



Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Através deste texto, o autor apresenta os dois sistemas da mente: sistema 1 e sistema 2. O primeiro opera automaticamente e rapidamente, enquanto o segundo opera em atividades mentais difíceis. O autor utiliza termos da psicologia para descrever esses sistemas e os conflitos entre eles. O texto também discute as heurísticas e viéses que podem influenciar nossas decisões, como a intuição, a representatividade e a aversão à perda.
Tipologia: Exercícios
1 / 6
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Resenha: “Rápido e devagar: duas formas de pensar” Autor: Daniel Kahneman
Através de vários exemplos de perguntas do cotidiano e experiências realizadas pelo autor, percebe-se uma certa proximidade com o leitor. Os resultados coletados foram feitos com um amigo chamado Amos. O livro é dividido em cinco partes:
O livro inicia-se com o questionamento acerca das pessoas serem bons ou maus estatísticos intuitivos. Com o uso de personagens e situações fictícias, demonstra como a intuição pode enganar o ser humano, os participantes das entrevistas realizadas ignoravam os fatos estatísticos relevantes e se apoiavam exclusivamente na semelhança um indivíduo. Pode-se perceber tal fato quando ao descrever uma personagem homem como “muito tímido e retraído, invariavelmente prestativo, mas com pouco interesse nas pessoas ou no mundo real. De índole dócil e organizada, tem necessidade de ordem e estrutura, e uma paixão pelo detalhe” e questionar se esta seria um bibliotecário ou um fazendeiro, resultaram muitas respostas concordantes ao estereótipo da personagem, sem levar em conta a estatística (há mais de vinte fazendeiros homens para cada bibliotecário nos Estados Unidos). Com isso, o autor percebeu que as pessoas usavam a semelhança como uma heurística para realização de julgamento difíceis. A confiança nesta heurística provocava vieses previsíveis (erros sistemáticos) nas previsões deles.
Quanto é 2+2?
Quanto é 17x24?
A primeira operação pode ser realizada rapidamente, automaticamente, e requer pouco ou nenhum esforço. Como dirigir um carro em uma rua vazia, ler ou ver uma novela.
Já a segunda operação é realizada mais lentamente, requer esforço, pensamento lógico, concentração e foco. São atividades como preencher um formulário ou prestar atenção em uma voz em uma sala barulhenta.
O autor usa termos do ramo da psicologia, com referência a dois sistemas na mente, o Sistema 1 e o Sistema 2.
O Sistema 1 opera automática e rapidamente, com pouco ou nenhum esforço e nenhuma percepção de controle voluntário. As capacidades deste sistema são habilidades instintivas e muitas vezes as percepções ocorrem de maneira involuntária. O Sistema 2 opera em atividades mentais difíceis, incluindo cálculos complexos. As operações do Sistema 2 são muitas vezes associadas com a experiência subjetiva de atividade, escolha e concentração. Elas exigem atenção e são interrompidas quando a atenção é desviada.
Estes dois sistemas muitas vezes em conflito. O Sistema 1 funciona em heurísticas que podem não ser precisas, com o exemplo do bibliotecário. O Sistema 2 exige um esforço de avaliação heurística, como combinar uma intuição com conhecimento estatístico. Pensar lento afeta nossos corpos (pupilas dilatadas), atenção (observação limitada) e energia (recursos esgotados). Por pensar lento exigir esforço, estamos propensos a pensar rápido, o caminho de menor trabalho. Nós pensamos rápido para realizar tarefas de rotina e precisamos pensar devagar para tarefas complicadas. Uma das principais funções do Sistema 2 é monitorar e controlar pensamentos e ações “sugeridos” pelo Sistema 1, permitindo que parte deles sejam expressos diretamente no comportamento e suprimindo ou modificando outros. Um exemplo dado foi:
“Um bastão e uma bola custam 1,10 reais. O bastão custa um real a mais que a bola. Quanto custa a bola? ”
Um número intuitivo que vem à cabeça é 10 centavos. A marca distintiva desse problema simples é que ele evoca uma resposta que é intuitiva, atraente e errada. Fazendo as contas, vemos que a resposta correta é 5 centavos. O problema do bastão e bola é nosso primeiro contato com uma observação que será um tema recorrente neste livro: muitas pessoas são superconfiantes, inclinadas a depositar excessiva fé em suas intuições. Elas aparentemente acham o esforço cognitivo no mínimo desagradável e evitam-no o máximo que podem. A exposição a um determinado assunto recente nos inclina a continuar nesta linha de pensamento. Se uma conversa aborda esportes, como basquete, vôlei e futebol, ao ser apresentado um “jogo de forca” com BOL_, logo viria à mente a letra A, ficando BOLA. Porém, se a conversa abordasse o tema de comida, como almoço e receitas, ao ser apresentado o mesmo jogo, logo viria à mente a letra O, ficando BOLO. O nome dado a isto é priminha, e sua influência pode alterar significamente muitas decisões. Ele fornece as impressões que muitas vezes se transformam em crenças, e é a fonte dos impulsos que se tornam escolhas e ações. Por exemplo, ver vídeos de acidente de carro antes de fazer uma longa viagem tornará o motorista muito mais atento durante sua viagem. Coisas que são mais fáceis de calcular e mais fáceis de ler parecem mais verdadeiras do que as coisas que exigem o pensamento duro, são novas, ou são difíceis de ver. "As ilusões previsíveis ocorrem inevitavelmente se um julgamento
Quando solicitado a estimar números como a frequência de existência em universidade, o número de acidentes de carro, ou a número de mortes por acidente de avião, a facilidade de lembramos uma resposta influencia a nossa resposta. Estamos propensos a dar respostas mais concretas a perguntas que são mais fáceis de lembrar. E as respostas são mais fáceis de lembrar quando tivemos uma experiência. Quando um amigo fica com câncer, fazemos um check up. Quando ninguém que conhecemos tem câncer, ignoramos o risco. Estimar a frequência de um evento com base nas lembranças em vez de estatísticas é algo comum de se cometer. Por haver mais acidentes de avião divulgados pela mídia, temos mais medo de voar do que viajar de carro, muito embora os riscos de viajar de carro sejam superiores ao de avião. Classificamos como perigoso um problema menor simplesmente porque ouvimos um número desproporcional de notícias negativas relacionadas aquele assunto. Semelhante ao perfil ou estereotipagem, "representatividade" é o salto intuitivo para fazer julgamentos baseados em algo que gostamos sem levar em consideração outros fatores como: probabilidade, estatísticas ou tamanhos de amostragem. Apesar de gostar muito da comida de um restaurante novo, isso não significa que ele não tem grandes chances de ir à falência. Para disciplinar nossa intuição preguiçosa devemos fazer julgamentos baseados na probabilidade e estatísticas.
