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Guias e Dicas
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Behaviorismo de Skinner: Uma Abordagem Científica do Comportamento, Resumos de Ciência Comportamental

O behaviorismo de skinner, uma abordagem científica do comportamento que enfatiza a influência do ambiente e da hereditariedade. O texto discute a crítica de skinner ao realismo e à introspecção, defendendo a necessidade de métodos objetivos para estudar o comportamento. Aborda também conceitos chave como determinismo, autonomia e redundância, além de analisar a importância da teoria evolucionista para a compreensão do comportamento.

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 03/02/2025

carolina-duarte-70
carolina-duarte-70 🇧🇷

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Não perca as partes importantes!

bg1
Anotações*e*resumo*acerca*do*livro*de*William&Baum Compreender&o&Behaviorismo&
PARTE&1&
"Uma*versão*anterior,*chamada*de*behaviorismo*metodológico,*baseava-se*no*realismo,*a*visão*de*que*toda*experiência*é*causada*por*um*mundo*real*objetivo,*externo*e*separado*do*mundo*interno subjetivo*de*uma*
pessoa."
BEHAVIORISMO+DE+WATSON
"O*realismo*pode*ser*contrastado*com*o*pragmatismo,*que*se*cala*sobre*a*origem*da*experiência,*mas*aponta,*em*vez*disso,*a*utilidade*de*tentar*entender*e*dar*sentido*a*nossas*experiências. Uma*versão*posterior*do*
behaviorismo,*chamada*behaviorismo*radical, baseia-se*no*pragmatismo,*e*não*no*realismo."
BEHAVIORISMO+DE+SKINNER
Ideia*central*do*Behaviorismo:*uma*ciência*do*comportamento é*possível.
"Os*behavioristas*têm*opiniões*diversas*sobre*o*que*essa*proposição*significa*e*particularmente*sobre*o*que*é*ciência*e*o*que*é*comportamento,*mas*todos*concordam*que*pode*haver*uma*ciência*do*comportamento."
"A*maioria*dos*behavioristas*passou*a*chamar*a*ciência*do*comportamento*de*análise*do*comportamento."
"o*behaviorismo*propriamente*dito*não*é*ciência,*mas*filosofia*da*ciência."
Todas*as*ciências*tiveram*sua*origem*na*filosofia.
"A*filosofia*raciocina*a*partir*de*pressupostos*para*chegar*a*conclusões.*Seus*argumentos*assumem*a*forma:*“Se&isto&fosse&assim,&então&aquilo&seria&assim”.*A*ciência*segue*na*direção*oposta:*“Isto&é&observado;&o&que&
poderia&ser&verdade&que&levaria&a&tal&observação,&e&a&quais&outras&observações&isso&levaria?”.*A*verdade*filosófica*é*absoluta;*contanto*que*os*pressupostos*sejam*enunciados*e*o*raciocínio*esteja*correto,*as*conclusões*
devem*seguir-se.*A*verdade*científica*é*sempre*relativa*e*provisória;*ela*é*relativa*à*observação*e*passível*de*ser*desmentida*por*novas*observações."
"Os*pressupostos*filosóficos*se*referem*a*abstrações*além*do*universo*natural:*Deus,*harmonia,*formas*ideais,*e*assim*por*diante.*Os*pressupostos*científicos*utilizados*na*elaboração*de*teorias*referem-se*apenas*ao*
universo*natural*e*a*sua*possível*forma*de*organização."
A*ruptura*da*psicologia*com*a*filosofia*foi*relativamente*recente.*
"Até*a*década*de*1940,*poucas*universidades*tinham*um*departamento*separado*de*psicologia,*e*os*professores*de*psicologia*costumavam*ser*encontrados*no*departamento*de*filosofia."
Ainda*nos*dias*de*hoje,*os*psicólogos*discutem*as*implicações*de*considerar*a*psicologia*uma*verdadeira*ciência,*os*leigos*ainda*estão*começando*a*entender*o*que*uma*psicologia*científica*realmente*significa*na*prática.
Porém,*no*princípio,*os*psicólogos*utilizavam*métodos*filosóficos:*Introspecção.
Primeiro+laboratório+de+Psicologia:+WUNDT
"Trata-se*de*uma*tarefa*difícil,*principalmente*se*o*que*se*deseja*é*colher*fatos*científicos*fidedignos.*Parecia*aos*psicólogos*do*século*XIX que*essa*dificuldade*poderia*ser*superada*com*bastante*treino*e*muita*prática."
PSICOLOGIA+OBJETIVA
Para*alguns*psicólogos*do*século*XIX,*a*introspecção*parecia*muito*pouco*confiável,*muito*suscetível*a*distorções*pessoais*e*muito*subjetiva.
"Se*duas*pessoas*treinadas*em*introspecção*discordassem*sobre*suas*conclusões,*seria*difícil*de*resolver*o*conflito;*entretanto,*se*utilizassem*métodos*objetivos,*os*pesquisadores*poderiam*notar*diferenças*de*
procedimento*que*talvez*explicassem*os*resultados*diferentes."
F.#C.#Donders#(1818-1889)
Psicólogo*holandês*e*um*dos*pioneiros da*psicologia*objetiva.
"Donders*raciocinou*que*as*estimativas*de*tempo*variavam*porque*nenhum*dos*astrônomos*utilizou*o*mesmo*tempo para*avaliar*o*momento*exato*de*trânsito;*ele*acreditava*que*eles*estavam*realmente*
fazendo*suas*avaliações*por*meio*de*diferentes*processos*mentais.*Donders*pensou*que*esse*“momento*de*avaliação”*poderia*ser*uma*medida*objetiva*útil.*Ele*começou*a*fazer*experimentos*em*que*media*
os*tempos*de*reação*das*pessoas os*tempos*necessários*para*detectar*uma*luz*ou*som*e*então*apertar*um*botão.*Ele*constatou*que*levava*mais*tempo*para*apertar*o*botão*correto*entre*dois*botões*
quando*uma*das*duas*luzes*dos*botões*se*acendia*do*que*para*apertar*um*único*botão*quando*uma*única*luz*se*acendia.*Subtraindo-se*o*tempo*de*reação*simples,*mais*curto,*do*tempo*de*reação*de*
escolha,*mais*longo,*Donders*armou*que*seria*possível*medir*objetivamente*o*processo*mental*de*escolha.*Isso*pareceu*um*grande*avanço*comparado*à*introspecção."
Isso*significava*que*os*psicólogos*poderiam*fazer*experimentos*laboratoriais com*os*mesmos*métodos*objetivos*que*as*outras*ciências.
Gustav#Fechner (1801-1887)
Tentou*medir*a*intensidade*subjetiva*da*sensação*ao*desenvolver*uma*escala*com*base*na*diferença*perceptível*– a*menor*diferença*física*entre*duas*luzes*ou*sons*que*uma*pessoa*é*capaz*de*detectar.*
Hermann#Ebbinghaus (1850-1909)
Mediu*o*tempo*que*ele*levava*para*aprender*e*posteriormente*reaprender*listas*de*sílabas*sem*sentido combinações*de*consoante-vogal-consoante*sem*significado*– para*produzir*medidas*objetivas*de*
aprendizado*e*memória.*
I.#P.#Pavlov#(1849-1936).
Outros*usaram*o*método*desenvolvido*por*Pavlov*para*estudar*aprendizagem*e*associação,*medindo*um*simples*reflexo*de*transferência*para*novos*sinais*organizados*no*laboratório.
"Essas*tentativas*mantiveram*a*promessa*comum*de*que,*seguindo*métodos*objetivos,*a*psicologia*poderia*se*tornar*uma*verdadeira*ciência."
PSICOLOGIA+COMPARATIVA
A*psicologia*também*estava*sendo*influenciada*pela*teoria*da*evolução,*não*éramos*mais*vistos*como*separados*dos*outros*seres*vivos.*O*reconhecimento*de*que*compartilhávamos*traços*comportamentais com*outros*
seres*vinha*crescendo.
"Pensadores*da*psicologia*comparativa*raciocinaram*que,*assim*como*era*possível*reconhecer*as*origens*dos*nossos*próprios*traços*anatômicos*em*outras*espécies,*também*era*possível*observar*as*origens*dos*nossos*
traços*mentais.*Assim,*a*ideia*de*fazer*comparações*entre*as*espécies*para*saber*mais*sobre*a*nossa,*aliada*à*suposição*de*que*nossos*traços*mentais*apareceriam*em*outras*espécies*de*maneira*mais*simples*ou*
rudimentar,*deu*origem*à*psicologia*comparativa."
George#Romanes (1848-1894).
"Inicialmente,*as*evidências*de*uma*mentalidade*aparentemente*humana*em*outros*animais*consistiam*em*observações*ocasionais*de*seres*selvagens*e*domésticos,*muitas*vezes*apenas*anedotas*sobre*animais*
de*estimação*ou*animais*de*criação.*Com*um*pouco*de*imaginação,*era*possível*ver*um*cão*que*aprendeu*a*abrir*o*portão*do*jardim*levantando*o*trinco*depois*de*ter*observado*e*raciocinado*a*partir*do*exemplo*
