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RestauRação Classe II Com. ResIna Composta: avalIação da téCnICa de pollaCk. RestoRatIon Class II wIth ComposIte ResIn:.
Tipologia: Notas de aula
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1
Laryssa Signor Angela Isabel Dullius* Gislaine Rosa Biacchi*****
Submetido em: 4-7- Aceito em: 15-8-
ReSumo Apesar do notável aumento de restaurações posteriores com resinas compostas nos últimos anos, ainda existem dificuldades quanto à técnica restauradora em se tratando de cavidades com envolvimento da face proximal. Considera-se que a intensidade de luz que atinge os incrementos da resina na face cervical do preparo é menor do que a intensidade próxima à superfície, podendo comprometer as propriedades mecânicas e o sucesso da restauração. objetivo: Investigar a resistência compressiva dos incrementos de resina composta de uso direto na profundidade da caixa proximal de restaurações classe II em diferentes extensões ocluso-cervicais utilizando- se a técnica incremental proposta por Pollack (1988). métodos: Foram obtidos 40 espécimes (blocos) de resina composta, com 2 mm de di- mensão ocluso-cervical, confeccionados a partir de restaurações classe II em três molares inferiores de manequim (Prodens) com dimensões de 4 mm vestíbulo-lingual, 2 mm mésio-distal e profundidades ocluso-cervical de 2 mm (G1 e G2), 4 mm (G3) e 6 mm (G4), formando 4 grupos (n=10). Para G1 (grupo controle) foi utilizada a resina autoativada (Alpha Plast) e demais grupos resina fotoativada (Z100, 3M ESPE), todos com espessura de 2mm. Após, os espécimes foram armazenados em soro fisiológico durante 30 dias e, posteriormente,submetidos ao teste de resistência à compressão em máquina universal de ensaios eMIC DL-2000, composta por um dispositivo metálico de base plana de 15mm, com célula de carga de 490N e velocidade de 0,5mm/min, aplicada sobre a face oclusal dos espécimes até a fratura.Os resultados foram analisados pelo teste ANOVA. Resultados: A média dos valores de resistência à fratura (MPa), foram: 52,86; 48,55; 44,89; 42,67 para G1, G2, G3 e G4, respectivamente. Conclusão: Não houve diferença significativa (p>0,05) na resistência à compressão entre incrementos de resina composta inseridas na base da face proximal de preparos do tipo classe II em diferentes profundidades utilizando-se o protocolo adotado. Palavras-chave: Resistência à compressão; resina composta; restauração classe II.
ABStRACt In spite of the remarkable increase of posterior restorations with composite resins in the last years, there are still difficulties regarding the restorative technique when dealing with cavities with involvement of the proximal face. It is considered that the light intensity that reaches the resin increments in the cervical face of the preparation is smaller than the intensity close to the surface, which may compromise the mechanical properties and the success of the restoration. objective: To investigate the compressive strength of the composite resin increments of direct use in the depth of the proximal box of class II restorations in different occlusal- cervical extensions using the incremental technique proposed by Pollack (1988). methods: 40 composite resin specimens with 2 mm occlusal-cervical dimensions were made from class II restorations in three lower molars of the manikin (Prodens) with 4 mm vestibullary, 2 mm mesio- Distal and occlusal-cervical depths of 2 mm (G1 and G2), 4 mm (G3) and 6 mm (G4), forming 4 groups (n = 10). For G1 (control group) the autoactivated resin (Alpha Plast) and other photoactivated resin groups (Z100, 3M ESPE) were used, all with a thickness of 2mm. Afterwards, the specimens were stored in saline solution for 30 days and then submitted to the compressive strength test in a universal EMIC DL-2000 test machine, consisting of a 15mm flat base metal device with a 490N load cell And velocity of 0.5 mm / min, applied on the occlusal face of the specimens until the fracture.The results were analyzed by the ANOVA test. Results: The average values of fracture resistance (MPa) were: 52.86; 48.55; 44.89; 42.67 for G1, G2, G3 and G4, respectively. Conclusion: There was no significant difference (p> 0.05) in the compressive strength between increments of composite resin inserted at the base of the proximal face of class II type preparations at different depths using the protocol adopted.
