivo de baixa amplitude e desdobramento de segunda bulha (atraso do fechamento da valvula pulmonar pelo maior fluxo) - RX:^ tipico pulmão congesto com dilatação dos vasos pulmonares e da área cardíaca (cardiomegalia) por conta de aumento da câmara direita. - (^) Complicações: IVAS recorrentes etc ❖ Comunicação interventricular (CIV): - (^) Fisiopatologia: ocorre um defeito no septo interventricular. Pode ser classificado em perimembranoso (mais proxima as valvulas do coração) ou muscular (mais proximo ao ápice do coração). No perimembranoso ocorre por um defeito na implantação do septo conal, o qual divide a arteria aorta da artéria pulmonar e também forma a parede interventricular, quando não desce completamente provoca uma abertura a qual permite a comunicação (shunt). O tipo muscular pode ser revertido de maneira espontanea ao decorrer do desenvolvimento da criança, cerca de 2 anos após o nascimento. O tipo perimembranoso por mais frequentemente se encontrarem proximos as valvulas do coração, provocando um turbilhamento maior e Forame oval

desnivelamento, levando a uma proliferação da camada intima da aorta, obstruindo a luz e causando a coarctação da aorta.

- (^) Diagnóstico: - Clinica:^ Sopro mesotelessistólico na região da axila e dorsal esquerda. Há também uma diminuição dos pulsos em MMII e pulsos amplos em MMSS. - RX:^ Aumento da trama vascular, área cardíaca e botão aórtico proeminente. Sinal do 3 (olhar foto). Presença de erosões costais (decorrente da formação de artérias colaterais) - (^) Fatores de risco: Sindrome de turner - (^) Complicações: ❖ (^) Anomalia de Ebstein - (^) Fisiopatologia: T︎rata-︎se de uma alteraçã︎︎o na valva tricu︎sp︎ ide (︎ a anomalia mais comum dessa valva︎)︎ com deslocamento intra- ︎ventricular dos ︎folh︎ etos sep︎ tal e ︎posterior e conseq︎uente atrializaçã︎︎o de p︎arte da ca︎ vidade v︎entricular direita. A c︎usp︎ ide anterior geralmente é︎ normal. A porção atriali︎zada do ︎ventr︎iculo direito tem p︎ arede fina e a porção distal︎, p︎ arede normal e dimensão variável.- (^) Diagnóstico:

  • Clínico: cardiomegalia e cianose central. Crianças maiores: dispnéia, fadiga, palpitação e cianose. Além de fraqueza, falta de ar e emagrecimento. Há desdobramento de bulhas, presença de 4ª bulha e sopro sistólico. Arritmia é frequente.
  • RX de tórax: cardiomegalia
  • ECG: bloqueio do ramo direito - (^) Complicações:Defeito do septo AV (defeitos do coxim endocárdico) - (^) Fisiopatologia: É um defeito no septo átrio ventricular, por conta de uma assimetria entre as válvulas. A valvula tricuspide (D) é mais baixa do que a mitral (E). Possui a forma total que é uma união entre as válvulas, possuindo uma válvula única. No DSAV parcial (foto 1) há a presença de duas valvulas atrioventricular, presença de CLEFT ou fenda mitral e comunicação interatrial ostium primum. A forma intermediaria (foto 2) alem do CIA há a presença de CIV. - (^) **Diagnóstico:
  • Clínica:**^ Desdobramento fixo 2º bulha, sopro sistólico e pode ter sopro mesosistólico por conta do CLEFT mitral (insuficiência mitral). Há presença de sinais como: dispnéia, fadiga, infecções respiratórias recorrentes e ICC. - ECO (pescoço de ganso):^ o alongamento da via de saída do VD - RX de torax:^ área cardíaca aumentada e hiperfluxo pulmonar.

