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Resenha do Livo A criança e o Número
Tipologia: Notas de estudo
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A obra A criança e o número, de Constance Kammi, ex-aluna de Piaget, aborda sobre a como a criança compreende a construção do número, apresentando uma série de experimentos realizados com crianças de diferentes faixas etárias, desenvolvidas por Jean Piaget. A autora destaca três conceitos fundamentais para nossa compreensão, são eles: Igualdade: se refere quando um determinado arranjo de elementos é correspondente ao outro, ou seja, possui a mesma quantidade. Conservação: quando a quantidade de elementos continua a mesma quando o arranjo espacial dos objetos são modificados. Contra argumentação: é o diálogo, ou questionamento que surge entre o professor e a criança, com o intuito de fazer a criança pensar e refletir sobre determinada situação. Piaget distingue três tipos de conhecimentos para que se compreenda melhor o conhecimento lógico matemático. Conhecimento físico refere-se aos objetos do mundo exterior, são as propriedades físicas que podem ser conhecidas pela observação, exemplo: as cores.
Conhecimento lógico matemático consiste em relações criadas pelo sujeito, como por exemplo, como ele coordena as relações de igual, diferente e mais. Conhecimento social ou convencional é o conhecimento com origem nas convenções construídas socialmente, podemos tomar como exemplo as datas comemorativas como o Natal, no dia 25 de Dezembro, celebrada por alguns povos. Estes conhecimentos estão correlacionados um com o outro. Para construir o conhecimento físico, a criança precisa de estrutura lógica matemática, necessitando também dessa estrutura para adquirir conhecimentos sociais, ou seja, a construção do conhecimento físico só é possível porque a criança possuiu uma estrutura lógico matemática que possibilita novas observações em relação ao conhecimento que ela já tem. A partir destes conhecimentos, surgem outros conceitos importantes para a compreensão de como se dá a construção do número para cada criança. Na concepção de Piaget, apresentada por Kamii, a abstração de número (abstração empírica) é muito diferente da abstração de cor dos objetos (abstração reflexiva). Na abstração empírica, a criança focaliza sua atenção numa certa propriedade do objeto e ignoram as outras. A abstração reflexiva é uma construção realizada pela mente, e não uma concentração sobre um determinado objeto. Contudo, um tipo de abstração não existe sem o outro. Quando a criança observa distintos objetos, ela consegue notar que existe uma diferença, essa por sua vez, é uma relação criada mentalmente por ela, que relaciona, no mínimo, dois objetos. Para uma criança reconhecer que um peixe é vermelho, ela precisa reconhecer o vermelho de outras cores e o peixe de outros objetos. Para Constance, desenvolver e exercitar os aspectos lógicos do número com atividades pré-numéricas (seriação, classificação e correspondência termo a termo) é uma aplicação equivocada da pesquisa de Jean Piaget (1896-1980). As noções numéricas são desenvolvidas com base nos intercâmbios dos pequenos com o ambiente e não dependem da autorização dos adultos para que ocorram. Uma criança ativa e curiosa não constrói o número, aprendendo a contar, memorizando, repetindo e exercitando, mas resolvendo situações problemas, enfrentando obstáculos cognitivos e utilizando os conhecimentos que sejam frutos de sua inserção familiar e social. Podemos dizer que a construção do número se dá de forma gradual, aos poucos, de acordo com a faixa etária da criança e suas
KAMII, Constance. A criança e o número: implicações educacionais da teoria de Piaget para a atuação junto a escolares de 4 a 6 anos. 12ª ed. Campinas: Papirus,