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Reparo e cicatrização, Notas de estudo de Patologia

Anotações de estudo sobre o tema "Reparo e cicatrização" contendo os tópicos: - Regeneração celular - Cicatrização - Angiogênese - Tecido de granulação - Fatores que influenciam o reparo - Cicatrização de primeira e segunda intenção - Cicatrização excessiva - Fibrose em órgãos parenquimatosos

Tipologia: Notas de estudo

2023

À venda por 27/07/2023

dudasuzart
dudasuzart 🇧🇷

16 documentos

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1
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – Maria Eduarda Gonçalves Suzart
Reparo e cicatrização
Regeneração: proliferação das células residuais não lesadas e maturação de células tronco em substituição dos
componentes lesados e retorno ao estado normal;
Cicatrização: deposição de tecido conjuntivo.
Regeneração
A capacidade regenerativa depende do potencial
proliferativo das células;
Regulada pelo ciclo celular;
Células em G0 voltam para G1 ao serem
estimuladas por fatores de crescimento, interações
entre as células, matriz extracelular;
Células permanentes não são capazes de se
regenerar.
Cicatrização
Ocorre em casos em que os tecidos lesados são
incapazes de regeneração completa ou se as
estruturas de suporte são gravemente lesadas;
Reparo por deposição de tecido conjuntivo
(fibrose);
Proporciona estabilidade estrutural suficiente para
manter a função do tecido;
TGFβ: citocina mais importante para a síntese e
deposição de proteínas do tecido conjuntivo.
Fibroblastos: penetram a ferida a partir das bordas
e migram em direção ao centro e diferenciam-se em
miofibroblastos que fazem a contração da ferida
Deposição de tecido conjuntivo
1. Migração e proliferação de fibroblastos;
2. Deposição de proteínas da matriz
extracelular produzidas por essas células.
Regulação:
Fatores de crescimento: PDGF, FGF-2 e
TGFβ
Citocinas de produção local
Produtos de macrófagos M2
Remodelamento do tecido conjuntivo
Após a formação da cicatriz, ela é remodelada para
aumentar a força e contratilidade;
Colágeno: ligações cruzadas, filamentos mais
alongados, mudança de colágeno III para colágeno
I;
Com o passar do tempo ocorre degradação do tecido
conjuntivo por MMPs (metaloproteinase) e
encolhimento da ferida;
MMPs: produzidas por macrófagos,
fibroblastos, neutrófilos, células sinoviais e células
epiteliais;
TIMPs: inibidores teciduais específicos das
metaloproteinases.
Angiogênese
Permite o fluxo sanguíneo e, consequentemente, a
passagem de leucócitos e proteínas plasmáticas que
serão recrutadas para o tecido inflamado.
Tecido de granulação
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Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – Maria Eduarda Gonçalves Suzart 1

Reparo e cicatrização

Regeneração: proliferação das células residuais não lesadas e maturação de células tronco em substituição dos componentes lesados e retorno ao estado normal; Cicatrização: deposição de tecido conjuntivo.

Regeneração

A capacidade regenerativa depende do potencial proliferativo das células; Regulada pelo ciclo celular; Células em G0 voltam para G1 ao serem estimuladas por fatores de crescimento, interações entre as células, matriz extracelular; Células permanentes não são capazes de se regenerar.

Cicatrização

Ocorre em casos em que os tecidos lesados são incapazes de regeneração completa ou se as estruturas de suporte são gravemente lesadas; Reparo por deposição de tecido conjuntivo (fibrose); Proporciona estabilidade estrutural suficiente para manter a função do tecido; TGFβ: citocina mais importante para a síntese e deposição de proteínas do tecido conjuntivo. Fibroblastos: penetram a ferida a partir das bordas e migram em direção ao centro e diferenciam-se em miofibroblastos que fazem a contração da ferida Deposição de tecido conjuntivo

  1. Migração e proliferação de fibroblastos;
  2. Deposição de proteínas da matriz extracelular produzidas por essas células. Regulação: Fatores de crescimento: PDGF, FGF-2 e TGFβ Citocinas de produção local Produtos de macrófagos M Remodelamento do tecido conjuntivo Após a formação da cicatriz, ela é remodelada para aumentar a força e contratilidade; Colágeno: ligações cruzadas, filamentos mais alongados, mudança de colágeno III para colágeno I; Com o passar do tempo ocorre degradação do tecido conjuntivo por MMPs (metaloproteinase) e encolhimento da ferida; MMPs: produzidas por macrófagos, fibroblastos, neutrófilos, células sinoviais e células epiteliais; TIMPs: inibidores teciduais específicos das metaloproteinases.

Angiogênese

Permite o fluxo sanguíneo e, consequentemente, a passagem de leucócitos e proteínas plasmáticas que serão recrutadas para o tecido inflamado.

Tecido de granulação

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – Maria Eduarda Gonçalves Suzart 2 Constituído de vasos capilares neoformados, fibroblastos, fibras colágenas e células inflamatórias; Preenche o leito de uma ferida aberta quando ela começa a cicatrizar; Ainda há inflamação no tecido.

Fatores que influenciam o reparo

Tipo e extensão da lesão; Localização da lesão; Estado nutricional; Fatores mecânicos; Má perfusão; Diabetes; Presença de corpo estranho; Uso de glicocorticoides – inibe a síntese de TGF- β.

Cicatrização de primeira intenção

Geralmente ocorre em incisão cirúrgica não contaminada; Necrose em número limitado de células; Espaço incisional é preenchido por coágulo sanguíneo; Cicatriz pouco perceptível.

Cicatrização de segunda intenção

Extensas áreas de necrose tecidual (abscesso); Perda de tecido; Tecido de granulação de fácil sangramento pela riqueza em neovasos; Cicatriz esbranquiçada e rígida; A regeneração nem sempre reconstitui a arquitetura original completamente.

Cicatrização excessiva

Cicatrização hipertrófica Crescem rapidamente; Grande quantidade de mielofibroblastos, mas tendem a regredir após meses ou anos. Queloide Cicatrização além dos limites da ferida original e sem regredir; Etiologia: predisposição genética, tensão cutânea e infecção na ferida

Fibrose em órgãos parenquimatosos

Deposição excessiva de colágeno e outros componentes da matriz em um tecido; Fibrose refere-se, na maioria das vezes, à deposição anormal de colágeno que ocorre em órgãos internos nas doenças crônicas.