de*seu*dono.*É*possível*imaginar*ainda*que as*sensações,*os*pensamentos,*os*sentimentos,*etc.,*do*cão*devem*se*parecer*com*os*nossos."
Ele*levou*essa*linha*de*raciocínio*para*sua*conclusão*lógica,*chegando*a*armar*que*nossa*própria*consciência*deve*constituir*a*base*de*nossas*suposições*em*eventual*tênue*consciência*que*ocorre*em*formigas.
Humanização*de*feras,*ou*antropomorfismo.
Na*metade*do*século*XIX*e*início*do*século*XX,*os*psicólogos*passaram*a*substituir*as*anedotas*vagas*por*observações*e*experimentos*rigorosos*com*animais*em*laboratório.
"Grande*parte*dessa*pesquisa*inicial*baseou-se*em*labirintos,*porque*qualquer*animal*que*se*mova,*seja*ele*humano,*rato,*peixe*ou*formiga,*pode*ser*treinado*para*resolver*um*labirinto.*[...]*Levando*adiante*a*tentativa*
de*humanizar*a*fera,*esses*primeiros*pesquisadores*frequentemente*incluíram especulações*sobre*os*estados*mentais,*os*pensamentos*e*as*emoções dos*animais.*Dizia-se*que*os*ratos*demonstravam*aborrecimento*ao*
cometerem*um*erro,*confusão,*hesitação,*confiança,*e*assim*por*diante."
Entretanto,*essas*afirmações*dependiam*muito*de*um*viés*individual.*Se*dois*seres*humanos,*através*da*introspecção,*discordam*sobre*sentir*raiva*ou*tristeza,*imagine*sobre*o*sentir*raiva*ou*tristeza*de*um*rato.
John#B.#Watson#(1879-1958)
Fundador*do*Behaviorismo.
Considerou*que*as*inferências*sobre*a*consciência*em*animais*eram*ainda*menos*confiáveis*que*a*introspecção e*concluiu*que*nenhuma*das*duas*poderia*servir*de*método*para*uma*verdadeira*ciência.*
Publicou*o*artigo**“Psychology*as*the*behaviorist*views*it” em*1913.*
Era*guiado*pela*psicologia*objetiva.
"Se*você*não*conseguir*reproduzir*minhas*descobertas...*é*porque*sua*introspecção*não*foi*bem*treinada.*Ataca-se*o*observador,*e*não*a*situação*experimental.*Na*física*e*na*química,*atacam-se*as*condições*
experimentais.*O*equipamento*não*era*sensível*o*suficiente,*foram*utilizados*produtos*químicos*impuros,*etc.*Nessas*ciências,*uma*técnica*melhor*irá*gerar*resultados*passíveis*de*reprodução.*Na*psicologia*é*diferente.*
Se*você*não*é*capaz*de*observar*de*3*a*9*estados*de*clareza*na*atenção,*sua*introspecção*é*deficiente.*Se,*por*outro*lado,*um sentimento*parece*razoavelmente*claro*para*você,*sua*introspecção*é*novamente*a*culpada.*
Você*está*vendo*demais.*Os*sentimentos*nunca*são*claros."*(p.*163)
"A*ênfase*na*consciência*o*obrigava*à*absurda*situação*de*tentar*construir*o*conteúdo*consciente*do*animal*cujo*comportamento estudamos.*Nessa*visão,*depois*de*ter*determinado*a*capacidade*de*aprender*do*
animal,*a*simplicidade*ou*a*complexidade*de*seu*método*de*aprendizagem,*o*efeito*de*hábitos*passados*na*resposta*atual,*a*faixa*de*estímulos*a*que*ele*normalmente*responde,*a*faixa*mais*ampla*à*qual*é*capaz*de*
responder*em*condições*experimentais*– em*termos*mais*gerais,*seus*vários*problemas*e*suas*várias*maneiras*de*resolvê-los*,*ainda*devemos*sentir*que*a*tarefa*está*inacabada*e*que*os*resultados*são*inúteis,*até*que*
possamos*interpretá-los,*por*analogia,*à*luz*da*consciência...*sentimo-nos*obrigados*a*dizer*algo*sobre*os*possíveis*processos*mentais*do*animal.*Dizemos*que,*não*tendo*olhos,*seu*fluxo*de*consciência*não*pode*conter*
sensações*de*brilho*e*cor*como*tal*qual*conhecemos;*sem*papilas*gustativas,*esse*fluxo*não*pode*conter*sensações*de*doce,*azedo,*salgado*e*amargo.*Mas,*por*outro*lado,*uma*vez*que*ele*responde*a*estímulos*
térmicos,*táteis*e*orgânicos,*seu*conteúdo*consciente*deve,*em*grande*parte,*ser*constituído*por*essas*sensações...*Certamente,*é*possível*demonstrar*que*uma*doutrina*que*exige*uma*interpretação*analógica*de*todos*
os*dados*comportamentais*é*falsa."*(p.*159-160)
Ele*defendia*que*a*definição*da*psicologia*como*ciência*da*consciência*era*a*culpada*pelos*métodos*pouco*confiáveis*e*pelas*especulações*sem*fundamento.
Watson*escreveu:*“Creio*que*podemos*escrever*uma*psicologia,*defini-la*como*Pillsbury*e*nunca*renunciar*a*nossa*definição:*jamais*use*os*termos*consciência,*estados*mentais,*mente,*conteúdo,*introspectivamente*
verificável,*imagens*e*coisas*parecidas”*(p.*166).*
Ele*negava*o*status*científico*da*consciência,*mas*afirmava*sua*existência.
Ele*era*contrário*ao*antropomorfismo.
Na*primeira*onda,*seria*estudado*apenas*o*comportamento*objetivamente*observável
B.#F.#Skinner (1904--1990)
As.suas.ideias.sobre.como.alcançar.uma.ciência.do.comportamento.contrastaram.fortemente com.as.da.maioria.dos.outros.behavioristas.
Skinner.focou.nas.explicações.científicas.
O.caminho.para.uma.ciência.do.comportamento.era.por.meio.do.desenvolvimento.de.termos.e.conceitos.que.permitiriam.explicações.verdadeiramente.científicas..Rotulou.a.visão.oposta.de.
behaviorismo.metodológico.e.denominou.sua.própria.visão.behaviorismo+radical.
DETERMINISMO
Noção.de.que.o.comportamento.é.determinado unicamente.pela.hereditariedade.e.pelo.ambiente..
"O.comportamento.é.ordenado,.pode.ser.explicado,.pode.ser.previsto desde.que.se.tenha.dados.necessários.e pode.ser.controlado desde.que.se.tenham.os.meios.corretos."
LIVRE-ARBÍTRIO
Capacidade.de.escolher.
Implica.um.terceiro.elemento.além.da.hereditariedade.e.do.ambiente,.algo.dentro.do.indivíduo.
"Afirma.que,.apesar.da.herança.e.de.todos.os.impactos.ambientais,.uma.pessoa.que.se.comporta.de.uma.forma.poderia.ter.escolhido.se.comportar.de.outra..[...].O.livre-arbítrio.arma.que.a.escolha.não.
é.uma.ilusão,.que.os.próprios.indivíduos.causam.o.comportamento."
Alguns.pensadores.tentaram.conciliar.as.duas.coisas,.como.o.behaviorista.Donald#Hebb, com.a.ideia.de.determinismo.brando:."sustenta.que.o.livre-arbítrio.consiste.no.fato.de.o.comportamento.depender.
da.hereditariedade.e.da.história.ambiental.passada,.fatores.menos.visíveis.do.que.o.ambiente.presente..Mas,.como.essa.visão.ainda.considera.que.o.comportamento.resulta.unicamente.da.hereditariedade.
e.do.ambiente,.passado.e.presente,.ela.implica.que.o.livre-arbítrio.é.apenas.uma.experiência,.uma.ilusão,.e.não.uma.relação.causal.entre.pessoa.e.ação."
O.filósofo.Daniel#Dennett define.o.livre-arbítrio.como.uma.deliberação.antes.da.ação.
Os.filósofos.denominam.a.ideia.convencional.de.livre-arbítrio.– a.ideia.de.que.a.escolha.pode.realmente.ser.livre.de.eventos.passados.– de livre-arbítrio.libertário..Entretanto,.este.conflite.com.o.
behaviorismo.
REALISMO
Referente.a.ideia.de.que.as.coisas.que.eu.vejo realmente.estão.lá.
Existência.de.um.mundo.real.lá.fora.que.dá.origem.as.minhas.experiências.
Teoria.que.explica.porque,.ao.virar.de.costas.pra.uma.árvore,.eu.espero.vê-la.novamente.ao.dar.meia.volta.
"Parece.ser.senso.comum.que.a.árvore.faz.parte.de.um.mundo.real.fora.de.mim,.ao.passo.que.minha.experiência.da.árvore,.minhas.percepções,.meus.pensamentos.e.sentimentos estão.dentro.
de.mim."
"Este.mundo.real.parece.de.alguma.forma.ser.externo,.em.contraste.com.nossa.experiência,.que.parece.ser.de.alguma.forma.interna."
"Nossas.experiências.são.deste.mundo.real;.elas.são.separadas.do.mundo.em.si."
No.contexto.do.realismo,.um.mecanismo+compreensível significa.um.mecanismo.real.que.está.“lá.fora”.e.existe.independentemente.de.nós..Sua.compreensibilidade.significa.que,.à.medida.que.aprendemos.
mais.sobre.ele,.esse.universo.mecânico.parece.menos.enigmático..Sua.existência.independente.o.torna.objetivo.– isto.é, independentemente.de.como.nossas.concepções.sobre.ele.possam.mudar,.o.
