Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Resumo Ácido Acetilsalicílico AAS, Esquemas de Farmacologia

Esse resumo aborda o Ácido Acetilsalicílico (AAS), conhecido como aspirina.

Tipologia: Esquemas

2025

À venda por 10/03/2025

gracy-baretta
gracy-baretta 🇧🇷

3 documentos

1 / 1

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Ácido Acetilsalicílico
O ácido acetilsalicílico (AAS), conhecido
comercialmente como aspirina, tem uma
longa história que remonta à antiguidade. O
seu princípio ativo foi inicialmente derivado
da casca do salgueiro (Salix alba), usada
desde civilizações antigas, como os egípcios e
gregos, para tratar febre e dores.
No século XIX, cientistas isolaram o composto
ativo da casca do salgueiro, chamado salicina.
Em 1897, o químico alemão Felix Hoffmann,
da empresa Bayer, conseguiu sintetizar o
ácido acetilsalicílico em uma forma mais pura
e estável, tornando-o menos irritante para o
estômago. A Bayer patenteou a substância e
lançou a aspirina em 1899, inicialmente como
um pó e, posteriormente, em comprimidos.
Mecanismo de Ação
O AAS pertence ao grupo dos anti-
inflamatórios não esteroides (AINEs) e atua
inibindo irreversivelmente as enzimas ciclo-
oxigenases (COX-1 e COX-2), responsáveis
pela produção de prostaglandinas e
tromboxanos. Esses compostos estão
envolvidos em processos inflamatórios, dor,
febre e coagulação sanguínea.
Inibição da COX-1: Reduz a produção de
tromboxano A2, o que impede a agregação
plaquetária (efeito anticoagulante).
Inibição da COX-2: Diminui a produção de
prostaglandinas, reduzindo inflamação, febre
e dor.
Indicações e Usos Clínicos
O AAS é utilizado para diversas finalidades,
incluindo:
1. Analgésico e Antipirético: Para dores
leves a moderadas, como dores de cabeça,
musculares, dentárias e febre.
2. Anti-inflamatório: No tratamento de
doenças inflamatórias, como artrite
reumatoide.
3. Antitrombótico (Anticoagulante): Em
baixas doses (geralmente 75-100 mg/dia),
previne eventos cardiovasculares, como
infarto do miocárdio e AVC, especialmente
em pacientes de alto risco.
4. Uso preventivo: Em pacientes com
histórico de infarto ou AVC, pode reduzir o
risco de novos eventos.
Efeitos Colaterais e Riscos
Apesar de seus benefícios, o AAS pode causar
diversos efeitos adversos, especialmente em
uso prolongado:
Gastrite e úlceras gástricas, Sangramentos,
Síndrome de Reye, Reações alérgicas,
Toxicidade.
O AAS é um dos medicamentos mais
importantes da história da medicina, com
múltiplos usos terapêuticos. No entanto, seu
uso deve ser feito com cautela, considerando
os riscos de efeitos colaterais e
contraindicações, especialmente em
tratamentos de longo prazo ou em pacientes
com predisposição a complicações
gastrointestinais ou hemorrágicas.

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Resumo Ácido Acetilsalicílico AAS e outras Esquemas em PDF para Farmacologia, somente na Docsity!

Ácido Acetilsalicílico

O ácido acetilsalicílico (AAS), conhecido comercialmente como aspirina, tem uma longa história que remonta à antiguidade. O seu princípio ativo foi inicialmente derivado da casca do salgueiro (Salix alba), usada desde civilizações antigas, como os egípcios e gregos, para tratar febre e dores. No século XIX, cientistas isolaram o composto ativo da casca do salgueiro, chamado salicina. Em 1897, o químico alemão Felix Hoffmann, da empresa Bayer, conseguiu sintetizar o ácido acetilsalicílico em uma forma mais pura e estável, tornando-o menos irritante para o estômago. A Bayer patenteou a substância e lançou a aspirina em 1899, inicialmente como um pó e, posteriormente, em comprimidos. Mecanismo de Ação O AAS pertence ao grupo dos anti- inflamatórios não esteroides (AINEs) e atua inibindo irreversivelmente as enzimas ciclo- oxigenases (COX-1 e COX-2), responsáveis pela produção de prostaglandinas e tromboxanos. Esses compostos estão envolvidos em processos inflamatórios, dor, febre e coagulação sanguínea.

  • Inibição da COX-1: Reduz a produção de tromboxano A2, o que impede a agregação plaquetária (efeito anticoagulante).
  • Inibição da COX-2: Diminui a produção de prostaglandinas, reduzindo inflamação, febre e dor. Indicações e Usos Clínicos O AAS é utilizado para diversas finalidades, incluindo:
  1. Analgésico e Antipirético: Para dores leves a moderadas, como dores de cabeça, musculares, dentárias e febre.
  2. Anti-inflamatório: No tratamento de doenças inflamatórias, como artrite reumatoide.
  3. Antitrombótico (Anticoagulante): Em baixas doses (geralmente 75-100 mg/dia), previne eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio e AVC, especialmente em pacientes de alto risco.
  4. Uso preventivo: Em pacientes com histórico de infarto ou AVC, pode reduzir o risco de novos eventos. Efeitos Colaterais e Riscos Apesar de seus benefícios, o AAS pode causar diversos efeitos adversos, especialmente em uso prolongado:
  • Gastrite e úlceras gástricas, Sangramentos, Síndrome de Reye, Reações alérgicas, Toxicidade. O AAS é um dos medicamentos mais importantes da história da medicina, com múltiplos usos terapêuticos. No entanto, seu uso deve ser feito com cautela, considerando os riscos de efeitos colaterais e contraindicações, especialmente em tratamentos de longo prazo ou em pacientes com predisposição a complicações gastrointestinais ou hemorrágicas.