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A Internacionalização da Amazônia: Perspectiva Humanista de Cristóvão Buarque, Notas de estudo de Marketing

Neste discurso, cristóvão buarque discute a internacionalização da amazônia, argumentando que, se a amazônia deve ser considerada patrimônio da humanidade, então outros bens importantes, como reservas de petróleo, capital financeiro e museus, também devem ser internacionalizados. Buarque também propõe a internacionalização de nova york, como sede das nações unidas, e defende a importância de tratar as crianças pobras do mundo como patrimônio da humanidade.

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 14/05/2011

marcos-resende-8
marcos-resende-8 🇧🇷

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RESPOSTA SOBRE A
INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA
Durante debate recente em uma Universidade nos Estados Unidos, o
ex-governador do Distrito Federal, Cristóvão Buarque foi questionado sobre o que pensava da
internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a
resposta de um humanista, e não de um brasileiro.
Essa foi a resposta do Sr. Cristovão Buarque:
"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como
humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua
internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos
também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da
humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se
no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a
Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de
um dono, ou de um pais. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas
decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as Reservas financeiras
sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes
museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas a França. Cada museu do mundo é guardião
das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural,
como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de
um Pais. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande
mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns
presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.
Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo
menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres,
Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua historia do mundo,
deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de
brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles
demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes
maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais
candidatos a presidência dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do
mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa divida para garantir que cada criança do Mundo
tenha possibilidade de comer e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde
nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a
Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um Patrimônio da
Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando
deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me
tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!"
Cristóvão Buarque

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RESPOSTA SOBRE A

INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA

Durante debate recente em uma Universidade nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, Cristóvão Buarque foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista, e não de um brasileiro.

Essa foi a resposta do Sr. Cristovão Buarque: "De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um pais. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as Reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas a França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um Pais. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa divida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de comer e de ir à escola.

Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um Patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!"

Cristóvão Buarque