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RESENHA CRÍTICA SOBRE ACIDENTES RADIOVATIOS E CINÉTICA
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Trabalho, submetido a disciplina Biofísica como pré-requisito para obtenção de nota na graduação em Fisioterapia. Orientadora: Prof. Igor Hora. EUCLIDES DA CUNHA 2022
Os dois rapazes romperam o invólucro de chumbo e perfuraram a placa de lítio que isolava as partículas radioativas do contato com o ambiente. A peça de chumbo foi vendida para Devair, dono de um ferro-velho, localizado na Rua 26-A, no Setor Aeroporto. Embora não apresentasse valor comercial aparente, a cápsula indeterminada foi incluída na transação (Vieira,2013, p.6). O Césio-137 é um emissor de radiação b com meia vida de 30 anos, decaindo para o Bário-137. Quando a radiação é recebida em quantidade acima de 100 Gy os sintomas da radiação podem aparecer como: febre, hemorragia, destruição do tecido epitelial do trato gastrointestinal, perda de líquido, desorientação, choque, câncer, convulsões, estado de coma e culminar na morte da pessoa (HUNT, 1970). Silva (2016) relata que: O acidente radioativo com o césio-137, ocorrido em Goiânia, causou impactos biológicos, psicológicos e sociais na vida de cerca de 250 pessoas, as quais tiveram participação direta e indiretamente com o episódio. A falta de informação e esclarecimento por parte do governo contribuiu para aumentar a sensação de medo, terror e preconceito em relação às vítimas do acidente e moradores de Goiânia no período do acidente (Silva,2016, P.2). O Brasil avançou em medidas preventivas para a ocorrência de acidentes com materiais radioativos. Após o acidente do Césio-137 criou e fortaleceu estruturalmente entidades e instituições na área da energia nuclear como: Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste, Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares, Instituto de Radioproteção e Dosimetria, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear. Entidades que desenvolvem pesquisas e monitoram a comercialização de equipamentos e tratamentos que utilizam da medicina nuclear (CARDOSO, 2012). Coincidência ou não foi também na década de 80 que ocorreu o acidente nuclear na usina de Chernobyl como relata Colasso (2011) em seu trabalho: Em 26 de abril de 1986 ocorreu um acidente na usina nuclear de Chernobyl, situada no assentamento de Pripyat, Ucrânia, a 18 quilômetros a da cidade de Chernobyl, cerca de 110 quilômetros ao norte de Kiev. A usina era composta por quatro reatores e produziam cerca de 10% da energia elétrica utilizada pela Ucrânia na época do acidente. A construção da instalação começou na década de 1970, com o reator nº 1 comissionado em 1977, seguido pelo nº 2 (1978), nº 3 (1981), e nº 4 (1983). Dois reatores adicionais (nº 5 e nº 6) estavam em construção na época do acidente. A 1h24 do dia 26 de abril ocorreu duas explosões em sequência, espalhando no ar centenas de pedaços de material incandescente. Peças foram lançadas até o telhado e iniciaram-se vários incêndios. A tampa de cimento do reator de 700 toneladas foi violentamente levantada e lançada para fora com a força
da explosão. O aquecimento do reator liberou hidrogênio e monóxido de carbono e esses gases em contato com o oxigênio geraram uma enorme explosão (Colasso,2011, p.3). As explosões lançaram na atmosfera produtos voláteis, porém os principais elementos presentes na nuvem que se espalhou foram o neptúnio e o césio, elementos extremamente radioativos. Esse acidente ocorreu durante um teste do sistema de segurança da usina Chernobyl. Ocorreu um superaquecimento do reator, provocando uma explosão e lançando na atmosfera nuvens de vapor e gases com materiais radioativos (CARDOSO, 2012). Segundo publicações cientificas o reator estava parando para manutenção periódica anual. Os testes na parte elétrica eram realizados com o reator quase parando, isto é, funcionando à baixa potência. Era necessário desligar o sistema automático de segurança do reator em manutenção. Porém reatores deste tipo não podem permanecer muito tempo com potência baixa, uma vez que representa riscos muito altos. Os operadores da Sala de Controle não eram treinados segundo as normas internacionais de segurança, não obedeceram aos cuidados mínimos, e assim, acabaram perdendo o controle da operação. Evidenciando nos dois acidentes que as vidas foram perdidas por negligência e falta de conhecimento (OLIVEIRA, 2018). Os desastres com elementos radioativos podem alcançar proporções inimagináveis e afetar de forma desastrosa a vida das pessoas e o meio ambiente por décadas necessário políticas públicas de controle rigoroso e um sistema eficaz de fiscalização (DUPY, 2007). No campo da fisioterapia é possível inferir que os fisioterapeutas estão expostos a riscos radioativos no desempenho da atividade laboral, pois utilizam equipamentos eletroeletrônicos que emitem radiação eletromagnética para o tratamento em lesões (teciduais e de órgãos). Segundo Messias (2011): Dentre esses equipamentos, a diatermia com ondas curtas (DOC) é um dos mais utilizados porque proporciona o aquecimento dos tecidos profundos do corpo, promovendo a terapia através da interação da energia eletromagnética com as moléculas de água do organismo. A radiação eletromagnética emitida por DOC é não-ionizante e de alta frequência sendo de 27,12 MHz (Messias,2011, p.3). Alguns estudos indicam que a exposição aos campos eletromagnéticos é potencialmente prejudicial, havendo a necessidade de mais avaliações e implementação de uma rotina de avançada de segurança. Segundo Bicca: A radiação do equipamento de DMO é emitida através de um aplicador direcionado para a região do corpo a ser tratada e mantido a uma distância de 2,5 a 50 cm durante um tempo de 5 a 10 minutos, de acordo com a finalidade terapêutica proposta, delimitada pelo fisioterapeuta (Bicca,2015, p.7).
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