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O behaviorismo de skinner, uma abordagem científica do comportamento que enfatiza a influência do ambiente e da hereditariedade. O texto discute a crítica de skinner ao realismo e à introspecção, defendendo a necessidade de métodos objetivos para estudar o comportamento. Aborda também conceitos chave como determinismo, autonomia e redundância, além de analisar a importância da teoria evolucionista para a compreensão do comportamento.
Tipologia: Resumos
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Anotações e resumo acerca do livro de William Baum – Compreender o Behaviorismo
"Uma versão anterior, chamada de behaviorismo metodológico, baseava-se no realismo, a visão de que toda experiência é causada por um mundo real objetivo, externo e separado do mundo interno subjetivo de uma pessoa." ○ BEHAVIORISMO DE WATSON
Gustav Fechner (1801-1887)
Hermann Ebbinghaus (1850-1909) Mediu o tempo que ele levava para aprender e posteriormente reaprender listas de sílabas sem sentido – combinações de consoante-vogal-consoante sem significado – para produzir medidas objetivas de aprendizado e memória.
I. P. Pavlov (1849-1936)
○
○ Noção de que o comportamento é determinado unicamente pela hereditariedade e pelo ambiente. ○ "O comportamento é ordenado, pode ser explicado, pode ser previsto desde que se tenha dados necessários e pode ser controlado desde que se tenham os meios corretos." LIVRE-ARBÍTRIO ○ Capacidade de escolher. ○ Implica um terceiro elemento além da hereditariedade e do ambiente, algo dentro do indivíduo. "Afirma que, apesar da herança e de todos os impactos ambientais, uma pessoa que se comporta de uma forma poderia ter escolhido se comportar de outra. [...] O livre-arbítrio arma que a escolha não é uma ilusão, que os próprios indivíduos causam o comportamento."
Alguns pensadores tentaram conciliar as duas coisas, como o behaviorista Donald Hebb, com a ideia de determinismo brando: "sustenta que o livre-arbítrio consiste no fato de o comportamento depender da hereditariedade e da história ambiental passada, fatores menos visíveis do que o ambiente presente. Mas, como essa visão ainda considera que o comportamento resulta unicamente da hereditariedade e do ambiente, passado e presente, ela implica que o livre-arbítrio é apenas uma experiência, uma ilusão, e não uma relação causal entre pessoa e ação."
Referente a ideia de que as coisas que eu vejo realmente estão lá. ▪ Existência de um mundo real lá fora que dá origem as minhas experiências. ▪ Teoria que explica porque, ao virar de costas pra uma árvore, eu espero vê-la novamente ao dar meia volta. "Parece ser senso comum que a árvore faz parte de um mundo real fora de mim, ao passo que minha experiência da árvore, minhas percepções, meus pensamentos e sentimentos estão dentro de mim."
Contrastado com o realismo. ▪ O poder da investigação científica não reside tanto em descobrirmos a verdade sobre como o universo objetivo funciona, mas no que a investigação científica nos permite fazer. ▪ Pragmatismo = prática. ▪ "A grande coisa que a ciência nos permite fazer é dar sentido a nossas experiências. Às vezes, a ciência até nos permite prever o que acontecerá e, se tivermos os meios, controlar o que acontece." ▪ Se a resposta a uma pergunta não alteraria em nada a maneira como a ciência prosseguiria, a culpa é da própria pergunta e não merece atenção. "O que importa em relação a uma bicicleta é que eu a vejo, a chamo por seu nome, posso emprestá-la a um amigo, posso eu mesmo andar nela. O pragmatismo se mantém agnóstico com relação à existência de uma bicicleta real por trás desses efeitos."
Como uma teoria da verdade, o pragmatismo equipara aproximadamente verdade com poder explicativo. "Se a questão de saber se existe um universo real lá fora é inútil, então também o é a questão de saber se existe alguma verdade final absoluta."
experiência. ○ Apontou que, na prática, todas as teorias científicas são aproximações. ○ Geralmente uma teoria dá conta de um conjunto de fenômenos, ao passo que outra lida melhor com outro conjunto.
▪ A ciência não pode ser caracterizada como progresso infinito em direção a alguma verdade suprema. ▪ O pragmatismo influenciou o behaviorismo moderno indiretamente. A ciência se origina da necessidade que as pessoas têm de se comunicar de maneira eficiente, economicamente , uma com as outras. Essa comunicação econômica é essencial pois permite que a compreensão de mundo seja facilmente passada de uma geração à outra.
"O que interessa ao pragmatista é que, ao descrever nossas observações, usamos termos que relacionam um fenômeno a outro. Quando podemos identificar relações, ver como uma observação está conectada a outras, então nossas experiências parecem ordenadas e compreensíveis, em vez de caóticas e misteriosas."
▪ O behaviorismo contemporâneo, radical, baseia-se no pragmatismo. "O objetivo de uma ciência do comportamento é descrever o comportamento em termos econômicos e que o torne familiar e, assim, “explicado”. Seus métodos visam ampliar nossa experiência natural do comportamento pela observação precisa."
