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resumo de artigo sobre abortamento, Resumos de Saúde da Mulher

resumo de artigo sobre abortamento

Tipologia: Resumos

2025

Compartilhado em 09/05/2025

mirela-kaila
mirela-kaila 🇧🇷

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No brasil, o aborto provocado é a maior causa de morte materna com
estimativa de 529 mil casos por ano. Ele gera cerca de 350 mil internações
por complicações como hemorragia, infecções e traumatismo dos órgãos
reprodutivos e abdominais, sendo também a terceira causa mais comum de
procedimentos obstétricos. Trata-se de um grave problema de saúde pública,
com impactos significativos na saúde das mulheres e nos custos do sistema de
saúde, especialmente em países com poucos recursos.
Geralmente realizada por indivíduos não preparados ou em ambientes
desfavoráveis. Estima-se que 85 milhões das gestações no mundo não são
desejadas acarretando 22 milhões de abortos inseguros.
Objetivo do Estudo
O artigo teve como objetivo analisar como a enfermagem tem atuado em
situações de aborto induzido ou provocado, e quais os desafios encontrados
na prática, com base em estudos científicos publicados nos últimos anos.
Período dos artigos analisados: 2009 a 2019. 13 artigos selecionados
Principais Descobertas
1. Falta de preparo profissional
o percebeu-se a prevalência de uma assistência tecnicista,
baseada nas necessidades físicas apresentadas pelas
mulheres,/ seguida de uma assistência discriminatória,
julgatória e burocrática. A recusa por parte dos profissionais em
prestar o atendimento ao cliente pode ser vista em dois estudos.
o em alguns estudos o atendimento prestado pelo enfermeiro não
contemplava as reais necessidades das mulheres que
praticaram o aborto resultando em alguns casos em agressão
verbal
2. Influência de crenças pessoais
o Julgamentos morais e religiosos podem afetar negativamente a
qualidade do cuidado.
o Algumas enfermeiras impõem valores pessoais, o que pode levar
à revitimização da mulher.
o outra questão importante abordada nos estudos da amostra foi
como a assistência deveria ser realizada, livre de julgamentos
pessoais e dialéticos, humanizada e que atenda as reais
necessidades físicas, emocionais e afetivas dessas mulheres.
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No brasil, o aborto provocado é a 3ª maior causa de morte materna com estimativa de 529 mil casos por ano. Ele gera cerca de 350 mil internações por complicações como hemorragia, infecções e traumatismo dos órgãos reprodutivos e abdominais, sendo também a terceira causa mais comum de procedimentos obstétricos. Trata-se de um grave problema de saúde pública, com impactos significativos na saúde das mulheres e nos custos do sistema de saúde, especialmente em países com poucos recursos. Geralmente realizada por indivíduos não preparados ou em ambientes desfavoráveis. Estima-se que 85 milhões das gestações no mundo não são desejadas acarretando 22 milhões de abortos inseguros. Objetivo do Estudo O artigo teve como objetivo analisar como a enfermagem tem atuado em situações de aborto induzido ou provocado , e quais os desafios encontrados na prática, com base em estudos científicos publicados nos últimos anos.

  • Período dos artigos analisados : 2009 a 2019. 13 artigos selecionados Principais Descobertas
  1. Falta de preparo profissional o percebeu-se a prevalência de uma assistência tecnicista, baseada nas necessidades físicas apresentadas pelas mulheres,/ seguida de uma assistência discriminatória, julgatória e burocrática. A recusa por parte dos profissionais em prestar o atendimento ao cliente pode ser vista em dois estudos. o em alguns estudos o atendimento prestado pelo enfermeiro não contemplava as reais necessidades das mulheres que praticaram o aborto resultando em alguns casos em agressão verbal
  2. Influência de crenças pessoais o Julgamentos morais e religiosos podem afetar negativamente a qualidade do cuidado. o Algumas enfermeiras impõem valores pessoais, o que pode levar à revitimização da mulher. o outra questão importante abordada nos estudos da amostra foi como a assistência deveria ser realizada, livre de julgamentos pessoais e dialéticos, humanizada e que atenda as reais necessidades físicas, emocionais e afetivas dessas mulheres.

3. Impacto emocional no cuidado o Profissionais muitas vezes vivenciam conflitos internos ao cuidar de mulheres em situação de aborto provocado. o Isso gera angústia, sofrimento e sentimento de impotência, especialmente quando a mulher está em situação de vulnerabilidade. o Quanto ao estado emocional das mulheres praticantes do aborto, percebeu-se uma alternância de sentimentos entre o medo, a culpa, o arrependimento, o estigma social e a censura , seja ela familiar ou por parte dos profissionais de saúde.

  1. Importância do acolhimento e da humanização o O estudo reforça que o cuidado deve ser ético, respeitoso, livre de julgamentos e centrado nas necessidades da mulher. o A escuta acolhedora e a empatia são aspectos essenciais da atuação de enfermagem nesses casos.
  2. Necessidade de políticas e protocolos claros o A ausência de protocolos bem definidos prejudica a atuação dos profissionais. o O artigo recomenda a construção de diretrizes que orientem a assistência com base nos direitos reprodutivos. Motivos: Entre os motivos da prática do aborto foi possível identificar a dificuldade financeira, violência, situação conjugal , nível de escolaridade, idade materna, número de filhos, gravidez indesejada, falha e/ou uso inadequado do método contraceptivo (por falta de conhecimento ou acesso a eles) e condições sociais e econômicas desfavoráveis. Conclusão: A atuação do enfermeiro em situações de aborto induzido/provocado em sua maioria é realizada de forma tecnicista, sem a criação de um vínculo afetivo com a paciente, contradizendo as diretrizes do código de ética da profissão. Observa-se que há uma dificuldade de os profissionais aderirem uma prática não julgatória no cotidiano de suas atividades, oscilando entre o que é correto e o que se pratica, decorrentes de valores éticos, morais, culturais e religiosos de cada um , o que tem contribuído para a precariedade da assistência. Além disso, é preciso um enfoque sistemático para o desenvolvimento de ações na prática assistencial que visam como resultado final a promoção da saúde das mulheres e seus direitos reprodutivos.