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Na alternativa c, o autor nega que o que contou se limi- ... c) E tu falavas de um amor celeste, ... a) Me disseram que na casa dele até cachorro sabe.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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proa, e vai partir no mar de chuva.” Resolução Gradação crescente ou gradação em clímax corres- ponde a enumeração em que os elementos que se sucedem vão-se tornando mais intensos quanto a algum aspecto de sua significação. Na enumeração constante da alternativa a , a sucessão das ações indica, a cada novo elemento, um comportamento mais enfáti- co , mais forte ou intenso por parte do narrador. Assim, entende-se, do contexto da frase, que “chia com mais força” < “estala” < “raiveja” < “grunhe”.
No excerto, o narrador propõe um percurso metafórico que vai do aquecimento da casa à imagem da partida de um barco. O segmento em que se reforça e se explicita essa pas- sagem do plano literal ao metafórico é: a) “...numa delicadeza de guache.” b) “...todas as minhas chaminés devem estar fumegan- do com seus penachos brancos na noite escura...” c) “...não é a lenha do fogo, é toda a minha fragata velha que estala de popa a proa...” d) “... e vai partir no mar de chuva.” e) “Dentro, leva cálidos corações.” Resolução Na alternativa c , o autor nega que o que contou se limi- te ao sentido literal do relato (“não é a lenha do fogo”), estendendo o âmbito de significação através da metá- fora da “fragata velha”.
A mesma relação semântica assinalada pela conjunção e na frase “Detenho-me diante de uma lareira e olho o fogo” encontra-se também em: a) E, a cada dia, você tem mais lugares onde pode con- tar com a comodidade de pagar suas despesas com cartões de crédito. b) Realizada pela primeira vez em outubro do ano pas- sado, a Semana de Arte e Cultura da USP tenta con- quistar seu espaço na agenda cultural de São Paulo. c) Carro quebra no meio da estrada e casal pede ajuda a um motorista que passa pelo local. d) Quisera falar com o ladrão, e nada fizera. e) E seu irmão Dito é o dono daqui? Resolução Na frase proposta no enunciado, a conjunção e tem valor aditivo, acrescentando uma informação ao que fora expresso na oração anterior. A mesma relação ocorre em ”carro quebra no meio da estrada e casal pede ajuda a um motorista que passa pelo local.”
A Casa não passava, bem dizer, de uma casa-rancho. A
Texto para as questões 01 a 04 Detenho-me diante de uma lareira e olho o fogo. É gordo e vermelho, como nas pinturas antigas; remexo as brasas com o ferro, baixo um pouco a tampa de metal e então ele chia com mais força, estala, raiveja, grunhe. Abro: mais intensos clarões vermelhos lambem o grande quarto e a grande cômoda velha parece regozijar-se ao receber a luz desse honesto fogo. Há chamas douradas, pinceladas azuis, brasas rubras e outras cor-de-rosa, numa delicadeza de guache. Lá no alto, todas as minhas chaminés devem estar fumegando com seus penachos brancos na noite escura; não é a lenha do fogo, é toda a minha fragata velha que estala de popa a proa, e vai partir no mar de chuva. Dentro, leva cálidos corações. (Rubem Braga)
Em relação ao texto, a única afirmação que NÃO está correta é: a) Nos dois primeiros períodos, o fenômeno da repeti- ção é rigorosamente controlado pelo narrador, sobre- tudo por meio do recurso da elipse. b) Na expressão “ele chia”, o narrador explicitou o pro- nome para estabelecer, com maior precisão, a rela- ção entre a ação expressa pelo verbo chiar e “fogo”, atrás referido. c) No segundo e terceiro períodos, a coerência entre as ações do narrador e as ações atribuídas a “fogo” é estabelecida por meio de relações de causa e con- seqüência. d) Em “Abro”, estão subentendidos eu e tampa de metal. e) Os dois pontos utilizados após “Abro” permitem introduzir o complemento da ação de abrir.
Resolução Os dois pontos não são usados para introduzir o com- plemento de abro , mas sim o que se segue a esse ato. O complemento “ tampa de metal” está expresso ante- riormente e fica subetendido.
