Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Resenha capitulo dezesseis do livro Tornar, Manuais, Projetos, Pesquisas de Psicologia

resenha livro tornar-se pessoa pessoa, importancia rogers

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2011

Compartilhado em 12/10/2011

nilce-zilli-zilli-11
nilce-zilli-zilli-11 🇧🇷

5

(1)

1 documento

1 / 7

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Resenha capitulo dezesseis do livro Tornar-se Pessoa de Carl Ranson
Rogers , inicialmente relataremos um pouco da historia de Rogers, a seguir
faremos um breve resumo do capitulo e por fim um comentário do que
consideramos importante do mesmo
Destacado pioneiro no desenvolvimento da chamada Psicologia Humanista,
ou Terceira Força em Psicologia - segundo a classificação de Abraham Maslow -,
Carl Ranson Rogers foi um dos principais responsáveis - embora quase nunca se
fale nisso - pelo acesso e reconhecimento dos psicólogos ao universo clínico, antes
dominado pela psiquiatria médica e pela psicanálise - que, nos EUA, era exercida
exclusivamente por médicos até bem pouco tempo atrás. Sua postura enquanto
terapeuta sempre esteve apoiada em sólidas pesquisas e observações clínicas,
podendo-se, sem sombra de dúvida, dizer que o campo de pesquisas objetivas
voltadas para o referencial teórico da Abordagem Centrada na Pessoa é formado
por um número considerável de trabalhos, indo mesmo além que o número de
pesquisas feitas sobre muitas outras abordagens, incluindo a psicanálise. Nascido
em Oak Park, Ilinois, EUA, em 8 de janeiro de 1902, Carl Ranson Rogers era o filho
do meio de uma grande família protestante.
Foi trabalhando em Rochester que Rogers atingiu novos insights e
percepções do tratamento psicoterapêutico que lhe liberou da forte amarra
acadêmica e consensual que havia (e ainda há) no ensino e prática da psicologia.
Em 1949, Rogers passou a ocupar a cátedra de Psicologia da Universidade de Ohio
Em 1945, Carl Rogers tornou-se professor de Psicologia na Universidade de
Chicago e secretário executivo do Centro de Aconselhamento Terapêutico, quando
elaborou e definiu ainda mais seu método de terapia centrada no cliente, a partir do
legado de outros teóricos, principalmente Kurt Goldstein, formulando uma teoria da
personalidade e conduzindo pesquisas sobre a psicoterapia, o que muito pouco era
feito com relação à abordagem do momento, a Psicanálise. Em 1957, Rogers passa
a ensinar na Universidade em que se graduou, Winconsin, até 1963. Durante esses
anos, ele liderou um grupo de pesquisadores que realizou um brilhante estudo
intensivo e controlado, utilizando a psicoterapia centrada com pacientes
esquizofrênicos, obtendo, em alguns pontos, muito material sobre a relação
terapêutica e muitos outros dados de interesse científico, em termos estatísticos,
com estes e com seus familiares
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Resenha capitulo dezesseis do livro Tornar e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Psicologia, somente na Docsity!

Resenha capitulo dezesseis do livro Tornar-se Pessoa de Carl Ranson Rogers , inicialmente relataremos um pouco da historia de Rogers, a seguir faremos um breve resumo do capitulo e por fim um comentário do que consideramos importante do mesmo Destacado pioneiro no desenvolvimento da chamada Psicologia Humanista, ou Terceira Força em Psicologia - segundo a classificação de Abraham Maslow -, Carl Ranson Rogers foi um dos principais responsáveis - embora quase nunca se fale nisso - pelo acesso e reconhecimento dos psicólogos ao universo clínico, antes dominado pela psiquiatria médica e pela psicanálise - que, nos EUA, era exercida exclusivamente por médicos até bem pouco tempo atrás. Sua postura enquanto terapeuta sempre esteve apoiada em sólidas pesquisas e observações clínicas, podendo-se, sem sombra de dúvida, dizer que o campo de pesquisas objetivas voltadas para o referencial teórico da Abordagem Centrada na Pessoa é formado por um número considerável de trabalhos, indo mesmo além que o número de pesquisas feitas sobre muitas outras abordagens, incluindo a psicanálise. Nascido em Oak Park, Ilinois, EUA, em 8 de janeiro de 1902, Carl Ranson Rogers era o filho do meio de uma grande família protestante. Foi trabalhando em Rochester que Rogers atingiu novos insights e percepções do tratamento psicoterapêutico que lhe liberou da forte amarra acadêmica e consensual que havia (e ainda há) no ensino e prática da psicologia. Em 1949, Rogers passou a ocupar a cátedra de Psicologia da Universidade de Ohio Em 1945, Carl Rogers tornou-se professor de Psicologia na Universidade de Chicago e secretário executivo do Centro de Aconselhamento Terapêutico, quando elaborou e definiu ainda mais seu método de terapia centrada no cliente, a partir do legado de outros teóricos, principalmente Kurt Goldstein, formulando uma teoria da personalidade e conduzindo pesquisas sobre a psicoterapia, o que muito pouco era feito com relação à abordagem do momento, a Psicanálise. Em 1957, Rogers passa a ensinar na Universidade em que se graduou, Winconsin, até 1963. Durante esses anos, ele liderou um grupo de pesquisadores que realizou um brilhante estudo intensivo e controlado, utilizando a psicoterapia centrada com pacientes esquizofrênicos, obtendo, em alguns pontos, muito material sobre a relação terapêutica e muitos outros dados de interesse científico, em termos estatísticos, com estes e com seus familiares