universo.permanece.exatamente.o.que.é.
O.behaviorismo.metodológico.se.baseava.no.realismo.
"Os.behavioristas.metodológicos.distinguiam.o.mundo.objetivo.do.mundo.subjetivo..Uma.vez.que.a.ciência.lhes.parecia.ter.acesso.apenas.ao.mundo.objetivo,.eles.enfatizavam.os.métodos.da.ciência.para.
estudar.o.mundo.“fora”..Uma.vez.que.o.realismo.presume.que.o.mesmo.mundo.objetivo.está.lá.fora.para.todos,.enquanto.o.mundo.subjetivo.de.cada.pessoa.é.diferente.e.inacessível.a.qualquer.outra.
pessoa,.os.behavioristas.metodológicos.pensavam.que.o.único.caminho.para.uma.psicologia.científica.seria.por.meio.de.métodos.que.situassem.o.comportamento.no.mundo.objetivo,.o.mundo.que.todos.
compartilham.e.sobre.o.qual.poderiam.concordar."
PRAGMATISMO
Contrastado.com.o.realismo.
O.poder.da.investigação.científica.não.reside.tanto.em.descobrirmos.a.verdade.sobre.como.o.universo.objetivo.funciona,.mas.no.que.a.investigação.científica.nos.permite.fazer.
Pragmatismo.=.prática.
"A.grande.coisa.que.a.ciência.nos.permite.fazer.é.dar.sentido.a.nossas.experiências..Às.vezes,.a.ciência.até.nos.permite.prever.o.que.acontecerá e,.se.tivermos.os.meios,.controlar.o.que.acontece."
Se.a.resposta.a.uma.pergunta.não.alteraria.em.nada.a.maneira.como.a.ciência.prosseguiria,.a.culpa.é.da.própria.pergunta.e.não.merece.atenção.
"O.que.importa.em.relação.a.uma.bicicleta.é.que.eu.a.vejo,.a.chamo.por.seu.nome,.posso.emprestá-la.a.um.amigo,.posso.eu.mesmo.andar.nela..O.pragmatismo.se.mantém.agnóstico com.relação.
à.existência.de.uma.bicicleta.real.por.trás.desses.efeitos.".
Como.uma.teoria.da.verdade,.o.pragmatismo.equipara.aproximadamente.verdade.com.poder.explicativo.."Se.a.questão.de.saber.se.existe.um.universo.real.lá.fora.é.inútil,.então.também.o.é.a.
questão.de.saber.se.existe.alguma.verdade.final.absoluta."
William&James&(1842-1910).propôs.que.elas.pudessem.ser.mais.e.menos.verdadeiras..Uma.ideia.é.mais.verdadeira.do.que.outra.se.ela.nos.permite.explicar.e.entender.mais de.nossa.
experiência.
Apontou.que,.na.prática, todas.as.teorias.científicas.são.aproximações.
Geralmente uma.teoria.dá.conta.de.um.conjunto.de.fenômenos,.ao.passo.que.outra.lida.melhor.com.outro.conjunto.
A.ciência.não.pode.ser.caracterizada.como.progresso.infinito em.direção.a.alguma.verdade.suprema.
O#pragmatismo#influenciou#o#behaviorismo#moderno#indiretamente.
A.ciência.se.origina.da.necessidade.que.as.pessoas.têm.de.se.comunicar.de.maneira.eficiente,.economicamente,.uma.com.as.outras..Essa.comunicação.econômica.é.essencial.pois.permite.que.a.
compreensão.de.mundo.seja.facilmente.passada.de.uma.geração.à.outra.
"O.que.interessa.ao.pragmatista.é.que,.ao.descrever.nossas.observações,.usamos.termos.que.relacionam.um.fenômeno.a.outro..Quando.podemos.identificar.relações,.ver.como.uma.observação.
está.conectada.a.outras,.então.nossas.experiências.parecem.ordenadas.e.compreensíveis,.em.vez.de.caóticas.e.misteriosas."
O.behaviorismo.contemporâneo,.radical,.baseia-se.no.pragmatismo..
"O.objetivo.de.uma.ciência.do.comportamento.é.descrever.o.comportamento.em.termos.econômicos.e.que.o.torne.familiar.e,.assim,.“explicado”..Seus.métodos.visam.ampliar.nossa.experiência.
natural.do.comportamento.pela.observação.precisa."
Visão.holística do.sujeito.
A.análise.do.comportamento.lida.com.um.mundo.e.com.comportamento.a.ser.encontrado.naquele.mundo.
Conceitos.como.como.resposta,+estímulo+e+reforço auxiliaram.em.nosso.avanço.científico.
Evita.todas.as.formas.de.dualismo.que.introduzam.mistérios.insolúveis.
"A.segunda.razão.pela.qual.o.behaviorismo.radical.rejeita.o.realismo é.porque.o.realismo.leva.a.confundir.as.definições.de.comportamento..No.contexto.do.estudo.do.comportamento,.o.realismo.
sustentaria.que.há.algum.comportamento.real.que.se.passa.no.mundo.real.e.que.os.nossos.sentidos,.quer.sejam.usados.com.instrumentos.ou.na.observação.direta,.só.nos.fornecem.dados.
sensoriais.sobre.esse.comportamento.real,.o.qual.jamais.conhecemos.diretamente."
MENTALISMO
Separação entre.eventos.mentais.de.eventos.comportamentais.
Levaria.a.um.tipo.de.explicação.que.não.explica.nada..Explicações.que.te.mantém.no.mesmo.lugar.
"O.behaviorismo.radical.busca.um.conjunto.de.termos.que.tornem.compreensível.um.evento,.como.comprar.um.par.de.sapatos..Ao.desenvolver.tal.conjunto.de.termos,.será.útil.também.ver.por.
que.termos.como.queria e.impulso são.insuficientes."
EVENTOS#PÚBLICOS#E#PRIVADOS
Eventos.públicos são.aqueles.que.podem.ser.relatados.por.mais.de.uma.pessoa.
Eventos.privados são.aqueles.que.apenas.quem.o.sente.poderia.saber;.os.outros.só.possuem.conhecimento.desse.evento.se.o.indivíduo.o.tornar.público.(sentimentos,.pensamentos)..Pertencem.à.
pessoa.e.não.ao.ambiente.
"Para.o.behaviorista.radical,.a.distinção.é.de.pouca.importância..A.única.diferença.entre.eventos.públicos.e.privados.é.o.número.de.pessoas.que.podem.falar.sobre.eles..Afora.isso,.eles.são.o.
mesmo.tipo.de.evento,.tendo.todas.as.mesmas.propriedades."
A.pele.não.é.tão.importante.como.uma.fronteira”...Skinner,+1969
Para.Skinner,.eventos.privados.são.naturais.e.iguais.a.eventos.públicos em.todos.os.aspectos.importantes.
Mesmo.que.pensamentos.muitas.vezes.afetem.o.comportamento,.eles.jamais.originam um.comportamento.
"A.ideia.de.um.mundo.mental.separado.do.comportamento.leva.à.prática.de.invocar.ficções.mentais.para.tentar.explicar.o.comportamento..Mente,.vontade,.ego.e.assemelhados.são,.muitas.vezes,.
chamados.de.ficções.explicativas,.não.porque.explicam.alguma.coisa,.mas.porque.deveriam.explicar..A.principal.objeção.a.eles.é.que.eles.não.conseguem.explicar..Eles.falham.por.dois.tipos.de.razão:.
autonomia+e+redundância."
AUTONOMIA:#capacidade.de.se.comportar.(ideia.de.uma.pequena.pessoinha.controlando.o.funcionamento.do.indivíduo/"eu.interior"/entidade.interna.autônoma).
REDUNDÂNCIA:#trata-se.de.uma.explicação.insuficiente,.não.leva.à.nada.
"Mesmo.que.um.impulso.interno.não.fosse.considerado.autônomo,.“Eu.fiz.por.impulso”.falha.como.explicação.pelo.mesmo.motivo:.o.diabo,.o.eu.interior.e.o.impulso.são.todos.redundantes."
Eventos&de&pensar&e&Eventos&de&sentir
Pensar:.falar.privadamente.
O.que.Watson.chamou.de."discurso+subvocal".
Os.pensamentos.têm.uma.relação.com.a.fala.pública que.o.sentir.não.tem.
"Posso.dizer.a.mim.mesmo.em.voz.alta.“O.que.será.que.vai.acontecer.se.eu.apertar.este.botão”.ou.posso.sussurrar.isso.para.mim mesmo.ou.posso.dizê-lo.de.maneira.subvocal..Esses.eventos.são.
todos.muito.parecidos;.os.dois.primeiros.podem.ser.ouvidos,.ao.passo.que.o.terceiro.não."
Sentir:.melhor.compreendidos.em.contraste.com.a.visão.habitual.de.sensação.e.percepção.
Sentir.e.perceber.são.atividades,.eventos.comportamentais.
"A.única.coisa.que.é.vista,.ouvida,.cheirada,.tocada.ou.provada.é.uma.qualidade.do.evento isto.é,.faz.parte.da.definição.do.evento."
Ouvir.um.violino.e.ouvir.um.oboé.são.atividades.diferentes,.não.a.mesma.atividade.aplicada.a.sons.diferentes..
ver.na.ausência.da.coisa.vista”.
Teoria#da#cópia
"Alguns.filósofos.gregos.antigos,.intrigados.sobre.como.é.possível.ver.objetos.a.distância,.teorizaram.que.os.objetos.devem.enviar.cópias.de.si.mesmos.aos.nossos.olhos..Se.eu.vejo.uma.árvore.do.
outro.lado.da.estrada,.deve.ser.porque.a.árvore.envia.pequenas.cópias.de.si.mesma.para.meus.olhos."