Restauração Classe II com resina composta: avaliação da técnica de Pollack
I n t R o D u ção
As resinas compostas, inicialmente elaboradas para confecção de restaurações es- téticas em dentes anteriores, passaram a ser utilizadas também em dentes posteriores 1,^. Contudo, algumas propriedades inerentes a esse material, como a contração de polime- rização e o coeficiente de expansão térmica linear diferente da estrutura dental, podem acarretar em falhas nas restaurações 3. Apesar do avanço no que se refere às propriedades das resinas compostas, ainda existem dificuldades quanto à técnica de restauração, principalmente quando se trata da adaptação do material à parede cervical da caixa proximal em restaurações classe II, onde o acesso da luz para a polimerização é mais difícil 4. Para que os materiais restauradores estéticos tenham adequadas propriedades me- cânicas e físicas, faz-se necessária uma polimerização eficiente 5. Caso contrário, poderá ocorrer maior contração de polimerização 6,7, instabilidade de cor 8 , agressão pulpar^9 , maior risco de cárie secundária 10,11^ e diminuição da dureza^12. Considerando-se que junto à face cervical da caixa proximal de restaurações classe II a intensidade de luz que atinge os incrementos da resina deva ser consideravelmente menor do que a intensidade próxima à superfície, o grau de conversão dos monômeros em polímeros também sofre um decréscimo 13. Com a finalidade de controlar a contração de polimerização Lutz et al. 14 desen- volveram a técnica incremental, para restaurações classe II, na qual a resina é inserida em várias camadas. Pollack 15 , em 1988, sugeriu que a resina composta fosse inserida de forma oblíqua em dois incrementos e complementada com um terceiro unindo os dois primiros. Desta forma, propiciaria uma maior superfície livre para liberação do estresse, o que resultaria na diminuição do fator C (fator da configuração cavitária). Os incrementos deveriam ser de no máximo 2 mm, pois incrementos de maior espessura não permitiriam uma polimerização uniforme e máxima 16. Sabe-se que através da redução do volume de resina composta a ser polimerizada de cada vez, a tensão marginal torna-se menor 14,^. A propriedade mecânica de resistência à compressão demonstra a capacidade do compósito em suportar estresses verticais, pois as forças transmitidas às restaurações durante o ato mastigatório podem desencadear fraturas do compósito e/ou do elemento dental17,18,19^. O teste de compressão serve também para avaliar a capacidade de polimeri- zação da resina. Muito embora o surgimento de resinas compostas do tipo bulk fill^20 prometem ade- quadas propriedades mecânicas em especial nas caixas proximais das restaurações Classe II, a realidade econômica impõe aos atendimentos odontológicos nos postos de saúde, nas clínicas populares e das universidades o uso de resinas compostas tradicionais. Sabendo que o grau de conversão da resina está diretamente ligado às propriedades mecânicas do material e, consequentemente, ao seu desempenho clínico, este trabalho tem a finalidade de investigar a resistência compressiva dos incrementos de resina composta fotoativadas na base da caixa proximal de restaurações classe II em diferentes profundi- dades, utilizando a técnica de Pollack 15.
Restauração Classe II com resina composta: avaliação da técnica de Pollack
mentos do material conforme preconizado por Pollack^15 , sendo que o primeiro incremento foi inserido sobre a metade da parede gengival e toda a parede vestibular, o segundo foi inserido da mesma forma sobre a parede lingual e o terceiro incremento preencheu o espaço central, fechando a caixa proximal (Figura 2). Os espécimes com resina composta autoativada foram confeccionados com um só incremento. Optou-se pelo uso desta resina como grupo controle devido ao fato de ser o único material restaurador resinoso que in- depende do fotopolimerizador para a conversão de monômeros em polímeros, tendo uma polimerização exclusivamente química. Quatro grupos foram obtidos com 10 espécimes (n=10) cada em forma de blocos de resina nas dimensões médias de: 2 mm de espessura, 2 mm de altura e 4 mm altura. O Grupo 1 (G1) - Grupo Controle - com resina composta autoativada Alpha Plast (Nova DFL, Jacarepaguá, RJ, Brasil) obtidos a partir dos dentes com preparos cavitários de 2 mm de profundidade ocluso-cervical, com inserção em blo- co único do material após manipulação conforme instruções do fabricante. Para o Grupo 2 (G2) os espécimes de resina composta fotoativada foram obtidos a partir dos mesmos dentes preparados com 2 mm de profundidade; para o Grupo 3 (G3) os espécimes foram obtidos a partir de dentes preparados com profundidade ocluso-cervical de 4 mm; e o Grupo 4 (G4) a partir de dentes preparados com profundidade ocluso-cervical de 6 mm.
F I G u R A 2: Desenho esquemático dos incrementos de resina: A (vestíbulo/gengival); B (linguo-gengival); C (incremento central), em dente preparado na profundidade de 4 mm.
