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Doenças Infecciosas: Um Guia Completo sobre Helmintos, Arboviroses e Gastroenterite Aguda, Resumos de Fisiologia

Doenças infecciosas comuns, incluindo helmintos, arboviroses e gastroenterite aguda. Ele fornece informações detalhadas sobre os agentes causadores, sintomas, mecanismos de transmissão, prevenção e tratamento. O documento também discute a importância da higiene e saneamento básico na prevenção de doenças infecciosas.

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 07/02/2025

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julia-loula 🇧🇷

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RESUMÃO D2 2024.2
2.5 3.4
SP - 2.5
Protozoários são organismos unicelulares, de vida livre que normalmente vivem em locais úmidos ou com a presença de
água. Sua única célula faz todas as funções e inclusive a reprodução que ocorre dentro do hospedeiro. Sua alimentação
é por fagocitose. São classificados de acordo com o modo de locomoção: 1. Sarcodíneos; 2. Ciliados; 3. Flagelados; 4.
Esporozoários. Os protozoários mais comuns são: amebas, blastócitos, flagelados etc. Algumas doenças causadas por
protozoários são: amebíase, tricomaníase, malária, chagas, toxoplasmose, leishmaniose.
Helmintos são parasitas multicelulares que podem causar uma serie de doenças no ser humano, principalmente no trato
gastrointestinal. Diferente dos protozoários, que são unicelulares e pouco desenvolvidos, os helmintos são organismos
maiores e mais evoluídos, inclusive é visível a olho nu em sua fase adulta. Eles são divididos em dois grupos: 1. Os
NEMALTOIDES (helmintos cilindricos) E os platelmintos (achatados) podem ter 2 subdivisões cestoides e trematódeos.
Temos os helmintos sanguíneos vivem em vasos do intestino ou fígado; os extra-intestinais fora do intestino e os
intestinais vivem no intestino. Fases da vida: 1. Ovos são resistentes, não se multiplicam e apresentam uma membrana.
2. Fase Larval e posteriormente a adulta. Algumas doenças causadas por eles são: esquistossomose, ascaridíase, teníase.
Ascaris Lumbricoides Ciclo de vida:
1. Vermes Ascaris vivem no intestino do ser humano; as fêmeas produzem uma média de 200.000 ovos por dia.
Quando esses ovos eclodem eles saem pelas fezes.
2. Ovos não fecundados podem ser ingeridos, mas não acontece nada porque não são infecciosos; os ovos eles
ficam de 18 dias a várias semanas “maturando” para se tornarem infecciosos;
3. As condições ideais para esse desenvolvimento é solo quente e úmido;
4. Os ovos fecundados são engolidos;
5. Eles eclodem dentro do estômago, invadem a mucosa intestinal delgada e migram para a circulação porta até o
fígado.
6. Depois, pela via sistêmica, elas migram para os pulmões, onde passam por outro processo de amadurecimento
durante 10 a 14 dias.
7. Depois, elas vão para a parte da garganta, por meio de penetrações nas paredes alveolares e são deglutidas e
acabam voltando para o estômago e depois para o intestino delgado e o ciclo começa novamente.
Sintomas do verme Ascaris Lombricoides
1. Sintomas na fase de migração das larvas:
Pulmonares: Tosse seca, sibilos, febre, dor torácica e, em alguns casos, expectoração com sangue (hemoptise). Essa fase
é conhecida como Síndrome de Loeffler.
2. Sintomas na fase adulta dos vermes:
Gastrointestinais: Dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia ou obstipação, perda de apetite e emagrecimento.
Transmissão
A transmissão acontece quando o ser humano ingere o ovo fecundado. Ou seja, isso pode acontecer por meio de
alimentos infectados, alimentos não higienizados corretamente, chuva, vento, mãos não higienizadas (principalmente em
crianças), locais onde não se tem saneamento básico são propícios para isso.
Tratamento é feito com medicamentos anti-helmínticos, medidas de educação em saúde etc.
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RESUMÃO – D2 2024.

SP - 2.