Essa.noção.pode.ser.útil.para.compreender.algumas.coisas.sobre.os.olhos, mas.de.modo.algum.explica.o.ver.
A.cópia.é.supérflua,.porque.a.questão.continua.a.mesma,.quer.perguntemos.sobre.ver.a.árvore.ou.ver.a.cópia:.o.que.significa.ver.alguma.coisa?
Ver.na.ausência.da.coisa.vista:.A.teoria.da.cópia.usada.dessa.maneira.é.uma.forma.de.mentalismo;.a.aparente.explicação.não.explica.nada..Onde.está.a.cópia.mental.fantasmagórica,.do.que.ela.é.
feita.e.como.ela.pode.ser.vista?.
A.teoria.da.cópia.tenta.explicar.o.sonhar.e.o.imaginar pela.ideia.de.que.cópias.são.armazenadas.e.recuperadas.da.memória.
"Embora.os.behavioristas.contemporâneos.mantenham.uma.variedade.de.perspectivas.sobre.muitos.temas,.eles.geralmente.concordam.com.os.seguintes.pontos.básicos..Em.primeiro.lugar,.as.explicações.
mentalistas.do.comportamento.que.ocorrem.na.fala.cotidiana não.têm.lugar.em.uma.ciência.do.comportamento..Causas#mentais#de#comportamento#são#fictícias..As.origens.de.comportamento.estão.na.
hereditariedade.e.no.ambiente,.presente.e.passado..Uma.vez.que.ficções.mentais.têm.a.aparência.de.explicações,.elas.tendem.a.impedir.a.investigação.sobre.as.origens.ambientais,.o.que.levaria.a.uma.
explicação.científica.satisfatória..O.mentalismo.é.insatisfatório.porque.não.é.econômico.(Skinner).e.logicamente.falacioso (Ryle)."
Behaviorismo+metodológico
Behaviorismo+radical
Dualismo
aceita
rejeita
Termos+mentais
Refere-se*a*elementos*e*eventos*subjetivos
Ficções*explicativas;*omite
Inteligência
Medida*indiretamente*de*ações*públicas*
Ficção*explicativa
Eventos+privados
Omite*ou*infere*a*partir*de*ações*públicas*
Permitido*na*“interpretação”,*mas*não*como*causas
Dor
Estado*subjetivo*(privado)
Evento*privado*(estímulo*privado)
Consciência
Subjetiva;*conhecida*apenas*indiretamente*
Relatos*sobre*estímulos*privados
PARTE&2&
A.teoria'evolucionista moderna.fornece.um.poderoso.arcabouço.para.se.falar.sobre.comportamento.
História'evolutiva'ou'filogênese pode.ajudar.a.compreender.o.comportamento
"A.maioria.dos.genes.que.um.indivíduo.herda.foi.selecionada.ao.longo.de.muitas.gerações.porque'promove'comportamentos'que'contribuem'para'o'sucesso na.interação.com.o.ambiente.e.na.
reprodução."
"A.grande.contribuição.de.Darwin.foi.identificar.que.um.mecanismo.relativamente.simples.poderia.ajudar.a.explicar.por.que.a.filogenia.seguiu.o.curso.que.seguiu..Darwin.enxergou.que.a.história.dos.
pescoços.das.girafas.é.mais.do.que.uma.sequência.de.mudanças;.é.uma.história.de.seleção..Quem.faz.a.seleção?.Não.é.um.Criador onipotente,.não.é.a.Mãe.Natureza,.não.são.as.girafas,.mas.um.processo.
natural.mecânico:.a'seleção'natural."
SELEÇÃO#NATURAL
Para.que.ocorra.esse.processo.de.seleção,.três'condições devem.ser.atendidas:
Seja.qual.for.o.fator.ambiental.que.torna.a.característica.X.vantajosa,.ele.deve.permanecer.presente.
a'variação'da'característica'X'deve'refletir,'pelo'menos'em'parte,'a'variação'genética.."Os.indivíduos.com.pescoço.mais.longo.tendem.a.ter.mais.descendentes.de.pescoço.mais.comprido.do.que.
de.pescoço.mais.curto..(girafas).Se,.por.exemplo,.toda.a.variação.no.comprimento.do.pescoço.fosse.devida.à.variação.na.dieta, sem.variação.subjacente.nos.genes.– os.indivíduos.que.comiam.
melhor.tinham.pescoços.mais.longos,.em.vez.do.contrário.–,.a.seleção.seria.impossível.porque.a.mesma.variação.na.dieta.e.no.comprimento.do.pescoço.se.repetiria.nas.sucessivas.gerações."
Os.diferentes.tipos.devem.competir.."Uma.vez.que.os.recursos.de.uma.área.podem.suportar.apenas.uma.população.de.girafas.de.determinado.tamanho,.e.a.reprodução.resulta.em.mais.girafas.
que.podem.sobreviver,.alguns.descendentes.devem.morrer..Os.descendentes.bem-sucedidos.sobreviverão.na.próxima.geração.para.produzir.sua.própria.prole."
Essas.três.condições.incorporam.o.conceito.de.APTIDÃO
"A.aptidão.de.uma.variante.genética.(um.genótipo).é'sua'tendência'de'aumentar'de'uma'geração'para'outra'em'relação'aos'outros'genótipos'da'população..Qualquer.genótipo,.mesmo.um.de.
pescoço.curto,.poderia.sair-se.bem.por.si.só,.mas,.em'concorrência'com'outros,.sua.aptidão.física.pode.ser.baixa..Quanto'maior'a'aptidão'de'um'genótipo,'mais'ele'tende'a'predominar'geração'
após'geração."
Quando.a.população.se.estabiliza,.somente.a.mudança.direcional.cessa;.a'seleção'continua,'seleção'essa'que'mantém'a'população'estável.
"O.próprio.Darwin,.e.muitos.biólogos,.reconheceram.que.o'comportamento'desempenha'um'papel'central'na'evolução..A.seleção.ocorre.porque.os.indivíduos.interagem.com.seu.ambiente..Grande+parte+
dessa+interação+é+comportamento."
Os+indivíduos+que+se+comportam+de+forma+mais+eficaz+desfrutam+de+maior+sucesso+reprodutivo.
"A.aptidão.de.um.genótipo.depende.de produzir'indivíduos'que'se'comportam'melhor'do'que'outros comer.mais,.correr.mais.rápido,.alimentar.mais.a.prole,.construir.um.ninho.melhor,.e.
assim.por.diante..As'melhores'respostas'aos'desafios'apresentados'pelo'ambiente'são'cruciais'para'a'seleção'natural..Ações.que.melhor.evitam.virar.comida.de.um.predador,.ou.melhor.
proporcionam.alimento.quando.uma.presa.aparece,.ou.melhor.cuidam.dos.descendentes.quando.eles.nascem,.ou.melhor.atraem.um.potencial.parceiro.quando.ele.aparece.– tudo.isso.aumenta.o.
sucesso.reprodutivo..Na'medida'em'que'esse'comportamento'é'afetado'pelo'genótipo,'a'seleção'natural'atua'para'mudá-lo'e'estabilizá-lo."
Alguns.traços.de.comportamento.caracterizam.tanto.uma.espécie.quanto.traços.anatômicos.
Os.mais.simples.chamamos.de.reflexos,.eles.são.um.produto.da.seleção.natural..De.maneira.variada,.eles.parecem.envolver.a.manutenção'da'saúde,'promoção'da'sobrevivência'ou'
favorecimento'da'reprodução.
Padrões.de.comportamento.mais.complexos.também.podem.fazer.parte.de.relações.fixas.com.eventos.ambientais.e.ser.característicos.de.uma.espécie.
Conhecidos.como.padrões'fixos'de'ação
Os.eventos.ambientais.que.induzem.padrões.fixos.de.ação.são.conhecidos.como.estímulos-sinal'ou'liberadores
"Tal.como.os.reflexos,.essas.reações.comportamentais.podem.ser.vistas.como.importantes'para'a'aptidão'e,'portanto,'como'produtos'de'uma'história'de'seleção'natural..Tal.como.os.reflexos,.os.
indivíduos.cujos.padrões.fixos.de.ação.são.muito.fracos.ou.muito.fortes.têm.genótipos.menos.aptos."
"Ambos.podem.ser.considerados.relações.em.que.um'evento'ambiental'(estímulo)'induz'uma'ação'(resposta)..Ambos.são.considerados.característicos.de.uma.espécie.porque.são.traços.altamente+constantes,.
tão.constantes.quanto.o.pescoço.da.girafa.ou.as.manchas.do.leopardo..Por.serem.tão.constantes,.eles'são'considerados'incorporados,.resultantes.do.genótipo,.e.não.inicialmente.modificados.pela.experiência."
Reflexos.e.padrões.fixos.de.ação.são.reações.que.aumentam.a.aptidão.por'serem'imediatamente'induzidos'quando'necessário.
"Quando.passa.a.sombra.de.um.falcão.em.voo,.o.filhote.de.codorna.se.encolhe.e.fica.totalmente.imóvel..Se'essa'reação'dependesse'da'experiência'com'falcões,'poucos'filhotes'de'codorna'
sobreviveriam'para'se'reproduzir..Esse.padrão.pode.ser.refinado,.mas.sua.excelente.confiabilidade.inicial.deriva+de+uma+história+de+seleção+dessa+mesma+confiabilidade..Genótipos.que.exigissem.
que.esses.padrões.fossem.aprendidos.a.partir.do.zero.seriam.menos.aptos.do.que.os'genótipos'que'já'trouxessem'a'forma'básica'incorporada."
COMPREENDER)O)BEHAVIORISMO)
29/03/2024
13:10