PARTE III: CONFIANÇA EXCESSIVA
Boas histórias fornecem um relato simples e coerente acerca das ações e intenções das pessoas. Você está sempre pronto para interpretar o comportamento como uma manifestação de propensões gerais e traços de personalidade. O efeito halo discutido anteriormente contribui para a coerência porque nos inclina a equiparar nossa visão de todas as qualidades de uma pessoa com nosso julgamento de um único atributo que é particularmente significativo. Se achamos que determinado cavalo de corrida é bonito e forte, por exemplo, há maior probabilidade de que apostemos nele. Mas o efeito halo também pode ser negativo: se achamos que um cavalo de corrida é magro, provavelmente menosprezamos sua velocidade. O efeito halo ajuda a manter as narrativas explanatórias simples e coerentes exagerando a consistência das avaliações: pessoas boas fazem apenas coisas boas e pessoas ruins são todas ruins. Muitas vezes criamos visões erradas do passado que moldam nossa maneira de ver o futuro. Isto é mais evidente quando ouvimos, "Eu sabia que isso ia acontecer!". Achamos que compreendemos o passado que influencia o futuro. Uma vez que um evento ocorre, esquecemos o que acreditamos antes desse evento, antes do que mudou nossas mentes. Antes de 2008, especialistas financeiros previam um crash no mercado de ações, mas eles não sabiam disso. Conhecer significa mostrar algo para ser verdade. Antes de 2008, ninguém poderia mostrar que um acidente foi verdade porque não tinha acontecido ainda. Mas depois que isso aconteceu seus palpites foram reformulados e tornaram-se provas. Ignoramos as informações estatísticas a favor de nossos sentimentos instintivos. Acidentes e condições meteorológicas não devem ser influenciadas pela intuição, mas muitas vezes são. Intuição significa conhecer algo sem saber
como o conhecemos. A intuição é realmente uma questão de reconhecimento, sendo tão algo que chegamos a julgamento rapidamente. Os negociantes de arte "identificam" falsificações, os pais têm um "sexto sentido" quando seus filhos estão em perigo etc. As crianças se tornam especialistas em videogames e os cozinheiros profissionais com novas receitas. Como? Através de longos períodos de exposição, a intuição é o reconhecimento imediato de padrões.
PARTE IV: ESCOLHAS
"Você só gosta de ganhar e não gosta de perder - e você não gosta de perder mais do que você gosta de ganhar". O pensamento do Sistema 1 compara o benefício psicológico do ganho com o custo psicológico da perda. Ao ser oferecido uma aposta com uma moeda, “Cara ou Coroa? ”, onde se você vencer leva 1100 reais e se perder leva 1000 reais, muito provavelmente a aposta não seria realizada. Isto porque temos aversão à perda. Isso significa que as pessoas atribuem valores de ganhos e perdas em vez de riqueza, e os pesos atribuídos aos resultados são diferentes das probabilidades. Em resumo:
A maioria de nós possui tanta aversão ao risco que evita toda e qualquer aposta. Isso é errado, diz Kahneman, uma vez que algumas apostas estão claramente do nosso lado e evitando a perda de dinheiro. Uma maneira de diminuir a aversão ao risco é pensar amplamente, olhando para o montante ao longo de muitas pequenas apostas. Pensando pouco, olhando apenas para perdas de curto prazo, nos paralisa. Estamos, portanto, ligados pelo Sistema 1 a pensar irracionalmente do ponto de vista econômico (dizer não ao dinheiro fácil).
Um estudo com um grupo de pessoas foi realizado em duas etapas: a primeira consistia em colocar a mão em uma água muito gelada por 60 segundos, e a segunda era mais longa, feita em 90 segundos, onde os primeiros 60 segundos eram idênticos a primeira etapa e os outros 30 segundos a temperatura da água subia um pouco. Ao final das duas etapas, era questionado qual das duas etapas foi a menos dolorida. A maioria das respostas foi para a