Protozoários são organismos unicelulares, de vida livre que normalmente vivem em locais úmidos ou com a presença de água. Sua única célula faz todas as funções e inclusive a reprodução – que ocorre dentro do hospedeiro. Sua alimentação é por fagocitose. São classificados de acordo com o modo de locomoção: 1. Sarcodíneos; 2. Ciliados; 3. Flagelados; 4. Esporozoários. Os protozoários mais comuns são: amebas, blastócitos, flagelados etc. Algumas doenças causadas por protozoários são: amebíase, tricomaníase, malária, chagas, toxoplasmose, leishmaniose. Helmintos são parasitas multicelulares que podem causar uma serie de doenças no ser humano, principalmente no trato gastrointestinal. Diferente dos protozoários, que são unicelulares e pouco desenvolvidos, os helmintos são organismos maiores e mais evoluídos, inclusive é visível a olho nu em sua fase adulta. Eles são divididos em dois grupos: 1. Os NEMALTOIDES (helmintos cilindricos) E os platelmintos (achatados) – podem ter 2 subdivisões – cestoides e trematódeos. Temos os helmintos sanguíneos – vivem em vasos do intestino ou fígado; os extra-intestinais – fora do intestino e os intestinais – vivem no intestino. Fases da vida: 1. Ovos – são resistentes, não se multiplicam e apresentam uma membrana.

  1. Fase Larval e posteriormente a adulta. Algumas doenças causadas por eles são: esquistossomose, ascaridíase, teníase. Ascaris Lumbricoides – Ciclo de vida:
    1. Vermes Ascaris vivem no intestino do ser humano; as fêmeas produzem uma média de 200.000 ovos por dia. Quando esses ovos eclodem eles saem pelas fezes.
    2. Ovos não fecundados podem ser ingeridos, mas não acontece nada porque não são infecciosos; os ovos eles ficam de 18 dias a várias semanas “maturando” para se tornarem infecciosos;
    3. As condições ideais para esse desenvolvimento é solo quente e úmido;
    4. Os ovos fecundados são engolidos;
    5. Eles eclodem dentro do estômago, invadem a mucosa intestinal delgada e migram para a circulação porta até o fígado.
    6. Depois, pela via sistêmica, elas migram para os pulmões, onde passam por outro processo de amadurecimento durante 10 a 14 dias.
    7. Depois, elas vão para a parte da garganta, por meio de penetrações nas paredes alveolares e são deglutidas e acabam voltando para o estômago e depois para o intestino delgado e o ciclo começa novamente. Sintomas do verme Ascaris Lombricoides
    8. Sintomas na fase de migração das larvas: Pulmonares: Tosse seca, sibilos, febre, dor torácica e, em alguns casos, expectoração com sangue (hemoptise). Essa fase é conhecida como Síndrome de Loeffler.
    9. Sintomas na fase adulta dos vermes: Gastrointestinais: Dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia ou obstipação, perda de apetite e emagrecimento. Transmissão A transmissão acontece quando o ser humano ingere o ovo fecundado. Ou seja, isso pode acontecer por meio de alimentos infectados, alimentos não higienizados corretamente, chuva, vento, mãos não higienizadas (principalmente em crianças), locais onde não se tem saneamento básico são propícios para isso. Tratamento é feito com medicamentos anti-helmínticos, medidas de educação em saúde etc.

Barreiras naturais que protegem o corpo contra infestações de helmintos são as de primeira linha de defesa, presentes no ser humano, sendo elas: mucosas, pele, cílios das vias respiratórias, ácido gástrico do estômago, secreções químicas como a bile e enzimas digestivas e a microbiota intestinal também. Barreiras orgânicas são aquelas que incluem respostas biológicas e imunológicas do corpo, ou seja, inicialmente no momento da detecção de algum “invasor” o sistema imune inato vai ser ativado, com a presença de macrófagos e neutrófilos, eosinófilos e mastócitos. Pelo fato deles variarem muito suas estruturas, ativam também o sistema imune adaptativo, com a ação de anticorpos especialmente o IgE e dos linfócitos T, principalmente o Th2. O TH2 RESULTA NA PRODUÇÃO DE IgE. Medidas preventivas para evitar helmintíases: 1. Lavar mãos com frequência durante o dia e manter unhas aparadas; 2. Lavar frutas, legumes e verduras que chegam do mercado ou feira; 3. Evitar levar mão a boca (e se policiar sobre isso em relação as crianças); 4. Não tomar água sem tratamento; 5. Garantir que a cidade tenha SANEAMENTO BÁSICO PRINCIPALEMNTE COLETA E CONTROLE DO LIXO; 6. Não deixar crianças brincarem em agua suja e/ou possivelmente contaminadas. Medidas terapêuticas são aqueles que utilizam medicamentos para tratar a doença já existente. Esse tratamento é feito com remédios como albendazol, ivermectina, praziquantel, anita etc. O helminto tem alguns mecanismos para meio que “enganar” o sistema imunológico, sendo eles:

