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Resistência dos materiais, Resumos de Resistência dos materiais

Resistência dos materiais Teroria das Estruturas

Tipologia: Resumos

2025

Compartilhado em 27/05/2025

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Faculdade de Engenharia
Departamento de Estruturas e Fundações
FEUERJ
Prof. Denise M. S. Gerscovich Resistência ao Cisalhamento 18.05.2010 1
PGECIVPGECIV
Resistência ao Cisalhamento
CONTEÚDO
1. Introdução ............................................................................................................................... 3
2. Critérios de Ruptura ................................................................................................................ 5
3. Mecanismos de deformação ................................................................................................... 8
3.1. Resposta do solo ao confinamento .................................................................................. 8
3.2. Resposta do solo ao cisalhamento .................................................................................. 9
3.3. Comportamento Tensão x Deformação ......................................................................... 10
3.3.1. Caracterização de ruptura ..................................................................................... 11
4. Determinação da Envoltória de Resistência .......................................................................... 13
4.1. Observações Adicionais ................................................................................................ 16
5. Mecanismos de Resistência de solos .................................................................................... 17
5.1. Resistência entre partículas .......................................................................................... 17
5.1.1. Mecanismo de Atrito .............................................................................................. 17
5.1.2. Mecanismo de Coesão .......................................................................................... 18
5.2. Embricamento ou “Interlocking” ..................................................................................... 18
5.2.1.1. Influencia da Tensão Normal ......................................................................... 20
5.3. Combinação dos mecanismos de resistência ................................................................ 21
5.4. Fatores que afetam a Envoltória de Resistência ........................................................... 22
5.5. Ensaio de Cisalhamento direto ...................................................................................... 26
5.5.1. Cálculos ................................................................................................................. 30
5.5.1.1. Fase de preparação da amostra .................................................................... 30
5.5.1.2. Fase de consolidação .................................................................................... 30
5.5.1.3. Fase de cisalhamento .................................................................................... 30
5.5.2. Resultado de Ensaio .............................................................................................. 31
5.5.3. Observações Importantes ...................................................................................... 33
5.6. Ensaio de Compressão Triaxial ..................................................................................... 36
5.6.1. Tensão Desviadora ................................................................................................ 41
5.6.2. Controle de drenagem ........................................................................................... 44
5.6.3. Parâmetros de poropressão - Solicitação não drenada.......................................... 47
5.6.3.1. Determinação dos parâmetros A e B ............................................................. 52
5.6.4. Cálculos ................................................................................................................. 54
5.6.4.1. Fase de preparação da amostra .................................................................... 54
5.6.4.2. Aplicação da Tensão confinante (c) .............................................................. 55
5.6.4.3. Fase de cisalhamento .................................................................................... 56
5.6.5. Resultado de Ensaios ............................................................................................ 58
5.6.6. Observações Importantes ...................................................................................... 60
6. Comportamento Drenado X não Drenado ............................................................................. 62
6.1. Condição Critica ............................................................................................................ 63
7. Comportamento Tensão x Deformação x Resistencia de areias ........................................... 67
7.1. Comportamento x .................................................................................................... 67
7.1.1. Compacidade ........................................................................................................ 67
7.1.2. Tensão confinante ................................................................................................. 70
7.1.3. Tensão principal intermediária ............................................................................... 72
7.1.4. Tipo de areia .......................................................................................................... 73
7.2. Resistência de areias .................................................................................................... 74
8. Comportamento tensâo x deformação x resistencia de argilas .............................................. 75
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Faculdade de Engenharia