Rogers passou a ser agraciado por muitos psicólogos pelo seu trabalho científico, e atacado por outros, que viam nele e em sua teoria uma abordagem tola e/ou perigosa para o status e o poder que tinham, principalmente nos meios médicos que se viram forçados a reconhecer, à custas das inúmeras pesquisas sérias levadas por Rogers e seus auxiliares, que o psicólogo pode ter tanto ou mais sucesso no tratamento psicoterapêutico quanto um psiquiatra ou psicanalista... É duro para a medicina perder um espaço que lhe diminui o poder político e mítico sobre a visão que dela têm as pessoas comuns. Rogers foi, por duas vezes, eleito presidente da Associação Americana de Psicologia e recebeu desta mesma associação os prêmios de Melhor Contribuição Científica e o de Melhor Profissional. Rogers morreu ativo, em 1987, aos 85 anos de idade. Uma de suas obras em destaque foi Tornar-se Pessoa do qual faremos uma resenha do capitulo dezesseis onde destaca as implicações para a vida familiar da terapia centrada no cliente.

À medida que aumentava o número dos terapeutas e dos psicólogos que se ocupavam de indivíduos e de grupos perturbados, ia-se registrando um acordo sobre o fato de que nossa experiência é importante e tem implicações em todos os domínios das relações interpessoais. Fez-se uma tentativa para exprimir algumas dessas implicações em determinados campos por exemplo, no domínio da educação, no da direção de grupos, no campo das relações entre grupos , mas nunca tentamos formular expressamente qual a sua importância na vida familiar ( Rogers ) . Este aspecto que Rogers procura esclarecer, tentando dar uma imagem tão clara quanto possível do que significa a perspectiva da terapia centrada no cliente em relação ao mais fechado de todos os círculos interpessoais o grupo familiar Segundo Rogers os clientes começam gradualmente a exprimir de uma maneira mais plena os seus sentimentos reais em relação tanto aos membros da sua família como a outras pessoas. Isto se verifica tanto em relação a sentimentos considerados como negativos ressentimentos, raiva, vergonha, inveja, ódio, aborrecimento como a sentimentos julgados positivos ternura, admiração, afeição, amor É como se o cliente descobrisse na terapia que é possível retirar a máscara que usava e tornar-se ele próprio de uma maneira mais autêntica. Um marido apercebe-se de que está cada vez mais irritado com a sua mulher e exprime essa cólera, quando antes mantivera ou julgara manter uma atitude calma e objetiva ante seu comportamento. Tudo se passa como se o mapa da expressão dos

grande entre mim e Bill que eu o sentia quase como um estranho. A única razão que me levou a agir assim foi que compreendi que, se não tentasse pelo menos saber sua opinião em relação ao que estava me preocupando, isso seria injusto para com ele abandoná-lo sem lhe dar a possibilidade de provar que se podia ter confiança nele.” “Ele me provou mais do que isso mostrando que o que sentia em relação aos seus pais e a muitas outras pessoas em geral também o perturbava muito.” Creio que essa carta dispensa comentários. Significa para mim simplesmente que, por ter vivenciado durante a terapia a satisfação de ser ela mesma, de exprimir seus sentimentos profundos, torna-se impossível comportar de um modo diferente em relação ao marido. Ela descobriu que devia ser e exprimir seus próprios sentimentos profundos, mesmo que isso parecesse ameaçar seu casamento. Outro elemento na experiência dos clientes é mais sutil. Eles descobrem, como no exemplo mencionado, que a expressão dos sentimentos é algo profundamente agradável, quando há bem pouco tempo isso lhes parecia desastroso e destruidor. A diferença parece decorrer do seguinte fato. Quando uma pessoa vive atrás de uma fachada, de uma máscara, seus sentimentos não expressos vão se acumulando até um ponto explosivo e um determinado incidente pode provocar a explosão. Mas os sentimentos que invadem a pessoa e que se exprimem nesses momentos num ataque de mau humor. numa profunda depressão, numa onda de auto compaixão têm muitas vezes um efeito nocivo sobre as pessoas, porque são muito pouco adequados a essa situação concreta e por isso parecem extremamente ilógicos. Uma explosão de raiva a propósito de uma contrariedade nas relações pode representar de fato os sentimentos negados ou recalcados em dezenas de situações semelhantes. Mas o contexto em que essa atitude se situa é ilógico e por isso não é compreendido. Eis como a terapia ajuda a quebrar um ciclo vicioso. Quando o cliente é capaz de extravasar a angústia, a fúria, o desespero ou as emoções que sente, e quando aceita esses sentimentos como seus, eles perdem seu poder explosivo. Torna-se portanto mais capaz de exprimir, em qualquer relação familiar específica, os sentimentos que essas relações provocam. Uma vez que não arrastam consigo uma sobrecarga do passado, são mais adequados e mais facilmente compreendidos. Pouco a pouco, o indivíduo se percebe expressando os seus sentimentos no momento em que os experimenta, e não mais tarde, quando o corroeram e o envenenaram.

