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Resumo do capitulo 12 do livro "Economia Modo de Usar" de Ha-Joon Chang
Tipologia: Resumos
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Compartilhado em 18/07/2020
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- Chang – Economia Modo de Usar – capítulo relativo ao comércio exterior e ao investimento estrangeiro (cap. 12) A teoria da vantagem absoluta; a ideia é de que um país não precisa comerciar com outro se ele pode produzir de tudo mais barato do que o seu potencial parceiro comercial. A teoria das Vantagens comparativas contesta essa última , afirmando que um país pode se beneficiar do comércio internacional com outro país, mesmo quando pode produzir tudo mais barato do que o outro, se especializando naquilo que “produz melhor”. Esse argumento sempre foi o mais favorável para o livre comércio, considerando suas premissas como verdadeiras. A primeira premissa é a igualdade de capacidade entre os países, completamente irrealista e que ignora o protecionismo benéfico em casos de indústrias incipientes, que demonstrou estratégia bem sucedida para o desenvolvimento. A segunda premissa é a de que o capital e o trabalho podem ser remodelados para uso em qualquer setor sem nenhum custo. Também pode ser considerada irreal visto que capital e trabalho geralmente são fixos, de dificil realocação. Outra premissa é a da compensação, em que mesmo que haja perdedores, esses serão beneficiados pelos ganhos do país em se especializar. Em país desenvolvidos isso é parcialmente real, com estado de bem estar social provendo garantias de seguridade social, mas em outros esse tipo de estado é muito fraco, inexistindo a compensação. Ser contra a TVC não significa atacar o comércio que sim traz benefícios, como por exemplo a expansão do mercado, permitindo custos menores na produção, a propensão a tornar os produtores mais eficientes devido a maior competição(excetuando a competição injusta entre países subdesenvolvidos e em desenvolvimento). A exposição de novas ideias também pode levar a inovação. A parte da tecnologia é crucial para o desenvolvimento em países nesse processo, e devido a isso fazem com que o comércio internacional seja benéfico para esses países. Para isso ele precisa de moedas fortes, adquiridas através da exportação, para poder importar tecnologias já desenvolvidas em outros países. Assim o comércio internacional é essencial, mas o livre-comércio não necessariamente é a melhor forma de realizá-lo. Interessante observar que economias maiores tendem a ser menos dependentes do comércio por comportarem uma estrutura de produção mais diversificada graças a seu tamanho, que permite que elas obtenham economia de escala em um número maior de indústrias. Os países com mais dependência de comércio são aqueles do tigre asiático. Há países europeus com dependência média e outros, menores com 60% de dependencia. Nos últimos anos tem-se observado alterações na estrutura do comércio internacional com um pequeno aumento da participação dos serviços nesse âmbito, indo de 15% para 20%. Já os produtos manufaturados sempre se mantiveram em alta, representando cerca de 69% atualmente. Os países em desenvolvimento aumentaram sua participação nos últimos anos nessa seara, sendo o maior representante a china que representava apenas 0,8% nos anos 80 e pulou para 16,8%. Além do livre comércio o investimento direto estrangeiro tem se tornado muito relevante atualmente, apresentando crescimento desde a década de 80 e representado atualmente 2,7% do PIB mundial. Esse investimento direto traz novas práticas de gestão e muitas vezes tecnologias, tanto em casos em que se instala uma filial de empresa estrangeira quanto em casos em que se adquire uma empresa nacional. Mas o impacto não reside apenas na empresa que o recebe, mas pode influenciar em toda capacidade produtiva do restante da economia. Há o efeito de demonstração, com outros empreendimento observando as práticas da filial internacional e as absorvendo. Impactam também nos fornecedores locais, ao exigirem um padrão mais alto na qualidade na entrega do produto. Além disso há uma disseminação das práticas, técnicas, estratégias, condutas