Departamento de Estruturas e Fundações PGECIVPGECIV

Resistência ao Cisalhamento

Faculdade de Engenharia Departamento de Estruturas e Fundações

    1. Introdução CONTEÚDO
    1. Critérios de Ruptura
    1. Mecanismos de deformação
    • 3.1. Resposta do solo ao confinamento..................................................................................
    • 3.2. Resposta do solo ao cisalhamento
    • 3.3. Comportamento Tensão x Deformação
      • 3.3.1. Caracterização de ruptura
    1. Determinação da Envoltória de Resistência
    • 4.1. Observações Adicionais
    1. Mecanismos de Resistência de solos....................................................................................
    • 5.1. Resistência entre partículas
      • 5.1.1. Mecanismo de Atrito
      • 5.1.2. Mecanismo de Coesão
    • 5.2. Embricamento ou “Interlocking” - 5.2.1.1. Influencia da Tensão Normal
    • 5.3. Combinação dos mecanismos de resistência
    • 5.4. Fatores que afetam a Envoltória de Resistência
    • 5.5. Ensaio de Cisalhamento direto
      • 5.5.1. Cálculos
        • 5.5.1.1. Fase de preparação da amostra
        • 5.5.1.2. Fase de consolidação
        • 5.5.1.3. Fase de cisalhamento
      • 5.5.2. Resultado de Ensaio
      • 5.5.3. Observações Importantes
    • 5.6. Ensaio de Compressão Triaxial
      • 5.6.1. Tensão Desviadora
      • 5.6.2. Controle de drenagem
      • 5.6.3. Parâmetros de poropressão - Solicitação não drenada..........................................
        • 5.6.3.1. Determinação dos parâmetros A e B
      • 5.6.4. Cálculos
        • 5.6.4.1. Fase de preparação da amostra
        • 5.6.4.2. Aplicação da Tensão confinante (c)
        • 5.6.4.3. Fase de cisalhamento
      • 5.6.5. Resultado de Ensaios
      • 5.6.6. Observações Importantes
    1. Comportamento Drenado X não Drenado
    • 6.1. Condição Critica
    1. Comportamento Tensão x Deformação x Resistencia de areias
    • 7.1. Comportamento  x 
      • 7.1.1. Compacidade
      • 7.1.2. Tensão confinante
      • 7.1.3. Tensão principal intermediária
      • 7.1.4. Tipo de areia..........................................................................................................
    • 7.2. Resistência de areias
    1. Comportamento tensâo x deformação x resistencia de argilas..............................................
    • 8.1. Solicitação Não Drenada  Solicitação Drenada PGECIVPGECIV
      • 8.1.1. Analise em termos totais x efetivos
    • 8.2. Histórico de Tensões
    • 8.3. Comportamento  x  - resistência
      • 8.3.1. Condição Drenada
        • 8.3.1.1. Argila Normalmente Adensada
        • 8.3.1.2. Argila Pré-adensada
        • 8.3.1.3. Comparação entre o comportamento drenado de areias e argilas
      • 8.3.2. Condição Não Drenada
        • 8.3.2.1. Comportamento   
        • 8.3.2.2. Geração de poropressão................................................................................
        • 8.3.2.3. Trajetórias argila NA x PA
        • 8.3.2.4. Envoltória de resistência
        • 8.3.2.5. Resistencia não Drenada
  • Anexo 1 – Influencia da amostragem.

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Figura 3.. Zona fraca, zona cisalhada e superfície de cisalhamento (LEROUEIL, 2001).^1 A analise da estabilidade de uma determinada estrutura é feita seguindo a metodologia mostrada na Figura 4; i) recolhe-se amostra indeformada no campo ii) realizam-se ensaios de laboratório iii) determinam-se os parâmetros que definem o comportamento tensão x deformação x resistência iv) utilizam-se teorias e metodologias de dimensionamento que fornecem o Fator de segurança

Figura 4.. Esquema de dimensionamento.^2

(^1) Fonseca, Ana Paula (2006) Análise De Mecanismos De Escorregamento Associados A Voçorocamento em Cabeceira de Drenagem Na Bacia do Rio Bananal (SP/RJ). Tese da Doutorado. Coppe/UFRJ 2 Fernandes Manuel de Matos (2006) Mecânica dos Solos: Conceitos e Princípios Fundamentais Vol 1 – FEUP Edicões

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2. CRITÉRIOS DE RUPTURA

A ruptura é um estado de tensões arbitrário, o qual é escolhido na curva tensão x deformação, dependendo do critério de ruptura escolhido. Independente do critério de ruptura, em geral trabalha-se com o conceito de Envoltória de ruptura (ou de resistência) a qual define o lugar geométrico dos estados de tensão na ruptura. Assim sendo, estados de tensão inferiores aos da envoltória correspondem a situações de estabilidade. A região acima da envoltória corresponde a estados de tensão impossíveis de ocorrer.

Alguns critérios de ruptura estão apresentados a seguir:

Critério de Rankine - a ruptura ocorre quando a tensão de tração se iguala à tensão normal máxima (max) observada em ensaio de tração.

h

max

max

Critério de Tresca : a ruptura ocorre quando a tensão de cisalhamento se iguala à tensão de cisalhamento máxima (max) observada em ensaio de tração

max

 (^) h = 0

 max f max

 (^) h = 0

 (^) max

f max

max h max f

   ^ 

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Exemplo de ensaios em solos ( dados em kPa) Morh- Coulomb Ensaio  3  1 Rankine Tresca ( 1 + 3 )/2 ( 1 -  3 )/ 1 10 49 49 19,5 29,5 19, 2 20 90 90 35 55 35 3 10 19,34 19,34 4,67 14,67 4, 4 20 39 39 9,5 29,5 9, 5 10 30,2 30,2 10,1 20,1 10, 6 20 56 56 18 38 18 7 20 35,4 35,4 7,7 27,7 7, 8 25 71,6 71,6 23,3 48,3 23, 9 10 19,2 19,2 4,6 14,6 4, 10 20 46,4 46,4 13,2 33,2 13, 11 10 26,2 26,2 8,1 18,1 8,

max  43 kPa

q max  14 kPa

Rankine

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 10 20 30 40 50 60 70 80 1 (kPa)

q (kPa)