  • Troca de antígenos, dificultando o reconhecimento pelo sistema imunológico
  • Cutícula espessa, dificultando a fagocitose
  • Cobertura frouxa que se desprende quando há um ataque
  • Produção de mediadores que bloqueiam a resposta inflamatória
  • Alojar-se em locais inacessíveis SP - 3. Surto é quando alguma doença, inesperadamente, tem um aparecimento e aumento nos números de casos, de forma repentina. É caracterizado por acontecer em locais específicos como escolas, faculdades ou um bairro x de uma cidade, por ser curta duração e controlados rapidamente. Endemia é quando já se espera o aumento do número de casos de uma determinada doença, num determinado local e em uma determinada época do ano. Não está ligada a quantidade de casos, pois já se espera que se tenha. É como uma doença típica daquela região. Tipo a dengue em JD que sempre tem épocas do ano que tem muitos casos, mas não chega a ser alarmante porque já é esperado. Epidemia é basicamente quando os casos daquela doença superam de forma significativa os números já esperados, acontece em vários bairros, várias cidades ou vários estados de uma só vez. Pandemia é quando a epidemia sai de controle e essa doença para a estar presente em vários países simultaneamente. Como o COVID-19. História natural da doença é tipo um filminho da jornada de uma doença, que conta desde o momento em que o indivíduo é exposto ao agente infeccioso ou fatos de risco até o desenvolvimento da doença e suas consequências. É dividida em duas fases:
    1. Período pré-patogênico – é o período antes do homem adoecer, onde ocorre a exposição do homem ao agente infeccioso. Interação hospedeiro – agente e hospedeiro – estimulo (fatores ambientais que vão produzir ESTIMULO a doença).
    2. Período patogênico – quando se relata agora o período da doença, primeiros sintomas, doença avançada, invalidez, morte
  • É transmitida por picada de mosquitos infectados, principalmente o Aedes aegypti e Aedes albopictus.
  • É uma doença ampla, com casos hoje em cerca de 118 países. Sintomas  Início abrupto: Febre alta, dor nas articulações (principal sintoma), dores musculares, dor de cabeça, náuseas, fadiga, erupção cutânea, coceira na pele (generalizada ou localizada), dor atrás dos olhos, calafrios e diarreia (manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças).  Duração: Geralmente autolimitada, durando de 2 a 3 dias, mas a dor nas articulações pode persistir por semanas.  Gravidade: Na maioria dos casos, a doença é autolimitada, mas pode causar complicações em grupos de risco (recém-nascidos, idosos com comorbidades). Transmissão e Prevenção  Vetor: Mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus (os mesmos da dengue e Zika).  Prevenção: Combate ao mosquito (eliminação de criadouros), uso de repelentes e proteção contra picadas. Diagnóstico e Tratamento  Diagnóstico: Através de exames de sangue para detectar o vírus ou anticorpos.  Tratamento: Não há tratamento específico, o foco é no alívio dos sintomas (febre, dor). Complicações e Grupos de Risco  Complicações: Ocasionalmente, podem ocorrer complicações oculares, cardíacas e neurológicas.  Grupos de risco: Recém-nascidos e idosos com condições médicas subjacentes. Para receber o auxílio doença tem-se alguns critérios, como principalmente:
    1. Ser contribuinte do INSS
    2. Deve ter tipo um período mínimo de contribuição, geralmente 12 meses
    3. O trabalhador deve apresentar uma incapacidade que o impeça de realizar suas atividades laborais – por meio de laudos médicos.
    4. Série de documentos precisam ser entregues e também uma série de exames médicos. Período de pagamento: O pagamento do auxílio-doença começa a partir do 16º dia de afastamento do trabalho. O valor do benefício é calculado com base na média dos salários de contribuição do segurado. Renovação: A cada 12 meses, o segurado precisa passar por uma nova perícia médica para avaliar a manutenção do benefício. Fim do benefício: O auxílio-doença pode ter fim em algumas situações:  Recuperação: Quando o segurado se recupera e está apto a retornar ao trabalho.  Aposentadoria por invalidez: Se a incapacidade for permanente.  Falecimento do segurado. O valor do auxílio-doença corresponde a 91% da média dos últimos salários do trabalhador, não podendo ser superior à média dos últimos 12 meses. O valor não pode ser inferior ao salário mínimo vigente.