Há ainda uma outra conseqüência provocada pela terapia no modo como os clientes vivenciam suas relações familiares. O cliente descobre, muitas vezes para sua grande surpresa, que se pode viver uma relação com base nos sentimentos reais, em vez de se fundar numa aparência defensiva. Isto assume um significado profundo e reconfortante, como já vimos no caso mencionado A experiência terapêutica parece provar uma outra alteração na forma como os pacientes vivem as suas relações familiares. Eles aprendem a forma de iniciar e manter uma comunicação real nos dois sentidos. Compreender a fundo as idéias e os sentimentos de outra pessoa, com o significado que essa experiência tem para ela, e, inversamente, ser profundamente compreendido por essa outra pessoa é uma das experiências mais humanas e mais compensadoras e, ao mesmo tempo, uma das experiências mais raras. Alguns indivíduos que foram submetidos à terapia relatam muitas vezes o prazer que sentiram ao descobrir que uma comunicação autêntica desse tipo é possível com membros da sua própria família. Temos de estar sempre alerta com receio de que o outro rompa a nossa fachada defensiva. Mas quando um cliente tende a exprimir seus verdadeiros sentimentos na situação em que ocorrem, quando as suas relações familiares são vividas com base nos sentimentos que no momento estão presentes, então o indivíduo abandona suas defesas e pode realmente ouvir e compreender os outros membros da família. Pode permitir a si próprio ver a vida tal como ela surge aos olhos dessa outra pessoa. Verificamos que os clientes tendiam a permitir que cada membro da família tivesse seus próprios sentimentos e fosse uma pessoa independente. Isto parece ser uma afirmação estranha, mas é com certeza um dos passos mais decisivos. Muitos de nós não temos provavelmente consciência da tremenda pressão que tendemos a exercer sobre as nossas mulheres ou maridos, sobre os filhos, para que tenham os mesmos sentimentos que nós. Muitas vezes, é como se disséssemos: “Se quiserem que eu goste de vocês, pensem e sintam como eu. Se sou da opinião de que o seu comportamento é mau, vocês devem igualmente achar que é mau. Se tenho a impressão de que se deve desejar um determinado objetivo vocês devem pensar o mesmo.” Agora, a tendência que registramos nos clientes é a inversa dessa: há uma aceitação de que a outra pessoa tenha sentimentos diferentes, valores diferentes,

preparado para permitir ao outro ser ele próprio, com tudo o que isso implica. Isto significa que o círculo familiar tende a encaminhar-se no sentido de se tomar um complexo de pessoas independentes e únicas, com valores e objetivos individualizados, mas unidas por verdadeiros sentimentos positivos e negativos que existem entre elas, e pela satisfação do laço da compreensão recíproca de, pelo menos, uma parte do mundo particular de cada um dos outros. É deste modo que, segundo creio, uma terapia que leva o indivíduo a tornar-se mais plenamente e de uma maneira mais profunda ele próprio o conduz igualmente à descoberta de uma maior satisfação nas relações familiares reais que perseguem os mesmos fins: facilitar em cada membro da família o processo de descobrir-se e de vir a ser ele mesmo Fazer essa resenha do capitulo dezesseis do livro tornar se pessoa foi muito interessante pois pelos exemplos citados pudemos analisar que as pessoas sofrem por não serem capazes de viverem suas próprias vidas da forma que gostariam e que é muito comum não falarem aquilo que as incomoda. Percebemos o quanto a terapia pode auxiliar as pessoas, pois mostrando um caminho não a solução, porem quando a pessoa através do caminho apontado tiver uma luz de como pode resolver o seu problema, o trabalho do terapeuta é recompensado. Através da leitura deste capitulo notamos como a forma de falar pode mudar uma relação, quando você para de culpar o outro assume seu problema e coloca a questão como algo que te incomoda muitas vezes já resolve grande parte dos problemas. Outro ponto interessante do capitulo é quando ressalta que a medida que as pessoas mudam, o outro também muda e em conseqüência disso a relação fica melhor enfim resolve o problema.