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Resenha texto Rubem Alves - Saude mental
Tipologia: Resumos
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Saúde Mental de Rubem Alves SÃO PAULO 2022
Filósofo, professor, escritor, teólogo, psicanalista, profissional multifacetado, Rubem Alves, embora com uma carga irônica típica de contos machadianos, expressa com leveza o paradoxo que vivemos cotidianamente, não à toa o texto me remeteu à obras de Machado de Assis, como retratado no conto alienista, que, na busca incessante de uma cura para a loucura e após internar praticamente todos os moradores da cidade, perpassando também por diversas teorias, o personagem Simão Bacamarte conclui que louco seria ele, internando-se na casa verde até sua morte. Parafraseando o próprio Friedrich Nietzsche, que é citado pelo autor, nesta reflexão da sanidade mental e decifrando também a ironia do texto: “Mas vale ser louco ao meu ver, do que sábio segundo os outros”. A angustia da compreensão de si, do mundo e do outro requer um “processador” de alto desempenho, requer investimento, manutenção, periféricos de qualidade que interajam bem com o “hardware” e com o “software”, atualizações são necessárias, aquisição de um software compatível com a alta qualidade do hardware, por fim, sustentar tudo isso dá trabalho; Embora, muitos almejam o melhor corpo e mente, o melhor “hardware” e software, poucos querem aplicar o esforço para tal, logo, viver no raso, na mediocridade, na banalidade citada pelo autor, é seguro, evita desgastes, coloca o individuo na média evitando exposições, criticas, questionamentos e cobranças. A critica de Rubem Alves no texto é muito atual, se pensarmos na polarização tóxica que temos vivenciado por exemplo, que, tornam-se loucos, os que prezam por um debate, contudo, é da maioria que, ou silencia-se para evitar desgaste, ou, e, pior ainda, escolhe a ignorância, do aspecto ausência de conhecimento, que se tornou o diálogo e as controvérsias, outrora saudáveis em assuntos quase que censurados com o risco de rótulos ou até mesmo de rompimento de relações. Mais que banal, isso nos traz um retrocesso, ora, das divergências e controvérsias que evoluímos, basta olhar a ciência, em qualquer âmbito, a psicologia evoluiu dos questionamentos. Uma analogia de Vincent van Gogh: “Os pescadores sabem que o mar é perigoso e a tormenta terrível, mas este conhecimento não os impede de lançar-se ao mar”, traduz as entrelinhas do autor, afinal, dentre tantas pessoas no mundo, quantos de fato são os “pescadores” que se lançam ao mar? Nietzsche, Fernando