- (^) Complicações: Doença de Eisenmenger - (^) OBS: É a cardiopatia congenita mais comum na sindrome de down (40% das crianças com SD vao ter cardiopatia congenita e destas, 40% terão DSAV. CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CIANÓTICAS ✓ Inicialmente é feito o teste da hiperóxia para diferenciar a fonte da cianose (cardiaca ou não)Tetralogia de Fallot (HIPOFLUXO PULMONAR)

  • (^) Fisiopatologia: são 4 alterações (comunicação interventricular, obstrução de saída do VD, dextroposicão da aorta e hipertrofica de VE) decorrente de um unico erro embrionário, que é a anteriorização do septo conal (foto ao lado), ocorrento:
  • O septo não se encontra com o septo interventricular (comunicação interventricular)
  • Dextroposição da aorta
  • Ocorre obstrução da saida do VD por conta do seu posicionamento errado da aorta
  • A obstrução provoca hipertrofia de VD, pois sera necessario mais força para o sg sair
  • OBS:^ no inicio da formação do coração, havia apenas um tubo saindo dos ventriculos, o septo conal chega para separar a aorta da artéria pulmonar, na sua instalação ele anterioriza a artéria pulmonar e posterioriza a aorta. Esse septo deve tocar na porção muscular do septo, fechando a comunicação entre os ventriculos. - (^) Diagnóstico:
  • Clinico:^ sopro sistólico ejetico em foco pulmonar, cianose variável / pink fallot (a depender da obstrução de VD), baqueteamento digital, posição de cócoras (aumentando resistência periférica e como consequencia há redução do shunt D-E, aumentando retorno venoso melhorando a cianose)
  • RX de tórax (coração em bota):^ ocorre redução da circulação pulmonar, área cardíaca normal, arco médio escavado e ponta de VD levantada.
  • (^) Complicações: crise hipoxemica (causada por estresse como o choro e dor) ❖ Transposição de grandes artérias (HIPERFLUXO PULMONAR)
  • (^) Fisiopatologia: ocorre inversão da relação entre os ventrículos e as grandes artérias, sendo assim: sai do VE a artéria pulmonar e do VD a artéria aorta. Ocorre por conta de defeito da colocação no septo conal, descendo de maneira reta, causando circulação em paralelo (incompatível com a vida). A mistura do sangue ocorre pelo canal arterial e o forme oval. - (^) **Diagnóstico:
  • Clínico:**^ sopro sistólico com B2 única e hiperfonética (aorta anterior).

- (^) Diagnóstico: - Artrite poliarticular assimétrica e migratória (60-80%):^ Quando a inflamação de uma articulação cessa, uma outra começa a inflamar. Não ocorre deformidades irreversíveis. Observa-se aumento de anticorpos antiestreptocócicos (a correção com febre reumática) - Cardite (50-60%):^ “A febre reumática lambe as articulações e morde o coração” isso se diz pq a articulação não é com deformidade, porém há acometimento cardíaco (endocardio - “valvulite”). Essa valvulite se expressa como insuficiência valvar quando o caso é aguda, em casos crônicos geralmente ocorre estenose ou a dupla lesão (insuficiência + estenose). Observa-se no exame físico um sopro de regurgitação valvar MITRAL (o mais comum) com taquicardia por conta do processo inflamatório. Pode haver acometimento do pericardio também (pericardite). O ECO pode auxiliar no diagnóstico de cardite subclínica (qnd n consegue ouvir pelo estetoscópio), sendo um critério maior. - Alargamento do intervalo PR no ECG (BAV de 1º grau)^ ^ critério menor - Eritema marginado (1%):^ Rash eritematoso maculopapular, com nítidas bordas avermelhadas, serpiginosas com centro claro, que se estende de forma centrífuga. Não é pruriginosa nem dolorosa, não tendo sintomas. - Nódulos subcutâneos(<1%):^ nódulos firmes, indolores, medindo de 0,5 a 2 cm (“grão de ervilha”), solitários ou numerosos. São localizados mais frequentemente nos tendões do extensor dos dedos do pé e do hálux, do flexor do punho e na região do tornozelo. Semelhando a nódulos subcutâneos da artrite reumatóide e LES. - Coreia de Sydenham (“Dança de São Vito”) (20%):^ se instala geralmente após 1-6 meses dos sintomas “maiores” terem regredido. A coréia é um distúrbio motor involuntário (extrapiramidal),caracterizada por movimentos bruscos e fora de propósito, presentes nas extremidades e na face. Os movimentos começam nas mãos e posteriormente pés e face (sorriso largo, caretas e contorções. Fala comprometida(disartria) e língua com movimentos involuntários), de caráter simétrico ou assimétrico. Exame neurológicos: hipotonia, inconsistência no apertar de mão (“mão de ordenha”, o pct aperta e relaxa), fasciculação de língua (“língua em saco de vermes”) e reflexos patelares pendulares.