A vigilância epidemiológica realiza diversas estratégias para controle de surtos em uma determina região, dentre elas estão:

  1. Educação e conscientização; 2. Monitoramento e vigilância; 3. Isolar locais que possam ser possíveis vetores da doença;
  2. Eliminação dos habitats dos agentes; 5. Controles biológicos; 6. Notificação compulsória. As mudanças climáticas causam diversas alterações e elas influenciam no aumento de casos de arboviroses. São essas alterações: 1. Aumento da temperatura; 2. Mudança no padrão de chuvas; 3. Elevação do nível do mar; entre outras. Com as mudanças, os ambientes acabam ficando mais propicio ao desenvolvimento dessas doenças, visto que o ambiente estará quente e úmido, ótimo para a proliferação dessas arboviroses. Como aconteceu no BR em 2023 com a dengue. Gastroenterite aguda (GECA) é uma doença que causa inflamação no trato digestivo (revestimento do estomago e dos intestinos). Geralmente de etiologia infecciosa e com grande prevalência na infância. Pode ser causada por vírus, protozoários ou bactérias no trato gastrointestinal. Sintomas: Anorexia, náuseas, vômitos, diarreia, desconforto abdominal, mal-estar, mialgias etc. GECA - É o nome mais curto de gastroenterocolite/gastroenterite aguda.
    1. Gastroenterite viral Principais vírus: Norovírus; Rotavírus; Adenovírus; Astrovírus; Citomegalovírus e Enterovírus (pacientes imunodeprimidos).
  • NONOVÍRUS – altamente contagioso. É uma das principais causas de surtos de diarreia e vomito em todo o mundo. Pode ser ingerido através de alimentos ou água contaminados e também por contato interpessoal. SINTOMAS: súbita manifestação de vomito ou diarreia (nas primeiras 12 a 48 horas após a exposição), febre baixa, cólicas abdominais, dor de cabeça, náuseas, cansaço e desidratação.
  • ROTAVIRUS – mais comum em crianças, inclusive muito presente em surtos de GECA em creches e escolas. Ingestão de alimentos e água contaminados e contato com objetos também contaminados. SINTOMAS: surgem de 1 a 3 dias após a exposição. Diarreia, vômitos, dores abdominais, febre e desidratação. Os sintomas podem durar de 3 a 8 dias e a desidratação é a complicação mais preocupante da infecção, podendo levar à hospitalização em casos graves. Existem vacinas contra esse vírus: Monovalente (VRH1) e Pentavalente (VRH5). – aplicadas em crianças.
  • ADENOVÍRUS – causam infecções em várias partes do corpo, mas no sistema gastrointestinal vai ter os seguintes sintomas: 1. Diarreia que dura 1 a 2 semanas; 2. Vômitos leves em lactentes e crianças, geralmente 1 a 2 dias após o início da diarreia; 3. Febre baixa em cerca de 50% dos pacientes. Transmitido por contato direto com secreções respiratórias ou fecais de uma pessoa infectada. Os sintomas geralmente aparecem entre 2 a 14 dias após a exposição ao vírus e podem durar de alguns dias a várias semanas.
  • ASTROVÍRUS – menos comum do que os outros, mas mesmo assim causa infecções intestinais, especialmente em lactante e crianças pequenas. Sintomas parecidos com o nonovírus e rotavírus.
    1. Gastroenterite bacteriana Mecanismos que levam a GECA - Enterotoxinas: São produzidas por certas espécies (ex: Vibrio cholerae, cepas enterotoxigênicas de Escherichia coli) que aderem à mucosa intestinal sem invadi-la e produzem enterotoxinas. Essas toxinas dificultam a absorção intestinal e provocam secreção de água e eletrólitos, resultando em diarreia aquosa. Exotoxinas: São ingeridas em alimentos contaminados e produzidas por algumas bactérias (ex: Staphylococus aureus, Bacillus cereus, Clostridium perfringens). Essas toxinas podem causar gastroenterite sem a infecção bacteriana propriamente dita. Invasão da mucosa: Ocorre com outras bactérias (ex: Shigella, Salmonella, Campylobacter, Clostridium difficile e algumas cepas de Escherichia coli) que invadem a mucosa do intestino delgado ou cólon e provocam ulcerações microscópicas, sangramento, exsudação de líquido rico em proteínas e secreção de eletrólitos em água. O processo de