etc. das transnacionais quando seus empregados vão para outras empresa sou criam seus próprios negócios. Isso é denominado efeito spillover. Esses benefícios entretanto são teóricos e não são sempre observados, havendo vários condicionantes, como o fato da transnacional utilizar dos fornecedores locais, se ela tem uma visão de produção a longo prazo etc. Esses benefícios podem também ser de difícil observação devido aos efeitos negativos que também podem ser causados. Um exemplo é a cobrança de sobrepreço ou sobrepreço entre subsidiárias em países com alíquotas diferentes, fazendo com que os lucros sejam maiores em empresas em que as alíquotas são mais baixas, por meio das transferências entre subsidiárias. Funciona da seguinte maneira, uma subsidiária localizada em um país com alta carga tributária tem seus custos inflados, ao importar a sobrepreços de subsidiárias de outros países. Esse valor inflado vai para o lucro das subsidiárias localizadas em países com alíquotas mais baixas, o que maximiza o lucro, visto que essas importam a valores muito mais baixos, o que leva a baixos lucros das subsidiárias em países sobretaxados, o que leva a poucas obrigações tributárias. A economia anfitriã dessa forma subsidia a transnacional através de infraestrutura, educação e pesquisa e desenvolvimento, mas não obtém retorno. A o caso também de subsidiárias, por terem a reputação da transnacionais sobre si, dominarem o mercado de crédito local, mesmo quando não são eficientes, o que nesse caso, prejudica o mercado local e a eficiência como um todo da atividade. Essa influência de fora pode implicar em mudança na política do país no sentido de beneficiar a transnacional em detrimento das empresas locais. Nesse sentido, a longo prazo, a instalação de transnacionais pode minar o crescimento de empresas locais, impedindo a capacidade produtiva do próprio país. Dessa forma, o investimento estrangeiro pode ser positivo se bem regulado, no intuito de maximizar os objetivo. Exemplos disso adotados pela china, coreia, japão são Eles exigiram que as empresas transnacionais tenham um sócio local de investimento (conhecida como cláusula de joint-venture). Eles criaram regras sobre a parcela da joint-venture que pode ser de propriedade do investidor estrangeiro; a possibilidade de o acionista estrangeiro ser majoritário foi praticamente banida em setores importantes. Muitos governos exigiram que a transnacional que está fazendo o investimento transfira suas tecnologias para a sócia local da joint-venture (cláusula de transferência de tecnologia) ou que trabalhadores locais sejam treinados. Os países também exigiram que as subsidiárias das transnacionais comprem certas proporções de insumos em nível local. Entretanto o modo restritivo não é o único de sucesso, com políticas como as de iscas, em que países oferecem subsídios para transnacionais que fizessem investimentos em setores estratégicos, que oferecimento de infraestrutura customizada e formação de engenheiros e de trabalhadores capacitados que fossem necessários em setores específicos. Até aqui discute-se sobre livre circulação de capital, de bens e serviços, de investimentos, tidos como muito benéficos pelos neoclássicos. Entretanto, a livre circulação de pessoas é bem menos defendida ou abordada por essas mesmas pessoas. A diferença entre a livre circulação de bens,serviços, capital etc. e pessoas é que a entrada de dos primeiros não traz consigo seu fornecedor. Já a entrada de mão de obra necessita necessariamente que seu fornecedor vá para o país, o que implica em direitos mínimos que esse trabalhador deve ter. Há questão então é quais são esses direitos fornecidos pelo estado aos imigrantes? E seus deveres nesse novo contexto?. “As respostas a essas questões exigem julgamentos políticos e éticos explícitos, mais uma vez mostrando que a economia não pode ser uma “ciência isenta de valores”. Há um consenso de que imigrantes se beneficiam ao migrarem, geralmente indo para um país mais desenvolvido do que aquele em que residia. Em relação aos efeitos no país destino, não há tanto consenso, mas aponta-se para o sentido de que o país também se beneficia. Os imigrantes geralmente vem para ocupar vagas onde há escassez de trabalhadores, em segmentos específicos, geralmente em condições degradantes, ou especializados , como no vale do silício. Em todos os casos representam eles suprem uma necessidade do país. Por