▪ Visão holística do sujeito. ▪ A análise do comportamento lida com um mundo e com comportamento a ser encontrado naquele mundo. ▪ Conceitos como como resposta, estímulo e reforço auxiliaram em nosso avanço científico. ▪ Evita todas as formas de dualismo que introduzam mistérios insolúveis. "A segunda razão pela qual o behaviorismo radical rejeita o realismo é porque o realismo leva a confundir as definições de comportamento. No contexto do estudo do comportamento, o realismo sustentaria que há algum comportamento real que se passa no mundo real e que os nossos sentidos, quer sejam usados com instrumentos ou na observação direta, só nos fornecem dados sensoriais sobre esse comportamento real, o qual jamais conhecemos diretamente."
○ Eventos públicos são aqueles que podem ser relatados por mais de uma pessoa. Eventos privados são aqueles que apenas quem o sente poderia saber; os outros só possuem conhecimento desse evento se o indivíduo o tornar público (sentimentos, pensamentos). Pertencem à pessoa e não ao ambiente. "Para o behaviorista radical, a distinção é de pouca importância. A única diferença entre eventos públicos e privados é o número de pessoas que podem falar sobre eles. Afora isso, eles são o mesmo tipo de evento, tendo todas as mesmas propriedades."
▪ “A pele não é tão importante como uma fronteira”. Skinner, 1969
○ Para Skinner, eventos privados são naturais e iguais a eventos públicos em todos os aspectos importantes. ○ Mesmo que pensamentos muitas vezes afetem o comportamento, eles jamais originam um comportamento.
" A ideia de um mundo mental separado do comportamento leva à prática de invocar ficções mentais para tentar explicar o comportamento. Mente, vontade, ego e assemelhados são, muitas vezes, chamados de ficções explicativas, não porque explicam alguma coisa, mas porque deveriam explicar. A principal objeção a eles é que eles não conseguem explicar. Eles falham por dois tipos de razão: autonomia e redundância ." ○ AUTONOMIA: capacidade de se comportar (ideia de uma pequena pessoinha controlando o funcionamento do indivíduo/"eu interior"/entidade interna autônoma). REDUNDÂNCIA: trata-se de uma explicação insuficiente, não leva à nada. ▪ "Mesmo que um impulso interno não fosse considerado autônomo, “Eu fiz por impulso” falha como explicação pelo mesmo motivo: o diabo, o eu interior e o impulso são todos redundantes."
Pensar: falar privadamente. ▪ O que Watson chamou de " discurso subvocal ". ▪ Os pensamentos têm uma relação com a fala pública que o sentir não tem. "Posso dizer a mim mesmo em voz alta “O que será que vai acontecer se eu apertar este botão” ou posso sussurrar isso para mim mesmo ou posso dizê-lo de maneira subvocal. Esses eventos são todos muito parecidos; os dois primeiros podem ser ouvidos, ao passo que o terceiro não."
Sentir: melhor compreendidos em contraste com a visão habitual de sensação e percepção. ▪ Sentir e perceber são atividades, eventos comportamentais. ▪ "A única coisa que é vista, ouvida, cheirada, tocada ou provada é uma qualidade do evento – isto é, faz parte da definição do evento." ▪ Ouvir um violino e ouvir um oboé são atividades diferentes, não a mesma atividade aplicada a sons diferentes. ▪ “ver na ausência da coisa vista”.
Teoria da cópia "Alguns filósofos gregos antigos, intrigados sobre como é possível ver objetos a distância, teorizaram que os objetos devem enviar cópias de si mesmos aos nossos olhos. Se eu vejo uma árvore do outro lado da estrada, deve ser porque a árvore envia pequenas cópias de si mesma para meus olhos."
Essa noção pode ser útil para compreender algumas coisas sobre os olhos, mas de modo algum explica o ver.
Ver na ausência da coisa vista: A teoria da cópia usada dessa maneira é uma forma de mentalismo; a aparente explicação não explica nada. Onde está a cópia mental fantasmagórica, do que ela é feita e como ela pode ser vista?
▪ A teoria da cópia tenta explicar o sonhar e o imaginar pela ideia de que cópias são armazenadas e recuperadas da memória.
"Embora os behavioristas contemporâneos mantenham uma variedade de perspectivas sobre muitos temas, eles geralmente concordam com os seguintes pontos básicos. Em primeiro lugar, as explicações mentalistas do comportamento que ocorrem na fala cotidiana não têm lugar em uma ciência do comportamento. Causas mentais de comportamento são fictícias. As origens de comportamento estão na hereditariedade e no ambiente, presente e passado. Uma vez que ficções mentais têm a aparência de explicações, elas tendem a impedir a investigação sobre as origens ambientais, o que levaria a uma explicação científica satisfatória. O mentalismo é insatisfatório porque não é econômico (Skinner) e logicamente falacioso (Ryle)." Behaviorismo metodológico Behaviorismo radical Dualismo aceita rejeita Termos mentais Refere-se a elementos e eventos subjetivos Ficções explicativas; omite Inteligência Medida indiretamente de ações públicas Ficção explicativa Eventos privados Omite ou infere a partir de ações públicas Permitido na “interpretação”, mas não como causas Dor Estado subjetivo (privado) Evento privado (estímulo privado) Consciência Subjetiva; conhecida apenas indiretamente Relatos sobre estímulos privados
A teoria evolucionista moderna fornece um poderoso arcabouço para se falar sobre comportamento.