Tresca

0

5

10

15

20

25

0 5 10 15 20 25 30 35 40 p (kPa)

q (kPa)

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Figura 6. Comparação entre critérios de ruptura de Mohr-Coulomb

3. MECANISMOS DE DEFORMAÇÃO

Em um meio granular, as deformações são decorrentes de^3 : distorção (ou quebra) da partícula deslocamento relativo entre partículas como resultado de deslizamento ou rolamento Estes 2 mecanismos sempre ocorrem simultaneamente. Entretanto, a magnitude das deformações causadas pelo deslocamento relativo entre partículas é muito superior à originada da distorção da partícula.

3.1. Resposta do solo ao confinamento

Grandes deformações volumétricas podem ser geradas a partir do aumento da tensão de confinamento (Figura 7). As deformações volumétricas geradas pela compressão isotrópica (x = y = z) são geradas pela alteração de posição das partículas. Neste processo as partículas sofrem rolamento e deslizamento relativo, mobilizando tensões cisalhantes nos contatos. Entretanto, ao longo de um plano, estas tensões cisalhantes se anulam. Isto é, apesar da existência de tensões cisalhantes nos contatos entre partículas, a tensão cisalhante em qualquer plano é nula (Figura 8).

(^3) Lambe & Whitman (1969). Soil Mechanichs, ed John Whiley & Sons

Mohr Coulomb qmax = 0,4949 p

p (kPa)

q (kPa)

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Figura 9. Deformação sob cisalhamento

3.3. Comportamento Tensão x Deformação

A curva tensão x deformação é não-linear (Figura 10), podendo ou não apresentar pico bem definido. Com isso, a definição do módulo de deformabilidade (E) irá variar com do nível de tensões e de deformações. Na Figura 10 mostram-se os módulos tangente inicial (E´) e o módulo secante (Es´) associado à ruptura.

 i 

 i

 s 

^1

(kPa) 3

Figura 10. Curva tensão x deformação – cisalhamento

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Todos os solos apresentam curvas tensão x deformação que variam em função do confinamento. A variação de Ei com a tensão confinante (3) é representada por equação sugerida por Janbu (1963)4:

onde:K e n são parâmetros adimensionais e Pa a pressão atmosférica (=101,3 kPa). A função da pressão atmosférica é possibilitar a transformação de unidades; já que os valores de K e n independem da unidade adotada. A variação de Ei com a tensão confinante ( 3 ) está representada graficamente na Figura 11

Figura 11. Normalização da Curva tensão x deformação^5

3.3.1. Caracterização de ruptura Existem diferentes formas de se caracterizar ruptura a partir de curvas tensão x deformação. A Figura 12 mostra como diferentes critérios podem ser adotados: (1) tensão de pico; (2) máxima razão das tensões principais; (3) deformação limite;

(^4) Jambu (1963) Soi compressibility as determined by Oedometer and triaxial tests. European Conf. On Soil Mechanics and Foundation Engineering, Wissbaden, Germany, vol 1, pp 19 5 - 25. Jambu (1963) Soi compressibility as determined by Oedometer and triaxial tests. European Conf. On Soil Mechanics and Foundation Engineering, Wissbaden, Germany, vol 1, pp 19-25.

n E (^) iKPa ^ ^3 Pa 

Pa K n Pa

log Ei^ log log^ ^3

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inclinação da curva tensão-deformação. De acordo com esses autores, a ruptura nesses solos pode ser assumida quando a curva tensão-deformação permanece com uma inclinação constante , e a tensão cisalhante de ruptura corresponderia ao deslocamento no qual a condição de  constante prevalece (Figura 13).

Figura 13 - Definição da Tensão Cisalhante na Ruptura^1

O critério da resistência residual é indicado para solos nos quais grandes deformações são previstas. Alternativamente, o critério de condição de deformação limite pode ser mais apropriado.