Há uma gradação crescente em: a) “...e então ele chia com mais força, estala, raiveja, grunhe.” b) “...mais intensos clarões lambem o grande quar- to...” c) “Há chamas douradas, pinceladas azuis, brasas rubras e outras cor-de-rosa, numa delicadeza de guache.” d) “Lá no alto, todas as minhas chaminés devem estar fumegando com seus penachos brancos na noite escura... .” e) “...é toda a minha fragata velha que estala de popa a
Português
rebaixa – um alpendre cercado–; o rancho de carros-de- boi; outros ranchos; outras casinhas; outros rústicos pavilhões. A apresentação de elementos descritivos estáticos, por meio de frases nominais, ocorre também em: a) Convidei-o silenciosamente olhando uma janela por onde se viam, sobre livros de escrituração, as suíças brancas e os óculos de seu Ribeiro. b) E mestre Caetano gemendo no catre, recebia todas as semanas um dinheirão de Madalena. Visitas, remédios de farmácia, galinhas. c) E tu falavas de um amor celeste, De um anjo, que depois se fez esposa... d) Pera aquele fogo ardente, que nom temeste vivendo. e) Projetava-se nela a imagem de mulher poderosa e humilde ao mesmo tempo. Resolução É de lamentar que, numa prova sensata e equilibrada como a presente, tenha, ao que tudo indica, escapado à atenção da banca examinadora uma questão impre- cisa como esta. Na verdade, o texto da alternativa b, dada como correta, não é descritivo, mas sim narrativo. As frases nominais (“Visitas, remédios de farmácia, gal- inhas”) enumeram, ao que o contexto sugere, ações , não características de algum objeto (qual?). Tratar-se-ia, portanto, de elementos coordenados a “dinheirão” e, pois, complementos de “recebia”. A presença do ad- junto adverbial de tempo, “todas as semanas”, reforça o caráter narrativo do trecho. Repitamos: se a enumeração “visitas, remédios de far- mácia, galinhas” for tomada como descritiva, será des- crição de qual elemento do texto?
Texto para as questões 06, 07 e 08
Olhava mais era para Mãe. Drelina era bonita, a Chica, Tomezinho. Sorriu para Tio Terêz: – “Tio Terêz, o senhor parece com Pai...” Todos choravam. O doutor limpou a goela, disse: – “Não sei, quando eu tiro esses óculos, tão fortes, até meus olhos se enchem d’água...” Miguilim entregou a ele os óculos outra vez. Um soluçozinho veio. Dito e a Cuca Pingo-de-Ouro. E o Pai. Sempre alegre, Miguilim... Sempre alegre, Miguilim... Nem sabia o que era alegria e tristeza. Mãe o beijava. A Rosa punha-lhe doces-de-leite nas algibeiras, para a viagem. Papaco-o-Paco falava, alto, falava.
“Não sei, quando eu tiro esses óculos, tão fortes, até meus olhos se enchem d’água...” O valor semântico de até coincide com o do texto em: a) Me disseram que na casa dele até cachorro sabe padre-nosso. b) Bebeu uma bagaceira, saiu para a rua, sob a chuva intensa, andou até a segunda esquina, atravessou a avenida.... c) Até então, ele não inquietava os investidores, uma vez que era utilizado para financiar investimentos. d) Não sei se poderei esperar até a próxima semana. e) Foi até a sala e retornou.
Resolução Até , no texto, indica inclusão. Equivale a também , inclu- sive. O mesmo valor ocorre em “... na casa dele até cachorro sabe padre-nosso.”Em b e e , até indica limite no espaço e, em c e d indica limite no tempo.
Do ponto de vista do estilo e da relação deste com o sentido, esse trecho caracteriza-se a) pela sucessão de frases curtas e entrecortadas, que mimetizam o ritmo da emoção implicada na cena. b) pela conjunção de narrador em primeira pessoa e em terceira pessoa, interligando solidamente emissor e receptor. c) pelo recurso intensivo às figuras de linguagem, com predomínio das metáforas sobre as metonímias – o que potencia o teor simbólico do texto. d) pelo predomínio da função emotiva sobre as funções poética e conativa, o que gera a força encantatória própria do texto. e) pela dominância da adjetivação afetiva, que traz à tona e potencia a emoção própria da cena. Resolução A emoção da cena é representada “discretamente”, isto é, por sinais separados, que se configuram na “su- cessão de frases curtas e entrecortadas” que sugerem a situação de forma mimética (imitativa).
Neste trecho de Campo Geral , de Guimarães Rosa, as expressões grifadas pelo autor retomam, ao final da narrativa, a) os versos sertanejos cantados pelo vaqueiro Salúz, em seu desejo de consolar Miguilim. b) a mensagem inicial de Tio Terêz, unindo, assim, o princípio e o fim da história. c) as lições de conformidade e alegria de Mãitina a Miguilim, enraizadas no catolicismo popular. d) a derradeira lição da sabedoria do Dito, reforçada depois por seu Aristeu. e) o ensinamento do Grivo, cuja pobreza extrema era, no entanto, fonte de doçura e alegria. Resolução A alternativa impunha o reconhecimento de uma das passagens mais pungentes da novela-poemática de Guimarães Rosa: a morte de Dito, o irmão sábio, “ilu- minado” que, “in extremis”, reafirma sua visão desas- sombrada e otimista da vida: “ Miguilim, Miguilim, vou ensinar o que agorinha eu sei, demais: é que a gente pode ficar sempre alegre, alegre, mesmo com toda coisa ruim que acontece acontecendo. A gente deve de poder ficar então mais alegre, mais alegre, por den- tro! ...” Essa lição de otimismo é corroborada por seu Aristeu, quando Miguilim adoece e as palavras do cu- randeiro colocam-no de pé.
Sobre Fogo Morto , é correto afirmar que a) o caráter estanque de suas partes constitutivas é sublinhado pela mudança do foco narrativo em cada uma delas, indo da primeira à terceira pessoa narrati-
O segundo período do texto implica uma condenação da censura prévia e o primeiro período afirma, explicita- mente, a responsabilidade dos meios de comunicação por aquilo que veiculam, ou seja, por seus produtos.
A única frase em que a correlação de tempos e modos NÃO foi corretamente observada é: a) Segundo os Correios, se a greve terminar amanhã, as entregas serão normalizadas em 13 dias. b) Para que o agricultor não se limitasse aos recursos oficiais, as fábricas também criaram suas próprias li- nhas de crédito. c) Um dos seus projetos de lei exigia que os profes- sores e servidores das universidades fizessem exa- mes antidoping. d) Na discussão do projeto, o deputado duvidou que o colega era o autor da emenda. e) A Câmara Municipal aprovou a lei que concede descontos a multas e juros que estão em atraso.
Resolução Não ocorre a necessária correlação modo-temporal em “...o deputado duvidou que o colega era o autor da emenda.” O pretérito perfeito do indicativo na oração principal deve correlacionar-se com o pretérito imper- feito do subjuntivo: em lugar de era , deveria usar-se fosse.
O valor semântico de des- NÃO coincide com o do par centralização/descentralização apenas em: a) Despregar o prego foi mais difícil do que pregá-lo. b) ”Belo, belo, que vou para o Céu...” – e se soltou, para voar: descaiu foi lá de riba, no chão muito se machucou. c) Enquanto isso ele ficava ali em Casa, em certo repouso, até a saúde de tudo se desameaçar. d) A despoluição do rio Tietê é um repto urgente aos políticos e à população de São Paulo. e) O governo de Israel decidiu desbloquear metade da renda de arrecadação fiscal que Israel devia à Autoridade Nacional Palestina.
Resolução Em centralização/descentralização o prefixo des– foi uti- lizado para indicar negação, ausência , ocorrendo o mesmo nas alternativas a ( des pregá-lo), c ( des ameaçar), d ( des poluição) e e ( des bloquear). O verbo descair equivale a cair, pender, inclinar-se lenta- mente.
...se decida a pedir a este rio (...) que me faça aquele enterro (...) ...e aquele acompanhamento de água que sempre desfila (que o rio, aqui no Recife, não seca, vai toda a vida). Nas ocorrências assinaladas, a partícula que serve, RESPECTIVAMENTE, para I. introduzir um complemento para decida; referir a água o ato de desfilar; introduzir uma justificativa
para o uso de sempre. II. introduzir um complemento para decida; estabele- cer uma relação com aquele; introduzir uma justi- ficativa para o uso de aqui. III. introduzir um complemento para pedir; referir a acompanhamento o ato de desfilar; introduzir uma justificativa para o uso de sempre. Em relação ao texto, está correto apenas o que se afir- ma em a) I. b) I e II. c) II e III. d) II. e) III. Resolução Que , na primeira ocorrência, é conjunção integrante , pois introduz a oração subordinada substantiva objetiva direta, ou seja, a oração que complementa, como obje- to direto, o verbo “pedir”. Na segunda ocorrência, é um pronome relativo que retorna “acompanhamento”, fazendo que esta última palavra equivalha ao sujeito de “desfilar”. Na terceira ocorrência, que é conjunção coordenada explicativa, introduzindo a frase que dá a razão do advérbio “sem- pre”.
A palavra sanção com o significado de ratificação ocorre apenas em: a) Aplicar sanções a grevistas não é direito nem dever de um presidente. b) Eventual sanção do presidente à nova lei, aprovada ontem, poderá desagradar a setores de todas as cat- egorias. c) As sanções previstas na lei eleitoral não exercem influências significativas sobre a paixão dos mili- tantes. d) O novo diretor prefere sanções a diálogos. e) O contrato prevê sanções para os inadimplentes. Resolução Nas alternativas a , c , d e e , sanções significa repressões , punições , penalizações , exceções.
É mudo aquele a quem irmão chamamos, E a mão que tantas vezes apertamos Agora é fria já! Não mais nos bancos esse rosto amigo Hoje escondido no fatal jazigo Conosco sorrirá! Nestes versos de Casimiro de Abreu, o pronome sub- linhado revela um emprego denotativo de a) tempo presente e proximidade física. b) tempo passado e proximidade física. c) tempo futuro e afastamento físico. d) tempo futuro e proximidade física. e) tempo passado e afastamento físico. Resolução Aquele no texto refere-se a alguém que já morreu. O passado é reforçado pelos verbos no pretérito — ”chamamos”, “apertamos” — e o afastamento, pela
idéia de “morte” contida em “agora é fria já” e “Hoje escondido no fatal jazigo.”
É correto afirmar que, em Morte e vida severina , a) a alternância das falas de ricos e de pobres, em con- traste, imprime à dinâmica geral do poema o ritmo da luta de classes. b) a visão do mar aberto, quando Severino finalmente chega ao Recife, representa para o retirante a primeira afirmação da vida contra a morte. c) o caráter de afirmação da vida, apesar de toda a mis- éria, comprova-se pela ausência da idéia de suicídio. d) as falas finais do retirante, após o nascimento de seu filho, configuram o momento afirmativo, por excelên- cia, do poema. e) a viagem do retirante, que atravessa ambientes menos e mais hostis, mostra-lhe que a miséria é a mesma, apesar dessas variações do meio físico.
Resolução O Capibaribe é o guia que conduz o retirante do sertão ao mar, atravessando a caatinga semi-árida, o Agreste e a Zona da Mata. Em todo esse percurso, a morte é o signo constante que preside e nega a vida: morre-se “de velhice antes dos trinta, / de emboscada antes dos vinte, / de fome um pouco por dia”. No poema dramático cabralino, em inúmeras cenas, a morte é presenciada pelo retirante ou é relatada a ele: os carregadores do defunto, morto “de bala”; a sentinela (velório) do “Finado Severino”; o diálogo com a rezadeira sobre os “ofícios da morte”; o funeral do lavrador, na Zona da Mata, e a conversa dos coveiros, já no Recife, são algumas dessas cenas em que se muda a paisagem, mas a miséria persiste, sug- erindo ao retirante o “saltar fora da ponte e da vida”.
Se em ambos os contos a dominação social é tema de primeiro plano, cabe, no entanto, fazer uma distinção: em um deles, ela é direta, e aparece sob a forma do capricho e do arbítrio patronais; já em outro, ela é mais moderna - torna-se indireta e anônima.
A distinção realizada nesta afirmação refere-se, RESPECTIVAMENTE, aos seguintes contos de Mário de Andrade (Contos novos) : a) ”Nelson e “O poço”. b) ”O ladrão” e “O poço”. c) “O ladrão” e “Nelson”. d) ”O poço” e “Primeiro de maio”. e) ”Primeiro de maio” e “O ladrão”.
Resolução No conto “O Poço”, a dominação social é direta, aparece sob a forma do capricho e do arbítrio, pois Joaquim Prestes exige que seus empregados encon- trem a caneta que ele deixou cair no poço. Em “Primeiro de Maio”, o carregador de malas da estação da luz, o “35”, percorre pontos da cidade de São Paulo, buscando reconhecimento e solidariedade, mas só encontra comemorações oficiais, distantes do que esperava. É interessante notar que o protagonista
é apenas referido como 35, sendo denominado pela função que exerce.
Considere as seguintes afirmações sobre o Auto da Barca do Inferno , de Gil Vicente: I. O auto atinge seu clímax na cena do Fidalgo, per- sonagem que reúne em si os vícios das diferentes categorias sociais anteriormente representadas. II. A descontinuidade das cenas é coerente com o caráter didático do auto, pois facilita o distancia- mento do espectador. III. A caricatura dos tipos sociais presentes no auto não é gratuita nem artificial, mas resulta da acentuação de traços típicos. Está correto apenas o que se afirma em a) I. b) II. c) II e III. d) I e II. e) I e III. Resolução A afirmação I é falsa, pois o auto não atinge seu clímax na cena do Fidalgo, e, além disso, essa personagem não reúne em si os vícios das categorias anteriormente representadas. O Fidalgo simboliza apenas a aristocracia arrogante, opressiva, pretensiosa e é a primeira personagem a entrar na barca do Inferno. As afirmações II e III apresentam características funda- mentais do teatro de Gil Vicente: o caráter didático- moral do auto e a presença de tipos sociais caricatura- dos, isto é, deformados pelo exagero.
O Primo Basílio pertence à fase dita realista de seu autor, Eça de Queirós. É reconhecido, também, como um romance de tese – tipo de narrativa em que se demonstra uma idéia, em geral com intenção crítica e reformadora. Tendo em vista essas determinações gerais, é correto afirmar que, nesse romance, a) o foco expressivo se concentra na interioridade sub- jetiva das personagens, que se dão a conhecer por suas idéias e sentimentos, e não por suas falas ou ações. b) as personagens se afastam de caracterizações típi- cas, tornando-se psicologicamente mais complexas e individualizadas. c) a preferência é dada à narração direta, evitando-se recursos como a ironia, o suspense, o refinamento estilístico de períodos e frases. d) o interesse pelas relações entre o homem e o meio amplia o espaço e as funções das descrições, tor- nadas mais minuciosas e significativas. e) a narração de ações, a criação de enredos e as reflexões do narrador são amplamente substituídas pelo debate ideológico-moral entre Jorge e o Conselheiro Acácio. Resolução O romance O Primo Basílio tem como objetivo criticar a burguesia de Lisboa, analisando o cotidiano morno e
Resolução O ferro da palha de aço reage com o oxigênio do ar na presença de água, formando a ferrugem (óxido de ferro hidratado). 2Fe + 3/2O 2 + nH 2 O → Fe2O3. nH2O O consumo de O 2 do ar, nessa reação, faz com que a pressão dentro do tubo diminua. Como conseqüência, sobe o nível de água dentro do mesmo. A água não enche totalmente o tubo, pois o N 2 do ar (aproximada- mente 80% em volume do ar) não é consumido.
O agravamento do efeito estufa pode estar sendo provocado pelo aumento da concentração de certos gases na atmosfera, principalmente do gás carbônico. Dentre as seguintes reações químicas: I) queima de combustíveis fósseis; II) fotossíntese; III) fermentação alcoólica; IV) saponificação de gorduras, produzem gás carbônico, contribuindo para o agrava- mento do efeito estufa: a) I e II b) I e III c) I e IV d) II e III e) II e IV Resolução I. Os combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natu- ral) são formados basicamente pelo elemento car- bono. Sua combustão completa produz gás carbôni- co que contribui para o agravamento do efeito estu- fa. Exemplos: CxHy + zO 2 (g) → xCO2(g) + y/2H 2 O(g) C(s) + O2( g) → CO 2 (g) II. Na reação de fotossíntese, gás carbônico e água reagem produzindo hidratos de carbono e gás oxi- gênio. 6CO 2 + 6H 2 O → C6H12 O6 + 6O 2 O gás carbônico do ar é consumido. III. A produção de álcool por fermentação catalítica de hidratos de carbono (glicose, frutose) provoca a for- mação de gás carbônico. C 6 H 12 O6 → 2C 2 H5OH( l ) + 2CO 2 (g)
IV. A reação de saponificação de gorduras consiste na reação de glicerídeos com base forte, produzindo sa- bão e álcool (glicerol). Exemplo:
A dose diária recomendada do elemento cálcio para um adulto é de 800mg. Suponha certo suplemento nutri- cional a base de casca de ostras que seja 100% CaCO 3. Se um adulto tomar diariamente dois tabletes desse suplemento de 500 mg cada, qual porcentagem de cál- cio da quantidade recomendada essa pessoa está ingerindo? a) 25% b) 40% c) 50% d) 80% e) 125%
Resolução Massa molar do CaCO 3 = (40 + 12 + 3. 16) g/mol = = 100g/mol Massa de CaCO 3 ingerida: 2 x 500mg = 1000mg Massa de Ca ingerida: 100g de CaCO 3 ––––– 40g de Ca 1000mg de CaCO 3 ––––– x x = 400mg Porcentagem de cálcio da quantidade recomenda- da: 800mg –––– 100% 400mg ––– y y = 50%
Um pedaço de palha de aço foi suavemente comprimi- do no fundo de um tubo de ensaio e este foi cuida- dosamente emborcado em um béquer contendo água à temperatura ambiente, conforme ilustrado abaixo:
Decorridos alguns dias à temperatura ambiente, qual das figuras abaixo representa o que será observado?
c) d)
a) b)
palha de aço
água
massas molares (g/mol) Ca ....... 40 O ........ 16 C ........ 12
Química
Contribuem para o agravamento do efeito estufa I e III.
No Brasil, o sal de cozinha e o gás de cozinha (mistura de propano e butano) são usualmente obtidos, respec- tivamente, a) de jazidas desse sal e do petróleo. b) de jazidas desse sal e do gás natural. c) da água do mar e do lixo orgânico. d) da indústria cloro-álcali e do gás natural. e) da água do mar e do petróleo.
Resolução O sal de cozinha é constituído, principalmente, de clore- to de sódio. Ele é encontrado na água do mar e é obti- do por evaporação da mesma. O Brasil obtém o sal de cozinha a partir da água do mar, principalmente nos Estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Obs.: embora o Brasil possua depósitos de sal-gema (cloreto de sódio), este é utilizado principalmente para a alimentação do gado. O propano e butano são os principais constituintes do gás de cozinha (GLP). Este é obtido a partir da desti- lação fracionada do petróleo.
Deseja-se saber se três hidrocarbonetos saturados I, II e III são isômeros entre si. Para tal, amostras desses hidrocarbonetos foram analisadas, determinando-se as quantidades de carbono e de hidrogênio presentes em cada uma delas. Os resultados obtidos foram os seguintes:
Com base nesses resultados pode-se afirmar que a) I não é isômero de II nem de III. b) I é isômero apenas de II. c) I é isômero apenas de III. d) II é isômero apenas de III. e) I é isômero de II e de III.
Se desejar utilize massas molares (g/mol): C ... 12; H ... 1
massa de H/g
massa de C/g
massa da amostra/g
hidro- carboneto
O–Na+
Resolução Compostos isômeros apresentam a mesma fórmula molecular e, portanto, a mesma massa de cada ele- mento numa mesma massa da amostra. Admitindo-se a massa da amostra igual a 0,600g te- mos:
Os compostos I e II podem ser isômeros. Outra maneira de resolver o exercício é calculando a fórmula mínima:
Logo, I e II são isômeros.
contida em um erlenmeyer. As quantidades adicionadas foram:
concentra- ção/mol L–
massa de volume/mL Na 2 CO3 /g
experi- mento
Solução de HC l
Na 2 CO 3
HC l
Nas condições ambiente, foram realizados três experimentos, com aparelhagem idêntica, nos quais se juntou Na 2 CO3 sólido, contido em uma bexiga murcha, a uma solução aquosa de HC l
I C : –––––––––0,168g 12g/mol
= 0,014mol
H : –––––––––0,032g 1g/mol
= 0,032mol
III (^) C : –––––––––0,491g 12g/mol
= 0,041mol
H : –––––––––0,109g 1g/mol
= 0,109mol
dividindo pelo menor, temos:
fórmula mínima do hidrocarboneto: 1mol
2,28mol
x 7 (^7)
C 7 H 16 x 7 16
dividindo pelo menor, temos:
fórmula mínima do hidrocarboneto: 1mol
2,28mol
x 7 (^7)
C 7 H 16 x 7 16
II C : –––––––––0,252g 12g/mol
= 0,021mol
H : –––––––––
0,048g 1g/mol
= 0,048mol
dividindo pelo menor, temos:
fórmula mínima do hidrocarboneto: 1mol
2,65mol
x 3 (^3)
C 3 H 8 x 3 8
III 0,600g 0,491g 0,109g
0,048g y y = 0,096g
0,252g x x = 0,504g
0,300g II 0,600g
0,032g y y = 0,096g
0,168g x x = 0,504g
0,200g I 0,600g
Hidrocarboneto massa massa de carbono massa de hidrogênio
d) 2 prótons e 3 elétrons. e) 4 prótons e 3 elétrons. Resolução Nas reações nucleares, a soma dos números atômico e de massa no estado inicial é igual à soma dos números atômico e de massa no estado final.
1
A ZE +^
1 0 n
1 + 1 = Z + 0 Logo
2 + 3 = A + 1 Logo
Cálculo do número de nêutrons do átomo do elemento E: A (^) E = ZE + NE
4 = 2 + NE ⇒
O elemento E apresenta 2 prótons e 2 nêutrons.
Pode-se conceituar energia de ligação química como sendo a variação de entalpia (∆H) que ocorre na quebra de 1 mol de uma dada ligação. Assim, na reação representada pela equação: NH 3 (g) → N(g) + 3H(g); ∆H = 1170kJ/mol NH 3 são quebrados 3 mols de ligação N — H, sendo, por- tanto, a energia de ligação N — H igual a 390 kJ/mol. Sabendo-se que na decomposição: N 2 H4(g) → 2 N(g) + 4H(g); ∆H = 1720 kJ/mol N 2 H 4 , são quebradas ligações N — N e N — H, qual o valor, em kJ/mol, da energia de ligação N — N? a) 80 b) 160 c) 344 d) 550 e) 1330
Resolução
À temperatura ambiente, o pH de um certo refrige- rante, saturado com gás carbônico, quando em garrafa fechada, vale 4. Ao abrir-se a garrafa, ocorre escape de gás carbônico. Qual deve ser o valor do pH do refrige- rante depois de a garrafa aberta? a) pH = 4 b) 0 < pH < 4 c) 4 < pH < 7 d) pH = 7 e) 7 < pH < 14
Resolução Na garrafa de refrigerante fechada temos o equilíbrio:
2H2O( l ) + CO 2 (g) (^) ←→ HCO
3 (aq) + H3O
+(aq)
N — N(g) → 2N(g) + 4H(g) ∆H = +1720kJ/mol
nº de massa A = 4
nº atômico Z = 2
{ {
Ao abrir-se a garrafa há desprendimento de gás, CO 2 , diminuindo sua concentração no equilíbrio, deslocando- o para a esquerda; ocorrendo diminuição na concentra- ção de íons H 3 O+(H+), elevando o pH. Como ainda teremos íons H 3 O +(H+), a solução conti- nuará ácida, logo: 4 < pH < 7.
Há exatos 100 anos, J.J. Thomson determinou, pela primeira vez, a relação entre a massa e a carga do elétron, o que pode ser considerado como a descober- ta do elétron. É reconhecida como uma contribuição de Thomson ao modelo atômico, a) o átomo ser indivisível. b) a existência de partículas subatômicas. c) os elétrons ocuparem níveis discretos de energia. d) os elétrons girarem em órbitas circulares ao redor do núcleo. e) o átomo possuir um núcleo com carga positiva e uma eletrosfera. Resolução J.J. Thomson através da experiência com raios catódi- cos determinou que o elétron fazia parte da matéria. O modelo atômico de Thomson tem como característica a presença de cargas positivas e negativas e o átomo ser maciço. Na alternativa a temos o modelo de Dalton. Na alternativa c temos o modelo de Bohr. Nas alternativas d e e temos o modelo de Rutherford.
Têm-se amostras de três sólidos brancos A, B e C. Sabe-se que devem ser naftaleno, nitrato de sódio e ácido benzóico, não necessariamente nessa ordem. Para se identificar cada uma delas, determinaram-se algumas propriedades, as quais estão indicadas na tabela abaixo:
Esses dados indicam que A, B e C devem ser, respecti- vamente, a) ácido benzóico, nitrato de sódio e naftaleno. b) ácido benzóico, naftaleno e nitrato de sódio. c) naftaleno, nitrato de sódio e ácido benzóico. d) nitrato de sódio, ácido benzóico e naftaleno. e) nitrato de sódio, naftaleno e ácido benzóico. Resolução As substâncias naftaleno ( ), nitrato de
sódio (NaNO 3 ) e ácido benzóico ( ) apre-
sentam as seguintes propriedades: O naftaleno é um hidrocarboneto, apolar, sendo pratica-
C
=
OH
—
O
—
um pouco solúvel
praticamente insolúvel
muito solúvel
solubilidade em água
Temperatura 306 80 122 de fusão/°C
mente insolúvel em água e apresenta o menor ponto de fusão. O nitrato de sódio é um sal, composto iônico, apresen- ta alto ponto de fusão e é muito solúvel em água. O ácido benzóico é uma molécula polar, estabelece pontes de hidrogênio, é um ácido fraco e se ioniza segundo a equação:
sendo pouco solúvel em água.