"A maioria dos genes que um indivíduo herda foi selecionada ao longo de muitas gerações porque promove comportamentos que contribuem para o sucesso na interação com o ambiente e na reprodução."
"A grande contribuição de Darwin foi identificar que um mecanismo relativamente simples poderia ajudar a explicar por que a filogenia seguiu o curso que seguiu. Darwin enxergou que a história dos pescoços das girafas é mais do que uma sequência de mudanças; é uma história de seleção. Quem faz a seleção? Não é um Criador onipotente, não é a Mãe Natureza, não são as girafas, mas um processo natural mecânico: a seleção natural ."
Para que ocorra esse processo de seleção, três condições devem ser atendidas: ▪ Seja qual for o fator ambiental que torna a característica X vantajosa, ele deve permanecer presente. a variação da característica X deve refletir, pelo menos em parte, a variação genética. "Os indivíduos com pescoço mais longo tendem a ter mais descendentes de pescoço mais comprido do que de pescoço mais curto. (girafas) Se, por exemplo, toda a variação no comprimento do pescoço fosse devida à variação na dieta, sem variação subjacente nos genes – os indivíduos que comiam melhor tinham pescoços mais longos, em vez do contrário – , a seleção seria impossível porque a mesma variação na dieta e no comprimento do pescoço se repetiria nas sucessivas gerações."
Os diferentes tipos devem competir. "Uma vez que os recursos de uma área podem suportar apenas uma população de girafas de determinado tamanho, e a reprodução resulta em mais girafas que podem sobreviver, alguns descendentes devem morrer. Os descendentes bem-sucedidos sobreviverão na próxima geração para produzir sua própria prole."
Essas três condições incorporam o conceito de APTIDÃO "A aptidão de uma variante genética (um genótipo) é sua tendência de aumentar de uma geração para outra em relação aos outros genótipos da população. Qualquer genótipo, mesmo um de pescoço curto, poderia sair-se bem por si só, mas, em concorrência com outros , sua aptidão física pode ser baixa. Quanto maior a aptidão de um genótipo, mais ele tende a predominar geração após geração ."
Os indivíduos que se comportam de forma mais eficaz desfrutam de maior sucesso reprodutivo. " A aptidão de um genótipo depende de produzir indivíduos que se comportam melhor do que outros – comer mais, correr mais rápido, alimentar mais a prole, construir um ninho melhor, e assim por diante. As melhores respostas aos desafios apresentados pelo ambiente são cruciais para a seleção natural. Ações que melhor evitam virar comida de um predador, ou melhor proporcionam alimento quando uma presa aparece, ou melhor cuidam dos descendentes quando eles nascem, ou melhor atraem um potencial parceiro quando ele aparece – tudo isso aumenta o sucesso reprodutivo. Na medida em que esse comportamento é afetado pelo genótipo, a seleção natural atua para mudá-lo e estabilizá-lo ."
Alguns traços de comportamento caracterizam tanto uma espécie quanto traços anatômicos. Os mais simples chamamos de reflexos , eles são um produto da seleção natural. De maneira variada, eles parecem envolver a manutenção da saúde, promoção da sobrevivência ou favorecimento da reprodução.
Padrões de comportamento mais complexos também podem fazer parte de relações fixas com eventos ambientais e ser característicos de uma espécie. ▪ Conhecidos como padrões fixos de ação
"Ambos podem ser considerados relações em que um evento ambiental (estímulo) induz uma ação (resposta). Ambos são considerados característicos de uma espécie porque são traços altamente constantes , tão constantes quanto o pescoço da girafa ou as manchas do leopardo. Por serem tão constantes, eles são considerados incorporados , resultantes do genótipo, e não inicialmente modificados pela experiência." Reflexos e padrões fixos de ação são reações que aumentam a aptidão por serem imediatamente induzidos quando necessário. "Quando passa a sombra de um falcão em voo, o filhote de codorna se encolhe e fica totalmente imóvel. Se essa reação dependesse da experiência com falcões, poucos filhotes de codorna sobreviveriam para se reproduzir. Esse padrão pode ser refinado, mas sua excelente confiabilidade inicial deriva de uma história de seleção dessa mesma confiabilidade. Genótipos que exigissem que esses padrões fossem aprendidos a partir do zero seriam menos aptos do que os genótipos que já trouxessem a forma básica incorporada ."
29/03/2024 13: