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Resenha REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO E A FUNÇÃO DA UNIVERSIDADE PÚBLICA, Trabalhos de Diretrizes para Análise de Textos Literários

REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO E A FUNÇÃO DA UNIVERSIDADE PÚBLICA

Tipologia: Trabalhos

2019

Compartilhado em 19/10/2019

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
RORAIMA
Campus Boa Vista
IZON CARLA PEREIRA SILVA
RESENHA: REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO E A FUNÇÃO DA
UNIVERSIDADE PÚBLICA
BOA VISTA – RR
2019
IZON CARLA PEREIRA SILVA
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE

RORAIMA

Campus Boa Vista

IZON CARLA PEREIRA SILVA

RESENHA: REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO E A FUNÇÃO DA

UNIVERSIDADE PÚBLICA

BOA VISTA – RR

IZON CARLA PEREIRA SILVA

RESENHA: REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO E A FUNÇÃO DA

UNIVERSIDADE PÚBLICA

Resenha apresentada como requisito para obtenção de nota parcial da disciplina Metodologia Acadêmica, do Módulo I do Curso Superior em Gestão de Turismo do Instituto Federal de Roraima.

Orientadora: Prof.ª Mestra Deice Teixeira

BOA VISTA – RR

SILVA, Franklin Leopoldo. Reflexões sobre o conceito e a função da universidade pública. Estudos Avançados. São Paulo. Vol. 15 n. 42. Mai/Ago. 2001.

Franklin Leopoldo e Silva possui graduação, mestrado e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) com experiência na área de Filosofia, atuando nos seguintes temas: história, crítica, ética, existência e conhecimento. Atualmente é professor

295). O aumento de escolas privadas de ensino superior, desencadeou o acesso da classe média às universidades. No que tange a distinção dos cursos nas escolas privadas com relação às escolas públicas, a comparação entre eficiência e lucratividade eliminou o mais firme pensamento pedagógico, sendo substituído pelo pensamento da oportunidade comercial através da venda de serviços de acordo com a demanda. Isso refletiu diretamente na qualidade e nível de ensino ministrados. Ao considerar como vivenciamos as consequências da ideia de expansão e democratização do ensino superior, Silva trata da complexidade do ensino público e da aplicação no modelo privatista nas instituições, como relatado:

Como a instituição pública é em geral mais complexa que a empresa de ensino privada, por ter de atender a expectativas mais amplas de atuação, o modelo econômico-pragmático de administração não pode se restringir naturalmente à gestão econômica, estendendo-se então à totalidade das atividades, que passam a se subordinar, em larga medida, às injunções gestionárias. A aplicação do modelo privatista a instituições que, pelo menos em tese, se caracterizam pela prioridade dos aspectos intelectuais e acadêmicos, gera as contradições que existem atualmente, mascaradas pela progressiva adaptacão do trabalho intelectual e acadêmico às novas exigências, o que passou a ser visto como condição de sobrevivência acadêmica e por isto foi introjetada por grande parcela do corpo docente, a ponto de se tornar a cada dia algo mais “natural”, mas “racional” e mais “sensato”. (SILVA, 2001, p. 296). O pensamento de que o ensino é um produto que deve ser colocado em disputa com outros produtos contradiz com a representação conservadora das instituições públicas, que necessitam de verbas públicas, e não dependem de boas estratégias de sobrevivência no mercado. Segundo o autor, este argumento demonstra que a competitividade seria a única maneira de se alcançar a eficiência, através do emprego de estratégias para a extinção da gratuidade em que seriam cobradas baixas taxas juntamente com um auxílio governamental, resultando no oferecimento de um ensino de qualidade a preços competitivos no mercado. A necessidade da eficiência organizacional se entrelaça com a necessidade de se ter um ensino pago, apelando para a democratização do ensino público superior que “Consiste em propor que se cobrem taxas daqueles que podem pagar para, com tais recursos, financiar aqueles que realmente só poderiam estudar em condições de gratuidade” (SILVA, 2001, p. 297). Diante dessa proposta, a universidade pública pode ser acusada de “elitismo”, pois no contexto em que se insere, a democratização significa que o acesso à universidade não se sujeite a condições socioeconômicas e que o processo de inserção não beneficie as pessoas de melhor situação econômica.

A recomposição da escola pública de primeiro e segundo graus seria a alternativa para diminuir o elitismo, e não a adequação da universidade à carência do ensino básico. Essa recomposição depende de uma revisão de prioridades para que haja a atuação do governo.

Como não é possível mudar a situação de competitividade, somente a recomposição da escola pública implicaria uma democratização das oportunidades. Vemos então que a “democratização da universidade” não é uma questão que possa ser resolvida somente pela universidade (SILVA, 2001, p. 298). O acesso ao suporte a carências da sociedade não deve ser confundido com democratização, pois a ideia de que a universidade pública se destina aos carentes é manipulada e enganosa. “Ela destina-se a todos aqueles que cumprem os requisitos de ingresso” (SILVA, 2001, p. 298). Enquanto as “necessidades sociais” não forem interpretadas na forma de prioridade pelos estados ou governos, ainda permanecerá como algo irreal. Ao tratar da função social da universidade, o autor levanta a seguinte questão: “A que necessidades sociais responde o ensino privado?” (SILVA, 2001, p. 299). Logo em seguida responde que o ensino superior privado responde às necessidades que são filtradas pelo mercado. Diante disso, pode-se dizer que o crescimento do ensino privado é consequência da visão de mercado de modo geral, visto que todas as acusações de ineficiente e antiquada feitas à universidade pública seja em razão do distanciamento que ela ainda mantém do mercado. Sabemos que as universidades públicas que atingiram altos níveis de qualidade no ensino, foram as que decidiram valorizar a pesquisa e o ensino básico, que é um fator importante para a melhora das atividades nas universidades públicas, mesmo sendo grandes os obstáculos enfrentados para manter esses requisitos que refletem as pressões externas sofridas. Essas pressões anulam as diferenças entre instituição pública e organização empresarial, que se trata da destruição do espaço público. O liberalismo da época no contexto da campanha pela universidade pública, atribuiu ao público o regime de um valor, compreendendo a universidade pública como produtora de conhecimento e geradora de pensamento crítico. Atualmente vivemos o preenchimento do espaço público pelos meios de manipulação de opiniões, pelos meios dedicados a extinguir este espaço. Um dos fatores que comprovam essa perda, é o fato de o governo se envolver em um processo para livrar-se de suas responsabilidades públicas. A autonomia da universidade é um requisito para a consumação da ideia de universalidade. Sua independência possibilita que esse contexto possa ser visto como algo que não se confunde com interesses particulares, de mercado, empresarial ou político. Considerando os aspectos de relação entre universidade e cultura, Silva lança a seguinte questão: “Quais são as condições de preservação, de apropriação da cultura, e de reflexão

REFERÊNCIAS

http://lattes.cnpq.br/4705628195902884 acesso em 30/05/

http://www.revistas.usp.br/eav/article/view/9793/11365 acesso em 30/05/