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Os resultados de um estudo sobre o efeito da irrigação na quantidade de folhas e área foliar da cana-de-açúcar em diferentes fases de crescimento. O estudo foi realizado no instituto federal goiano – câmpus rio verde e utilizou cinco níveis de reposição hídrica e três épocas após o corte. As variáveis foram avaliadas em relação à área foliar e número de folhas, sendo observada interferência tanto em função dos níveis de reposição hídrica quanto para os dias após o corte. A análise de variância mostrou interação entre esses fatores para a área foliar.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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II Congresso Estadual de Iniciação Científica do IF Goiano II Congresso de Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus Rio Verde do IF Goiano 11 a 14 de novembro de 2013
(^1) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Rio Verde - GO. murilomartins91@hotmail.com;
RESUMO: O déficit hídrico diminui o potencial fotossintético das plantas devido à redução do número de folhas e área foliar, mediante este fato, objetivou-se avaliar a influência de diferentes níveis de reposição hídrica na área foliar e no número de folhas em diferentes fases de cultivo de cana-de-açúcar primeira soca. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados, analisado em esquema de parcela subdividida, avaliando a reposição hídrica (RH) representando as parcelas, e os dias após o corte (DAC) representando as subparcelas. Utilizou-se a cultivar de cana RB855453, plantadas em linha dupla, com comprimento de 8 m e espaçamento de 1,80 metros entre as linhas duplas, e distância entre as plantas na linha dupla de 0,40 m. Para a área foliar e o número de folhas, observou-se que houve significância para a RH e DAC, havendo ainda interação entre esses fatores para a área foliar. A reposição hídrica influenciou as variáveis analisadas ao longo das fases da cana-de-açúcar primeira soca.
Palavras-chave adicionais: Reposição hídrica. Irrigação localizada. Variáveis biométricas.
A cana-de-açúcar é considerada umas das principais culturas agrícolas do mundo, principalmente em virtude do seu alto potencial energético. Vários fatores interferem na produção e maturação da cultura da cana-de-açúcar, sendo os principais a interação edafoclimática, o manejo da cultura e a cultivar escolhida (CESAR ET AL., 1987). No entanto, a restrição hídrica é considerada um dos principais fatores limitantes à produção agrícola. O déficit hídrico afeta vários aspectos do crescimento vegetal; os efeitos mais óbvios do estresse hídrico se referem à redução do tamanho das plantas, de sua área foliar e da produtividade da cultura (TAIZ & ZEIGER,2002). Segundo Benincasa (1988) as folhas são os órgãos responsáveis por 90% da massa seca acumulada, resultante da atividade fotossintética. Assim, fatores como temperaturas elevadas em períodos de estresse hídrico causam a diminuição da área foliar, pois aceleram o processo de senescência das folhas verdes. Assim, objetivou-se neste estudo avaliar a influência de diferentes níveis de reposição hídrica por sistema de gotejamento subsuperficial no número de folhas e na área foliar em diferentes fases de cultivo da cana-de-açúcar primeira soca.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na área experimental do Instituto Federal Goiano – Câmpus Rio Verde, GO. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados, analisado em esquema de parcela subdivida, com quatro repetições. Os fatores avaliados nas parcelas corresponderam a cinco níveis de reposição hídrica (100, 75, 50, 25 e 0% RH), enquanto as subparcelas foram representadas por diferentes dias após corte, sendo que foram três épocas (90, 210 e 330 DAC). O plantio da cana de açúcar, cultivar RB855453, foi realizado em linha dupla com comprimento de 8 m e espaçamento de 1,80 metros entre as linhas duplas, sendo a distância entre as plantas na linha dupla de 0,40 m. Foram utilizadas três linhas duplas por parcela. Nos tratamentos que receberam reposição hídrica (RH), o tubo gotejador foi enterrado a 0, m de profundidade da superfície do solo, entre os sulcos de plantio na linha dupla. A demanda hídrica foi calculada em base de tensiometria digital de punção com sensibilidade de 0,1 kPa. O suprimento de água ao solo pela irrigação foi realizado com a aplicação de 0, 25, 50, 75 e 100% de reposição hídrica. As variáveis foram avaliadas na área útil (um metro centro da linha dupla central) de cada parcela experimental, contabilizando de três plantas previamente identificadas o número de folhas (NF), sendo contabilizadas somente aquelas
II Congresso Estadual de Iniciação Científica do IF Goiano II Congresso de Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus Rio Verde do IF Goiano 11 a 14 de novembro de 2013
expandidas com no mínimo 70% de área verde e a área foliar (AF, cm^2 ). Os dados obtidos foram submetidos à análise da variância pelo teste F e suas médias pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade para os DAC, e para RH realizou-se análise de regressão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 1 verifica-se o resumo da análise de variância para a área foliar (AF) e número de folhas (NF) da cana-de-açúcar em função dos níveis de reposição hídrica (RH) em diferentes dias após corte (DAC). Constatou-se que a área foliar e o número de folhas sofreram interferência tanto em função dos níveis de reposição hídrica, quanto para os dias após o corte, no entanto, foi observada interação entre RH x DAC somente para a área foliar.