Entidades ligadas à preservação ambiental têm exerci- do fortes pressões para a redução da produção de gases CFC (clorofluorocarbonos). Isto se deve principal- mente ao fato de os CFC a) reagirem com H 2 O, produzindo ácidos e chuva ácida. b) reagirem espontaneamente com O (^) 2, produzindo CO (^2) e agravando o efeito estufa. c) escaparem para o espaço provocando o fenômeno da inversão térmica. d) reagirem com oxigênio a baixas pressões, produzin- do ozônio. e) produzirem sob a ação da luz radicais livres, que reagem com o ozônio.
Resolução Os gases CFC (clorofluorocarbonos), em presença de luz, produzem radicais livres. Exemplo:
O gás ozônio é formado na atmosfera, segundo as equações:
O2(g) →luz 2 O(g)
O 2 (g) + O(g) → O3(g) Este reage com os radicais livres, produzindo gás oxigênio, segundo as equações:
1ª etapa: O 3 (g) + C l (g) → C l O(g) + O 2 (g)
2ª etapa: C l O(g) + O(g) → C l (g) + O 2 (g) ––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Global: O 3 (g) + O(g) → 2 O 2 (g)
Um sólido S é decomposto por aquecimento e o pro- duto sólido obtido, ao reagir com água, forma hidróxido de cálcio. Este reage com carbonato de sódio produzin- do soda cáustica (NaOH) e regenerando o sólido S que é reciclado. Qual a fórmula de S e sua respectiva massa necessária para iniciar um ciclo de produção de soda cáustica a partir de 1,06 toneladas de carbonato de sódio? Admita em todas as etapas um rendimento de 100%.
F — C — C l
C l
luz F — C •^ + C l • { radical livre
C l
C
=
OH
—
O
—
=
O–
—
O
—
a) CaO e 0,56t b) CaO e 1,12t c) Ca(OH) 2 e 1,06t d) CaCO 3 e 1,00t e) CaCO 3 e 2,00t Resolução Temos as reações:
1 mol de CaCO 3 → 1 mol de Na 2 CO
100g –––––––––––––––––––––– 106g x –––––––––––––––––––––– 1,06t
100g. 1,06t x = ––––––––––––– = 1,00t 106g
Um recipiente fechado de 1 litro contendo inicialmente, à temperatura ambiente, 1 mol de I 2 e 1 mol de H 2 é aquecido a 300°C. Com isto estabelece-se o equilíbrio H 2 (g) + I 2 (g) (^) ←→ 2HI(g) cuja constante é igual a 1,0 x 10 2. Qual a concentração, em mol/L, de cada uma das espécies H 2 (g), I 2 (g) e HI(g), nessas condições? a) 0, 0, 2 b) 1, 1, 10 c) 1/6, 1/6, 5/3 d) 1/6, 1/6, 5/ e) 1/11, 1/11, 10/ Resolução O estado final é dado pelo equilíbrio atingido, como demostrado na tabela abaixo:
Cálculo das concentrações das substâncias no estado de equilíbrio (volume de 1L):
[HI] 2 (2x) 2 Kc = ––––––– ⇒ 1,0 x 10^2 = –––––––––––– ⇒ [H 2 ][I 2 ] (1 – x)(1 – x)
⇒ , portanto:
[HI] = ––– mol/L [H 2 ] = ––– mol/L [I 2 ] = ––– mol/L 3 6 6
x = ––– 6
Equilíbrio 1 – x 1 – x 2x
x x 2x
Reage e forma
Início 1mol 1mol 0
H 2 (g) + I 2 (g) →← 2HI(g)
CaCO 3 (s) → CaO(s) + CO 2 (g)
CaO(s) + H 2 O( l) → Ca(OH) 2 (aq)
Ca(OH) 2 + Na 2 CO 3 → 2 NaOH + CaCO 3
S
→
massas molares (g/mol) C............... 12 O............... 16 Na.............. 23 Ca.............. 40
A partir daí, a massa irá diminuir até a desidratação total do sal hidratado e permanecerá constante até 350°C quando começará a decomposição do sólido anidro.
Assim, a massa irá diminuir até restar apenas o MnO(s): m
t 130 °C
m
t