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Anotações e resumo acerca do livro de William BaumCompreender o Behaviorismo

PARTE 1

"Uma versão anterior, chamada de behaviorismo metodológico, baseava-se no realismo, a visão de que toda experiência é causada por um mundo real objetivo, externo e separado do mundo interno subjetivo de uma pessoa." ○ BEHAVIORISMO DE WATSON

  • "O realismo pode ser contrastado com o pragmatismo, que se cala sobre a origem da experiência, mas aponta, em vez disso, a utilidade de tentar entender e dar sentido a nossas experiências. Uma versão posterior do behaviorismo, chamada behaviorismo radical, baseia-se no pragmatismo, e não no realismo." ○ BEHAVIORISMO DE SKINNER
  • Ideia central do Behaviorismo: uma ciência do comportamento é possível. ○ "Os behavioristas têm opiniões diversas sobre o que essa proposição significa e particularmente sobre o que é ciência e o que é comportamento, mas todos concordam que pode haver uma ciência do comportamento." ○ "A maioria dos behavioristas passou a chamar a ciência do comportamento de análise do comportamento."
  • "o behaviorismo propriamente dito não é ciência, mas filosofia da ciência." Todas as ciências tiveram sua origem na filosofia. "A filosofia raciocina a partir de pressupostos para chegar a conclusões. Seus argumentos assumem a forma: “ Se isto fosse assim, então aquilo seria assim ”. A ciência segue na direção oposta: “ Isto é observado; o que poderia ser verdade que levaria a tal observação, e a quais outras observações isso levaria? ”. A verdade filosófica é absoluta; contanto que os pressupostos sejam enunciados e o raciocínio esteja correto, as conclusões devem seguir-se. A verdade científica é sempre relativa e provisória; ela é relativa à observação e passível de ser desmentida por novas observações." ○ "Os pressupostos filosóficos se referem a abstrações além do universo natural: Deus, harmonia, formas ideais, e assim por diante. Os pressupostos científicos utilizados na elaboração de teorias referem-se apenas ao universo natural e a sua possível forma de organização." ○
  • A ruptura da psicologia com a filosofia foi relativamente recente. ○ "Até a década de 1940, poucas universidades tinham um departamento separado de psicologia, e os professores de psicologia costumavam ser encontrados no departamento de filosofia."
  • Ainda nos dias de hoje, os psicólogos discutem as implicações de considerar a psicologia uma verdadeira ciência, os leigos ainda estão começando a entender o que uma psicologia científica realmente significa na prática. Porém, no princípio, os psicólogos utilizavam métodos filosóficos: Introspecção.Primeiro laboratório de Psicologia: WUNDT ○ "Trata-se de uma tarefa difícil, principalmente se o que se deseja é colher fatos científicos fidedignos. Parecia aos psicólogos do século XIX que essa dificuldade poderia ser superada com bastante treino e muita prática."
  • PSICOLOGIA OBJETIVA ○ Para alguns psicólogos do século XIX, a introspecção parecia muito pouco confiável, muito suscetível a distorções pessoais e muito subjetiva. "Se duas pessoas treinadas em introspecção discordassem sobre suas conclusões, seria difícil de resolver o conflito; entretanto, se utilizassem métodos objetivos, os pesquisadores poderiam notar diferenças de procedimento que talvez explicassem os resultados diferentes." F. C. Donders (1818-1889) - Psicólogo holandês e um dos pioneiros da psicologia objetiva. "Donders raciocinou que as estimativas de tempo variavam porque nenhum dos astrônomos utilizou o mesmo tempo para avaliar o momento exato de trânsito; ele acreditava que eles estavam realmente fazendo suas avaliações por meio de diferentes processos mentais. Donders pensou que esse “momento de avaliação” poderia ser uma medida objetiva útil. Ele começou a fazer experimentos em que media os tempos de reação das pessoas – os tempos necessários para detectar uma luz ou som e então apertar um botão. Ele constatou que levava mais tempo para apertar o botão correto entre dois botões quando uma das duas luzes dos botões se acendia do que para apertar um único botão quando uma única luz se acendia. Subtraindo-se o tempo de reação simples, mais curto, do tempo de reação de escolha, mais longo, Donders armou que seria possível medir objetivamente o processo mental de escolha. Isso pareceu um grande avanço comparado à introspecção." - - Isso significava que os psicólogos poderiam fazer experimentos laboratoriais com os mesmos métodos objetivos que as outras ciências.