Tabela 1. Resumo da análise de variância para: área foliar (AF) e número de folhas (NF) da cana-de-açúcar primeira soca submetida a diferentes níveis de reposição hídrica (RH) em diferentes dias após corte (DAC). Fonte de Variação
GL Quadrados Médio NF AF RH 4 0,61** 1001240,24** Bloco 3 0,22ns 135870,62ns Resíduo a 12 0,11 107670, DAC 2 10,23** 123167614,81** RH x DAC 8 0,17ns 382663,21** Residuo b 30 0,20 109072, CV(a) 4,90 9, CV (b) 6,59 9, ** - significativo a 1% de probabilidade; ns – não significativo a 5% de probabilidade; RH x DAC – interação RH x DAC.
No número de folhas ao se avaliar o efeito da RH, constatou-se que nenhuma equação de regressão se ajustaram adequadamente devido possuir um coeficiente de determinação baixo. Por outro lado, nos DAC, verificou que aos 210 e 330 DAC não houve diferença significativa no NF (Tabela 2), porém diferiram do NF aos 90 DAC, onde observou um acréscimo de 20 e 21% no NF aos 210 e 330 DAC, respectivamente, em relação ao 90 DAC.
Tabela 2. Médias do número de folhas no cultivo de cana soca em função dos DAC. DAC Médias 90 6,00b 210 7,20a 330 7,27a Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Na Tabela 3 encontra-se o desdobramento da interação RH x DAC para a AF, verifica-se diferença significativa na área foliar para reposição hídrica somente aos 330 DAC, com um crescimento linear e segundo a equação de regressão, houve um incremento de 40,19% para cada aumento de 25% na RH. Para o desdobramento dos DAC dentro de cada nível da RH constatou diferença significativa entre as datas de avaliações em todas as RH utilizadas (Tabela 3). De acordo com as médias, a AF das plantas aos 330 DAC foi em média 87 e 29% maior que a AF dos 90 e 210 DAC, respectivamente, já a AF dos 210 DAC superou a AF dos 90 DAC em média 82%. Tabela 3. Desdobramento da interação RH x DAC para a AF. RH dentro de cada nível de DAC DAC Equação de regressão R^2 90 Não houve diferença significativa 210 Não houve diferença significativa 330 Y = 875,918+14,080**X^ 0, DAC dentro de cada nível de RH RH 90 DAC 210 330 0 612,81 c 3671,48 b 4819,29 a 25 636,68 c 3781,00 b 5014,42 a 50 771,17 c 3829,47 b 6058,61 a 75 768,01 c 4193,19 b 5841,71 a 100 707,52 c 4125,20 b 6165,72 a Medias seguidas de mesma letras na horizontal (entre colunas) não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
CONCLUSÃO A área foliar e o número de folhas da cana-de-açúcar primeira soca foram influenciados pela reposição hídrica ao longo do ciclo de cultivo da cultura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENINCASA, M.M.P. 1988. Análise de crescimento de plantas: noções básicas. Funep , Jaboticabal. 42 p. CESAR, M.A.A.; DELGADO, A.A.; CAMARGO, A.P. de; BISSOLI, B.M.A.; SILVA, F.C. Capacidade de fosfatos naturais e artificiais em elevar o teor de fósforo no caldo de cana-de- açúcar (cana-planta), visando o processo industrial. STAB: Açúcar, Álcool e Subprodutos , v.6, p.32-38, 1987. TAIZ, L.; ZEIGER, E. Plant physiology. 3.ed. Sunderland: Sinauer Associates, 2002. 798 p.