FACULDADE SOBRESP
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
DISCIPLINA PSICOPATOLOGIA GERAL
ATIVIDADE - RESENHA DO FILME “NISE O CORAÇÃO DA LOUCURA”
NOME: RENATA S. ANHALT
"Nise: O Coração da Loucura" é um filme brasileiro lançado em 2015 é baseado na
vida da psiquiatra Nise da Silveira. A trama retrata a história de Nise, uma médica que
inconformada com o tratamento realizado com os esquizofrênicos, à base de choques e
lobotomia, revolucionou o tratamento de pacientes psiquiátricos no Brasil ao adotar
abordagens humanizadas e artísticas, desafiando as práticas tradicionais e desumanas de
tratamento psiquiátrico, seu método teve reconhecimento internacional.
A obra apresenta importantes conceitos da psicologia, principalmente em relação às
psicoses e neuroses. Freud (1924) definiu psicose como uma condição de estrutura e
organização do sujeito caracterizada pela perda de contato com a realidade, manifestando-se
em sintomas como alucinações, delírios e desorganização do pensamento. No filme, a
abordagem de Nise confronta os métodos antigos e rígidos de tratamento de pacientes
psicóticos, propondo uma visão mais humanizada e inclusiva.
Assim, o filme ilustra em parte o que foi a luta antimanicomial e por isso se torna um
poderoso veículo para destacar a importância da luta antimanicomial no contexto da saúde
mental no Brasil. Nise da Silveira desafiou o paradigma institucional da época e revolucionou
o tratamento de pacientes psiquiátricos no país.
A luta antimanicomial busca a desinstitucionalização dos pacientes psiquiátricos,
promovendo a sua reinserção na sociedade e garantindo seus direitos e dignidade. No filme,
isso é personificado por Nise, que se opõe às práticas desumanas e segregadoras dos
manicômios, propondo métodos terapêuticos que respeitam a individualidade e promovem a
inclusão social dos pacientes.
Nise da Silveira defendia a valorização da expressão artística como parte integrante
do processo terapêutico para pacientes psicóticos. Ela acreditava que a arte permitia uma
comunicação simbólica e subjetiva, possibilitando aos pacientes expressar seus conflitos
internos e emoções de maneira não verbal. Essa abordagem se reflete na criação de espaço de
arte terapêutica, onde os pacientes podiam se expressar e contribuir para a construção de sua
identidade.