Gustav Fechner (1801-1887)

  • Tentou medir a intensidade subjetiva da sensação ao desenvolver uma escala com base na diferença perceptível – a menor diferença física entre duas luzes ou sons que uma pessoa é capaz de detectar.

Hermann Ebbinghaus (1850-1909) Mediu o tempo que ele levava para aprender e posteriormente reaprender listas de sílabas sem sentido – combinações de consoante-vogal-consoante sem significado – para produzir medidas objetivas de aprendizado e memória.

I. P. Pavlov (1849-1936)

  • Outros usaram o método desenvolvido por Pavlov para estudar aprendizagem e associação, medindo um simples reflexo de transferência para novos sinais organizados no laboratório.

  • "Essas tentativas mantiveram a promessa comum de que, seguindo métodos objetivos, a psicologia poderia se tornar uma verdadeira ciência." PSICOLOGIA COMPARATIVA A psicologia também estava sendo influenciada pela teoria da evolução, não éramos mais vistos como separados dos outros seres vivos. O reconhecimento de que compartilhávamos traços comportamentais com outros seres vinha crescendo. ○ "Pensadores da psicologia comparativa raciocinaram que, assim como era possível reconhecer as origens dos nossos próprios traços anatômicos em outras espécies, também era possível observar as origens dos nossos traços mentais. Assim, a ideia de fazer comparações entre as espécies para saber mais sobre a nossa, aliada à suposição de que nossos traços mentais apareceriam em outras espécies de maneira mais simples ou rudimentar, deu origem à psicologia comparativa." ○ George Romanes (1848-1894) "Inicialmente, as evidências de uma mentalidade aparentemente humana em outros animais consistiam em observações ocasionais de seres selvagens e domésticos, muitas vezes apenas anedotas sobre animais de estimação ou animais de criação. Com um pouco de imaginação, era possível ver um cão que aprendeu a abrir o portão do jardim levantando o trinco depois de ter observado e raciocinado a partir do exemplo de seu dono. É possível imaginar ainda que as sensações, os pensamentos, os sentimentos, etc., do cão devem se parecer com os nossos." ▪ ▪ Ele levou essa linha de raciocínio para sua conclusão lógica, chegando a armar que nossa própria consciência deve constituir a base de nossas suposições em eventual tênue consciência que ocorre em formigas.
  • Humanização de feras, ou antropomorfismo. Na metade do século XIX e início do século XX, os psicólogos passaram a substituir as anedotas vagas por observações e experimentos rigorosos com animais em laboratório. "Grande parte dessa pesquisa inicial baseou-se em labirintos, porque qualquer animal que se mova, seja ele humano, rato, peixe ou formiga, pode ser treinado para resolver um labirinto. [...] Levando adiante a tentativa de humanizar a fera, esses primeiros pesquisadores frequentemente incluíram especulações sobre os estados mentais, os pensamentos e as emoções dos animais. Dizia-se que os ratos demonstravam aborrecimento ao cometerem um erro, confusão, hesitação, confiança, e assim por diante." ○
  • Entretanto, essas afirmações dependiam muito de um viés individual. Se dois seres humanos, através da introspecção, discordam sobre sentir raiva ou tristeza, imagine sobre o sentir raiva ou tristeza de um rato. John B. Watson (1879-1958) ▪ Fundador do Behaviorismo. ▪ Considerou que as inferências sobre a consciência em animais eram ainda menos confiáveis que a introspecção e concluiu que nenhuma das duas poderia servir de método para uma verdadeira ciência. ▪ Publicou o artigo “Psychology as the behaviorist views it” em 1913. ▪ Era guiado pela psicologia objetiva. "Se você não conseguir reproduzir minhas descobertas... é porque sua introspecção não foi bem treinada. Ataca-se o observador, e não a situação experimental. Na física e na química, atacam-se as condições experimentais. O equipamento não era sensível o suficiente, foram utilizados produtos químicos impuros, etc. Nessas ciências, uma técnica melhor irá gerar resultados passíveis de reprodução. Na psicologia é diferente. Se você não é capaz de observar de 3 a 9 estados de clareza na atenção, sua introspecção é deficiente. Se, por outro lado, um sentimento parece razoavelmente claro para você, sua introspecção é novamente a culpada. Você está vendo demais. Os sentimentos nunca são claros." (p. 163) ○ "A ênfase na consciência o obrigava à absurda situação de tentar construir o conteúdo consciente do animal cujo comportamento estudamos. Nessa visão, depois de ter determinado a capacidade de aprender do animal, a simplicidade ou a complexidade de seu método de aprendizagem, o efeito de hábitos passados na resposta atual, a faixa de estímulos a que ele normalmente responde, a faixa mais ampla à qual é capaz de responder em condições experimentais – em termos mais gerais, seus vários problemas e suas várias maneiras de resolvê-los – , ainda devemos sentir que a tarefa está inacabada e que os resultados são inúteis, até que possamos interpretá-los, por analogia, à luz da consciência... sentimo-nos obrigados a dizer algo sobre os possíveis processos mentais do animal. Dizemos que, não tendo olhos, seu fluxo de consciência não pode conter sensações de brilho e cor como tal qual conhecemos; sem papilas gustativas, esse fluxo não pode conter sensações de doce, azedo, salgado e amargo. Mas, por outro lado, uma vez que ele responde a estímulos térmicos, táteis e orgânicos, seu conteúdo consciente deve, em grande parte, ser constituído por essas sensações... Certamente, é possível demonstrar que uma doutrina que exige uma interpretação analógica de todos os dados comportamentais é falsa." (p. 159-160) ▪ Ele defendia que a definição da psicologia como ciência da consciência era a culpada pelos métodos pouco confiáveis e pelas especulações sem fundamento. ○ Watson escreveu: “Creio que podemos escrever uma psicologia, defini-la como Pillsbury e nunca renunciar a nossa definição: jamais use os termos consciência, estados mentais, mente, conteúdo, introspectivamente verificável, imagens e coisas parecidas” (p. 166). ▪ Ele negava o status científico da consciência, mas afirmava sua existência. ▪ Ele era contrário ao antropomorfismo. ○
  • Na primeira onda, seria estudado apenas o comportamento objetivamente observável B. F. Skinner (1904--1990) ▪ As suas ideias sobre como alcançar uma ciência do comportamento contrastaram fortemente com as da maioria dos outros behavioristas. ▪ Skinner focou nas explicações científicas. O caminho para uma ciência do comportamento era por meio do desenvolvimento de termos e conceitos que permitiriam explicações verdadeiramente científicas. Rotulou a visão oposta de behaviorismo metodológico e denominou sua própria visão behaviorismo radical.

DETERMINISMO

○ Noção de que o comportamento é determinado unicamente pela hereditariedade e pelo ambiente. ○ "O comportamento é ordenado, pode ser explicado, pode ser previsto desde que se tenha dados necessários e pode ser controlado desde que se tenham os meios corretos." LIVRE-ARBÍTRIO ○ Capacidade de escolher. ○ Implica um terceiro elemento além da hereditariedade e do ambiente, algo dentro do indivíduo. "Afirma que, apesar da herança e de todos os impactos ambientais, uma pessoa que se comporta de uma forma poderia ter escolhido se comportar de outra. [...] O livre-arbítrio arma que a escolha não é uma ilusão, que os próprios indivíduos causam o comportamento."