4. DETERMINAÇÃO DA ENVOLTÓRIA DE RESISTÊNCIA

Uma vez caracterizado o critério de ruptura, a envoltória é obtida realizando-se ensaios com diferentes condições iniciais que permitam a definição dos estados de tensão na ruptura. Na Figura 14 mostra-se que a partir de curvas  definem-se os círculos de ruptura (ou residual)

TENSÃO CISALHANTE

DEFORMAÇÃO

 = cte.= cte. 00  = 0

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Figura 14. Determinação da envoltória A Envoltória de Mohr Coulomb tangencia o círculo de Mohr em um plano diferente do plano demax (Figura 15). No plano de ruptura as tensões atuantes sãonf ef. A ruptura

ocorre neste plano como resultado de uma combinação de efeitos. No plano de max, apesar da tensão cisalhante ser maior do que f, a tensão normal, atuante neste plano, (=( 1 + 3 )/2) também é superior à nf , garantindo a estabilidade nesta direção. Em outras palavras, a tensão máxima de cisalhamento não define a ruptura e sim uma combinação de tensões (,)

Figura 15. Critério de ruptura de Mohr-Coulomb

f

nf

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Figura 17. Trajetória de k – diagrama p´x q

4.1. Observações Adicionais

O critério de ruptura de Mohr-Coulomb não considera a influência da tensão principal

intermediária (  2 ); isto é, assume-se que os diferentes tipos de solicitação pressupõem a mesma

envoltória. Indiretamente, assume-se que os estados de deformação não interferem na resistência. Na realidade, esta hipótese não se justifica uma vez que as diferentes relações tensão

  • deformação (Tabela 1) acarretam em comportamentos distintos.

Tabela 1. Relações Tensão x deformação Estado Relação Tensão x Deformação

tridimensionais ( 1 >  2 >  3 )

assimétricos ( 2 = 3 ) planos de deformação ( 2 = 0),

 

 





  

 

 

 

 

  

 

 

3

2

1

3

2

1

3

2

1

1 1 (^1 )

1 (^1 ) 1

( 1 ) 1 1

( 1 )

( 1 )

( 1 ) ( 1 )( 1 2 ) 

 E

3

1 3

1

E

3

1 3

1

E

p‟=(σv + σh)/

=arctan[(1-k)/(1+k)]

Trajetória equivalente a h/v=k=cte

Envoltoria  q = a´+ p´ tan ´

q=(σv - σh)/

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5. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA DE SOLOS

A resistência ao cisalhamento é função de 2 componentes: embricamento e resistência entre partículas (Figura 18).

Figura 18. Mecanismos de resistência

5.1. Resistência entre partículas

5.1.1. Mecanismo de Atrito A resistência entre partículas pode ser vista por analogia à lei de Coulomb que define resistência ao deslizamento de um corpo rígido sobre uma superfície plana (Figura 19). No momento do deslizamento a tensão tangencial se iguala à resistência ao cisalhamento; isto é

Esta resistência depende da tensão normal e do coeficiente de atrito entre o corpo e o plano. Em termos de tensões, a lei de Coulomb define uma linha reta e pode ser escrita como

ou onde  é denominado ângulo de atrito, função do tipo de solo, compacidade, etc.

Figura 19. Esquema resistência entre partículas

Resistência ao

cisalhamento

Embricamento

“interlocking”

atrito

coesão

Resistência

entre particulas

= f ()

 f ()

A

T

 f ^ max

Tmax WWtan ^ f tan

W

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22 b) existe um trabalho adicional para superar o embricamento entre partículas, causando necessariamente uma expansão volumétrica durante o cisalhamento (dilatância). Assim, quanto mais denso for o solo, maior a parcela de interlocking e, conseqüentemente, maior a resistência do solo.

Figura 22. Embricamento (interlocking)

Considerando 2 partículas A e B (Figura 23), estas podem ser representadas por um plano inclinado de ângulo .

Figura 23. Esquema Embricamento (interlocking)

Neste caso, considerando-se o esforço horizontal H = Tf, o equilíbrio pode ser escrito como:

onde T=N = N x tan‟

Resolvendo o sistema, tem-se

Fx^ TfNsinTcos^0

Fy NcosTsenW^0

Tf  Nsin tancos

W

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ou

Em termos de tensão (F/Área)

onde  é o angulo de dilatância A Figura 24 mostra o comportamento tensão deformação esperado para solos com e sem o efeito do embricamento.

Figura 24. Influência da compacidade no comportamento x 5.2.1.1. Influencia da Tensão Normal Se a tensão normal aumenta, a tendência de movimento ascendente diminui ; isto é, reduz o efeito de dilatância. No limite é possível imaginar uma tensão normal alta o suficiente para impedir a dilatância. Assim sendo o valor de  varia com o nível de tensão normal. Quanto maior a tensão normal menor . Neste caso a envoltória de Coulomb passa a ser curva, conforme mostrado na Figura 23.

W Ncos tansens

   

wtan( )

1 tan tan

w tan tan

cos tan sen

T w sin tan cos

f    

f tan()

interlocking

fofo

denso

vol

compacidade

compressão

vol 

expansão