Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Resumo de aula de biologia, Esquemas de Saúde Pública

Doenças infeciosas. resumo feito na disciplina de biologia

Tipologia: Esquemas

2023

Compartilhado em 25/05/2023

edmilson-baptista-1
edmilson-baptista-1 🇦🇴

5 documentos

1 / 2

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Fisiopatologia
O ciclo de vida do schistossoma é complexo e requer um hospedeiro
intermediário e um definitivo. Inicialmente, as cercárias saem do caramujo e
entram em humanos por via cutânea, podendo causar uma dermatite
denominada “dermatite do nadador”. Os parasitas na sequência atingem a
circulação e vão para os pulmões, neste local podem causar uma reação com
tosse e infiltrados pulmonares, associada a eosinofilia sérica e pulmonar,
fazendo parte do espectro das pneumonites eosinofílicas, ou seja da síndrome
de Loefler. Os parasitas apresentam amadurecimento (esquistossôumlos) nos
pulmões, transformando-se em vermes adultos que depois vão atingir a
circulação portal. Os vermes adultos vivem na veia porta, e quando acasalam
migram para o plexo hemorroidário para a deposição dos ovos. Uma parte dos
ovos atravessa o endotélio vascular, submucosa e mucosa, caindo na luz
intestinal, podendo ser eliminados junto com as fezes.
Na fase aguda da doença ocorre ativação policlonal dos linfócitos B com
formação de imunocomplexos, causando artralgias, febre e até lesão renal com
glomerulonefrite, que ocorre principalmente nas formas mesângio-capilar e
membranosa. Nesta fase da doença, a resposta predominante é Th1, com IFN-
gama e IL-2 sendo produzidos. Em uma segunda fase ocorre a ação
predominante Th2 com formação de granulomas e reação de
hipersensibilidade, com aumento da produção de IL-4 (aumento da produção
de IgE) e IL-5 (eosinofilia).
Os ovos de esquistossoma se alojam em criptas intestinais, em vasos
logo abaixo da submucosa. Podem ser observados vermes dentro desses
vasos na submucosa. No fígado ocorre formação de granulomas no espaço
portal, contendo ovos no seu interior. A reação provocada pelo schistossoma
leva a formação de fibrose intensa, que progride provocando aumento da
pressão portal e desvio do fluxo para a circulação pelo sistema cava. Nas
formas pulmonares, há granulomas dentro dos alvéolos, gerando hipertensão
pulmonar. As principais lesões causadas no homem são secundárias, portanto
aos ovos do parasita.
Tratamento
 O tratamento antiparasitário inclui duas opções que são o
oxamniquine ou praziquantel, em dose única, sendo este último eficaz
em zonas endêmicas em mais de 85% dos casos. O controle de cura
é feito com exames protoparasitológicos seriados após 40 dias do
tratamento. Em pacientes com mielopatia ou manifestações cerebrais
da esquistossomose pode ser usado glicocorticoides como prednisona
1 mg/Kg por tempo limitado. A prevenção da doença é importante e
pf2

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Resumo de aula de biologia e outras Esquemas em PDF para Saúde Pública, somente na Docsity!

Fisiopatologia O ciclo de vida do schistossoma é complexo e requer um hospedeiro intermediário e um definitivo. Inicialmente, as cercárias saem do caramujo e entram em humanos por via cutânea, podendo causar uma dermatite denominada “dermatite do nadador”. Os parasitas na sequência atingem a circulação e vão para os pulmões, neste local podem causar uma reação com tosse e infiltrados pulmonares, associada a eosinofilia sérica e pulmonar, fazendo parte do espectro das pneumonites eosinofílicas, ou seja da síndrome de Loefler. Os parasitas apresentam amadurecimento (esquistossôumlos) nos pulmões, transformando-se em vermes adultos que depois vão atingir a circulação portal. Os vermes adultos vivem na veia porta, e quando acasalam migram para o plexo hemorroidário para a deposição dos ovos. Uma parte dos ovos atravessa o endotélio vascular, submucosa e mucosa, caindo na luz intestinal, podendo ser eliminados junto com as fezes. Na fase aguda da doença ocorre ativação policlonal dos linfócitos B com formação de imunocomplexos, causando artralgias, febre e até lesão renal com glomerulonefrite, que ocorre principalmente nas formas mesângio-capilar e membranosa. Nesta fase da doença, a resposta predominante é Th1, com IFN- gama e IL-2 sendo produzidos. Em uma segunda fase ocorre a ação predominante Th2 com formação de granulomas e reação de hipersensibilidade, com aumento da produção de IL-4 (aumento da produção de IgE) e IL-5 (eosinofilia). Os ovos de esquistossoma se alojam em criptas intestinais, em vasos logo abaixo da submucosa. Podem ser observados vermes dentro desses vasos na submucosa. No fígado ocorre formação de granulomas no espaço portal, contendo ovos no seu interior. A reação provocada pelo schistossoma leva a formação de fibrose intensa, que progride provocando aumento da pressão portal e desvio do fluxo para a circulação pelo sistema cava. Nas formas pulmonares, há granulomas dentro dos alvéolos, gerando hipertensão pulmonar. As principais lesões causadas no homem são secundárias, portanto aos ovos do parasita. Tratamento

O tratamento antiparasitário inclui duas opções que são o

oxamniquine ou praziquantel, em dose única, sendo este último eficaz

em zonas endêmicas em mais de 85% dos casos. O controle de cura

é feito com exames protoparasitológicos seriados após 40 dias do

tratamento. Em pacientes com mielopatia ou manifestações cerebrais

da esquistossomose pode ser usado glicocorticoides como prednisona

1 mg/Kg por tempo limitado. A prevenção da doença é importante e

inclui o tratamento apropriado dos infectados, medidas de saneamento

básico e combate ao hospedeiro intermediário além da educação

sanitária da população.