Alguns pensadores tentaram conciliar as duas coisas, como o behaviorista Donald Hebb, com a ideia de determinismo brando: "sustenta que o livre-arbítrio consiste no fato de o comportamento depender da hereditariedade e da história ambiental passada, fatores menos visíveis do que o ambiente presente. Mas, como essa visão ainda considera que o comportamento resulta unicamente da hereditariedade e do ambiente, passado e presente, ela implica que o livre-arbítrio é apenas uma experiência, uma ilusão, e não uma relação causal entre pessoa e ação."

  • O filósofo Daniel Dennett define o livre-arbítrio como uma deliberação antes da ação. Os filósofos denominam a ideia convencional de livre-arbítrio – a ideia de que a escolha pode realmente ser livre de eventos passados – de livre-arbítrio libertário. Entretanto, este conflite com o behaviorismo.

REALISMO

Referente a ideia de que as coisas que eu vejo realmente estão lá. ▪ Existência de um mundo real lá fora que dá origem as minhas experiências. ▪ Teoria que explica porque, ao virar de costas pra uma árvore, eu espero vê-la novamente ao dar meia volta. "Parece ser senso comum que a árvore faz parte de um mundo real fora de mim, ao passo que minha experiência da árvore, minhas percepções, meus pensamentos e sentimentos estão dentro de mim."

  • "Este mundo real parece de alguma forma ser externo, em contraste com nossa experiência, que parece ser de alguma forma interna."
  • "Nossas experiências são deste mundo real; elas são separadas do mundo em si." No contexto do realismo, um mecanismo compreensível significa um mecanismo real que está “lá fora” e existe independentemente de nós. Sua compreensibilidade significa que, à medida que aprendemos mais sobre ele, esse universo mecânico parece menos enigmático. Sua existência independente o torna objetivo – isto é, independentemente de como nossas concepções sobre ele possam mudar, o universo permanece exatamente o que é.
  • O behaviorismo metodológico se baseava no realismo. "Os behavioristas metodológicos distinguiam o mundo objetivo do mundo subjetivo. Uma vez que a ciência lhes parecia ter acesso apenas ao mundo objetivo, eles enfatizavam os métodos da ciência para estudar o mundo “fora”. Uma vez que o realismo presume que o mesmo mundo objetivo está lá fora para todos, enquanto o mundo subjetivo de cada pessoa é diferente e inacessível a qualquer outra pessoa, os behavioristas metodológicos pensavam que o único caminho para uma psicologia científica seria por meio de métodos que situassem o comportamento no mundo objetivo, o mundo que todos compartilham e sobre o qual poderiam concordar."

PRAGMATISMO

Contrastado com o realismo. ▪ O poder da investigação científica não reside tanto em descobrirmos a verdade sobre como o universo objetivo funciona, mas no que a investigação científica nos permite fazer. ▪ Pragmatismo = prática. ▪ "A grande coisa que a ciência nos permite fazer é dar sentido a nossas experiências. Às vezes, a ciência até nos permite prever o que acontecerá e, se tivermos os meios, controlar o que acontece." ▪ Se a resposta a uma pergunta não alteraria em nada a maneira como a ciência prosseguiria, a culpa é da própria pergunta e não merece atenção. "O que importa em relação a uma bicicleta é que eu a vejo, a chamo por seu nome, posso emprestá-la a um amigo, posso eu mesmo andar nela. O pragmatismo se mantém agnóstico com relação à existência de uma bicicleta real por trás desses efeitos."

Como uma teoria da verdade, o pragmatismo equipara aproximadamente verdade com poder explicativo. "Se a questão de saber se existe um universo real lá fora é inútil, então também o é a questão de saber se existe alguma verdade final absoluta."

William James (1842-1910) propôs que elas pudessem ser mais e menos verdadeiras. Uma ideia é mais verdadeira do que outra se ela nos permite explicar e entender mais de nossa

experiência. ○ Apontou que, na prática, todas as teorias científicas são aproximações. ○ Geralmente uma teoria dá conta de um conjunto de fenômenos, ao passo que outra lida melhor com outro conjunto.

▪ A ciência não pode ser caracterizada como progresso infinito em direção a alguma verdade suprema. ▪ O pragmatismo influenciou o behaviorismo moderno indiretamente. A ciência se origina da necessidade que as pessoas têm de se comunicar de maneira eficiente, economicamente , uma com as outras. Essa comunicação econômica é essencial pois permite que a compreensão de mundo seja facilmente passada de uma geração à outra.

"O que interessa ao pragmatista é que, ao descrever nossas observações, usamos termos que relacionam um fenômeno a outro. Quando podemos identificar relações, ver como uma observação está conectada a outras, então nossas experiências parecem ordenadas e compreensíveis, em vez de caóticas e misteriosas."

▪ O behaviorismo contemporâneo, radical, baseia-se no pragmatismo. "O objetivo de uma ciência do comportamento é descrever o comportamento em termos econômicos e que o torne familiar e, assim, “explicado”. Seus métodos visam ampliar nossa experiência natural do comportamento pela observação precisa."

▪ Visão holística do sujeito. ▪ A análise do comportamento lida com um mundo e com comportamento a ser encontrado naquele mundo. ▪ Conceitos como como resposta, estímulo e reforço auxiliaram em nosso avanço científico. ▪ Evita todas as formas de dualismo que introduzam mistérios insolúveis. "A segunda razão pela qual o behaviorismo radical rejeita o realismo é porque o realismo leva a confundir as definições de comportamento. No contexto do estudo do comportamento, o realismo sustentaria que há algum comportamento real que se passa no mundo real e que os nossos sentidos, quer sejam usados com instrumentos ou na observação direta, só nos fornecem dados sensoriais sobre esse comportamento real, o qual jamais conhecemos diretamente."

MENTALISMO

  • Separação entre eventos mentais de eventos comportamentais. Levaria a um tipo de explicação que não explica nada. Explicações que te mantém no mesmo lugar. "O behaviorismo radical busca um conjunto de termos que tornem compreensível um evento, como comprar um par de sapatos. Ao desenvolver tal conjunto de termos, será útil também ver por que termos como queria e impulso são insuficientes."

EVENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS

○ Eventos públicos são aqueles que podem ser relatados por mais de uma pessoa. Eventos privados são aqueles que apenas quem o sente poderia saber; os outros só possuem conhecimento desse evento se o indivíduo o tornar público (sentimentos, pensamentos). Pertencem à pessoa e não ao ambiente. "Para o behaviorista radical, a distinção é de pouca importância. A única diferença entre eventos públicos e privados é o número de pessoas que podem falar sobre eles. Afora isso, eles são o mesmo tipo de evento, tendo todas as mesmas propriedades."

▪ “A pele não é tão importante como uma fronteira”. Skinner, 1969

○ Para Skinner, eventos privados são naturais e iguais a eventos públicos em todos os aspectos importantes. ○ Mesmo que pensamentos muitas vezes afetem o comportamento, eles jamais originam um comportamento.

" A ideia de um mundo mental separado do comportamento leva à prática de invocar ficções mentais para tentar explicar o comportamento. Mente, vontade, ego e assemelhados são, muitas vezes, chamados de ficções explicativas, não porque explicam alguma coisa, mas porque deveriam explicar. A principal objeção a eles é que eles não conseguem explicar. Eles falham por dois tipos de razão: autonomia e redundância ." ○ AUTONOMIA: capacidade de se comportar (ideia de uma pequena pessoinha controlando o funcionamento do indivíduo/"eu interior"/entidade interna autônoma). REDUNDÂNCIA: trata-se de uma explicação insuficiente, não leva à nada. ▪ "Mesmo que um impulso interno não fosse considerado autônomo, “Eu fiz por impulso” falha como explicação pelo mesmo motivo: o diabo, o eu interior e o impulso são todos redundantes."