Para a confecção dos espécimes destes grupos utilizou-se a resina composta Z (3M do Brasil Ltda, Sumaré, SP, Brasil) na cor A2, inserida com auxílio de espátulas de titânio número 1(1-SD1, Millennium, São Caetano do Sul, SP, Brasil) e número 6 (Indus - bello, Londrina, PR, Brasil), até o limite de 2 mm previamente definido. A fotoativação foi
laryssa signor e t al.
realizada com aparelho à LED (Schuster Emitter C, Santa Maria, RS, Brasil) e intensidade de luz média de 900 mW/cm2, por 40 segundos, após a inserção de cada incremento, com a ponta aplicadora posicionada na face oclusal do preparo. Optou-se pelo tempo de 40 segundos para aumentar a exposição à luz e converter o maior número de monômeros em polímeros. Já que o afastamento, pela profundidade cavitária, da luz do fotopolimerizador poderia prejudicar a polimerização do material 21. Antes da confecção de cada espécime foi registrada a intensidade do fotopolimerizador com o auxílio de um radiômetro digital (Ecel RD-7, Ribeirão Preto, SP, Brasil). Após a confecção, o espécime foi removido com o auxílio de uma espátula 3S (Millennium, São Caetano do Sul, SP, Brasil), e as irregulari- dades dos blocos (espículas) de resina composta foram removidas com lixas abrasivas de granulação 120 para obter a estabilidade necessária ao teste de compressão. Posteriormente os espécimes foram armazenados em água destilada, em recipientes do tipo Eppendorf , em temperatura ambiente. Após, sobre a face oclusal dos espécimes, utilizando-se um dispositivo metálico de base plana de 15 mm, aplicou-se força de compressão através da máquina universal de ensaios (EMIC DL-2000, São José dos Pinhais, PR, Brasil), com célula de carga de 490N e velocidade de 0,5mm/min, até a fratura. Os resultados foram registrados e submetidos à Análise Estatística.
A n áL I S e e S tAt íS t I C A
A estatística descritiva e a normalidade dos dados foram constatadas pelo teste de Shapiro Wilk (p>0,05), a partir do software SPSS v 17.0. Os valores obtidos no teste de resistência foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA), a fim de detectar as variações significantes entre os grupos, considerando o nível de significância de 5%.
R e S u LtA D o S
Os valores médios de resistência à fratura para os diferentes grupos, os desvios padrão e os resultados do teste ANOVA, estão apresentados na Tabela 1.
tA B e L A 1: Valores médios de resistência à fratura (MPa), desvio padrão (SD), valores mínimos e máxi- mos e os resultados da análise de variância.
Grupo média (± SD) Valor mínimo – Valor máximo G1 (controle) 52,86 A (11,71) 34,51 - 70, G2 (2 mm) 48,55 A (9,84) 37,06 - 65, G3 (4 mm) 44,89 A (9,55) 32,13 - 53, G4 (6 mm) 42,67 A (7,74) 28,04 - 54,
Os valores de MPa foram obtidos a partir da fórmula: MPa= Força (KgF)/área (cm 2 ). É possível verificar, pelos resultados encontrados, que a resistência compressiva da resina composta diminuiu com a distância da fonte luminosa, porém sem significância estatística, considerando o protocolo adotado aliando a técnica de Pollack na inserção
laryssa signor e t al.
tenham sido obtidos resultados médios superiores com a resina composta autoativada, observou-se que estes não foram estatisticamente significantes. São necessários estudos com diferentes protocolos e tempos de ativação, utilizando-se a metodologia descrita com cavidades preparadas em dentes naturais ou artificiais para avaliar se resultados seme- lhantes podem ser alcançados. Muito embora o uso da resina bulk fill possa vir a ser uma realidade nos atendi- mentos odontológicos, este material ainda está sendo cientificamente avaliado e somente a longevidade clínica poderá confirmar suas potencialidades nas restaurações profundas onde a baixa intensidade de luz dos aparelhos fotopolimerizadores dificulta a adequada polimerização de resinas compostas em restaurações Classe II^24. É importante ressaltar que uma baixa intensidade luminosa só é capaz de polimerizar os incrementos de compósitos mais superficiais, dando a falsa impressão que este material está com todas as propriedades adequadas, no entanto, o desempenho clínico destas restaurações encontra-se comprometi- do. Associado a isto, existe a queda da energia luminosa, que muitas vezes não é percebida pelo Cirurgião-dentista, afetando ainda mais as propriedades do material restaurador25.
C o n C L u S ão
Considerando as limitações deste estudo, in vitro , no qual utilizou a técnica incre- mental de Pollack, tempo de polimerização de 40 segundos e intensidade de luz de 900 mW/cm^2 , pode-se concluir que:
R e F e R ên C I A S
Restauração Classe II com resina composta: avaliação da técnica de Pollack
reinforced glassionomer, giomerand resin composite to fibroblasts: in vitro study. J Clin Pediatr Dent 2013; 37(4):403-6.