Eventos de pensar e Eventos de sentir

Pensar: falar privadamente. ▪ O que Watson chamou de " discurso subvocal ". ▪ Os pensamentos têm uma relação com a fala pública que o sentir não tem. "Posso dizer a mim mesmo em voz alta “O que será que vai acontecer se eu apertar este botão” ou posso sussurrar isso para mim mesmo ou posso dizê-lo de maneira subvocal. Esses eventos são todos muito parecidos; os dois primeiros podem ser ouvidos, ao passo que o terceiro não."

Sentir: melhor compreendidos em contraste com a visão habitual de sensação e percepção. ▪ Sentir e perceber são atividades, eventos comportamentais. ▪ "A única coisa que é vista, ouvida, cheirada, tocada ou provada é uma qualidade do evento – isto é, faz parte da definição do evento." ▪ Ouvir um violino e ouvir um oboé são atividades diferentes, não a mesma atividade aplicada a sons diferentes. ▪ “ver na ausência da coisa vista”.

Teoria da cópia "Alguns filósofos gregos antigos, intrigados sobre como é possível ver objetos a distância, teorizaram que os objetos devem enviar cópias de si mesmos aos nossos olhos. Se eu vejo uma árvore do outro lado da estrada, deve ser porque a árvore envia pequenas cópias de si mesma para meus olhos."

Essa noção pode ser útil para compreender algumas coisas sobre os olhos, mas de modo algum explica o ver.

  • A cópia é supérflua, porque a questão continua a mesma, quer perguntemos sobre ver a árvore ou ver a cópia: o que significa ver alguma coisa?

Ver na ausência da coisa vista: A teoria da cópia usada dessa maneira é uma forma de mentalismo; a aparente explicação não explica nada. Onde está a cópia mental fantasmagórica, do que ela é feita e como ela pode ser vista?

▪ A teoria da cópia tenta explicar o sonhar e o imaginar pela ideia de que cópias são armazenadas e recuperadas da memória.

"Embora os behavioristas contemporâneos mantenham uma variedade de perspectivas sobre muitos temas, eles geralmente concordam com os seguintes pontos básicos. Em primeiro lugar, as explicações mentalistas do comportamento que ocorrem na fala cotidiana não têm lugar em uma ciência do comportamento. Causas mentais de comportamento são fictícias. As origens de comportamento estão na hereditariedade e no ambiente, presente e passado. Uma vez que ficções mentais têm a aparência de explicações, elas tendem a impedir a investigação sobre as origens ambientais, o que levaria a uma explicação científica satisfatória. O mentalismo é insatisfatório porque não é econômico (Skinner) e logicamente falacioso (Ryle)." Behaviorismo metodológico Behaviorismo radical Dualismo aceita rejeita Termos mentais Refere-se a elementos e eventos subjetivos Ficções explicativas; omite Inteligência Medida indiretamente de ações públicas Ficção explicativa Eventos privados Omite ou infere a partir de ações públicas Permitido na “interpretação”, mas não como causas Dor Estado subjetivo (privado) Evento privado (estímulo privado) Consciência Subjetiva; conhecida apenas indiretamente Relatos sobre estímulos privados

PARTE 2

A teoria evolucionista moderna fornece um poderoso arcabouço para se falar sobre comportamento.

▪ História evolutiva ou filogênese pode ajudar a compreender o comportamento

"A maioria dos genes que um indivíduo herda foi selecionada ao longo de muitas gerações porque promove comportamentos que contribuem para o sucesso na interação com o ambiente e na reprodução."

"A grande contribuição de Darwin foi identificar que um mecanismo relativamente simples poderia ajudar a explicar por que a filogenia seguiu o curso que seguiu. Darwin enxergou que a história dos pescoços das girafas é mais do que uma sequência de mudanças; é uma história de seleção. Quem faz a seleção? Não é um Criador onipotente, não é a Mãe Natureza, não são as girafas, mas um processo natural mecânico: a seleção natural ."

SELEÇÃO NATURAL

Para que ocorra esse processo de seleção, três condições devem ser atendidas: ▪ Seja qual for o fator ambiental que torna a característica X vantajosa, ele deve permanecer presente. a variação da característica X deve refletir, pelo menos em parte, a variação genética. "Os indivíduos com pescoço mais longo tendem a ter mais descendentes de pescoço mais comprido do que de pescoço mais curto. (girafas) Se, por exemplo, toda a variação no comprimento do pescoço fosse devida à variação na dieta, sem variação subjacente nos genes – os indivíduos que comiam melhor tinham pescoços mais longos, em vez do contrário – , a seleção seria impossível porque a mesma variação na dieta e no comprimento do pescoço se repetiria nas sucessivas gerações."

Os diferentes tipos devem competir. "Uma vez que os recursos de uma área podem suportar apenas uma população de girafas de determinado tamanho, e a reprodução resulta em mais girafas que podem sobreviver, alguns descendentes devem morrer. Os descendentes bem-sucedidos sobreviverão na próxima geração para produzir sua própria prole."

Essas três condições incorporam o conceito de APTIDÃO "A aptidão de uma variante genética (um genótipo) é sua tendência de aumentar de uma geração para outra em relação aos outros genótipos da população. Qualquer genótipo, mesmo um de pescoço curto, poderia sair-se bem por si só, mas, em concorrência com outros , sua aptidão física pode ser baixa. Quanto maior a aptidão de um genótipo, mais ele tende a predominar geração após geração ."

  • Quando a população se estabiliza, somente a mudança direcional cessa; a seleção continua, seleção essa que mantém a população estável. "O próprio Darwin, e muitos biólogos, reconheceram que o comportamento desempenha um papel central na evolução. A seleção ocorre porque os indivíduos interagem com seu ambiente. Grande parte dessa interação é comportamento ."

Os indivíduos que se comportam de forma mais eficaz desfrutam de maior sucesso reprodutivo. " A aptidão de um genótipo depende de produzir indivíduos que se comportam melhor do que outros – comer mais, correr mais rápido, alimentar mais a prole, construir um ninho melhor, e assim por diante. As melhores respostas aos desafios apresentados pelo ambiente são cruciais para a seleção natural. Ações que melhor evitam virar comida de um predador, ou melhor proporcionam alimento quando uma presa aparece, ou melhor cuidam dos descendentes quando eles nascem, ou melhor atraem um potencial parceiro quando ele aparece – tudo isso aumenta o sucesso reprodutivo. Na medida em que esse comportamento é afetado pelo genótipo, a seleção natural atua para mudá-lo e estabilizá-lo ."

Alguns traços de comportamento caracterizam tanto uma espécie quanto traços anatômicos. Os mais simples chamamos de reflexos , eles são um produto da seleção natural. De maneira variada, eles parecem envolver a manutenção da saúde, promoção da sobrevivência ou favorecimento da reprodução.

Padrões de comportamento mais complexos também podem fazer parte de relações fixas com eventos ambientais e ser característicos de uma espécie. ▪ Conhecidos como padrões fixos de ação

  • Os eventos ambientais que induzem padrões fixos de ação são conhecidos como estímulos-sinal ou liberadores "Tal como os reflexos, essas reações comportamentais podem ser vistas como importantes para a aptidão e, portanto, como produtos de uma história de seleção natural. Tal como os reflexos, os indivíduos cujos padrões fixos de ação são muito fracos ou muito fortes têm genótipos menos aptos."

"Ambos podem ser considerados relações em que um evento ambiental (estímulo) induz uma ação (resposta). Ambos são considerados característicos de uma espécie porque são traços altamente constantes , tão constantes quanto o pescoço da girafa ou as manchas do leopardo. Por serem tão constantes, eles são considerados incorporados , resultantes do genótipo, e não inicialmente modificados pela experiência." Reflexos e padrões fixos de ação são reações que aumentam a aptidão por serem imediatamente induzidos quando necessário. "Quando passa a sombra de um falcão em voo, o filhote de codorna se encolhe e fica totalmente imóvel. Se essa reação dependesse da experiência com falcões, poucos filhotes de codorna sobreviveriam para se reproduzir. Esse padrão pode ser refinado, mas sua excelente confiabilidade inicial deriva de uma história de seleção dessa mesma confiabilidade. Genótipos que exigissem que esses padrões fossem aprendidos a partir do zero seriam menos aptos do que os genótipos que já trouxessem a forma básica incorporada ."

COMPREENDER O BEHAVIORISMO

29/03/2024 13: